Capítulo 138

- Amor, tá tudo bem? – Me aproximei dela, que quando me viu sorriu com lágrimas nos olhos e assentiu com a cabeça. - Eu senti tanto a sua falta!

- Eu também... – Ela sussurrou e eu sorri, antes de beijar sua testa.

- Mas eu tô aqui todos os dias. – Ri e ela sorriu pra mim.

- Eu sei! – Sussurrou mais uma vez. – Cadê as crianças?

- Estão em casa! – Logo lembrei de Eduarda e decidi não falar aquilo pra ela, em plena cama de hospital.

- Trás eles...

- Quando o médico liberar, amor. Agora você não pode fazer muito esforço então não force mais a voz. – Ela assentiu e eu beijei seu rosto.

Bateram na porta e eu pedi para que entrassem. Carolina sorriu de novo, assim que viu minha família ali e como sempre, minha mãe chorou. Sempre chorona.

A semana se passou rápido e a cada dia que passava o médico dizia ser um milagre a recuperação de Carolina, que estava sendo muito rápida.

- Então, já tem previsão de alta, doutor? – Eu falava com ele pelo telefone.

- Tem sim, Luan. Eu te disse antes que ela sairia daqui com no mínimo dois meses, mas não. A recuperação dela está sendo incrível. Sem nenhuma seqüela e nenhuma dor fora do normal. Acho que com duas semanas ela está de alta. – Sorri aliviado.

- Eu queria perguntar duas coisas ao senhor. Primeiro se eu posso levar nosso filho para vê-la...

- Pode sim!

- E...Será que eu posso contar pra ela que a nossa filha não está aqui na minha casa? – Eu já tinha lhe contado por cima o que tinha acontecido.

- Olha, eu acho que ela já pode receber essa notícia. – Agradeci ele e nos despedimos.

Peguei Enzo, que minha irmã tinha acabado de arrumar para mim.

- Mais tarde eu passo lá!

- Passa sim, Bru. – Beijei sua testa e sai do quarto.

Abri a porta e vi que Carolina assistia televisão. Ela estava super bem mesmo, fazendo fisioterapia, se alimentando direito e já tínhamos conversado por quando tempo ela tinha dormido.

Assim que abri a porta, ela virou sua cabeça para me olhar e sorriu.

- Filho!

- Olha quem veio ver a mamãe! – Ela se sentou na cama com cuidado e pegou Enzo no colo, que na mesma hora lhe abraçou apertado também.

- Como ele tá grande! – Ela começou a chorar e eu me emocionei.

- Não chora assim, amor. Se não eu também não agüento! – Ela sorriu e me puxou com a mão para que me aproximasse deles. Colocou a mão na minha nuca e selou nossos lábios.

- E a Duda?

- Amor, temos que conversar. – Suspirei e ela me olhou séria.

Parecia que já estava prevendo que não vinha coisa boa pela frente.

- O que aconteceu com ela, Luan?

- Calma! Não aconteceu nada com ela!

- Então fala...

- Olha, o avô dela conseguiu a guarda provisória dela e levou a Duda pra casa dele.

- O que?

- Infelizmente eu não sou o pai dela de sangue e meu advogado não conseguiu ela de volta. Aquele velho não me deixa falar com a menina desde que levou ela.

Eu to me sentindo tão mal!

- Eu não to acreditando nisso! Aquele homem me paga.

- Se acalma! Agora que você acordou tudo fica mais fácil.

- Eu to com ódio dele!

- E eu me sentindo culpado...

- Ei! Não é pra se sentir culpado. Você fez o que pode, ele que não tem coração. Mas isso já vai se resolver.

- E vai ser bem rápido mesmo...Com duas semanas você sai daqui! – Ela sorriu e me puxou para um abraço.

Á noite, eu contava Carolina tudo que tinha acontecido enquanto ela estava em coma, por pedido da mesma. Mas aquilo não me fazia mais mal, pelo contrário, eu me sentia um vitorioso, eu achava ela uma vitoriosa por passar por tanta coisa e sair bem de tudo.

Quando ela dormiu, eu fiquei vendo televisão e fui falar com as minhas fãs no twitter, que já estavam sabendo que Carolina tinha acordado, assim como toda a imprensa.

Eu também já estava resolvendo as novas datas dos shows cancelados e voltando a agendar shows.

(...)

Carolina estava tendo alta do hospital e eu estava tão feliz por aquilo, eu confesso que já estava começando a acreditar que aquele dia não chegaria.

