- Vamos levar ela pro
hospital, vai demorar muito pra ambulância chegar.
- Eu to sem carro,
vim de carona e...
- Eu levo! Vamos! –
Ele se levantou rápido e pegou Duda no colo.
Fomos correndo até
meu carro e pedi para que Well acelerasse para o hospital e assim ele fez.
Sorte, que o transito não estava ruim.
Os enfermeiros logo
levaram a pequena, que entrou chorando, e nos mandaram aguardar.
- O que aconteceu com
ela? – Repeti minha pergunta de algum tempo atrás.
- Já disse, ela tava
bem...
- Mas o que fizeram?
- Nada! Ela só comeu.
- Como o que?
Camarão?
- Como sabe? – Ele me
olhou espantado. Neguei com a cabeça.
- Ela tem alergia a
camarão. – Eu disse sério.
- Eu não sabia... – Ele
passava as mãos pelos cabelos. – Espera! Como você sabe disso e eu não?
- A Carolina me
contou um dia desses.
- Nossa! Carolina!
Vou ligar pra ela, antes que ela me mate ainda mais. – Ele se levantou rápido e
falou tudo embolado com ela no telefone, com certeza, deve ter quase a matado
do coração de susto.
Em poucos minutos
Carolina chegou apressada e se assustou completamente quando me viu. Chegou tão
rápido, que eu poderia pensar que ela tinha voado por cima da cidade, para ter
chegado no outro lado, onde ficava o hospital.
- Marcelo, o que você
fez com a minha filha? – Ela finalmente olhou para ele.
- Eu não fiz nada,
tá? Ela comeu camarão e...
- Comeu o que? Ah,
que vontade de te matar! Eu não acredito!
- Você já me disse
isso algum dia? – Ele também se estressou.
- Se você fosse um
pai presente, saberia! – Ela falou baixo e devagar, mas acredito que sem
pensar, por suas palavras terem sido tão duras.
- Até ele sabia
disso! – Ela o ignorou e se sentou do meu lado.
Eu permanecia calado
e só falaria quando se referisse a mim, o que não demorou.
- O que está fazendo
aqui? – Ela me olhou.
- Eu estava no
escritório e vi ela passando mal, eu que trouxe eles.
- Estava no
escritório?
- Fui ver um
advogado. – Cocei a nuca e ela não respondeu mais.
- Você viu ela
comendo?
- Não! Se não iria
avisar a ele.
- Cara! Que ódio de
você, Marcelo! Sabe quando minha filha passa mais dias assim com você? Nunca!
- Para com isso,
Carolina! Foi um acidente, eu não sabia! E claro que vai passar sim, porque eu
tenho direito, sou pai dela, pago pensão, eu cumpro meus deveres.
- Será que cumpre
mesmo? – Ela lhe olhou irônica.
- E você ? Só sabe
reclamar! Quando eu não via menina
sempre, reclamava, agora que eu quis que ela passasse o dia comigo, tá
reclamando.
- Se você não fizesse
tanta merda... – Ela bufou. – E o que estava fazendo no escritório, se não ia
trabalhar?
- Só fui colocar uns
papeis lá. – Lhe olhei e realmente ele não estava de terno e gravata, como os
advogados.
- Ainda bem que foi
lá também! Você sozinho com a menina passando mal, quero bem pensar...
- Obrigado, Carolina!
– Ele sorriu irônico.
- É a verdade!
Aceite! – Ela olhou para Rober, meu pai e Well, que estavam do meu lado.
- Ah! Esse é o meu
pai, o Well e acho que o Rober você já conhece. – Falei sem jeito, por lembrar
como ela conheceu o ele.
- Me desculpem! Estou
nervosa! Prazer! – Ela falava bem mais calma, para eles, que sorriram.
- O que é isso, minha
filha! Sou pai de dois e sei como é. – Meu pai sorriu e ela retribuiu.
- É duro o pai da sua
filha ser assim... – Ela revirou os olhos e Marcelo fez careta.- Ah! Conheço a
sua mulher, muito simpática! – Ela tentou ser simpática.
- E eu já te conhecia
também, só de nome, mas já. – Lhe cutuquei e ele olhou pra mim rindo.
- Ah...- Carolina
pareceu sem graça.
- A sua filhinha é
muito linda!
- Obrigada, seu...
- Amarildo! Mas sem o
“seu”. – Ela sorriu assentindo.
