sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Aviso!


Obrigada por entrarem mais uma vez nesse sonho comigo! 💗
A todo mundo q smp me incentivou e interagiu nos comentarios e a qm n comenta tmb mas sonha cmg! Obg msm!
Nova fanfic dia 9 de fevereiro, vai ter pausa pro carnaval, mas depois voltarei normal.
Espero que estejam em mais essa viagem cmg, eu to contando cm tds, em haha.

http://fanficporamor.blogspot.com.br/

Qm quiser entrar no grupo do face pr bater um papinho cmg e acompanhar as postagens, é o mesmo.

https://m.facebook.com/groups/188395574648451?ref=m_notif&notif_t=group_comment

E tem o grupo do whats tmb q é só pra gente bater um papo e conversar besteiras haha 
Só deixarem aqui número e o NOME qm quiser entrar!

Bjssss pr vcs e obg mais uma vez!! Até dia 9 !! 

Último Capítulo






Seis meses se passaram, faltava poucos dias pro aniversário de 1 aninho da Manuela, que crescia e mudava a cada dia mais, deixando Luan cada vez mais apaixonado.
Eduarda tinha arrumado um namoradinho na sua sala e assim que disse isso para nós, ficamos um pouco desconfiados pelo último menino que ela gostou. Mas Carlos foi almoçar um dia na nossa casa e pelo menos eu, gostei dele de cara. Sabia que Luan também não tinha achado nada mal o menino, comportado, tímido, parecia caseiro e muito educado, mas claro que não falaria nada.
Nós liberamos o namoro deles, mas lógico, com Luan em cima dos dois, o que me dava até dó.
- Eu não quero ir, pai!
- Mas vai, Eduarda!
- Eu quero ficar com o Carlos, a mãe dele já disse que eu posso ficar na casa dela...
- Mas de jeito nenhum e não quero mais falar nisso, tá decidido! - Luan se sentou emburrado, olhando o jogo que passava na tv e Eduarda subiu as escadas bufando.
Iríamos fazer uma viagem para um hotel fazenda e como qualquer namoro de adolescente recente, ela não queria ficar uma semana longe do namorado. 
Subi as escadas e fui atrás dela no quarto, que estava de braços cruzados e olhava para parede emburrada.
- Sabia que te olhando desse jeito, parece até aquela menininha de dois anos, que quando não queria as coisas cruzava os bracinhos, fazia manha e seu pai fazia tudo por você. - Eu me aproximei sorrindo e um sorriso também saiu de seus lábios.
- Parece que agora isso não funciona muito bem mais!
- Depende do quê! Filha, você ainda é muito nova pra ficar em casa de namorado, o seu pai tem razão. Sei que ele é muito ciumento, mas isso é proteção. Ele não quer que nada de mal te aconteça e nem que você faça nenhuma besteira.
- Mãe, eu sei me cuidar!
- (risos) Calma, Duda! Tudo tem seu tempo, filha.
- Meu pai é muito chato as vezes...Ele faz mais coisas pelo Enzo e pelo Breno que são menores, do que por mim. Acho que até a Manuela vai ter mais vantagens.
- Lógico que não, filha! E ele vai tratar a Manu igual a você, porque são as princesinhas dele.
- Não sei...Também, eu não sou filha de sangue dele.
- Não fala isso, você sabe que ele odeia que as pessoas falem algo do tipo e ver você falando, vai magoar ele demais. Ele te ama tanto, Duda!
- Eu também amo muito ele... - Ela suspirou. - Sabe, que eu nem lembro mais do pai Marcelo.
- É? Você quer ver uma foto dele? Eu tenho uma linda guardada.
- Será que o papai vai se chatear se eu ver?
- De jeito nenhum! - Eu fui correndo até o meu quarto e peguei na gaveta, uma foto do Marcelo cm Eduarda nos braços, antes mesmo de fazer um aninho.
- Que linda essa foto! - Ela disse, assim que pegou. - Ele era muito bonito, não é, mãe? Não mais que o papai, mas era.
- (risos) Sim, por isso você é linda assim! - Toquei seu nariz e ela sorriu tímida. 
- Que papel é esse na sua mão, mãe?
- Eu quero muito que leia essa carta, filha. Eu estava esperando que ficasse maior. - Ela pegou a carta da minha mão e se emocionou ao ler. 
- É do pai Marcelo... Ele foi uma pessoa boa, não foi?
- Foi sim...
- Acho que ele já previa quem seria meu pai. - Ela riu.
- Acho que todo mundo já previa, filha!
- A minha ligação com meu pai sempre foi muito forte, nã foi, mãe? 
- Foi sim, amor.
- Sabe, eu lembro de uma coisa com ele, mas na minha lembrança não vem o rosto dele. Vem o físico, eu me lembro que ele era bem forte.
- Sério, filha? Lembra de mais alguma coisa?
- A gente tava em algum lugar, eu não sei onde porque nunca mais voltei lá, mas eu tomava um sorvete com o pai Marcelo e o papai.
- (risos) É sério que você lembra disso? Foi uma vez que te levei em um musical e na época esses dois eram dois encostos na minha vida e competiam pra ver quem te mimava mais. - Rimos.
- Deveria ser bom...
- E você se aproveitava disso, sua espertinha! - Ela riu.
- Me lembro também de um dia que eu, você e o papai fomos em um parque de diversões.
- Tá brincando!
- Não, mãe. Foi tão bom!
- Nossa, Duda! Eu e seu pai nem namorávamos nessa época ainda. Fiquei impressionada que se lembra! 
- Eu acho que devo desculpas ao meu pai, não acha? - Assenti. - Ele sempre fez tudo por mim, não é, mãe?
- Sempre, você não tem noção! - Ela sorriu e se levantou da cama.
Descemos as escadas e fomos até a sala, onde os meninos jogavam video game e Luan estava do lado vendo e Manuela brincando em seu chiqueirinho.
- Sabia que eu te amo, meu coroa? - Ela se jogou no colo dele, que sorriu.
- Eu também te amo, minha princesa! - Ele beijou seu rosto e apertou os braços em torno da sua cintura. 
De noite, as crianças foram dormir cedo, devido a viagem do outro dia e eu e Luan também fomos pra cama.
- Amor! - Eu me aconcheguei nele e mordi sua orelha.
- Lá vem...O que foi? - Ele sorriu.
- Bem que você podia... - Eu beijei seu pescoço antes de terminar a frase e ele se arrepiou.
- O que?
- Deixar o namoradinho da Duda ir com a gente nessa viagem.
- De jeito nenhum!
- Amor... - Eu sussurrei em seu ouvido e desci meus beijos para o seu peito. - Tadinha! Você sabe como é começo de namoro e o menino é tão bonzinho. Por mim! - Eu mordi sua barriga.
- Os quartos vão ser bem longes um do outro e eu vou ficar de olho nos dois o dia todo. - Ele já falava manso.
- Tudo bem! - Eu me deitei por cima dele e iniciei um beijo delicioso.
Suas mãos passavam por minhas coxas e costas com vontade. A vontade dele por mim nunca diminuia com o passar do tempo e dos anos, o que me deixava maravilhada. Todas as noites, era como se fosse a primeira, como se fossémos adolescentes.

