*
- Duda, apressa seu
irmão aí! – Eu gritei da sala.
Fazia três semanas
que eu tinha ganhado Breno e claro que eu ainda não tinha voltado a trabalhar.
Eduarda desceu com
Enzo e Suzi o levaria para a escola, já que Luan estava em sua semana de shows.
Assim que eles saíram, Breno arrumou um berreiro, como de costume. Estava no
berço, no meu quarto, e sempre era assim. Chorava escandalosamente.
Eduarda subiu as
escadas correndo e logo voltou com seu irmão no colo, descendo lentamente. Ela
estava me ajudando muito naquele tempo. Acho que tinha pegado gosto pelo irmão,
andava até faltando aula para me ajudar e aquele dia, foi um desses.
Aquela revolta toda por ter outro irmão passou e agora, o caçula era o seu mimo.
Dei de mama para
Breno o coloquei para arrotar e ela pediu para faze-lo dormir e eu deixei. Era
bom vê-la daquele jeito, logo ela que não queria o irmão e agora estava toda
apaixonada e babona na criança.
Acordei de madrugada
com o choro de Breno, como de costume, já que era sua hora preferida de ficar
acordado e estava me levantando, quando senti uma mão no meu ombro e me
assustei.
- Calma, amor! Sou
eu. – Luan riu.
- Quer me matar,
Luan?
- Não...- Ele selou
nossos lábios de leve. – Volta a dormir que eu vou ver ele.
- Eu acho que ele
quer mamar.
- Então você dá o
mama dele, que depois eu coloco pra arrotar e dormir. – Sorri, assentindo.
Luan sempre estava se
esforçando, mesmo não ficando muito em casa, ele sempre se esforçava em alguma
coisa para me agradar, para agradar os filhos e isso me deixava maravilhada.
Ele fez o que havia
dito e eu nem vi a hora que conseguiu fazer o filho dormir, já que estava tão
cansada que dormir em menos de cinco minutos.
Acordei no outro dia,
quase meio dia, e me assustei. Também não tinha escutado o choro de Breno de
manhã e estranhei, mas quando desci as escadas, entendi tudo. Luan estava na
sala, com ele em seu colo, bem acordado por sinal, mas quieto. Enzo brincava no
tapete e Eduarda, estava ao seu lado.
- Ninguém foi pra
escola, não é?
- O papai deixou a
gente ficar, mãe. – Enzo disse.
- Tudo bem, mas só
hoje... E você, Duda. Segundo dia que falta, não vai mais faltar. Já sabe, não
é?
- Tá bom, mãe, eu
sei! – Depois de da de mama para o meu filho e o colocar para dormir no
chiqueirinho, que ficava na nossa sala, enfim fomos todos almoçar a lasanha de
frango, que Suzi havia feito.
( 5 meses depois )
- Amiga, ainda bem
que você chegou! – Tinha acabado de chegar do trabalho e encontrei Eloá no meu
sofá. Me aproximei e ela me abraçou.
- Cheguei, mas...Você
tá chorando? – Disse, assim que nos afastamos e eu pude ver seu rosto.
- Eu e o Miguel
terminamos.
- O que? Por que,
amiga? – Nos sentamos no sofá e ela aumentou o choro.
- A gente andava
brigando demais e eu suspeito que ele está me traindo.
- O Miguel? Traindo
você? Eu acho que não...
- É sério, Carol. Eu
peguei umas mensagens muito estranhas no celular dele e você não sabe da maior, eu descobri que é
da vice diretora da escola.
- Vice diretora? Mas
ela é nova?
- É sim, e muito
bonita por sinal. Ela chegou agora na escola também, mas eu percebo os olhares
que ela lança nele, direto. Não dá mais, ele andava muito seco comigo, quase
nem falava mais e só me dava patada. Eu atendi uma ligação dela, que já começou
com um “amor” e pronto, foi a gota d’água.
- Eu...Sinto muito,
amiga. Nem sei o que dizer. Eu gosto muito do Miguel, sempre achei ele um cara
super bacana.
- Eu também acho e
continuo achando, mas ele vacilou comigo e não dá mais.
- Ele confessou?
- Não, mas não te dou
alguns dias pra eu saber que ele está com aquela outra lá.
- Não liga pra isso,
amiga. Você é nova e linda, logo arruma outro, só termina de uma forma
amigável, lembra da Ivi.
- É com ela mesmo que
eu mais me preocupo.
- Vai ficar tudo bem,
tá? – Lhe abracei.
- Quero mesmo que
fique. Ela é tão agarrada com o pai.
- Ela vai se
acostumar, hoje em dia isso é normal.
- Eu posso dormir
aqui hoje, amiga? Ele vai ir embora amanhã e agora já aproveita e conversa com
a Ivi sozinho.
- Claro que sim! –
Eloá dormiu na minha casa naquele dia.
Luan estava fazendo
show mesmo e Eduarda chegou da casa de uma amiga quase de noite.
(...)
*
Estava deitado em uma
cama de hotel, olhando pro teto. Era dez horas da manhã e eu tinha perdido
completamente o meu sono. Estava pensando na minha vida.
Meus filhos estavam
ótimos, cada dia mais lindos, minha carreira indo de vento em poupa, as minhas
fãs continuavam comigo, mas eu pensava no meu casamento. Na verdade, na
Carolina. Nós não brigávamos nem nada e até isso me incomodava. Eu confesso que
gostava um pouco do seu ciúmes, que tinha desaparecido de uns tempos para cá.