O médico chegou na
sala e disse que já estava tudo bem com Duda e que realmente foi uma crise
alérgica das bravas. Ele deixou todos entrarem para lhe ver, inclusive, meu
pai, Well e Rober, que quiseram entrar.
- Mamãe! – Escutamos
a voz dela, assim que Carolina entrou no quarto. Foi a primeira.
- Está tudo bem, meu
amor? – Ela assentiu.
- Não quelo isso
aqui! – Apontou para o soro que tomava, fazendo bico.
- Vai ficar pouco, só
pro neném ficar bem.
- Eu to dodói?
- Não! Acredito que
logo vamos pra casa! Foi só porque você comeu aquele bichinho, já passou! A
mamãe já cansou de falar que não podia, Duda!
- Mas o papai me deu
e eu pensei que agora podia!
- Não pode, entendeu?
Nunca! Se não vai ter que vir pro hospital.
- Tá bom! Luan... –
Ela sorriu e eu me aproximei.
Esticou seus
bracinhos e eu me prontifiquei a lhe abraçar.
- Tudo bem, pequena?
- Tudo! Quanto tempo!
Eu quase morri de saudades! – Ela falava de um jeito engraçado, que me fez ri.
- É que...Eu to
fazendo muitos shows.
- Promete que vai me
ver sempre? – Ela pareceu ignorar a minha fala.
- Eu...prometo!
Sempre que puder vou te ver!
- Sabe o que eu
quero?
- O que?
- Ir em um parque de
diversões de novo! Naquela bola bem grande! – Ela abriu os braços e todos nós
rimos. Se referia a roda gigante.
- Nós vamos sim!
- Você foi quando em
um parque de diversões? – Marcelo perguntou.
- Ah! Não lembro...-
Ela deu de ombros. – Mas foi muito legal, não foi, Luan?
- Foi sim! – Respondi
sem jeito. Com certeza ele não gostaria nada daquilo.
Não o julgo, eu
também não gostaria se fosse a minha filha, saindo com outro homem assim. Mas a
minha ligação com ela era tão grande, eu gostava demais daquela pequena.
Acho que era coisa do
destino mesmo.
Conversei mais um
pouco com Duda, mas logo meu pai me chamou para irmos embora, eu já nem ligava
mais para hora, de tão bom que era poder ficar perto dela, escutar aquela
voizinha falando meu nome. Nem me dei conta de que Carolina tinha saído do
quarto e naquela instante, entrava e Marcelo, também já não estava ali.
Me despedi de Duda,
alegando que iria lhe visitar em casa e realmente eu estava querendo fazer
aquilo e de Carolina, com um aceno. Ela não me expulsou dali, mas também não
estava sorrindo á toa pra mim, resolvi não arriscar demais.
No carro, meu pai
puxou assunto.
- Muito simpática a
moça! – Somente assenti com a cabeça.
- Vocês brigaram?
Nunca mais sumiu nos dias de folga e pelo que a pequena disse, tem tempos que
não se vêem.
- Não, falta de
tempo...só.
- Sei! – Ele não
pareceu acreditar. – Se a mãe dela deixar, leva ela pra passar um dia lá com a
gente. Sua mãe e sua irmã adoram crianças! – Assenti sorrindo. – Duda, não é?
- Isso! Eduarda!
- Ela parece gostar
bastante de você.
- E eu gosto muito
dela também, pai.
- Sei que sim! Te
conheço! – Ele riu e eu também. – Se eu te conhecesse hoje lá com ela, iria
dizer que seria o pai dela e aquele moço, um completo estranho.
- Não fala isso nem
brincando, que se ele fica sabendo, me mata! – Arregalei os olhos e meu pai
gargalhou.
Ah ta bom que o motivo do encontro não foi dos melhores neh ?!? Tadinha da Dudinha, mais pelo menos agora o Luan vai começar a se aproximar delas de novo, pelo menos é isso que eu espero rsrsrsrs !! Continuuua !!
ResponderExcluirAhhhhhhhh Queria Um Encontro dos Dois ;x Espero Que O Luan Reaproximar Da Duda e Da Carol De Novo *-*
ResponderExcluirDuda dando uma de Luana agora? Kkkkkk tendo meus ataques dr alergia.
ResponderExcluirEu não gosto desse marcelo, n sei pq mas n gosto uaushaushauhsau
Esse Marcelo é um idiota, ele deveria saber mais sobre a filha..
ResponderExcluirSerá q Carol vai deixar o Luan visitar a Duda msm ? Acho q sim
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAh Carol tem q deixar o luan visitar a Duda agr eeem
ResponderExcluir