- Não precisam
explicar nada...
- Vai ficar com raiva
de mim por isso também? – Eu falei de um modo que pareceu irônico, mas não era.
Eu confesso que estava com medo da minha filha perder o carinho que tinha por
mim.
- Não...Claro que
não, pai! Eu amei ver vocês dois juntos. Eu...Quero vocês de volta! – Ela
correu até nós e nos abraçou apertado.
- Calma, filha. –
Carolina disse.
- Quando você volta
pra casa, pai?
- A sua mãe já disse
pra ter calma, Duda. Deixa que o tempo resolve.
- Eu quero que o
tempo ande voando, então. – Nós rimos dela.
- Vamos descer? –
Carol disse e eu assenti.
- Olha, tá cheio de
piriguete lá em baixo, umas amigas aí da tia Bruna, que eu não gosto, então,
mãe, pode ficar despreocupada que eu não vou largar do meu pai pra nada.
- (risos) A é?
- Sim, porque o
senhor também não é nenhum santo.
-Eduarda, menos!
Vamos logo! – Carolina cortou e nós descemos rindo.
Minha filha me deu o
braço e como havia dito, ficou de braço
dado comigo, ou então me abraçava de lado, espantando qualquer mulher
que fosse até mim. Eu ria dela.
Estava uma moça tão
linda, já quase da minha altura. Uma verdadeira mulher em um vestido rosa, bem
maquiada e um salto bem alto no pé. Não parecia que eu já tinha pegado aquela
menina no colo, já tinha dado banho. O tempo surpreende qualquer um.
Uma ex namorada
minha, de muito tempo, umas das primeiras que eu tive, foi me cumprimentar, já
que não nos víamos á muitos anos e Eduarda bufou baixo do meu lado, me fazendo
apertar sua cintura e ela dar um pulo.
- Como o tempo passa,
não é? – Eu disse e ela concordou.
- Muito mesmo....Mas
você está cada dia melhor.
- Ah, que nada! – Eu
sorri sem jeito.
- Sua nova namorada?
– Ela apontou para Eduarda e eu franzi a testa.
- Ah não! É minha
filha!
- Sério? Tá
brincando...
- (risos) Não! Tá
vendo como o tempo passa rápido mesmo?
- Muito! Que moça
linda! Quantos anos você tem...
- Eduarda! – Ela
completou, sorrindo forçado.
- Bonito o seu nome!
- Obrigada...Tenho 16
anos.
- Confesso que parece
mais!
- Todo mundo fala! –
Eduarda sorriu cínica outra vez e eu olhei feio pra ela.
- Então, deixa eu ir
lá falar com a sua irmã. – Sorri assentindo e ela saiu dali.
- Coisa feia...
- Coisa feia nada,
pai! Gente oferecida!
- Eduarda, ela é
minha amiga de anos! Não se ofereceu.
- Se ofereceu sim! –
Ela cruzou os braços e eu ri.
- Parece até aquele
nenenzinho de dois aninhos, com esse bico, cruzando os braços. Ah como o tempo
passa! Queria que tivesse ficado pequena pra sempre, dá menos trabalho! – Ela
me olhou indignada e eu ri, antes de lhe abraçar e beijar sua bochecha.
- Pai, chega! Olha o mico! Pai! Tem uns amigos
meus chegando ali... – Lhe soltei gargalhando e ela revirou os olhos.
- Coisinha linda do
papai.
- Para, pai! – Ela
choramingou.
Os tal amigos de
Eduarda, eram filhos de alguns amigos da Bruna, que eram bem novos por sinal,
eles foram nos cumprimentar. Uma menina e um menino, bem educados por sinal.
- Que foi que você
tanto olha aí? – Eu falei, assim que seu olhar acompanhou o menino que andava.
- Hã?
- Que tanto você olha
pra esse menino?
- Ele não é lindo?
- Ih, nem vem! Eu já
tenho cabelo branco o bastante, Eduarda. Deixa pra namorar quando estiver com
dezoito anos.
- De jeito nenhum! Eu
adoro o Pedro. Quem sabe não rola...
- Vamos mudar de
assunto?
- (risos) Paizinho
mais ciumento do mundo! – Ela beijou meu rosto.
- Agora você vem, não
é?
- Ah, pai...To com
fome. Vamos comer! – Ela me puxou pela mão e eu fui obrigado a ir.
Fui pegar Breno, do
colo de Carolina, que tinha alguns dias que eu não via.
