*
Luan voltou de seus
shows depois de uma semana. Depois que almoçamos, fomos até a casa de seus
pais, já que sua mãe tinha me ligado mais cedo e nos chamado para ir lá com as
crianças tomar um banho de piscina.
Nosso dia passou
divertido, até Luan me chamar para dentro de casa e eu fui.
- Vamos ali comigo?
- Aonde, amor? – Ele
não me respondeu e pegou na minha mão.
Quando me dei conta,
já estávamos na nossa casa. – Por que me trouxe pra casa? – Disse assim, que
entramos na sala.
- Carolina, a gente
precisa conversar.
- Por que? – Ainda
não estava entendendo nada.
- Eu não agüento mais
viver assim...
- O que aconteceu,
Luan?
- Você, vive me
evitando, não fala direito comigo. Hoje mesmo, você me deu um beijo assim que
cheguei?
- Não deu tempo e...
- Nunca dá tempo. A
verdade é que você nunca tem tempo pra mim, sempre tá cansada e eu fico em
segundo plano na sua vida.
- Por que tá dizendo
isso, Luan?
- Porque é a verdade
e eu cansei, Carolina, simplesmente cansei! Eu quero um tempo.
- Um o que?
- É isso mesmo. Quero
pensar na vida e você aproveita pra fazer o mesmo.
- Luan, você não pode
fazer isso com a gente! – Meus olhos já estavam marejados.
- Vai ser melhor pra
nós dois.
- Por favor... – Eu
me sentei no sofá ainda chorando e ele abaixou na minha frente.
- Vai ser melhor, eu
tenho certeza!
- Fale por você,
então! Eu não vivo mais sem você... – Eu o abracei pelo pescoço e ele suspirou.
- É só um tempo...
- Eu não consigo mais
viver tempo nenhum sem você. – Ele não me respondeu mais, só tirou meus braços
de seu pescoço e se levantou lentamente. – Não vai... – Eu disse mais uma vez,
em vão. – Luan! – Eu gritei seu nome, mas já era tarde demais, ele já tinha
saído.
Fiquei naquele sofá
chorando por um bom tempo, até me lembrar dos meus filhos e ir tomar um banho.
Vestia a minha roupa, quando ouvi as vozes deles na sala.
Enzo foi tomar banho
e Eduarda colocou Breno no berço, que já dormia.
- Mãe, me diz o que
aconteceu? – Ela se sentou do meu lado, assim que voltou.
- Não aconteceu
nada...
- Não menti pra mim!
Por que meu pai disse que vai dormir na casa da vovó do nada?
- Duda, eu e seu pai
estamos em uma crise.
- Mãe, vocês não
podem se separar...
- A gente vai ficar
bem, filha! – Ela me abraçou e deitou sua cabeça no meu ombro.
Eu já não sabia mais
o que faria sem ele e quanto esse tempo dele duraria.
(...)
Eduarda estava sendo
um anjo pra mim, me ajudando demais com os irmãos, já que eu estava um trapo e
nem no trabalho mais, queria ir.
Já tinha se passado
três dias daquilo tudo e eu não tinha mais visto o Luan, ele ligava só para
Eduarda e falava com ela e as crianças. Era muito dolorosa, só com três dias eu
sentia mais saudades de quando ele ia fazer show. Acho que já era o meu coração
com receio de que ele fosse embora e não voltaria mais.
Mas para minha
surpresa, ele apareceu naquele dia em casa, era de noite e primeiro nós
jantamos, eu estava feliz e meus filhos, nem se fala. Todos morrendo de
saudades do pai.
Fomos para sala
depois do jantar e ele disse, que iria nos falar uma coisa.
- Amanhã eu viajo pra
turnê no Estados Unidos.
- O que? – Eu quase
gritei e ele me olhou.
- Eu já vou amanhã,
Carol.
- Por que, Luan? Pelo
o que vi na internet, é só daqui a duas semanas.
- Eu vou passar esse
tempo lá, refrescando a minha cabeça.
- Eu não acredito,
pai! – Eduarda se intrometeu. – O senhor não pode fazer isso com a gente. Eu
imaginava que nós iríamos nessa turnê ver você brilhar como sempre, eu
imaginava isso mais como uma viagem de família.
- Eduarda, você
precisa entender...
- Eu não vou e nem
quero entender! Eu quero minha família de volta! – Sua voz saiu falhada e eu
suspirei.
- Você nunca vai
deixar de ter uma família.
- Já estou deixando,
papai, já estou deixando e o senhor nem estar percebendo.
- Não, filha, não
está! Eu vou sozinho, mas...Eu trago presente pra todo mundo.
- Eu não quero
presentes, eu não quero nada material. Eu quero que a gente vá junto e fazemos
uma viagem feliz.
- Duda... – Ela não
esperou Luan acabar de falar e saiu dali correndo, subindo as escadas.
