*
Era um dia comum de
trabalho e em como qualquer outro, eu apressei as crianças que demoravam para
se arrumar, deixei os três na escola e segui caminho para o meu consultório. O
trânsito estava péssimo e meu carro quase não saia do lugar.
Ouvi dois motoristas
que estavam do meu lado, dizendo ter acabado de acontecer um acidente e bufei,
já que provavelmente demoraria.
Liguei para Amanda e
pedi para que remarcasse minhas consultas para outro dia, já que provavelmente
eu não sairia do trânsito tão cedo.
Enfim os carros
começaram a andar, mas pararam de novo. Olhei ao lado e vi chegando duas
ambulâncias, logo um grupo de meninas chorando, chegaram correndo também.
- Carol! – Uma disse
e eu me assustei.
Abaixei o vidro com
receio, quando vi que todas já estavam em volta do meu carro.
- Oi, meninas. Me
conhecem?
- Você ainda não
sabe? – Uma disse e eu neguei com a cabeça.
- O Luan que sofreu o
acidente, ele ainda está ali. Vai lá! – A outra menina disse.
Eu não sabia mais o
que fazer nem dizer naquela hora e com muito custo, eu consegui encostar o
carro no acostamento, tranquei ele e me aproximei correndo daquele aglomerado
de gente.
Ia me aproximando,
quando um policial me barrou.
- Luan! – Eu gritei
no impulso, assim que vi um tênis que poderia ser dele, dentro da ambulância.
- Carol? – Eu ouvir
ele dizer, antes de colocar a cabeça para o lado de fora. – Deixa ela passar...
– Na mesma hora o homem me soltou e eu corri até ele.
- Luan, o que
aconteceu? Pelo amor de Deus,como foi isso? Você tá bem? Tá todo machucado! –
Ele riu fraco.
- Calma! Eu to bem
sim, eu...Bati de frente com uma carreta.
- Eu não acredito!
Você podia ter morrido, meu Deus!
- Calma, Carol!
- Você vai de
acompanhante com ele para o hospital? – Asenti pro homem, que logo fechou a
porta da ambulância.
Os enfermeiros ali
dentro, o mandaram deitar e imobilizaram seu pescoço.
- Por que tinha outra
ambulância?
- A Flávia tava
comigo. – Ele respondeu sem jeito. – Eu não queria, mas ela insistiu tanto que
estávamos indo no shopping comprar algumas coisas pro bebê.
- Meu Deus! – Eu não
disse mais nada até o hospital.
Desceram com ele e eu
fui logo atrás, mas tive que ficar na sala de espera, claro.
Liguei para seus
pais, que chegaram no hospital em questão de minutos.
- Como ele tá, Carol?
- Tá tudo bem, Marizete, eu juro! A gente
conversou.
- Que susto, meu
Deus!
- Quer um copo de
água? – Ela assentiu e eu fui até o bebedouro.
- Carol, Eduarda
acabou de me ligar. Já sabe de tudo! – Bruna disse, assim que me aproximei de
novo. – Ela viu na televisão da escola e quer que eu vou lá lhe buscar.
- Pode ir, então. Não
adianta deixar ela agoniada lá. Depois eu pego os meninos.
- Faz assim, eu busco
ela e na hora que for pra pegar os meninos, eu vou.
- Faz isso por mim? –
Ela assentiu e me abraçou, antes de sair dali.
- E o seu carro, Carol?
Disse que veio com o Luan...
- É, eu deixei ele no
acostumento.
- Meu Deus! Me dá a
chave que eu vou lá buscar ele.
- Muito obrigada, seu
Amarildo.
- O que é isso! – Ele
abraçou a esposa e me deu um beijo na testa, antes de sair dali.
Logo o médico chegou,
dizendo que Luan já poderia receber visitas e eu falei para que sua mãe fosse
sozinha primeiro, já que era um momento mais íntimo deles.
- Você também está
acompanhando Flávia Campelo? – O médico me perguntou.
- Hã...Sim. Ela está
bem?
- Está sedada porque
está muito agitada, mas está bem sim, mas ela perdeu o bebê.