Assim que chegamos na casa dos meus pais, tinha alguns de nossos amigos lá, minha mãe tinha feito muita comida e Carol se emocionou.

Almoçamos todos juntos e a última a ir embora foi Eloá.

- Está cansada, amor?

- Estou, mas estou ótima! Eu nem acredito que estou aqui.

- Nem eu! Agora a gente vai esquecer essa parte ruim da nossa vida. – Ela assentiu.

A campainha tocou e eu logo me lembrei de outra surpresa, que tinha conseguido logo naquele dia.

- Por que está sorrindo assim?

- Porque chegou á surpresa que faltava! – Lhe peguei pela mão e abri a porta.

- Filha!

- Mamãe! – Carolina pegou Eduarda no colo e eu apenas assistia aquela cena.

- Que saudade de você, meu amor!

- Eu que to morrendo de saudade de você! Bem que o papai prometeu que você ia voltar.-Ela me olhou sorrindo.

- É lógico que eu ia voltar pra vocês!

- E eu? Não ganho abraço? – Me abaixei e ela foi correndo pros meus braços.

Como eu senti saudades daquela baixinha.

- Agora vai lá na vovó comer um bolo de chocolate. Tá com saudades? – Carolina disse.

- To morrendo de saudades do bolo da vovó! – Nós rimos e ela saiu correndo.

- Olha... – Ela apontou o dedo para o pai de Marcelo, que tinha ido entregar Eduarda e estava ali nos olhando. – Primeiro, eu queria te dizer que você não tinha o direito de se aproveitar da minha situação pra roubar a minha filha...

- Eu não roubei a sua filha! Só fiquei com ela enquanto você não podia.

- Você não tinha nada que se intrometer na nossa vida. Ela estava aqui, com o Luan e a família dele, sendo tratada muito bem.

- Eu só queria aproveitar esse tempo pra ficar com a menina um pouco, Carolina. Sabia que voltaria logo!

- (risos) Aham, você se aproveitou da minha situação, da minha desgraça e deveria estar torcendo para que eu morresse. Mas fique sabendo que se eu morresse, eu ia fazer de tudo lá em cima pra guarda dela ficar com o Luan!

- Você está sendo arrogante...

- E você ainda não viu nada! Não quero que se intrometa mais na minha vida. Acho melhor você nunca mais aparecer!

- Eu sou o avô dela e tenho o direito.

- Tinha, até fazer isso que você fez! Era só vim ver ela, o Luan não negaria. Agora vai embora que eu não quero mais olhar na sua cara.

- Eu não me arrependo de nada. Eu sou o avô dela, eu tenho o mesmo sangue que ela e se acontece alguma coisa com você, é comigo que ela tem que ficar.

- Não! Ela vai ficar comigo e com o pai dela.

- Ele não é...

- Ele é o pai dela sim e não é o senhor que vai dizer ao contrário, muito menos colocar isso na cabeça dela. – Ela quase gritava e eu me assustava.

- Já tá bom, amor. Você acabou de sair do hospital. É melhor ir embora!

- Eu vou sim...

- Então tchau! E não aparece mais!

- Tá tudo bem agora, amor! – Eu puxei ela para um abraço.

- Ele que quis vir devolver ela?

- Não, eu consegui na justiça porque você acordou.

- Desgraçado! Eu não quero mais ver a cara dele.

- E não vai, eu te prometo! Agora vamos pra cama, você tem que tomar banho e descansar um pouco! – Ela fez careta.

- Já cansei de dormir, amor. – Brincou.

- Boba! Tem que descansar sim, porque amanhã tem fisioterapia bem cedinho.

- Verdade, ainda sinto um pouco de dor nas mãos.

- Então...Vamos subir!

- Vamos ficar aqui?

- Vamos, porque eu tenho que começar a trabalhar e minha mãe e minha irmã vão cuidar de você e das crianças.

- Só vou dar trabalho pra elas.

- De jeito nenhum! E do jeito que você anda se recuperando rápido, acho que logo já vamos poder voltar pra casa.

- Tá bom, doutor Luan! – Ela riu e eu beijei de leve seus lábios.

- Pois saiba, que eu aprendi muitas coisas esses dias todos no hospital.

- Olha! Já pode se formar. – Revirei os olhos e ela riu.

Ia postar mais tarde mas me impressionei com os comentários tão rápidos e n tem nem a metade de visualizações que é de sempre, vim correndo assim que vi rs. Obrigada, amoores ♥