- Filho, vai pro seu
quarto, vai? – Enzo assentiu e deu um beijo no rosto de Luan.
Peguei Breno, que
estava em seu colo, dormindo, e o coloquei dentro do chiqueirinho.
- Quando eu voltar eu
vou conversar com ela...
- Ela está certa,
Luan! Você está se afastando.
- Não estou,
Carolina. Pode ter certeza que eu sei a sensação de ser evitado e eu não estou
fazendo isso com você, muito menos com os nossos filhos. – Deixei escapar uma
lágrima.
- É isso mesmo que
você quer? Você já vai mesmo viajar?
- Eu vou viajar sim e
é só uma viagem, vocês falando assim parece que eu nunca mais volto.
- Não sei de mais
nada, Luan.
- Até daqui a...três
semanas.
- Até, Luan! – Eu
suspirei e me aproximei dele.
Acariciei seu rosto
com o meu dedo e logo depois seus lábios, que só agora eu estava sentindo o
quanto me fazia falta.
- Saiba que é muito
especial pra mim... – Ele me disse e eu assenti.
- Você também...Eu te
amo muito, meu amor! E eu vou ter você de volta. – Ele sorriu de canto e eu
juntei os nossos lábios.
Depois de um beijo
calmo e gostoso, como não dávamos á tempos, nos separamos e eu me afastei
minimamente dele. – Boa sorte lá! Eu vou rezar pra quê tudo dê certo.
- Obrigado e, eu sei
que sim! – Ele sorriu e beijou minha testa, antes de sair dali.
Eu desabei no sofá,
chorando. Eu não estava acreditando que o homem da minha vida estava escapando
dela, ficando mais distante e a cada dia.
Duas semanas havia se
passado e a minha vida tinha que seguir em frente. Eduarda continuava brava com
Luan, parou de atender as suas ligações e agora ele ligava pra mim e tentava
falar com ela todos os dias, o que era em vão. Já havia conversado com ela, mas
a menina era cabeça dura demais e de nada adiantou, ela estava com a idéia fixa
na cabeça, que só voltaria a falar com o pai, quando ele voltasse para casa.
Eu falava com Luan
pelo celular, que aquilo era fase e que logo ela voltaria ao normal.
Eloá me convenceu de
sairmos para jantar, que ela queria me apresentar a uma pessoa. Já estava
recuperada de sua separação e agora, foi á vez dela me animar.
Não queria muito no
começo, mas com muito custo, ela conseguiu me convencer.
Me arrumei, deixei as
crianças com Suzi, que dormiria ali para mim e fui para o restaurante em que
marcamos. Assim que cheguei, ela já me esperava, ao lado de um homem, bem
bonito por sinal.
- Pensei que tinha
desistido, amiga. – Ela brincou, enquanto me abraçava.
- Ah, não!
- Esse aqui é o
Rafael. Meu namorado! – Fiquei espantada, sabia que ela já estava recuperada da
sua separação, mas não ao ponto de arranjar um namorado.
- Ah, prazer, Rafal.
Carolina! – Eu dei minha mão para o cumprimentar, mas ele se levantou e me
abraçou.
- O prazer é todo
meu, Carolina, Eloá fala muito de você. – Ele sorriu e seus olhos cor de mel se
destacaram. Era alto, mas parecia ser um pouco mais velho, o que não tirava de
jeito nenhum seu charme, pelo contrário.
- Tomara que bem... –
Ri.
- Você sabe que sim,
amiga! – Ela revirou os olhos e nós nos sentamos.
O jantar foi bem
agradável, ele era uma pessoa agradável, era bem engraçado também, estava
torcendo para que eles dessem certo. Minha amiga merecia.
Voltei para casa uma
hora da manhã e me joguei na cama, sentindo o cheiro do perfume do Luan, que
não saia do seu lado da cama e do seu travesseiro.
Os dias foram se
passando e eu sentia ainda mais saudades do Luan.
Estava andando a toa
pelo condomínio, sozinha, pensando na vida, quando me esbarrei com o Rafael,
que foi super gentil.
- Você está bem?
- Estou sim! – Tentei
sorri.
- Tem certeza?
- Só alguns
problemas...
- Quer companhia? Eu
posso te animar. – Eu ri e fiquei sem jeito de recusar, já que estava sendo tão
gentil.
Começamos a andar e
ele realmente me animou. Nos sentamos em um banco do parquinho do condomínio e
ele me encarou, me deixando sem jeito.
- O que foi? – Perguntei
sem graça.
- Você é muito linda!
Seus olhos...
- Obrigada! – Eu
olhei para o chão. – Os seus também não ficam atrás.
- Fico feliz que
tenha reparado! – Fiquei ainda mais sem jeito e senti minhas bochechas corarem.
– (risos) To brincando! – Também ri. – Posso te contar um segredo?
- Pode...
- Desde que te
conheci, não consigo te tirar da cabeça.
