sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Capítulo 5



- Não acredito que você deu um toco nele, sua...Burra! – Eloá, quase gritava.
Tinha acabado de lhe contar tudo que tinha acontecido, tudo que Luan tinha me dito naquele dia, assim que cheguei em casa e Eduarda já dormia, por estar cansada de ter brincado tanto o dia todo.
- Só porque ele é famoso, bonitinho, você acha mesmo que eu já ia abrir as minhas pernas? Você sabe muito bem, o que aconteceu quando eu resolvi parar de ser “careta” e fazer isso. – Fiz careta.
- Que exagero, senhor! – Ela olhou para o céu. – Eu disse isso? Você ouviu? Deveria ter só curtido o momento, o que é que tem uns beijinhos? Tá certo de que homem não quer só isso, mas...E daí? – Ela me olhou de forma “simples assim”.
Revirei os olhos.
- Simples pra você, pra mim não. Não quero relacionamento com ninguém...
- Ele te pediu em casamento, Carolina? Que exagerada você!
- Não pediu, Eloá, mas se realmente for um homem de palavra e estiver mesmo gostando de mim, iria querer coisa séria.
- Não dá pra gostar tanto assim de uma pessoa com apenas alguns míseros meses. – Ela deu de ombros.
- Você também não acredita nele ? – Ri.
- Mas quem liga pra isso, Carolina?
- Eu ligo! – Quase gritei e vi minha amiga revirar os olhos.
- É só uma ficadinha...Você não beija na boca desde que largou o Marcelo.
- Beijei hoje. – Ri e ela me acompanhou.
- É...Vendo por esse lado. Você gostou, né?
- Não foi nada mau... – Dei de ombros.-  Mas não quero. Tenho medo de homem, lembra?
- Eu lembro e acho isso o cúmulo, ouviu? Vai virar lésbica?
- (risos) Quem sabe!
- Sai pra lá! – Ela fez graça.
- Sério, só quero um tempo pra mim, pra Eduarda...Vai ser difícil agora qualquer tipo de relacionamento com ela, sabe?
- Eu te entendo, amiga. Juro! Você teve um trauma com o Marcelo e ainda saiu com uma criança dessa história, mas abre seu coração? Um dia você vai ter que arrumar alguém.
- Um dia, Eloá. Um dia! – Disse e suspirei.
Minha amiga dormiu comigo e Eduarda naquele dia, e no outro, já voltamos nossa rotina bem cedo.
A semana se passou voando e eu já até tinha esquecido aquele pequeno “acidente” com Luan, que por sinal, nunca mais deu sinal de vida, mas eu achava bom ele dar um tempo mesmo.
Com muito custo, Eloá me convenceu de ir para uma boate com ela no sábado. Eu realmente estava animada e por isso aceitei. Deixei Eduarda com Suzi, que dormiria ali.
- Confesso que não estou acreditando até agora que te trouxe até aqui e escolhi sua roupa. – Eloá, dizia rindo, analisando meu vestido justo e um pouco curto, cheio de brilhos e meu sapato de salto enorme, que eu usava poucas vezes.
Bebíamos um drink enquanto olhávamos as pessoas e a banda que tocava, da grade do camarote em que estávamos.
Dançamos muito as músicas agitadas e quando as lentas começavam, também dançávamos com alguns rapazes que pediam.
Confesso que estava me sentindo muito mais solta e alegre naquele dia. Não me permitia a esse tipo de diversão a algum tempo e nem eu mesma sabia o por que.
Claro que não dava sempre, não era justo com a minha filha, mas eu tinha uma babá que podia ficar com ela pra mim algumas vezes.
Pedi licença a dois rapazes que puxavam assunto comigo e Eloá e fui até o banheiro, já que estava apertada de tanta bebida.
Sai de lá fechando a bolsa, que eu tinha aberto para pegar o rímel e retocar.
Senti que esbarrei brutalmente em alguém e já me desculpei, antes mesmo de levantar a cabeça para olhar a pessoa.
- Me desculpa mesmo, estava distraída... – Fiquei extremamente sem graça, quando vi de quem se tratava.
Luan me olhava com um sorriso de canto, que eu confesso que era muito lindo, mas não mexia comigo em segundas intenções.
- O que é isso, Carol. Eu também estava! – Sorri amarelo, sem jeito e forçado. – Espera! – Ele segurou no meu braço, antes que eu saísse. – Quer dançar comigo?
- Acho melhor não! – Fui direta e ele suspirou.