No outro dia, eu
liguei para ela avisando que iria até lá almoçar com eles e Carolina ficou
animada com a idéia. Passei em uma sorveteria, quando estava indo para lá e
comprei sorvetes, dos sabores que todo mundo gostava. Sabia de cada um,
inclusive o dela.
Quem me recebeu foi
Eduarda, que pulou no meu colo de felicidade. Ela era a que mais sentia com a
nossa separação e parecia bem feliz e animada com a idéia de voltarmos.
- Nem acredito que
veio, pai.
- Ainda trouxe
sobremesa! – Levantei a sacola e ela deu um gritinho.
- Como adivinhou?
Estava morrendo de vontade. Vou por no congelador. – Ela tomou a sacola da
minha mão e foi para cozinha.
Eu fui falar com os
meninos, que brincavam na sala. Eram tão quietinhos os dois. Me sentei no chão
e comecei a brincar também de carrinho, até Carolina aparecer e dizer que a
comida estava pronta, com um sorriso no rosto.
(...)
Estava no avião, a
caminho de Vitória – ES, quando meu celular tocou. Era Carolina, que me ligava
todos os dias e eu também ligava para ela sempre que acabava um show.
Cada dia que passava,
eu queria mais voltar com ela e tomei a decisão que lhe pediria para voltar,
mas queria fazer aquilo pessoalmente, então planejei que ela fosse passar o
final de semana comigo.
- Oi, amor. – Ela
disse e eu sorri.
- Tudo bem com você?
- Tudo ótimo, e você?
- Tudo bem...E as
crianças?
- Os meninos estão
aqui e a Duda, saiu pra fotografar, a Bruna foi com ela.
- Ela foi mesmo? – Eu
ri.
- Lógico, ela amou a
idéia. – Eduarda foi convidada para ser garota propaganda de uma grife de
roupas para adolescentes e aceitou na hora.
Confesso, que fiquei
com receio no começo, não gostava muito de expor meus filhos, mas ela ficou tão
animada que eu aceitei e Carolina também.
Depois ela veio até
com um papo que queria ser modelo e me fez pensar nisso. Queria ter um tipo de
assessoria pra contato, cartão, queria investir de verdade e eu claro, que iria
lhe ajudar. Eu fazia tudo por ela, já tinha até falado com Arleyde, que
resolveria tudo pra mim e lógico que choveria “trabalho” pra ela, já que era
minha filha.
- Olha...Queria que
viesse passar esse final de semana comigo. – Fui ao que interessa.
- Esse? Pra quê?
- Nada, ué, só quero
ficar um tempo sozinho com você. – Menti em partes.
- E as crianças,
amor?
- São só dois dias,
eles ficam com a Suzi, minha mãe, Bruna, o que não falta é gente. – Eu ri e ela
me acompanhou.
- Tudo bem...Quando
eu vou?
- Vem amanhã? O
jatinho te pega aí ás oito horas da manhã.
- Da manhã?
- Temos que
aproveitar o máximo.
- Tudo bem...Vou
arrumar minha coisas e quando Eduarda chegar, dou as coordenadas da casa pra
ela.
- (risos) Faz isso,
ela já é bem responsável e vai cuidar direitinho dos irmãos.
- Tenho certeza disso! Agora eu tenho que ir,
que tem gente com fome aqui.
- Vai lá, amor!
Beijos!
- Beijo! – Ela
desligou primeiro.
- To sentindo cheiro
de reconciliação no ar. – Rober disse e eu joguei uma almofada nele.
- Está sentindo
cheiro? Se atrasou, porque a reconciliação já foi.
- Quis dizer de volta
oficialmente mesmo...
- Então você acertou.
- Sabia que essa
separação não ia longe.
- É...Pior que eu
também.
- Você é apaixonado
por ela de verdade.
- (risos) Agora que
você viu isso, boi? Depois de tanto tempo.
Gente, reta final!
Gente, reta final!
Eduarda,melhor pessoa. A mais fofa,mais linda e mais ciumenta,tem mais ciume do Luan que a própria Carol! kkkkk ameei esse capitulo e gostei de ver q a Duda amadureceu
ResponderExcluirRETA FINAL? COMO ASSIM? NÃO PODE, JÁ TO SOFRENDO DE SAUDADES, VAI TER OUTRA NÉ? DIZ QUE SIM, ODEIO FIM DE FANFIC CARA
ResponderExcluirMais ja reta final ai meu Deus...
ResponderExcluirReta final , oh que saudades já esta me dando . Duda como sempre com ciúmes do Luan km $LaisAraujo
ResponderExcluirReta final já? Meu Deus! Fim de fic é horrível, você se apega aos personagens e depois fica sentindo falta :( kkkkkkkkk
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