sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Capítulo 148





- O que aconteceu, gente?
- Mãe, o pai me fez pagar o maior mico da minha vida, amanhã eu devo ser comentário na escola. – Ela chorava.
- Que mico, o que, Eduarda! Carolina, você não sabe aonde eu fui pegar essa menina. Eu cheguei no shopping e não achei eles, fui até o segurança e ele me disseque assim que o filme acabou viu um casal, com as características que eu tinha dado, saindo dali em uma moto e ouviu os dois conversarem que iriam para uma boate.
- É o que?
- É isso mesmo! Eu achei ela em uma boate nojenta, podre! – Ele estava nervoso.
- Mentira! Não era nada nojento nem podre! – Ela aumentou o choro. – Pessoas normais iguais a gente, eu só queria me divertir sem ninguém no meu pé.
- Eduarda, coloca na sua cabeça que você ainda é uma criança praticamente?
- Mas, mãe! Que droga!
- Olha, eu que te pegue lá de novo...Quando você for dona do seu nariz, você vai pra uma boate, mas uma boate direita, com um menino direito. Aquele lá é um sem responsabilidade.
- Não é! Ele é legal! E o que é uma boate direita pra você, Luan Santana? É boate onde só tem gente rica? Me desculpa mas eu não sou tão fútil quanto você!
- Eduarda! Olha lá como fala comigo! – Luan começou a falar mais alto.
- Vai fazer o que? Vai me bater? Você não é meu pai! – Ela gritou nos assustando e subiu as escadas correndo. Eu não sabia o que dizer, até fiquei tonta e tive que me sentar ás pressas.
- Amor, tá tudo bem? – Luan se sentou do meu lado.
- Está sim, amor! Só fiquei tonta, me desculpa pelas palavras da Eduarda...
- Ei, para. Eu entendo, eu sei que é coisa de adolescente contrariada. Você fica aqui quietinha que eu já volto pra subir com você pro quarto.
- Aonde você vai?
- Eu vou lá falar com ela do castigo dela. – Assenti.
- Não dá mole pra ela...
- Não vou dar mesmo depois das coisas que ela me disse aqui.

*
Subi até o quarto de Eduarda e assim que entrei ela estava deitada na cama e chorando. Fechei a porta e ela se sentou, me olhando.
- O que você quer aqui?
- Eduarda, olha como fala comigo, eu já disse!
- E eu já disse que eu falo como quiser, porque você não é meu pai.
- Pois fique sabendo que eu sou sim o seu pai! – Eu gritei e ela se assustou. – E você trate de me respeitar. Eu faço tudo por você, eu nunca te encostei a mão, eu sempre tenho paciência, mas já está no final, então não abusa dela! Você está de castigo, sem esse celular, sem computador, sem rua e se eu ver você junto com aquele moleque, eu nem sei o que eu faço! – Eu peguei seu celular em cima da penteadeira e sai dali batendo a porta, escutando seu choro.