*
Acordei no outro dia as oito da manhã com muito custo e Carolina acordou junto comigo. Tomamos um banho gostoso juntos e depois ela ficou no meu pé para que eu ligasse na casa do namoradinho da Duda e eu bufei antes de pegar o telefone.
- Eles devem estar dormindo ainda... - Resmunguei e um pouco depois atenderam o telefone.
Falei com a mãe dele que ficou com receio no início, mas liberou que o garoto fosse conosco, falei que passaria lá em meia hora, já que sabia onde era, ali mesmo no nosso condomínio.
Nos trocamos e assim que descemos, Eduarda já dava café da manhã aos irmãos, com Manuela em seu colo, que tinha a carinha mais amassadinha do mundo. A peguei no colo e beijei o rosto de Duda.
- Tô gostando de ver, cuidando dos irmãozinhos. Já pode casar! - Carolina brincou e eu fiz careta.
- Pode cuidar dos irmãozinhos, mas casar não!
- Ai, pai, esse dia vai chegar e o senhor trate de ainda estar em forma pra me levar até o altar. - Ela beijou meu rosto.
- Não quero pensar nisso, ainda falta muito! - Eles riram de mim. - Ah, o encostinho vai com a gente.
- Quem?
- Luan! - Carolina gritou meu nome e eu ri. - Filha, o seu pai ligou pra casa do Carlos e a mãe dele deixou ele ir com a gente.
- Ah, não acredito, pai! - Ela me abraçou, beijando meu rosto sem parar. - Obrigada!
- Nem se anima tanto, eu vou ficar colado em vocês. - Ela fez careta.
A nossa viagem foi incrível e realmente o namorado da Duda era muito bonzinho, fazia tudo que ela queria. Ás vezes eu até ria, mas mesmo assim tinha que manter a pose de pai ciumento.
Tirei uma foto da minha caçulinha, assim que chegamos ao hotel quase na hora do almoço e esperávamos pela comida. Como ela era linda e me lembrava muito Eduarda pequena.



Minha coisinha mais lindinha das bochechas gostosas! ♥

Assim que voltamos, já era aniversário da Manu. Eduarda estava animada com a festa da irmã e saiu cedo com sua mãe para resolverem os últimos detalhes, enquanto eu, fiquei com as crianças sozinhos sofrendo. Fui até para cozinha fazer comida e tive que preparar uma mamadeira pra pequena também, que pareceu ser a única coisa que estava boa, porque ela tomou com gosto.
A festa estava linda, tinha muita gente, minha família inteira, meus amigos, os amigos de Carol, seus tios e seus primos.


Eu nunca imaginei ter uma família tão grande, unida e feliz. Antes de conhecer Carolina eu não queria nem namorar e depois tudo mudou, eu já me imaginava com ela pro resto da vida.

Ela me mudou completamente, ela e Eduarda. Nem em sonhos eu me imaginei criando uma filha que não era minha tão novo, e que em pouco tempo passou a ser meu xodó, a pessoa que eu queria tanto o bem, que eu adorava mimar, que tudo me lembrava ela. 
Acho que o destino foi certeiro, eu escolhi ela pra ser minha filha e ela, me escolheu como pai, de verdade, com todo seu coração e carinho.
O amor é uma coisa incrível que te ensina muitas coisas, inclusive, que não precisa ser de sangue pra você considerar como irmão, mãe, pai, filha...Não precisa ter nada disso, só precisa do amor. 
Puro e verdeiro. E foi isso que aconteceu com a gente, já estava escrito.
- Vocês são as minhas vidas, meu amores. Meu tudo! Eu só vejo vocês comigo até meu coração parar de bater!




Quantos vivem toda a vida sem descobrir o que sabem e amam?
Tantos.
Não ser um desses é essa a tua missão.


