terça-feira, 5 de agosto de 2014

Capítulo 2



*
Acordei para mais um dia de trabalho, morrendo de sono por ter passado o domingo inteiro batendo perna com minha melhor amiga e ficado até de madrugada em uma boate, por insistência dela.
Sai correndo de casa, por estar um pouco atrasada, por sorte, quando cheguei no consultório, meu primeiro paciente ainda não tinha chegado.
Sorri para minha secretária e corri para a minha sala.
Me distraí com os papeis e só despertei, quando bateram na porta.
- Pode entrar... – A porta se abriu e uma moça entrou primeiro, segurando a mão de um rapaz, que eu parecia conhecer, mas não me lembrava de onde.
- Tudo bom? – Ela sorriu simpática para mim.
- Tudo ótimo e com você? – Me levantei e a cumprimentei.
- Estou bem! Marizete... – Estendeu sua mão e eu a peguei.
- Carolina, como sabe! – Ri. – A consulta vai ser com a senhora mesmo?
- Não...Com meu filho. – Nos viramos para o rapaz, que ainda continuava calado.
- Ah...
- Prazer, Luan! – Ele estendeu sua mão também e eu a peguei.
- Prazer é meu! Olha...A senhora pode esperar lá fora, então?
- Claro que sim! – Ela sorriu para mim e para seu filho, antes de sair dali.
- Vem! – O chamei para sentar em um enorme sofá que tinha na minha sala.
Sempre amei minha profissão, era um prazer tão grande em poder ajudar os outros com seus problemas e me sentia vitoriosa, quando isso realmente acontecia.
Já cuidei de casos de muitas crianças com depressão, que depois de alguns meses, voltaram ao seu normal e me deixaram extremamente feliz.
Nem parecia que a minha própria vida pessoal fosse tão enrolada. Eu resolvia os problemas dos outros, mas os meus, não conseguia. Sempre foi assim.
- Então...Eu nunca fiz isso... – Ele mexia em suas mãos, as encarando.
- Sei como se sente...Sei que nunca me viu na vida, mas eu tenho paciência e com o tempo, você se acostuma de vir aqui conversar comigo. Pense assim, só vamos conversar, como amigos, nada mais!
- Não sei se volto mais vezes também! – Ele riu fraco, ainda sem me encarar.
- Se você quiser vencer isso que tá dentro de você, com certeza vai voltar.
- Como sabe que tem alguma coisa estranha dentro de mim? – Ele enfim, me olhou e eu sorri. – É...Eu nem sabia que viria em uma psicóloga, minha mãe que marcou.
- Se sua mãe marcou, pode ter certeza que precisa, porque mães sabem das coisas! – Ele riu fraco.
- Tem razão! É...Me parece tão nova pra ser uma psicóloga.
- Não sou tão velha mesmo. Tenho só vinte e seis anos, sou formada à três anos.
- É sério? Pensei que tinha menos e trabalhasse a sei lá...À um ano.
- (risos) É o que todos pensam! Mas enfim, vamos falar de mim, ou de você? – Ri e ele me acompanhou.
- Eu...Ainda estou um pouco desconfortável.
- Eu te entendo, Luan...- Parei um pouco e lhe encarei. – Luan...Santana! – Ele me olhou e sorriu. – Agora sei dá onde te conheço!
- (risos) Agora sim estou com mais vergonha ainda!
- Já disse que só vamos conversar como amigos, está bem? – Ele assentiu.
- Não venho me sentindo tão bem, como no início da minha carreira, entende? Apesar de que no começo eu também tive uma fase meio assim, mas nunca foi preciso um psicólogo.
- Quando falam essa palavra sempre se assustam, não é? E eu não sei por que, não somos nenhum bicho de sete cabeças, você só vai desabafar, tudo que não consegue com outra pessoa, eu vou dar a minha opinião, se você quiser, pode usar ela. E além do mais, só vai ganhar uma nova amiga!
- Gostei dessa parte, viu? Gostei de você!
- Que bom!
- Então...Meu coração anda um pouco pesado, sabe? Eu não tenho mais tanta vontade de comer, brincar, rir, ir para balada, festas...Eu só me renovo no palco, mas depois tudo volta, até com a minha família eu não consigo ficar mais tão alegre como antes. – Ele suspirou. Eu ouvia tudo com atenção e apesar dos meus somente três anos de profissão, já estava acostumada o bastante para entender o que se passava com ele.
- Pra começar, eu acho que isso é acúmulo de trabalho, não acha? – Lhe perguntei e ele me encarou um pouco, antes de responder.
- Não sei! Eu tinha diminuído os shows, mas confesso que voltei a fazer mais de vinte por mês.
- Mais de vinte? – Realmente aquilo me assustava. – Luan, você ainda é muito jovem, tem...Vinte e três? – Lembrei da fixa dele e ele assentiu. – Porque não diminui de novo? Por que aumentou de novo?
- Acho que vou fazer isso mesmo!
- Já é um bom começo! Acho também que isso é carência...Não acha? – Ele novamente, demorou um pouco a me responder.
- Você diz, falta de uma mulher do meu lado sempre?
- Exatamente! Tem muito tempo que não namora?
- Me separei a mais de um ano, mas vivo rodeado de mulheres...
- E é só isso mesmo que você quer? Ser rodeados de mulheres? – Ele negou, de cabeça baixa.- Diminui seus shows, tenta achar uma pessoa bacana, tenta abrir seu coração pro amor entrar, foca na sua família que te ama, nos seus fãs que não são poucos... – Rimos.
- Graças a Deus!
- Olha... – Olhei em meu relógio. – O nosso tempo acabou, porém, você ainda vai voltar, não vai?
- Tá, eu vou!
- (risos) Volta sim e me conta tudo que aconteceu na sua semana, como continua se sentindo, e se realmente diminuiu os shows. Tenho certeza que vamos conversar mais na próxima vez, porque primeiro dia é assim mesmo, com todos eu coloco o tempo mais curto, justamente para as pessoas não se sentirem tão estranhas aqui dentro.
- Isso eu ainda vou ter que ir resolver no meu escritório!
- Faz isso, tenho certeza que vai ser bom pra você!
- Obrigada por tudo, dou...
- Carolina, tudo bem? Somos amigos ou não?
- Tudo bem! – Ele sorriu bem mais aliviado e solto, do que quando entrou.
O que me deixou bem feliz. – Seu nome é lindo...Carolina!
- (risos) Também gosto do seu, Luan! – Nos levantamos.
Nos despedimos com um abraço e um beijo na bochecha e o levei até a porta.
- Ah! Isso que a gente conversa aqui...
- Pode ficar tranqüilo, não sai daqui! Nem pra sua mãe. – Sorri e ele retribuiu.
O resto do meu dia, foi atendendo crianças e adolescentes, que já eram meus pacientes à bastante tempo e por isso, conversamos bem a vontade.
Às seis horas da tarde, quando estava arrumando minhas coisas para ir para casa, meu celular tocou. 
Rolei os olhos e bufei, antes de atender.

