sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Capítulo 12



Senti seus lábios nos meus, um mão na minha cintura e outra na minha nuca, me arrepiando. Fechei meus olhos e fiquei sentindo aquela sensação, mas quando senti sua língua encostando nos meus lábios, querendo ir de encontro a minha, me afastei rápido, em um pulo.
- Eu, é....Me desculpa, Carol! Me perdoa, foi sem querer! – Ele disparou a falar e eu só lhe olhava. Acho que tinha medo da minha reação ser igual da primeira vez.
- A culpa não foi só sua! – Falei para o seu espanto.
- Não?
- Claro que não! Eu quis, mas...Ainda não é a hora, tá?
- E vai ter hora, ainda?
- Não sei! Quem sabe! – Passei por ele rápido, sem acreditar no que eu mesma tinha lhe dito.
Me deitei do lado de Eduarda e depois de muito pensar em tudo que estava acontecendo, consegui dormir tranqüila.
Acordei com a campainha tocando sem parar, ignorei por alguns minutos e não parava.
Ainda eram 9:00hrs da manhã e eu resolvi ir atender, antes que Eduarda acordasse, ela estava bem cansadinha.
Abri a porta, já com a cara emburrada.
- Por que você insisti em sempre me acordar?
- E por que você não me disse que era ontem a festa junina da Duda? – Marcelo entrou, sem ao menos ser convidado, na minha casa e parecia bem bravo, mas não me intimidava.
- E faria diferença? Você nunca pode nada quando se trata dela!
- Não fala isso, Carolina! Eu amo a minha filha!
- Não duvido do seu amor por ela, não duvido mesmo, mas nunca está presente nas datas especiais dela. Até no aniversário passado você faltou.
- Porque eu não pude! Entenda!
- Eu te entendo, Marcelo! Aliás, eu nem ligo, porque não sou nada sua e sou adulta! Mas minha filha não. Ela é pequena, é sua filha e fica sentida.
- Você tem que explicar pra ela...
- Eu? – Ri. – Como você é cara de pau! Explica você, então!
- Que saco, Carolina! Eu fiquei sabendo hoje dessa festa, pela boca dos outros.
- Quem te disse?
- O Jean, marido da Marcela! – Fiz careta.
Ele era gente boa, mas sua mulher era um nojo, sempre me irritava, já chegou até a dizer que eu não era uma boa mãe, já que infelizmente nos encontrávamos na escola quando eu ia buscar Duda. Ela já tinha seus quarenta anos e acho que tinha era inveja de mim, sua única filha estudava com Eduarda e seu marido, trabalhava com Marcelo no escritório, ele não merecia a mulher que tinha.
- Você aparece pra eu te dizer? Não dá as caras a semanas, Marcelo, semanas. O que você quer?
- E que história é essa de você tá amiguinha daquele cantor? Ele disse que ele estava lá e não largava da minha filha. Você não odiava ele? Agora estão se pegando?
- Dobra a sua língua pra falar de mim, não estou pegando ninguém. A gente se acertou sim e agora somos amigos, aliás, já faz um tempo e Eduarda que chamou ele, ela o adora!- Joguei na cara dele, sem me importar.
- Por que não mandou ela me ligar? Era pra eu estar lá e não ele, ocupando o lugar de pai da minha filha!
- Você era pra ocupar esse lugar mesmo, mas quer saber? Ele tá ocupando muito mais que você! – Falei sem pensar ele bufei, enquanto passava as mãos nos cabelos.
- Como tem coragem de me dizer isso?
- Eu não to tirando essas conclusões não, sua filha que tá dizendo. Ela que insistia pra eu te ligar falando das coisas dela, mas agora, ela insisti pra eu ligar pro Luan!
- Para de falar isso, Carolina! – Ele alterou sua voz.
- Fala baixo! Eu só to falando a verdade! Você não é homem o suficiente pra assumir sua filha, não?
- Eu já assumi ela, desde que ela estava na sua barriga!
- Assumi no papel é fácil, quero ver na vida real! – Eu estava despejando tudo em cima dele.
Ele ficou calado, provavelmente sem resposta, sabia que tudo que eu tinha dito era verdade.
Ouvimos risos e paços descendo as escadas e Marcelo estreitou o olhos, quando viu que Luan tinha dormido ali e Eduarda descia as escadas sorridente com ele.
- Mãe to com fome! – Ela já falava e parecia nem perceber a presença do pai ali, mas ela estava vendo e mesmo pequena, sabia que estava dando o “troco” pelos dias que não ia lhe ver.
- A mamãe vai fazer alguma coisa pra você! – Ela sorriu. – Ah, Luan! Esse é o Marcelo! – O apresentei e Luan sorriu.
- Sou o pai da Duda! – Marcelo fez questão de falar e eu o olhei indiferente.
- Prazer, cara! – Luan estendeu sua mão simpático e Marcelo apertou, mesmo sem querer.
- Ei filha! – Ele se aproximou de Duda, que não sorria.
- Oi. – Ela só disse isso.
- Quer tomar café, Marcelo? Vem com a gente! –Eu o chamei e nós fomos até a cozinha.
Eduarda começou a falar, mas só se referia ao Luan, deixando ele muito irritado.
- Você não me disse nada da festinha, filha! – Marcelo cortou a conversa dela, que o olhou.
- O Luan disse que ia! – Ela deu de ombros, como se quisesse dizer que se o Luan fosse estava tudo resolvido e não precisaria dele.
Marcelo se assustou com sua resposta e Luan ficou completamente sem jeito.
- Eu iria.
- O senhor nunca vai! – Ela respondeu de novo e dessa vez, ele se calou.
Marcelo resolveu ir embora logo e foi um custo para que Eduarda ao menos, desse um beijo em seu rosto.
- Não te causei problemas, né? – Luan perguntava, enquanto nos sentávamos na sala.
- De jeito nenhum! É bom pra ele aprender e assumir o papel dele de pai. Ela tá dando o troco.
- To me sentindo culpado!
- Não se sinta! Pelo contrário, você é a solução dos problemas dela! – Sorria ele sorriu a olhando do seu lado, que via um desenho na TV.
- Eu gosto muito dela, você nem imagina!
- Ela também gosta muito de você, pode ter certeza!
- Aliás, gosto muito de vocês! – Ele sorriu e eu, como sempre, fiquei sem jeito.
- Também gosto de você! – Falei quase que em um sussurro e Luan riu fraco.
Ele teve que ir embora antes o almoço e Eduarda não queria, mas teve que aceitar. A desculpa dela era que não teria mais nada pra fazer sem ele e eu me fingia de indignada.
Eloá, foi pra minha casa e eu lhe contei toda a “confusão” e ela disse exatamente o que eu pensava.
- Bem feito pro Marcelo, também! Eu gosto dele, mas bem feito! – Ela deu de ombros.
- Também acho que ele tem que aprender, mesmo que seja desse jeito.