          

                                                                                FIM

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Capítulo 160





 ( ... ) 

Era aniversário de Breno e eu acordei indisposta naquele dia. Minha garganta doia, meu corpo e pra piorar, eu ainda me sentia muito tonta.
- Mãe, não acredito que ainda tá deitada! - Eduarda invadiu meu quarto, dizendo.
- Acabei de acordar, filha!
- Já são uma hora, sabia? 
- O que? - Dei um pulo da cama, enquanto ela ria de mim. 
O aniversário estava marcado para ás quatro horas e eu almocei correndo, até ela já tinha almoçado.
- Vou tomar banho...
- Cadê seu pai?
- Saiu com os meninos. - Ela deu de ombros e foi em direção ao banheiro.
Não demorou muito pra Luan chegar e eu fui ajudar Enzo com sua roupa, enquanto Eduarda dava banho em Breno.
A entrada do salão da festa estava cheio de fotógrafos, o que me assustou um pouco.
Nós todos paramos e posamos para várias fotos. 
O aniversário demorou demais pra acabar e eu confesso que já estava ficando enjoada e morta de vontade de ir pra casa, o que só aconteceu quase onze horas da noite.
- Cansou tanto assim, amor? - Luan perguntou, assim que chegamos em casa.
- Demais! Acordei indisposta. 
- Bora tomar um banho pra dormir. - Ele beijou minha testa.
- Pode deixar que eu coloco Breno no berço e Enzo pra dormir, mãe.
- Ah, obrigada, meu amor! - Eu beijei seu rosto e ela fez careta. - Acho que vou até deixar você ir naquela festinha...
- Eu to pensando nisso ainda. - Luan se meteu e eu pisquei pra ela.
No outro dia ainda estava um pouco mal, Luan voltou a fazer seus shows e eu não lhe disse nada para não o preocupar.
- Mãe, eu já liguei pra tia Bruna e ela ta vindo.
- Não precisava, Eduarda.
- Claro que precisa! Tá assim o dia todo.
Os meus três amores ficaram deitados na cama comigo, até minha cunhada chegar.
Eles desceram para comer e ela se sentou do meu lado.
- Tá com o que, Carol?
- Com tudo que você possa imaginar... - Rimos.
Depois de alguns minutos, tudo piorou e Bruna fez de tudo até conseguir me levar pro hospital.
Saímos da consulta com meu médico, perplexas e no outro dia, buscaríamos meu exame.
- O que você tem, mãe? - Eduarda logo me perguntou.
- Só um começo de gripe e...
- E?
- O médico disse que suspeita que eu to grávida.
- O que? - Ela quase gritou.
- É, amanhã eu busco a confirmação.
- Mãe, mas você e meu pai, em, não sossegam. - Ela deu um sorriso no final, me deixando aliviada e em seguida, me abraçou.
- Deixa ele ouvir você falando assim, que ele te pega. - Rimos.
- Então amanhã a gente vai pegar o exame, cunhada! - Bruna me deu um abraço animado e eu ri.
Como o combinado, fomos nos encontrar com Luan em um show acústico que ele faria para uma rádio. Só deu para irmos falar com ele depois do show.
Fomos até seu camarim e encontramos uma repórter saindo dali. Eduarda fez careta atrás dela e eu ri, ao mesmo tempo ficando sem graça pelos seguranças que viram.
- Eduarda!
- Conheço repórter que não é repórter de longe. - Entramos no camarim e ele arrumava seu cabelo, como sempre fazia há anos.
- Olha, até que enfim apareceram! - Ele abriu os braços, assim que nos viu.
Fomos jantar em um restaurante no litoral de São Paulo a pedido meu e mesmo Luan achando estranho, concordou e depois de horas de estrada, chegamos.
Jantamos em um clima bem família e depois pedi para que Duda subisse para o quarto do hotel com seus irmãos, que já morriam de sono. Dormiríamos ali mesmo.
- Agora sei porque quis vir pra cá. Lugar lindo! - Luan disse, enquanto passeávamos pela praia.
- Sim, mas não é só por isso, amor. 
-  É porque, então?
- Eu to grávida! - Depois de alguns minutos em silêncio, ele me abraçou e me girou no ar.

( Meses depois ) 

- Estamos atrasados, Esduarda! - Gritei e ela desceu as escadas em alguns segundos.
- Quero colo! - Breno disse bravo.
- Vai com a Duda, amor.
- Não! Quero mamãe. - E a choradeira começou. Era essa minha vida com quatro filhos de idades diferentes.
- Mãe, deixa que eu pego a Manu. - E assim ela fez para que eu pudesse pegar seu irmão.
Na van, Manuela chorava pra ir no meu colo e Breno fazia a mesma coisa pra não sair dele.
Fomos aguentando o caminho todo, até encontrarmos com Luan no camarim e nossa caçulinha se jogar em cima dele e pegar em seus cordões e suas pulseiras, que era o que ela mais amava.
- Não gosto de ver meu bebezinho chorar. - Ele disse beijando seu rostinho. Eduarda revirou os olhos, nos fazendo ri. Era tudo faixada, era apaixonada pela irmãozinha. - Você também, meu bebezinho! - Ele também beijou o rosto dela. 
- Para, pai! Não tem uma comida que preste nesse camarim?
- Vai lá pedir pro Rober. - Luan disse,
- Eu vou com você! - Enzo se levantou.
- Eu também! - Meu pequeno foi atrás.
- Esperem ele! - Gritei.
- Tira uma foto nossa aqui, amor. - Ele se aproximou e selou meus lábios. Aquele selinho logo se transformou em um beijo calmo.
- Fica lá! - Ele se posicionou e eu bati a foto.