Amores, amanhã talvez não tem fanfic, ok? Eu vou sair.
Se chegarem aqui as 19:30 e não tiver capítulo, não vai ter mesmo! 
Ah e prometo que posto 2 pra compensar na quinta!

13 comentários:

  1. Claaaarooo que querooo♡
    Sempreee quero
    Amooo suas fics
    Continuaaa Manu...

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    1. Amoor, perdãaao demaais! Mas hoje não vai dá pra postar outra porque eu to moída e preciso de uma cama, cedo como agora! Amanhã não tem fanfic, mas eu prometo que quinta eu posto, tá! Beijos!

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  2. Eu quero, eu quero ahushaua.
    Ai meu Deus sera q ele passa por isso de verdade?:( parabens dona Manoela ta fazendo eu ver a parte triste Luan haushau

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    1. Amoor, perdãaao demaais! Mas hoje não vai dá pra postar outra porque eu to moída e preciso de uma cama, cedo como agora! Amanhã não tem fanfic, mas eu prometo que quinta eu posto, tá! Beijos!

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  3. claro que queremos, to amando num grau que vc n tem noção hahha bjs da ingryd

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    1. Amoor, perdãaao demaais! Mas hoje não vai dá pra postar outra porque eu to moída e preciso de uma cama, cedo como agora! Amanhã não tem fanfic, mas eu prometo que quinta eu posto, tá! Beijos!

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  4. Manu posta mais to amando

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  5. Eu Nessesentido De Outro Capítulo Hj *.*

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  6. Ja to amando a fic *-*
    Quero maaaaaais

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  7. Ain eles se conheceram tão cute !! Continuuua !!

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  8. Quero outro agoraaa! *00*
    @_vick_brito

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