- O que? – Me
assustei.
- Eu te achei uma
mulher linda, incrível. A mulher que eu sempre sonhei... – Ele acariciou meu
rosto e eu me afastei.
- É...Desculpa, Rafa,
você é super gentil. Mas amo o meu marido e além do mais, tem a Eloá. Ela é a
minha melhor amiga.
- Eu só sinto uma
atração por ela...
- Mas se eu bem a
conheço, sei que está louca por você.
- Carol, a gente pode
tentar...
- É sério, Rafa!
Obrigada por me animar, mas não dá mesmo. Eu amo demais o meu marido.
- Pelo que Eloá
falou, vocês estão separados, ele não quer...
- Não! Estamos dando
um tempo e ele me ama e eu amo ele.
- Tudo bem, me
desculpe!
- Não...Até mais! –
Acenei para ele sorrindo e ele retribuiu.
Cheguei em casa
atordoada com aquela declaração,mas logo me esqueci, assim que vi uma blusa do
Luan perdida pela casa. Era uma camiseta de malhar, que ele amava.
Eu a peguei e senti
seu cheiro, que ainda estava vivo ali.
Já estava na véspera
de Luan chegar, Eloá foi para minha casa com Ivi e nós sairíamos para tomar um
sorvete. Eu levaria Enzo e Breno, já que Eduarda sairia com uma amiga.
Escutei a campainha
tocar e provavelmente Eloá tinha atendido.
Acabei de arrumar
Breno e o peguei no colo. Assim que cheguei na sala, ela estava com um buquê de
flores na mão e eu estranhei, por não ter chegado com aquilo.
- De quem é isso,
amiga?
- É seu... – Ela
jogou no sofá e me olhou com uma cara estranha.
- Meu? Mas quem me
mandou isso?
- Tem certeza de que
não sabe? – Neguei. – Está aqui o cartão, vou ler pra você.
Para minha querida,
Carol, com todo carinho do mundo, Rafael. – Ela falou a última palavra e eu
gelei.
- Calma, não é nada
do que está pensando.
- Carolina, como pôde
fazer isso comigo?
- Eu não fiz nada,
amiga...
- Amiga? – Ela riu
nervosa. – Isso não é amiga, você me traiu.
- Eu não te traí. Ele
se declarou sim pra mim, mas eu não fiquei com ele. Eu juro!
- Eu não acredito em
você, eu nunca mais quero te ver na minha frente! – Ela pegou no braço da filha
e saiu dali. Eu me sentei no sofá e Eduarda, que tinha visto tudo, se sentou do
meu lado, pegando Breno.
- Mãe...
- Duda, eu juro que
to falando a verdade!
- Eu acredito em
você.
- Não acredito que
vou perder a minha melhor amiga também, já não bastasse o homem que eu amo.
- Mãe, vai ficar tudo
bem!
- Eu não sei Eduarda.
Definitivamente, eu não sei se vai ficar tudo bem! – Suspirei.
Mds coitada da Carol, é agora que o Luan não vai querer mesmo voltar 😭
ResponderExcluirMaissss
@lightlrds
Caraca .. Não é mesmo os dias da Carol ..
ResponderExcluirCoitada .. Sabe quem podia voltar ? O Vinicius , aquele q era apaixonado por ela e tal ...
Pro Luan morrer de ciúmes haha
Uma pergunta , vc apagou a capitulo de ontem ??
@SonhocomOLuanS
Nao, o blog apagou e eu nem sei cm e pq. Vim postar o 152 e n tinha mais o 151, entao eu resolvir postar esse q seria o 152 mas colocar cm 151 pr pessoas q ainda podem vir a ler se perderem e repeti o primeiro trecho por isso tmb rs bjs!
ExcluirLuan tem que entender e acreditar nela, se a ama como diz e quer realmente a familia de volta e a Carol já podia começar com as investidas pra conquistar o Luan porque nesse tempo o Luan queria pensar e ver se ela o amava tanto quanto falava, pelo que eu entendi. Uma separação agora não seria tão legal.
ResponderExcluirEU NAO VOU CONSEGUIR ESPERAR ATE AMANHA
ResponderExcluirAna
Nossa esse Rafael é um idiota, a carol não merecia isso.
ResponderExcluirBeijos continua.
Acho que ela vai lembrar daqueles pesadelos que ele teve uns cap atras que ela ficava sozinha,e vai surtar legal! E cade as babás e empregadas? com tanto dinheiro...
ResponderExcluirAí eu fico uns dias sem internet e acontece tudo isso, caraca! Preciso de mais.
ResponderExcluirEu fico uma semana viajando e já têm uma reviravolta dessas na fanfic ? Poxa.
ResponderExcluirsabe que eu amo esses tempos que você da entre eles? Principalmente quando o luan
sofre igual a da Sara sabe ? hsuahsuahs.
Amanhã é meu aniversário,dedica um prime? ><