Manu cada dia maior! <3






Penúltimo capítulo :) 



Capítulo 159






*
Era um dia comum de trabalho e em como qualquer outro, eu apressei as crianças que demoravam para se arrumar, deixei os três na escola e segui caminho para o meu consultório. O trânsito estava péssimo e meu carro quase não saia do lugar.
Ouvi dois motoristas que estavam do meu lado, dizendo ter acabado de acontecer um acidente e bufei, já que provavelmente demoraria.
Liguei para Amanda e pedi para que remarcasse minhas consultas para outro dia, já que provavelmente eu não sairia do trânsito tão cedo.
Enfim os carros começaram a andar, mas pararam de novo. Olhei ao lado e vi chegando duas ambulâncias, logo um grupo de meninas chorando, chegaram correndo também.
- Carol! – Uma disse e eu me assustei.
Abaixei o vidro com receio, quando vi que todas já estavam em volta do meu carro.
- Oi, meninas. Me conhecem?
- Você ainda não sabe? – Uma disse e eu neguei com a cabeça.
- O Luan que sofreu o acidente, ele ainda está ali. Vai lá! – A outra menina disse.
Eu não sabia mais o que fazer nem dizer naquela hora e com muito custo, eu consegui encostar o carro no acostamento, tranquei ele e me aproximei correndo daquele aglomerado de gente.
Ia me aproximando, quando um policial me barrou.
- Luan! – Eu gritei no impulso, assim que vi um tênis que poderia ser dele, dentro da ambulância.
- Carol? – Eu ouvir ele dizer, antes de colocar a cabeça para o lado de fora. – Deixa ela passar... – Na mesma hora o homem me soltou e eu corri até ele.
- Luan, o que aconteceu? Pelo amor de Deus,como foi isso? Você tá bem? Tá todo machucado! – Ele riu fraco.
- Calma! Eu to bem sim, eu...Bati de frente com uma carreta.
- Eu não acredito! Você podia ter morrido, meu Deus!
- Calma, Carol!
- Você vai de acompanhante com ele para o hospital? – Asenti pro homem, que logo fechou a porta da ambulância.
Os enfermeiros ali dentro, o mandaram deitar e imobilizaram seu pescoço.
- Por que tinha outra ambulância?
- A Flávia tava comigo. – Ele respondeu sem jeito. – Eu não queria, mas ela insistiu tanto que estávamos indo no shopping comprar algumas coisas pro bebê.
- Meu Deus! – Eu não disse mais nada até o hospital.
Desceram com ele e eu fui logo atrás, mas tive que ficar na sala de espera, claro.
Liguei para seus pais, que chegaram no hospital em questão de minutos.
- Como ele tá, Carol?
 - Tá tudo bem, Marizete, eu juro! A gente conversou.
- Que susto, meu Deus!
- Quer um copo de água? – Ela assentiu e eu fui até o bebedouro.
- Carol, Eduarda acabou de me ligar. Já sabe de tudo! – Bruna disse, assim que me aproximei de novo. – Ela viu na televisão da escola e quer que eu vou lá lhe buscar.
- Pode ir, então. Não adianta deixar ela agoniada lá. Depois eu pego os meninos.
- Faz assim, eu busco ela e na hora que for pra pegar os meninos, eu vou.
- Faz isso por mim? – Ela assentiu e me abraçou, antes de sair dali.
- E o seu carro, Carol? Disse que veio com o Luan...
- É, eu deixei ele no acostumento.
- Meu Deus! Me dá a chave que eu vou lá buscar ele.
- Muito obrigada, seu Amarildo.
- O que é isso! – Ele abraçou a esposa e me deu um beijo na testa, antes de sair dali.
Logo o médico chegou, dizendo que Luan já poderia receber visitas e eu falei para que sua mãe fosse sozinha primeiro, já que era um momento mais íntimo deles.
- Você também está acompanhando Flávia Campelo? – O médico me perguntou.
- Hã...Sim. Ela está bem?
- Está sedada porque está muito agitada, mas está bem sim, mas ela perdeu o bebê.
- O que?
- É...Eu sinto muito! – Ele se despediu e saiu dali.
Apesar de tudo, fiquei em choque. Me sentei na cadeira, ainda sem acreditar.
Marizete voltou dizendo que Luan queria falar comigo e eu lhe dei a notícia antes de ir.
- Que triste, meu Deus!
- É sim...Eu também fiquei chateada.
- Você tem um coração de ouro, Carol. Mas vai lá falar com ele. – Sorri de lado e fui até o quarto, que ela disse que ele estava.
- Oi, queria falar comigo. – Entrei e ele sorriu.
Dava uma dó de ver aquela carinha toda machucada, os braços também.
- Queria sim...Obrigado por tudo!
- Não tem que agradecer! – Ele pegou nas minhas mãos. – Eu faço tudo por você.
- Eu também faço qualquer coisa por você! – Sorri.
- Você já sabe da Flávia? – Perguntei.
- Sei sim...Ela perdeu o bebê. Eu fiquei triste por isso.
- Eu também! Mas o importante é que ela está bem.
- O médico disse que ela ficou agitada com a notícia.
- Você tem o número de algum parente dela? Precisamos avisar.
- Tenho da casa dela.
- Me dá, que eu ligo.
- Obrigado por tudo. O meu celular está aqui do lado. Uma enfermeira pegou lá e deixou aqui. – Peguei seu celular e anotei o número da casa de Flávia.
Me afastei um pouco do Luan e liguei. Custou, mas atenderam minha ligação.
Falei com sua mãe tudo que tinha acontecido e ela ficou desesperada, dizendo que iria para São Paulo na mesma hora.
- Tudo resolvido.
- Obrigado de novo...Sabe, eu queria te fazer um pedido. Sei que não é hora, muito menos lugar, mas quero fazer, não quero deixar pra depois.
- Pode fazer...
- Eu...Você quer voltar pra mim? Quer voltar a ser minha?
- É tudo o que eu mais quero, amor! – Meus olhos se encheram de lágrimas e ele me puxou para um abraço, que não pode ser muito forte por conta de seus machucados.
- Eu te amo!
- Eu também te amo muito e nunca mais vou deixar você ir embora. – Ele sorriu e eu retribui, secando minhas lágrimas.
- O que? Eu ouvi direito? Vocês voltaram? – Olhamos para porta assustados e Eduarda se aproximou correndo.
- É, filha e dessa vez é pra sempre! – Luan quem respondeu.
- Que susto você me deu, pai! Mas estou tão feliz com isso que acabei de ouvir.
- (risos) Eu to bem filha e também muito feliz! – Nós demos uma braço triplo, que foi interrompido por batidas na porta.
Nos separamos e os pais e a irmã de Luan, entraram no quarto.
- Seu carro já está aqui, querida.
- Obrigada, seu Amarildo!
- Os meninos ficaram com a nossa empregada em casa, Carol. Eu resolvi já pegá-los também, fiz mal?
- Não, Bruna, de jeito nenhum e obrigada também. Vocês me ajudam muito!
- Temos uma notícia pra vocês! – Luan disse.
- O que? – Sua mãe que perguntou.