- O que?
- É...Eu sinto muito!
– Ele se despediu e saiu dali.
Apesar de tudo,
fiquei em choque. Me sentei na cadeira, ainda sem acreditar.
Marizete voltou
dizendo que Luan queria falar comigo e eu lhe dei a notícia antes de ir.
- Que triste, meu
Deus!
- É sim...Eu também
fiquei chateada.
- Você tem um coração
de ouro, Carol. Mas vai lá falar com ele. – Sorri de lado e fui até o quarto,
que ela disse que ele estava.
- Oi, queria falar
comigo. – Entrei e ele sorriu.
Dava uma dó de ver
aquela carinha toda machucada, os braços também.
- Queria
sim...Obrigado por tudo!
- Não tem que
agradecer! – Ele pegou nas minhas mãos. – Eu faço tudo por você.
- Eu também faço
qualquer coisa por você! – Sorri.
- Você já sabe da
Flávia? – Perguntei.
- Sei sim...Ela
perdeu o bebê. Eu fiquei triste por isso.
- Eu também! Mas o
importante é que ela está bem.
- O médico disse que
ela ficou agitada com a notícia.
- Você tem o número
de algum parente dela? Precisamos avisar.
- Tenho da casa dela.
- Me dá, que eu ligo.
- Obrigado por tudo.
O meu celular está aqui do lado. Uma enfermeira pegou lá e deixou aqui. –
Peguei seu celular e anotei o número da casa de Flávia.
Me afastei um pouco
do Luan e liguei. Custou, mas atenderam minha ligação.
Falei com sua mãe
tudo que tinha acontecido e ela ficou desesperada, dizendo que iria para São
Paulo na mesma hora.
- Tudo resolvido.
- Obrigado de novo...Sabe,
eu queria te fazer um pedido. Sei que não é hora, muito menos lugar, mas quero
fazer, não quero deixar pra depois.
- Pode fazer...
- Eu...Você quer
voltar pra mim? Quer voltar a ser minha?
- É tudo o que eu
mais quero, amor! – Meus olhos se encheram de lágrimas e ele me puxou para um
abraço, que não pode ser muito forte por conta de seus machucados.
- Eu te amo!
- Eu também te amo
muito e nunca mais vou deixar você ir embora. – Ele sorriu e eu retribui,
secando minhas lágrimas.
- O que? Eu ouvi
direito? Vocês voltaram? – Olhamos para porta assustados e Eduarda se aproximou
correndo.
- É, filha e dessa
vez é pra sempre! – Luan quem respondeu.
- Que susto você me
deu, pai! Mas estou tão feliz com isso que acabei de ouvir.
- (risos) Eu to bem
filha e também muito feliz! – Nós demos uma braço triplo, que foi interrompido
por batidas na porta.
Nos separamos e os
pais e a irmã de Luan, entraram no quarto.
- Seu carro já está
aqui, querida.
- Obrigada, seu
Amarildo!
- Os meninos ficaram
com a nossa empregada em casa, Carol. Eu resolvi já pegá-los também, fiz mal?
- Não, Bruna, de
jeito nenhum e obrigada também. Vocês me ajudam muito!
- Temos uma notícia
pra vocês! – Luan disse.
- O que? – Sua mãe
que perguntou.
- Eu e a Carol
voltamos e dessa vez é pra valer!
Acidente ? Ainda bem que não foi nada grave . Eles voltaram amei , Fla perdeu o bebe que triste , mas to feliz que eles voltaram . acaba fic já to sofrendo por isso . *LaisAraujo
ResponderExcluirFiquei feliz, eu ainda vou pro céu? JCKCJCJDKDKDIFJX.
ResponderExcluirAi Manu, não acredito que já vai acabar, sério :( Cê já vai começar com outra fic logo ou vai descansar um pouco? Kkkkkkk
ai que bom que o acidente n foi grave néh que pena que a flavia perdeu o bebe ah já ta acabando que triste :(
ResponderExcluircont
cátia
Que lindo eles que bom q não aconteceu nada com o Lu.... agr todo mundo feliz de novo
ResponderExcluir