quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Capítulo 159






*
Era um dia comum de trabalho e em como qualquer outro, eu apressei as crianças que demoravam para se arrumar, deixei os três na escola e segui caminho para o meu consultório. O trânsito estava péssimo e meu carro quase não saia do lugar.
Ouvi dois motoristas que estavam do meu lado, dizendo ter acabado de acontecer um acidente e bufei, já que provavelmente demoraria.
Liguei para Amanda e pedi para que remarcasse minhas consultas para outro dia, já que provavelmente eu não sairia do trânsito tão cedo.
Enfim os carros começaram a andar, mas pararam de novo. Olhei ao lado e vi chegando duas ambulâncias, logo um grupo de meninas chorando, chegaram correndo também.
- Carol! – Uma disse e eu me assustei.
Abaixei o vidro com receio, quando vi que todas já estavam em volta do meu carro.
- Oi, meninas. Me conhecem?
- Você ainda não sabe? – Uma disse e eu neguei com a cabeça.
- O Luan que sofreu o acidente, ele ainda está ali. Vai lá! – A outra menina disse.
Eu não sabia mais o que fazer nem dizer naquela hora e com muito custo, eu consegui encostar o carro no acostamento, tranquei ele e me aproximei correndo daquele aglomerado de gente.
Ia me aproximando, quando um policial me barrou.
- Luan! – Eu gritei no impulso, assim que vi um tênis que poderia ser dele, dentro da ambulância.
- Carol? – Eu ouvir ele dizer, antes de colocar a cabeça para o lado de fora. – Deixa ela passar... – Na mesma hora o homem me soltou e eu corri até ele.
- Luan, o que aconteceu? Pelo amor de Deus,como foi isso? Você tá bem? Tá todo machucado! – Ele riu fraco.
- Calma! Eu to bem sim, eu...Bati de frente com uma carreta.
- Eu não acredito! Você podia ter morrido, meu Deus!
- Calma, Carol!
- Você vai de acompanhante com ele para o hospital? – Asenti pro homem, que logo fechou a porta da ambulância.
Os enfermeiros ali dentro, o mandaram deitar e imobilizaram seu pescoço.
- Por que tinha outra ambulância?
- A Flávia tava comigo. – Ele respondeu sem jeito. – Eu não queria, mas ela insistiu tanto que estávamos indo no shopping comprar algumas coisas pro bebê.
- Meu Deus! – Eu não disse mais nada até o hospital.
Desceram com ele e eu fui logo atrás, mas tive que ficar na sala de espera, claro.
Liguei para seus pais, que chegaram no hospital em questão de minutos.
- Como ele tá, Carol?
 - Tá tudo bem, Marizete, eu juro! A gente conversou.
- Que susto, meu Deus!
- Quer um copo de água? – Ela assentiu e eu fui até o bebedouro.
- Carol, Eduarda acabou de me ligar. Já sabe de tudo! – Bruna disse, assim que me aproximei de novo. – Ela viu na televisão da escola e quer que eu vou lá lhe buscar.
- Pode ir, então. Não adianta deixar ela agoniada lá. Depois eu pego os meninos.
- Faz assim, eu busco ela e na hora que for pra pegar os meninos, eu vou.
- Faz isso por mim? – Ela assentiu e me abraçou, antes de sair dali.
- E o seu carro, Carol? Disse que veio com o Luan...
- É, eu deixei ele no acostumento.
- Meu Deus! Me dá a chave que eu vou lá buscar ele.
- Muito obrigada, seu Amarildo.
- O que é isso! – Ele abraçou a esposa e me deu um beijo na testa, antes de sair dali.
Logo o médico chegou, dizendo que Luan já poderia receber visitas e eu falei para que sua mãe fosse sozinha primeiro, já que era um momento mais íntimo deles.
- Você também está acompanhando Flávia Campelo? – O médico me perguntou.
- Hã...Sim. Ela está bem?