- Eu e a Carol voltamos e dessa vez é pra valer! 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Capítulo 158





Aquela semana com ela foi incrível, viajamos bastante e nem parecia que eu estava ali a trabalho. Até em uma praia meio deserta fomos no interior do Rio de Janeiro, depois do meu show, voltamos pro hotel que era na capital, quase sete horas da manhã.
Chegamos no domingo e eu a levei até em casa, já que minha mãe me disse por telefone que Bruna estava lá nos esperando com as crianças.
Desci com ela e fui abraçar e beijar meus filhos, que já tinha algum tempo que eu não via.
Eduarda estava aparentemente feliz por ver que estávamos nos ajeitando de novo e era só alegria, o que me fazia ficar feliz também. Ela sentia muito com a nossa separação.
No outro dia, acordei cedo e peguei meu avião até o Rio de Janeiro. Era dia de fazer o exame de DNA. Eu passei no endereço da moça, que eu nem sabia o nome e estava envergonhado por aquilo e por tudo que estava acontecendo.
Eu mesmo aluguei um carro e fui dirigindo até sua casa. Ela entrou no carro séria, como sempre.
- Oi...
- Oi, é...Qual é o seu nome mesmo? – Ela me olhou durante alguns segurandos.
- Flávia! – Apenas assenti olhando para frente e fomos o resto do caminho em silêncio.
Na verdade, ninguém tinha o que falar mesmo.
Fizemos o exame e a enfermeira disse que na outra semana já estaria pronto.
No caminho de volta, pegamos um transito daqueles.
- Nossa, que trânsito! – Eu comentei, quebrando o silêncio que reinava naquele carro.
- É...Olha, seria muito ousadia da minha parte te pedir para parar em um restaurante? Pelo visto vai demorar pra eu chegar em casa e eu to morrendo de fome.
- Não...Tem que se alimentar mesmo. Eu vou parar em um que sempre vou. – Ela assentiu e eu me arrependi na mesma hora de ter falado aquilo. Assim que parei o carro em frente ao restaurante,  eu me lembrei que tive ali com Carolina na semana anterior e que tivemos um dia perfeito. Afastei os pensamentos e entramos.
Depois que ela acabou sua sobremesa, nós nos levantamos e eu cocei os olhos, assim que vi Carolina de longe. Eu achava estar com a consciência tão pesada, que já estava vendo coisas, mas não. Ela realmente estava ali e se aproximou de nós.
- Carol? O que faz aqui?
- Eu vim a trabalho, dar uma palestra... – Ela me olhava magoada.
- Pai, o que significa isso? – Escutei a voz de Eduarda, e só então lhe vi ali.
- Filha... Eu posso explicar! Não é nada disso...Não estamos juntos.
- Não mesmo! – Flávia concordou e eu respirei aliviado. – Ele só me trouxe aqui porque é o pai do meu filho.
- O que? – Carolina me olhou e eu fiquei sem saber o que fazer.
- Ele não contou pra você que vai ter um filho?
- Pai...Eu não acredito! – Eduarda saiu dali quase correndo e Carolina foi atrás.
- Carol...
- Depois, Luan! – Ela olhou para trás decepcionada.
Depois de alguns segundos ali estático, eu fui andando até o carro na frente.
- Você não podia ter invadido a minha vida pessoal desse jeito! – Quase gritei com Flávia no carro.
- Você invadiu a minha! – Ela revidou. – Você é um idiota! Um babaca! Eu até relevaria você falar que eu sou golpista e o escambau, agora não saber o meu nome?
- Eu estava bêbado e você deve ter percebido, garota.
- É e fui ingênua demais em achar que você, era um dos poucos que ainda prestava. – Ri de nervoso e dei partida no carro.
Resolvi me calar, para não ter mais briga.
Lhe deixei em frente a sua casa e ela saiu do carro, batendo a porta com força.
Mudei meus planos, liguei para o piloto do meu avião e decidi ir embora naquela mesma hora, só peguei minhas coisas que já estavam em um hotel.
Cheguei em casa dez horas da noite e não vi ninguém na sala. Fui direto para o quarto, tomei um banho, me deitei e por incrível que pareça, eu caí no sono aquela hora da noite.
Acordei no outro dia bem cedo por causa daquilo, minha família ainda estava na mesa de café da manhã.
- Caiu da cama, Luan? – Meu pai me perguntou.
- Fui dormir cedo demais ontem...
- Eu pensei que dormiria no rio com os seus amigos. – Minha mãe disse.
Pois é, eu tinha mentido para os meus pais que fui para o rio a passeio com os amigos.
- Na verdade, eu fui pro Rio por conta de outra coisa.
- Por conta de quê? – Minha irmã perguntou.
- Uma menina apareceu dizendo que tá esperando um filho meu e eu fui fazer o exame.
- O que? Mas isso é mentira, não é, filho?
- Pode ser verdade, mãe! – Encarei minhas mãos. – Ela é uma moça rica, bem na dela, acho que não precisa mentir.
- Luan, que loucura! Meu Deus! Olha o que você arrumou. – Meu pai disse.
- Eu sei, pai! Eu sou o culpado por tudo isso...Eu bebi demais e deu nisso. – Minha mãe, que estava do meu lado me abraçou.
- Ôh, filho! Nós vamos te ajudar a resolver isso!
- Eu acho que nunca mais vou ter a Carol de volta depois disso, mãe. Ela viu a gente em um restaurante á menina contou tudo pra ela.
- Vocês se encontraram lá? Eu disse mesmo pra ela que estava lá, quando ela veio aqui me entregar os meninos pra passar a noite aqui.
- Então por isso que ela veio mais cedo também? – Bruna disse.
- Veio? – Ela assentiu.
- Ontem de noite, acho que antes de você chegar, ela me pediu pra levar eles lá. – Suspirei pensando como Eduarda e Carolina estavam.