Até minha ex
namorada, que eu não via a anos, esteve no meu camarim um dia desses, saiu
fotos em todos os lugares, mas Carolina nem ligou. Na verdade, ela não tinha
visto e quando eu lhe mostrei, a fim de não querer brigas, ela simplesmente não
ligou. Até Eduarda veio brigar comigo por isso, menos ela.
Ás vezes eu achava
que o sentimento que ela tinha por mim, estava passando junto com o tempo. Eu
percebia que sempre ela estava ocupada com um dos nossos filhos, ela se ocupava
até demais com eles. Não que isso não fosse bom, eram nossos filhos, mas naquele
momento Carolina estava vivendo para os filhos e para o trabalho e eu, estava
fora da sua lista de prioridades. Acho que nem ela mesma percebia isso, mas eu
não só percebia como sentia.
Fui para casa no
outro dia, cheguei á noite e todos já se preparavam para jantar. Ela ajeitava
Breno em sua cadeirinha.
- Tudo bem, meus
amores? – Eu beijei o rosto de cada um, que retribuíram me dando um abraço forte,
até o meu caçula.
Selei seus lábios,
mas ela os separou rápido, voltando á atenção para o que fazia.
- Fez boa viagem,
amor? – Ela disse sem me olhar.
- Fiz sim... – Eu
sorri fraco e me sentei, na cadeira que sempre costumava a sentar para fazermos
as refeições.
Eduarda era a que
mais falava e eu fingia prestar a atenção em tudo, apenas assentia e sorria
para ela. Carolina também me fazia perguntas e eu respondia o mais breve
possível.
- Eu tenho uma
novidade... – Lembrei, do que iria falar para eles, já que tinha esquecido com
a recepção da minha mulher.
- O que, pai? –
Eduarda falou.
- Eu vou fazer uma
turnê pelos Estados Unidos.
- Sério? – Todos me
abraçaram e comemoram, até mesmo ela.
Como eu sempre via,
nem ela mesmo percebia o que fazia comigo ás vezes e muito menos que eu me
magoava.
Fui tomar um banho e
fiquei bons minutos de baixo do chuveiro, pensando. Me troquei e desci para
sala. Carolina havia ido colocar Breno para dormir e logo voltou e se juntou a
mim, Eduarda e Enzo. Ficamos os quatro vendo TV até bem tarde.
Assim que resolvemos
ir dormir, eu fui o primeiro a me levantar e ela logo atrás. Me abraçou e eu
retribui, beijando seu rosto.
Me joguei na cama do
nosso quarto e ela foi em direção ao banheiro. Eu tinha total consciência que
realmente não era fácil para ela ficar com uma adolescente e duas crianças,
mesmo com a ajuda de Suzi, mas isso não justificava sua ausência comigo.
Ela foi tomar banho aquela hora por falta de tempo e
acredito que todos os dias eram daquele jeito, me senti até um pouco culpado
por não ser tão presente na vida deles, por não poder ajudá-la sempre.
Ela voltou toda
cheirosa para cama, com uma camisola meio transparente e se deitou do meu lado
sorrindo. Sorri para ela também e acariciei sua bochecha com o polegar.
- Boa noite! – Ela
sussurrou e beijou meu rosto.
- Boa noite! – Eu
puxei seu rosto com as minhas mãos e selei nossos lábios, demoradamente.
Aprofundei aquele
selinho, que virou um beijo e foi esquentando aos poucos.
Me coloquei por cima
dela e minhas mãos já passeavam pelo seu corpo, levantando sua camisola,
apertando sua coxa.
- Amor... – Ela
cortou o beijo ofegante. – Me desculpa, mas...Eu to muito cansada. Deixa pra
outro dia. – Eu lhe olhei desapontado, suspirei e me joguei do seu lado.
- Não, tudo bem...Me
desculpa eu.
- Te desculpar pelo o
que? Não somos nenhum casal de adolescentes que não podem ir para cama e o
menino passou dos limites, para você pedir desculpas. – Ela disse rindo e se
aproximou, para acariciar meu rosto.
- É...Você tem razão.
– Tentei sorri.
- Boa noite, meu
amor. Eu te amo! – Ela selou nossos lábios e eu apenas sorri em resposta.
Estava chateado demais para dizer que a amava.
Oh céus , vem uma crise das brabas �� #LaisAraujo
ResponderExcluirEu realmente adoro suas fic's, você escreve bem demais. Estou ansiosa pelo próximo capítulo.
ResponderExcluirLá vem, crise se aproximando ??
ResponderExcluirValeria
Omg tadinho da eloa gente,Luan ta certo uma briguinha é boa com uma reconciliação melhor ainda.
ResponderExcluirAmor acho que tu não vai ver meu comentário,mais amanhã (20/01/2015) faço 13 anos e se possível dedica pra mim o próximo capítulo sei que é meio enxirimento mais eu gosto muito da tua fic.
Continua.
Nossa ela ta vacilando em.
ResponderExcluirContínua.
que do do luh,mas a carol ta vacilando hem depois é traida e n sabe pq,vai vim umas crises da brabas só acho
ResponderExcluircont
cátia