segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Capítulo 150





*
- Duda, apressa seu irmão aí! – Eu gritei da sala.
Fazia três semanas que eu tinha ganhado Breno e claro que eu ainda não tinha voltado a trabalhar.
Eduarda desceu com Enzo e Suzi o levaria para a escola, já que Luan estava em sua semana de shows. Assim que eles saíram, Breno arrumou um berreiro, como de costume. Estava no berço, no meu quarto, e sempre era assim. Chorava escandalosamente.
Eduarda subiu as escadas correndo e logo voltou com seu irmão no colo, descendo lentamente. Ela estava me ajudando muito naquele tempo. Acho que tinha pegado gosto pelo irmão, andava até faltando aula para me ajudar e aquele dia, foi um desses.
Aquela revolta toda por ter outro irmão passou e agora, o caçula era o seu mimo.
Dei de mama para Breno o coloquei para arrotar e ela pediu para faze-lo dormir e eu deixei. Era bom vê-la daquele jeito, logo ela que não queria o irmão e agora estava toda apaixonada e babona na criança.
Acordei de madrugada com o choro de Breno, como de costume, já que era sua hora preferida de ficar acordado e estava me levantando, quando senti uma mão no meu ombro e me assustei.
- Calma, amor! Sou eu. – Luan riu.
- Quer me matar, Luan?
- Não...- Ele selou nossos lábios de leve. – Volta a dormir que eu vou ver ele.
- Eu acho que ele quer mamar.
- Então você dá o mama dele, que depois eu coloco pra arrotar e dormir. – Sorri, assentindo.
Luan sempre estava se esforçando, mesmo não ficando muito em casa, ele sempre se esforçava em alguma coisa para me agradar, para agradar os filhos e isso me deixava maravilhada.
Ele fez o que havia dito e eu nem vi a hora que conseguiu fazer o filho dormir, já que estava tão cansada que dormir em menos de cinco minutos.
Acordei no outro dia, quase meio dia, e me assustei. Também não tinha escutado o choro de Breno de manhã e estranhei, mas quando desci as escadas, entendi tudo. Luan estava na sala, com ele em seu colo, bem acordado por sinal, mas quieto. Enzo brincava no tapete e Eduarda, estava ao seu lado.
- Ninguém foi pra escola, não é?
- O papai deixou a gente ficar, mãe. – Enzo disse.
- Tudo bem, mas só hoje... E você, Duda. Segundo dia que falta, não vai mais faltar. Já sabe, não é?
- Tá bom, mãe, eu sei! – Depois de da de mama para o meu filho e o colocar para dormir no chiqueirinho, que ficava na nossa sala, enfim fomos todos almoçar a lasanha de frango, que Suzi havia feito.

( 5 meses depois )

- Amiga, ainda bem que você chegou! – Tinha acabado de chegar do trabalho e encontrei Eloá no meu sofá. Me aproximei e ela me abraçou.
- Cheguei, mas...Você tá chorando? – Disse, assim que nos afastamos e eu pude ver seu rosto.
- Eu e o Miguel terminamos.
- O que? Por que, amiga? – Nos sentamos no sofá e ela aumentou o choro.
- A gente andava brigando demais e eu suspeito que ele está me traindo.
- O Miguel? Traindo você? Eu acho que não...
- É sério, Carol. Eu peguei umas mensagens muito estranhas no celular dele e você não sabe da maior, eu descobri que é da vice diretora da escola.
- Vice diretora? Mas ela é nova?
- É sim, e muito bonita por sinal. Ela chegou agora na escola também, mas eu percebo os olhares que ela lança nele, direto. Não dá mais, ele andava muito seco comigo, quase nem falava mais e só me dava patada. Eu atendi uma ligação dela, que já começou com um “amor” e pronto, foi a gota d’água.
- Eu...Sinto muito, amiga. Nem sei o que dizer. Eu gosto muito do Miguel, sempre achei ele um cara super bacana.
- Eu também acho e continuo achando, mas ele vacilou comigo e não dá mais.
- Ele confessou?
- Não, mas não te dou alguns dias pra eu saber que ele está com aquela outra lá.
- Não liga pra isso, amiga. Você é nova e linda, logo arruma outro, só termina de uma forma amigável, lembra da Ivi.
- É com ela mesmo que eu mais me preocupo.
- Vai ficar tudo bem, tá? – Lhe abracei.
- Quero mesmo que fique. Ela é tão agarrada com o pai.
- Ela vai se acostumar, hoje em dia isso é normal.
- Eu posso dormir aqui hoje, amiga? Ele vai ir embora amanhã e agora já aproveita e conversa com a Ivi sozinho.
- Claro que sim! – Eloá dormiu na minha casa naquele dia.
Luan estava fazendo show mesmo e Eduarda chegou da casa de uma amiga quase de noite.

(...)