*
Eduarda estava trancada no quarto desde que chegamos em casa e me pediu para não ir a escola. Eu deixei, por saber o quanto ela estava sofrendo.
Não fui trabalhar também e depois que os meninos saíram com Suzi, eu fui até o seu quarto.
-Duda, tá tudo bem?
- Bem não está, mãe...
- Ôh, meu amor! Não fica assim!
- Como não? Meu pai não podia ter feito isso com a gente. Não podia! – Ela começou a chorar e eu lhe puxei para um abraço.
- Filha, ele não fez nada comigo, muito menos com você e seus irmãos.
- Fez sim! Ele ta perdendo as chances de termos nossa família de volta.
- Duda, ele é seu pai e você não tem que se meter nisso. Nós estamos separados também.
- Eu só queria vocês juntos de novo, ele aqui em casa, brincando com a gente, com aquele jeito que só ele tem. A nossa família unida de novo! – A carinha dela me deu tanta dó.
Puxei ela de novo para um abraço e assim que nos separamos, eu levei um susto com Luan parado na porta.
- Desculpa entrar assim, mas eu ainda tenho a chave e resolvi vir me desculpar com vocês, porque sei que não tem explicação.
- Você não podia ter feito isso, pai!
- Eu sei que não, filha. Me perdoa?
- Eu só queria todo mundo junto de novo...
- Se depender de mim, nós vamos ficar juntos de novo! – Ele disse e eu me calei, encarando o chão.
- Mãe, perdoa o meu pai! Vamos esquecer essa loira aguada que ele engravidou e sermos uma família feliz de novo!
- Duda, não dá pra simplesmente esquecer. Ela está grávida!
- Carol, aceita a sugestão da Duda, vai?
- Eu...Vou descer, se quiserem alguma coisa é só falar! – Eu passei por ele rápido e fui para cozinha. Lá eu chorei, como estava querendo desde que presenciei a cena dele com outra mulher no restaurante.

*
A semana se passou rápido e eu voltei a fazer meus shows e tentei dar o melhor de mim em cima do palco. Assim que cheguei de viagem dei de cara com Flávia na minha casa e estranhei. Meu pai me disse que ela estava com o exame de DNA, tinha conseguido seu número e ligado para que ele fosse lhe pegar no aeroporto.
- Você já abriu?
- Não...
- Posso ir tomar um banho antes?
- Pode sim... – Ela disse e pela primeira vez, um sorrisinho saiu de seus lábios.
Subi as escadas correndo e tentei demorar o máximo no banho, adiando aquele momento. Mas não adiantou muito, já que de um jeito ou de outro, ele chegou.
Desci as escadas devagar e vi ela comendo um pedaço de bolo da minha mãe.
Apesar de ter visto na cara da minha mãe que não tinha simpatizado muito com ela, era sempre simpática com todo mundo.
A porta da sala abriu e quem eu menos queria que presenciasse aquele momento, apareceu. Carolina entrou com Bruna e ficaram completamente sem graça, assim que viram Flávia e perceberam o clima que estava.
Eu terminei de descer rápido as escadas e peguei o envelope em cima da mesa.
- Vamos abrir isso logo... - Comecei a ler e na ultima linha tinha a resposta para tudo. – Positivo! – Eu suspirei e antes que ficasse um clima ali de novo, meu pai se levantou e disse para Flávia que já estava quase na hora de seu vôo. Ela se despediu de todos e saiu com ele. Minha mãe foi para cozinha e Bruna, foi até eu quarto.
- Parabéns...
- Você sabe que eu não tô feliz com isso!

- E você também sabe que apesar de tudo, essa criança não tem culpa de nada.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Capítulo 157