*
Apesar de estar super sem jeito com o que tinha acontecido entre mim e o pai da Duda, eu estava feliz por estar próxima da Carol e Duda gostando tanto de mim, eu também já gostava tanto daquela pequenininha, que até eu mesmo ficava assustado.
Quando cheguei em casa, meus pais já tinham chegado de viajem e eu lhes contei o motivo de ter dormido fora.
- Hum...Tem mulher nesse meio, não é? – Minha mãe disse, me fazendo engasgar, enquanto almoçávamos.
- Claro que não, mãe!
- Sei!
- Então pra onde você foi? – Suspirei e contei pra eles.
Eu não ia contar, mas resolvi contar logo, já que viviam me perguntando pra onde eu tanto ia.
- Então você gosta tanto assim da pequena? – Meu pai disse e eu concordei sorrindo. – Acredito que ela te encantou, ainda mais se for essa fofura toda que está dizendo, mas e a mãe dela?
- A mãe dela nada, pai! Somos só amigos! – Cortei o assunto.

- Eu conheço, filho? – Minha mãe perguntou e eu fiquei pensando se contaria ou não.

9 comentários:

  1. O Luan Tinha que Parar Com Essa Aposta u-u Acho Que O Luan Ta Apaixonado *----* ♡

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  2. O Luan tem que desistir dessa aposta antes que seja tarde demais e a Carol descubra.. Continuuuaa !!

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  3. Ai meu Deus ai mei Deus ai meu Deus haushuahsua.
    Tapa na cara do Marcelo haudhaus

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  4. Iruuuuu... Bem feito Marcelo... Adorei ele levando na cara....

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  5. Owww!! Que capitulo divo!! Continua!!

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  6. O Luan tem q desistir da aposta antes q ele se arrependa..

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  7. Hummm Luan tá parecendo apaixonado! Continuaaaa
    @_vick_brito

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  8. Posta posta nega amando a fic @raurikellyluan

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  9. Vai dar problema por causa da aposta, tenho certeza que uma hora u outra a carol vai descobrir e todo mundo vai sair ferido
    Amanda - @luanete_pqsim

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