*
Estava deitado em uma cama de hotel, olhando pro teto. Era dez horas da manhã e eu tinha perdido completamente o meu sono. Estava pensando na minha vida.
Meus filhos estavam ótimos, cada dia mais lindos, minha carreira indo de vento em poupa, as minhas fãs continuavam comigo, mas eu pensava no meu casamento. Na verdade, na Carolina. Nós não brigávamos nem nada e até isso me incomodava. Eu confesso que gostava um pouco do seu ciúmes, que tinha desaparecido de uns tempos para cá.
Até minha ex namorada, que eu não via a anos, esteve no meu camarim um dia desses, saiu fotos em todos os lugares, mas Carolina nem ligou. Na verdade, ela não tinha visto e quando eu lhe mostrei, a fim de não querer brigas, ela simplesmente não ligou. Até Eduarda veio brigar comigo por isso, menos ela.
Ás vezes eu achava que o sentimento que ela tinha por mim, estava passando junto com o tempo. Eu percebia que sempre ela estava ocupada com um dos nossos filhos, ela se ocupava até demais com eles. Não que isso não fosse bom, eram nossos filhos, mas naquele momento Carolina estava vivendo para os filhos e para o trabalho e eu, estava fora da sua lista de prioridades. Acho que nem ela mesma percebia isso, mas eu não só percebia como sentia.
Fui para casa no outro dia, cheguei á noite e todos já se preparavam para jantar. Ela ajeitava Breno em sua cadeirinha.
- Tudo bem, meus amores? – Eu beijei o rosto de cada um, que retribuíram me dando um abraço forte, até o meu caçula.
Selei seus lábios, mas ela os separou rápido, voltando á atenção para o que fazia.
- Fez boa viagem, amor? – Ela disse sem me olhar.
- Fiz sim... – Eu sorri fraco e me sentei, na cadeira que sempre costumava a sentar para fazermos as refeições.
Eduarda era a que mais falava e eu fingia prestar a atenção em tudo, apenas assentia e sorria para ela. Carolina também me fazia perguntas e eu respondia o mais breve possível.
- Eu tenho uma novidade... – Lembrei, do que iria falar para eles, já que tinha esquecido com a recepção da minha mulher.
- O que, pai? – Eduarda falou.
- Eu vou fazer uma turnê pelos Estados Unidos.
- Sério? – Todos me abraçaram e comemoram, até mesmo ela.
Como eu sempre via, nem ela mesmo percebia o que fazia comigo ás vezes e muito menos que eu me magoava.
Fui tomar um banho e fiquei bons minutos de baixo do chuveiro, pensando. Me troquei e desci para sala. Carolina havia ido colocar Breno para dormir e logo voltou e se juntou a mim, Eduarda e Enzo. Ficamos os quatro vendo TV até bem tarde.
Assim que resolvemos ir dormir, eu fui o primeiro a me levantar e ela logo atrás. Me abraçou e eu retribui, beijando seu rosto.
Me joguei na cama do nosso quarto e ela foi em direção ao banheiro. Eu tinha total consciência que realmente não era fácil para ela ficar com uma adolescente e duas crianças, mesmo com a ajuda de Suzi, mas isso não justificava sua ausência comigo.
 Ela foi tomar banho aquela hora por falta de tempo e acredito que todos os dias eram daquele jeito, me senti até um pouco culpado por não ser tão presente na vida deles, por não poder ajudá-la sempre.
Ela voltou toda cheirosa para cama, com uma camisola meio transparente e se deitou do meu lado sorrindo. Sorri para ela também e acariciei sua bochecha com o polegar.
- Boa noite! – Ela sussurrou e beijou meu rosto.
- Boa noite! – Eu puxei seu rosto com as minhas mãos e selei nossos lábios, demoradamente.
Aprofundei aquele selinho, que virou um beijo e foi esquentando aos poucos.
Me coloquei por cima dela e minhas mãos já passeavam pelo seu corpo, levantando sua camisola, apertando sua coxa.
- Amor... – Ela cortou o beijo ofegante. – Me desculpa, mas...Eu to muito cansada. Deixa pra outro dia. – Eu lhe olhei desapontado, suspirei e me joguei do seu lado.
- Não, tudo bem...Me desculpa eu.
- Te desculpar pelo o que? Não somos nenhum casal de adolescentes que não podem ir para cama e o menino passou dos limites, para você pedir desculpas. – Ela disse rindo e se aproximou, para acariciar meu rosto.
- É...Você tem razão. – Tentei sorri.

- Boa noite, meu amor. Eu te amo! – Ela selou nossos lábios e eu apenas sorri em resposta. Estava chateado demais para dizer que a amava.

6 comentários:

  1. Oh céus , vem uma crise das brabas �� #LaisAraujo

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  2. Eu realmente adoro suas fic's, você escreve bem demais. Estou ansiosa pelo próximo capítulo.

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  3. Lá vem, crise se aproximando ??
    Valeria

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  4. Omg tadinho da eloa gente,Luan ta certo uma briguinha é boa com uma reconciliação melhor ainda.
    Amor acho que tu não vai ver meu comentário,mais amanhã (20/01/2015) faço 13 anos e se possível dedica pra mim o próximo capítulo sei que é meio enxirimento mais eu gosto muito da tua fic.
    Continua.

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  5. Nossa ela ta vacilando em.
    Contínua.

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  6. que do do luh,mas a carol ta vacilando hem depois é traida e n sabe pq,vai vim umas crises da brabas só acho
    cont
    cátia

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