Me calei e fui em silêncio até chegar no hotel da outra cidade. Rober me acompanhou até o quarto e me falava os meus compromissos.
- Luan?
- Eita! O que foi? – Me assustei com seu grito.
- Tá no mundo da lua?
- Pensando na bagunça que tá a minha vida...
- Desculpa, boi, mas foi você mesmo que bagunçou.
- E eu não sei? Ah que ódio! Não sei mais o que eu faço.
- Vai dormir pra ficar melhor pro show mais tarde e eu já anotei seus compromissos, vou colocar aqui porque pelo visto, você não vai me ouvir.
- Valeu, boi! – Me levantei e fui até o banheiro.
Tomei um banho demorado e relaxamente e fui para cama. Dormir rápido.
Acordei sentindo beijos molhados por meu pescoço e já sorri antes mesmo de abrir os olhos, imaginando quem era.
- Carol?
- Oi... – Ela riu e eu abri os olhos.
- Que bom que chegou! – Me virei e lhe puxei para um abraço.
- To morrendo de fome e você?
- Também to... – Me sentei na cama e peguei o telefone.
Depois que comemos o nosso lanche, fomos ver televisão, na verdade, só ela via, já que eu prestava a atenção em seu jeito, seu sorriso e logo lembrei da bomba que aconteceu mais cedo e fechei a cara. Eu realmente não estava acreditando.
- O que você tem?
- Eu? Nada!
- Claro que tem, Luan. Tá estranho. Calado demais!
- Eu sou calado, muié! – Tentei brincar.
- Ah é sim! Até parece! – Ela riu e eu lhe acompanhei.
- É que eu ando muito cansado, estressado, entende?
- Entendo...Realmente parece tenso. Que tal uma massagem?
- Na hora! – Me virei de bruços na cama e ela riu, antes de sentar em cima da minha bunda.
Suas mãos macias faziam uma massagem ótima nos meus ombros e nas minhas costas. Fechei os olhos e suspirei de tão gostoso que aquilo estava.
- Tá relaxando...
- Impossível não relaxar com você! – Ela se calou e mesmo se conseguir vê-la direito, eu já imaginava suas bochechas vermelhas.
Depois algum tempo, eu lhe puxei pela mão e ela caiu do meu lado na cama. Fiquei por cima dela, colando nossos corpor.
- Que susto!
- Eu to com saudade de uma coisa, sabia?
- É? De quê? – Coloquei minhas mãos em sua nuca e lhe puxei para um beijo.
Minhas mãos desceram para o seu corpo, apertando sua cintura e coxa. Ela suspirava entre o beijo, apertava meus braços e puxava de leve meus cabelos da nuca.
Entrelacei suas pernas na minha cintura e desci meus beijos para o seu queixo e depois para o seu pescoço. Como era bom seu cheiro, me viciava.
Tirei sua blusa com o maior cuidado do mundo e meus lábios foram parar na sua barriga, que se encolhia a cada beijo molhado que eu deixava por lá, por eles estarem gelados.
Fiquei de joelhos entre as suas pernas e tirei minha camisa, juntamente da bermuda. Ela me olhava mordendo os lábios de um jeito tão meigo e sexy, que eu me pus entre suas pernas e voltei beijando sua boca com tudo. Eu chupava seus lábio e sua língua o mais forte que conseguia, queria mesmo sentir o seu gosto e deixar ele gravado na minha boca.
Depois de fazermos horas de amor naquela cama de hotel, liguei o ar condicionado e nós nos deitamos de bruços na cama, com o lençol tapando da cintura pra baixo. Eu fazia carinho em suas costas descobertas e ela no meu cabelo. Além de Eduarda, era a única pessoa que eu deixava mexer no meu cabelo e gostava.
- Eu tava morrendo de saudade de você!
- Não mais que eu...
- Pode ter certeza! – Ela me olhou sorrindo. – Olha, que tal você viajar comigo até semana que vem?
- Semana que vem?
- É, amor. Eu vou emendar essa semana de shows e queria que você ficasse comigo até domingo que vem.
- Não sei, Luan. Eu tenho filhos, esqueceu?
- Como? Se eles também são meus. – Ela riu.
- É sério, amor! Não sei!
- Por favor...Por mim? Minha mãe fica com ele de boa. Ela vai amar!
- Ah vai! Só vai dar trabalho pra ela.
- Claro que não!
- Tá, vai... – Ela suspirou e eu sorri vitorioso.
Minha mãe adorou a idéia de ficar com os netos e disse que imediatamente iria mandar Bruna pegá-los com Suzi, ainda disse que estava torcendo para nossa volta e eu parei pra pensar naquilo. Depois de tudo que tinha acontecido, eu mesmo não estava mais com coragem pra pedir pra voltar pra ela. Afastei meus pensamentos, assim que ouvi um grito de Carol.
- O que foi?
- Já era pra gente está arrumados. – Ela se levantou da cama correndo e eu fiz o mesmo.
Entramos no box do banheiro desesperados e rimos um do outro.

Chegamos no local do show e ela morria de medo de que algum repórter lhe visse, mas eu não estava nem ligando, pelo contrário, queria mesmo que alguém lhe visse e já estava preparado para no dia seguindo estar em todos os sites de fofocas uma possível volta nossa.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Capítulo 156





Assim que cheguei no hotel, pedi um lanche e comi no quarto mesmo, assistindo TV.
Meu personal me ligou, perguntando a hora que iríamos para academia e aquele dia eu estava com tanta preguiça, que falei com ele que não malharia.
Fiquei deitado na cama, com o ar condicionado ligado, já que o calor era infernal.
Carolina me mandou uma mensagem ás seis horas da tarde e era uma foto que Eduarda tinha tirado naquele dia para uma marca de roupas.
“ Tá linda!” – Eu enviei para Carolina e logo tive a resposta.
“ Eu sei, papai, mas obrigada do mesmo jeito. Haha” – Eduarda que me respondeu e eu ri dela.
Fiquei vendo aquela foto e me lembrei de quanto conheci ela e sua mãe, era tão pequena e gordinha, mal sabia falar e andar. Não sabia comer sozinha, nem tomar banho sozinha e vendo aquela foto de uma moça linda, eu até me emocionei.
Ás vezes a Bruna e outras pessoas que não sabiam que ela não era minha filha de sangue, me falavam o tanto que ela se parecia comigo e eu acabei acreditando.
Apesar de não ter visto ela nascer, nem fazer suas primeiras coisas, eu não a amava menos que os meus filhos de sangue, pelo contrário, as vezes lhe dava mais coisas e atenção do que para eles e isso nunca iria mudar, porque ela sempre foi e sempre vai ser a minha primeira filha.
Depois de um tempo observando aquela foto, eu suspirei sorrindo e resolvi postar para que todos vissem o quanto ela era linda e com a certeza também de que iria ter mais trabalho para ela depois daquele post. Eu queria e muito lhe ajudar, já que ela sempre dizia ser aquele o seu sonho. Viajar pelo mundo pra ser fotografada, então eu iria mover mundos e fundos para realizá-lo.