- Está sedada porque está muito agitada, mas está bem sim, mas ela perdeu o bebê.
- O que?
- É...Eu sinto muito! – Ele se despediu e saiu dali.
Apesar de tudo, fiquei em choque. Me sentei na cadeira, ainda sem acreditar.
Marizete voltou dizendo que Luan queria falar comigo e eu lhe dei a notícia antes de ir.
- Que triste, meu Deus!
- É sim...Eu também fiquei chateada.
- Você tem um coração de ouro, Carol. Mas vai lá falar com ele. – Sorri de lado e fui até o quarto, que ela disse que ele estava.
- Oi, queria falar comigo. – Entrei e ele sorriu.
Dava uma dó de ver aquela carinha toda machucada, os braços também.
- Queria sim...Obrigado por tudo!
- Não tem que agradecer! – Ele pegou nas minhas mãos. – Eu faço tudo por você.
- Eu também faço qualquer coisa por você! – Sorri.
- Você já sabe da Flávia? – Perguntei.
- Sei sim...Ela perdeu o bebê. Eu fiquei triste por isso.
- Eu também! Mas o importante é que ela está bem.
- O médico disse que ela ficou agitada com a notícia.
- Você tem o número de algum parente dela? Precisamos avisar.
- Tenho da casa dela.
- Me dá, que eu ligo.
- Obrigado por tudo. O meu celular está aqui do lado. Uma enfermeira pegou lá e deixou aqui. – Peguei seu celular e anotei o número da casa de Flávia.
Me afastei um pouco do Luan e liguei. Custou, mas atenderam minha ligação.
Falei com sua mãe tudo que tinha acontecido e ela ficou desesperada, dizendo que iria para São Paulo na mesma hora.
- Tudo resolvido.
- Obrigado de novo...Sabe, eu queria te fazer um pedido. Sei que não é hora, muito menos lugar, mas quero fazer, não quero deixar pra depois.
- Pode fazer...
- Eu...Você quer voltar pra mim? Quer voltar a ser minha?
- É tudo o que eu mais quero, amor! – Meus olhos se encheram de lágrimas e ele me puxou para um abraço, que não pode ser muito forte por conta de seus machucados.
- Eu te amo!
- Eu também te amo muito e nunca mais vou deixar você ir embora. – Ele sorriu e eu retribui, secando minhas lágrimas.
- O que? Eu ouvi direito? Vocês voltaram? – Olhamos para porta assustados e Eduarda se aproximou correndo.
- É, filha e dessa vez é pra sempre! – Luan quem respondeu.
- Que susto você me deu, pai! Mas estou tão feliz com isso que acabei de ouvir.
- (risos) Eu to bem filha e também muito feliz! – Nós demos uma braço triplo, que foi interrompido por batidas na porta.
Nos separamos e os pais e a irmã de Luan, entraram no quarto.
- Seu carro já está aqui, querida.
- Obrigada, seu Amarildo!
- Os meninos ficaram com a nossa empregada em casa, Carol. Eu resolvi já pegá-los também, fiz mal?
- Não, Bruna, de jeito nenhum e obrigada também. Vocês me ajudam muito!
- Temos uma notícia pra vocês! – Luan disse.
- O que? – Sua mãe que perguntou.

- Eu e a Carol voltamos e dessa vez é pra valer! 

4 comentários:

  1. Acidente ? Ainda bem que não foi nada grave . Eles voltaram amei , Fla perdeu o bebe que triste , mas to feliz que eles voltaram . acaba fic já to sofrendo por isso . *LaisAraujo

    ResponderExcluir
  2. Fiquei feliz, eu ainda vou pro céu? JCKCJCJDKDKDIFJX.
    Ai Manu, não acredito que já vai acabar, sério :( Cê já vai começar com outra fic logo ou vai descansar um pouco? Kkkkkkk

    ResponderExcluir
  3. ai que bom que o acidente n foi grave néh que pena que a flavia perdeu o bebe ah já ta acabando que triste :(
    cont
    cátia

    ResponderExcluir
  4. Que lindo eles que bom q não aconteceu nada com o Lu.... agr todo mundo feliz de novo

    ResponderExcluir