*
O outro dia foi tenso, Eduarda saiu do quarto só ás duas horas, com o rosto inchado de chorar, almoçou rápido e voltou para lá. Era essa a rotina dela, até Luan ir viajar e antes de ir, ele me disse o castigo que tinha passado para ela e eu iria seguir tudo, porque não era justo as palavras que ela tinha lhe dito depois de tudo que ele já fez por ela.
Fui deixar os dois na escola e antes que saísse do carro, lhe impedi.
- Seu pai já me disse o seu castigo e vai ser tudo cumprido, até ele achar que pode acabar. Você não tinha o direito de falar assim com ele, escutou? Ele está magoado com você.
- Eu também to magoada com ele. – Seus olhos se encheram de lágrimas.
- Mas nem a metade que ele. Você disse coisas horríveis!
- Eu sei...
- E eu quero que peça desculpas, assim que ele voltar de viagem.
- Tá, mãe. Eu vou pedir, eu sei que errei falando que ele não era meu pai, mas...Eu tava com raiva, ele não tinha o direito de fazer o que fez comigo.
- Ele tinha sim, Eduarda! Você mentiu e você só tem 15 anos! – Ela suspirou. – E tem mais, se eu te ver com esse menino também, eu que vou te dar outro castigo.
- Nem ficar com a pessoa que eu gosto, eu posso mais.
- Para de drama! Logo esse seu gostar acaba. Esse menino não é pra você, minha filha. Escuta sua mãe! Eu sei do que to falando.
- Tudo bem...Eu vou terminar com ele.
- Eu acho muito bom, você quer me magoar e deixar o seu pai mais magoado que já está?
- Não...
- Então faça isso por nós e tente mudar! Você já está ficando moça, tem que mudar certas atitudes de criança mimada.
- Tudo bem, mãe. Eu vou tentar mudar, eu prometo!
- Eu ficaria muito grata por isso, filha! Eu to grávida e não quero passar mal por causa dessas coisas.
- Me desculpa! Eu não vou fazer á senhora passar mal, nem o bebê! – Ela me abraçou, passando a mão na minha barriga e eu sorri.
- Amanhã é a ultra pra saber o sexo, seu pai vem rapidinho pra ir comigo...
- Eu vou falar com ele amanhã mesmo, então.
- Que bom, filha! Você não sabe o quanto ele é apaixonado por você, desde que te conheceu.
- E eu por ele, mãe. Eu sou apaixonada por ele também! – Sorri e beijei seu rosto.
Me despedi de Enzo também, que escutava tudo quietinho e eles desceram do carro, acho que já estavam até atrasados.
Fui trabalhar mais aliviada por saber que Eduarda já estava ciente de tudo que tinha feito.
No outro dia, levantei ás sete horas, Luan me ligou e disse que já estava a caminho do consultório. O coitado estava virado.
Eduarda pediu para ir junto, para a minha surpresa, e eu deixei. Já Enzo, ficou dormindo, já que Suzi tinha chegado.
Assim que entramos no consultório, Luan estava lá, sentado na cadeira, seu rosto não negava que ainda não tinha dormido.
O abracei e selei nossos lábios um pouco demorado, morrendo de dó da carinha dele.
- Pai! – Eduarda se pronunciou e ele a olhou. – Me desculpa por tudo? – Seus olhos se encheram de lágrimas e ela encarou o chão. – Eu fui uma idiota! Eu te amo tanto, me perdoa? Por favor? Eu te amo, pai!
- Claro que sim, filha! Eu também te amo muito! – Ele beijou seu rosto, depois de lhe abraçar.
- Desculpa mesmo!
- Já está desculpada.
- Agora parem de chorar que a gente vai saber o sexo do mais novo integrante da família.
- Olha quem fala, também está quase chorando! – Luan me abraçou, com o outro braço e eu ri. Era verdade.
Não demorou para sermos chamados, então entramos para a sala de exames e eu me troquei. A doutora chegou e me mandou deitar.
- O bebê está dormindo! – Ela disse e eu sorri.
Começou a nos mostrar um monte de coisas, cabecinha, pé, braço, coluna, dizia que estava fazendo hora para ver se ele acordava. Ela deu uma mexidinha na minha barriga e eu senti ele se virar dentro de mim.
- Será que vai dar pra ver, doutora?
- Ele acordou e já ficou na posição! – Ela sorriu. – Vai dá sim! – Fiquei ansiosa enquanto ela se concentrava. Me explicou também como se via o sexo.
- Então...
- Tem uma bolinha aqui, é um menino! – Luan e Eduarda me abraçaram!
Saímos do consultório felizes. Eu jurava que era outra menina.
- Sua reza é forte, em filha! – Luan brincou e nós rimos.
- Verdade, confesso que preferia menino mesmo. Eu quero ser a única menina, quer dizer, se vocês fecharem a fábrica, se não fecharem, tenho que rezar de novo. – Ri.
- Acho que fechamos, filha.
- Será? Não sei! – Luan assoviou e nós rimos.

- Porque não é você que pari! – Dei um tapa em seu braço e ele segurou minha mão, a beijando em seguida.

3 comentários:

  1. Eita Duda rebelde �� , ainda bem que ela reconheceu que tava errada , maus um menino ����#LaisAraujo

    ResponderExcluir
  2. Foquei chocada com o que a duda falou, luan fez tudo por ela mais que bom que ela se arrependeu.
    Contínua.

    ResponderExcluir
  3. nossa a duda pegou feio falando que ele n é pai dela é logico que é pai é quem cria e n precisa ser de sangue o breno vem ai kkk continua
    cátia

    ResponderExcluir