Tem modelo mais linda que essa, gente? Mas ela é só minha!

Sabia que ela iria se derreter com aquela legenda e ri, assim que acabei de escrever.
E como eu pensei, logo recebi uma mensagem sua no meu celular.
“Você também é lindo e é só meu, pai. Te amo!”
“ hahaha Eu também te amo, meu amor!”
Depois de enviar a mensagem, bocejei e resolvi dormir um pouco, coisa de uma hora, já que eu teria que levantar ás oito horas para tomar um banho e ir par ao local do show.
No outro dia, eu fui acordado pelo Rober me chamando sem parar e com muito custo, consegui abrir os olhos.
- O que foi, em? – Minha voz saiu rouca.
- Mudanças de planos, você tem uma entrevista agora pra uma rádio, depois a gente almoça em um restaurante e parte pra outra cidade.
- Que horas são? – Me sentei na cama, enquanto bocejava.
- Nove horas...
- O que? Espera, e a Carol? Caramba, eu esqueci dela! – Passei as mãos no rosto e ele riu.
- É, mas eu não. Já liguei pra ela avisando da nossa mudança de planos e se queria vir pra cá mesmo assim e ela achou melhor a gente ir pra outra cidade e depois mandar o jatinho pra buscá-la.
- Sério? Valeu, testa! – Me levantei.
- Eu sei que sempre salvo a pátria.
- Não exagera! – Gritei, assim que cheguei no banheiro, e ri.
Tomei um banho pra despertar aquele sono que eu estava sentindo, me arrumei com ele me apressando sem parar e enfim, fomos para tal rádio.
Eu respondi bastante perguntas e até cantei um pouco para eles, antes de encerrar a entrevista. Como o Rober havia me dito, nós entramos na van e dali, fomos para um restaurante que estávamos acostumados a freqüentar sempre que íamos para ali.
A van parou bruscamente, assim que saímos do restaurante e nós nos assustamos.
Me levantei, assim como todos, para ver o que acontecia e era uma mulher parada bem em frente, de braços cruzados e uma cara feia, deixando todo mundo sem entender, já que deu para perceber que não era fã pela sua cara e seu jeito.
Arleyde desceu para ver o que podia fazer e pude ver de longe ela tentando voltar para van, mas a menina segurava seu braço.
- Eu vou lá...
- Espera aqui, Luan.
- Não! – Eu fui em direção a porta e assim que a mulher me viu, correu ao meu encontro.
- Luan, eu preciso falar com você.
- O que foi?
- A gente não tem tempo agora. – Arleyde disse, mas foi em vão.
- O assunto é grave! – Ela quase gritou
- O que é?
- Não dá pra falar aqui...
- Então não vai dar pra gente conversar! – Eu já começava a me irritar.
Ela revirou os olhos e bufou.
- É sério... – Eu já virava as costas para voltar ao meu lugar na van, quando ela me parou com uma frase. – Eu to grávida e o filho é seu! – Me virei novamente para lhe olhar.
- É o que?
- É isso mesmo que você ouviu. Eu to grávida de um filho seu...
- Isso não pode ser verdade!
- É verdade e eu to disposta a fazer o teste de DNA. Quer agora? Vamos pro laboratório que quiser. Eu não quero seu dinheiro porque já tenho o suficiente, mas não quero ser mãe de filho sem pai e quero que assuma! – Ela me olhava séria.
- Espera...Eu nem te conheço!
- Ah conhece...E conhece bem! – Ela riu irônica e eu continuava a lhe olhar estático, assim como todo mundo da minha equipe.
- Luan...É verdade, cara. Vocês se conheceram em uma boate. Você tava meio bêbado. – Rober disse e eu não acreditei.
- Meio? – A menina gargalhou.
Ela era até que bonita, loira dos olhos verdes, corpão, cabelão. Realmente o tipo que eu ficaria. Depois que Rober disse que eu estava bêbado, eu caí na real. Então realmente ela poderia estar grávida, já que uma pessoa bêbada não pensa em nada.
- De onde você é? – Eu saí do transe.
- Sou do Rio de Janeiro.
- Veio aqui só por causa de mim?
- Só...Eu precisava te encontrar.
- Faz assim, semana que vem eu tenho folga e eu vou até a sua casa. Anota o endereço? Minha assessora vai marcar um teste de DNA o mais rápido possível e eu vou lá te pegar.- Ela assentiu e pegou o celular da minha mão, para anotar seu endereço.
Fui o caminho até o aeroporto atordoado, aquilo não podia estar acontecendo, logo na hora que eu iria me reconciliar com a minha mulher. Era muito azar.
- Luan, eu nem sei o que dizer...
- Nem eu Arleyde. Nem eu.
- Por que foi tão irresponsável? Imagina essa bomba agora? E a Carol? Vocês não estavam querendo voltar?
- Eu não sei a resposta pra nada disso que você me perguntou. Eu realmente não sei como vai ficar minha vida agora... – Passei as mãos pelo rosto.
- Agora é torcer pra não ser seu...
- É... – Suspirei.
- E melhora essa cara que já já a Carolina vai estar do seu lado, ou já vai querer contar?
- Não! Por enquanto eu não vou contar pra ela e não quero que ninguém conte!