- Por favor...
- Luan...
- Me dá só uma chance, Carol. – Ele se aproximou, colocando meu cabelo para trás da orelha. Dei um passo para trás.
- Já disse que não dá. – Eu disse baixo, enquanto lhe encarava.
- E por que não? Qual o meu problema?
- Já disse que o problema sou eu. Não quero ninguém. – Me irritei e bufei.
- Você é a mulher mais mimada que eu conheço. – Arregalei os olhos com sua fala.
Nunca tinha ouvido ele falar daquele jeito e ainda comigo, fiquei espantada.
- Pois o problema é seu. Eu não sou mimada, você que não agüenta ouvir um não! – Eu voltei a me irritar profundamente.
- Quer saber de uma coisa? Cansei! – Ele bufou, antes de sair com raiva de perto de mim.
Revirei os olhos e voltei para onde Eloá estava.
- Cadê os meninos? – Perguntei, assim que cheguei.
- Já foram e você me deixou aqui sozinha.
- Calma! – Ri fraco.
- Que cara é essa?
- O Luan está aqui...Ele me pediu de novo a tal chance, eu neguei de novo, só que dessa vez acho que ele se irritou um pouco.
- Também! Pudera, Carolina! – Ela falou alto, por conta da música.
- Eu já disse que não quero, ele insisti porque quer! Eu tenho meus motivos e ninguém precisa entender eles, e podem criticar a vontade, não dependo de ninguém pra viver e nem vou ficar contando os meus sentimentos e por que não quero homem na minha vida.
- Tá bom! Não está mais aqui quem falou... – Ela se rendeu, assim que viu minha cara emburrada. - Olha! – Ela me cutucou e eu me virei.
Luan beijava com desejo e parecia até com um pouco de fúria, uma mulher muito bonita, por sinal, com os cabelos enormes e um corpo malhado de dar inveja a qualquer uma.
- Ou ele se tocou, ou quer me provocar.
- E está conseguindo?
- Olha pra minha cara! – Eloá, riu.
- Será que essa siliconada toda, não estoura na cama? – Lhe olhei indignada.
- Será que sua língua não cabe na boca?
- Só falo a verdade... – Voltamos a olhar para o casal um pouco mais a nossa frente e dessa vez, já tinham parado de se beijar e Luan olhava na minha direção.
Voltamos a nos divertir, quando uma banda mais animada começou a tocar, só percebi o quanto o Luan bebia a noite toda. Parece que não parava, uma atrás da outra.
Resolvemos ir embora às quatro da manhã, já que realmente estávamos cansadas e na saída, mais uma vez eu me esbarrei nele.
- Tchau, Carolina! – Ele sorriu debochado para mim.
- Tchau, Luan! – Sorri do mesmo modo para ele.
- Até nunca mais, posso ter melhores que você! – Ele praticamente sussurrou isso no meu ouvido e meu queixo caiu.
- (risos) Se você prefere assim, até nunca mais! – Pisquei para ele, que saiu dali de cara fechada.
Vi, que pegou na mão da garota que estava um pouco longe e saíram da boate acompanhados de seu segurança. Já sabia aonde isso iria parar.
- Você perdeu...
- A única coisa que eu não queria perder era o paciente, e não só por dinheiro, mas porque eu realmente podia lhe ajudar ainda mais. – Empurrei Eloá, enquanto andávamos.

5 comentários:

  1. Acho que a Caca tá certa... ela não é mulher de se entregar fácil, tem que conquistar uai u.u
    @_vick_brito

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  2. Carol é muito fechada, mais por outro lado ela tá certa, nenhum homem gosta de mulher dada é fácil. E na minha humilde opinião o Luan ta de quatro por ela. Ele provocou e mesmo assim saiu perdendo. Kkkkkkkkkkkkkkkkk' continuuua !!

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  3. Vai Luanzinho Tem que Conquistar A Carol Meu querido u-u Vai Que Vai

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  4. O Luan em vez de conquistar a menina fala que pode ter melhores que ela, é um idiota mesmo vontade de dar um soco na cara do Luan kkkkkkk

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  5. Continua!! Luan seu idiota e a Carol é muito durona!! Mas ta perfeita <3

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