- Eu...Não sei! Tenho
que pensar muito ainda.
- Ela gosta tanto
dele...
- E eu não sei? Ficou
emburrada quando eu lhe disse que ele não viria aqui hoje.
- Tadinha, ela é
carente de pai, não faz isso com ela...
- Isso que não pode,
Eloá! Ela não pode pensar que o Luan é o pai dela. Ele não é nada dela.
- Para com isso! Se
ela ta feliz, que mal tem. Você não quer ver sua filha feliz?
- Claro que eu quero!
Que pergunta! Mas não quero ver ela iludida.
- Pensa bem, tá?
Cabeça dura! – Ela me bateu com uma almofada e nós rimos.
O tempo foi passando
e o final do ano foi chegando e pela primeira vez, decidi viajar pra longe com
Eduarda e claro, que Eloá iria junto, como em todos os anos.
No natal, eu ia pra
casa de seus pais, que eram quase meus também e passávamos todos juntos,
inclusive, meus tios também iam quase sempre, por serem bem amigos também e no
ano novo, passávamos fora de casa, viajando. Já fomos em muito lugar lindo.
Todos os dias, sem
exceção de nenhum, eu tinha que agüentar Eduarda perguntando pelo Luan e toda
vez tinha que dar alguma desculpa e ela já estava percebendo. Me sentia mal,
mas aquilo tinha que ser feito.
Marcelo passou a
visitá-la todos os finais de semana e só quando brincava com ele, que ela
esquecia um pouco do Luan. Ele passou a brincar com ela depois de um dia que
ela lhe disse, que sentia falta do Luan porque eles brincavam de Barbie juntos.
Puro ciúmes, claro.
Não gostava muito, mas brincava.
- Ah, pai! Você não
sabe brincar de mamãe e filhinha, prefiro o Luan! – Eduarda disse aquilo
irritada, depois de ensinar mil vezes o pai a brincar com a Barbie e ele fez
careta.
- Luan, Luan,
Luan...Não cansa dele, não? – Ele lhe perguntou e eu o repreendi com o olhar.
- Marcelo!
- Não! Ele é legal! –
Eduarda deu de ombros, sem se importar.
No final da tarde,
Eloá apareceu na minha casa e nós conversamos sobre a viagem.
- Ah! Ibiza! Adorei!
– Ela gritava, enquanto eu ria.
- Cê topa?
- Eu, você, dois
filhos e um cachorro? – Ela fez graça e eu careta. – Sério, topo! Amei!
- Pesquisei sobre lá
e achei demais também. Acho que Eduarda vai amar!
- Também acho!
Arrumei um emprego e em janeiro já começo.
- O que? Eloá Andrade
trabalhando? – Ela fez careta.
- Não sou tão à toa
assim também não!
- Ah não! Imagina! –
Gargalhei. – Só teus pais que te sustentam até hoje.
- Ué, eu não tava
pronta pra trabalhar, mas vou começar e afinal, eles podem me sustentar, então
não vejo mal. – Neguei com a cabeça enquanto ela dava de ombros.
- Vai trabalhar a
onde?
- Vou dar aulas de
educação física para o ensino médio da escola da Duda.
- Sério? – Ela
assentiu. – Não vai ter caso com os alunos.
- Engraçadinha! –
Rimos.
- Agora é sério.
Queria chamar outra pessoa pra ir com a gente pra Ibiza,
- Quem? O Marcelo? –
Ela riu.
- Mas é nunca!
- Luan?
- Que Luan, Eloá? Eu,
em! Já sei! Vou chamar a Lara.
- Sua prima?
- É, ela vai gostar,
vive reclamando que não sai da cidade que mora.
- Seus tios vão
deixar?
- Vão sim, eles
confiam em mim!
- Então fechou! Liga
pra eles amanhã!
- Vou fazer isso e já
vou marcar a data da viagem! – E assim que cheguei no outro dia no consultório,
liguei para meu tio e pedi para que Lara fosse viajar conosco.
Realmente, ele não
queria deixar no começo, mas prometi que olharia ela direito e ele levou em
consideração o fato de que viajavam muito pouco e a menina adorava passear, mas
nunca podia.
*
Cheguei em casa pela
manhã estressado. Naquele dia, eu tinha acordado cedo, depois de dois shows em
cidades diferentes no mesmo dia e um tumulto de fãs na portaria do hotel, que
quase rasgou minha roupa inteira. Aquele não era mesmo o meu dia e por todos já
estarem cientes que não estava muito bem, ninguém nem puxava papo comigo e eu
agradecia por já conhecerem o meu jeito e me deixarem quieto no meu canto.
Assim que cheguei,
meu pai já começou a falar algumas coisas que estavam acontecendo no escritório
e eu fiquei mais estressado ainda com o que ouvi.
- Como assim ele tá
processando a gente? – Bufei.
- Eu não sei, Luan!
Só sei que o contratante ficou furioso com seu atraso e por você não ter
atendido a quantidade certa de pessoas.
- Que droga! A
produção sempre avisa que atrasamos um pouco e ainda mais com dois shows em
cidades diferentes. Não tem nem 24hrs isso e ele já tá processando? Meu Deus! –
Tinha sido o contratante do segundo show da noite anterior.
- Calma! Ele ainda
não colocou nada com os advogados, só nos ligou...
- E o que ele quer
que eu faça?
- Que você reembolse
um terço do cachê! – Eu ri irônico.
- Ele tá doido? Não
vou mesmo. Ele quer processar? Fala pra ele fazer isso, então...
- Mas, Luan...
- Deixa, pai!
- Luan, a gente vai
perder! No contrato tá tudo isso que ele disse, o horário do show e quantidade
de pessoas que você atenderia.
- Não quero saber!
- E ele com certeza
vai pedir ao juiz uma quantia bem maior que um terço do cachê que te pagou.
- Já disse...Deixa! –
Subi as escadas para o meu quarto e ouvi meu pai bufar.
Entrei no chuveiro,
em busca de relaxamento, mas comecei a pensar em outras coisas.
Aliás, eu pensava
naquilo todos os dias, aquele era o primeiro que ainda não tinha pensado, já
que estava estressado demais pra isso.
Carolina, Eduarda.
Eram os motivos do meu sono se perder ainda mais pela madrugada a dentro. Eu
ainda gostava dela e pior, aquele sentimento só aumentava, me deixando sem
saber o que fazer, e a falta que aquela pequena me fazia, ninguém imaginava.
Mas eu não tinha idéia
de como ela me perdoaria de novo, mesmo estando ciente que daquela vez, eu não
teria culpa de nada. Eu não queria mesmo aquela aposta e deixei bem claro pro
meu amigo, que ferrou tudo com apenas uma sms.
Os dias foram se
passando e meus problemas de pensamento com Carolina só aumentava, e com o tal
contratante do show também. Até que não teve mais jeito e o meu nome e o nome
da minha empresa, foi para a justiça por não ter cumprido o que tinha no
contrato.
- O que vamos fazer?
- Primeiro, arrumar
um advogado. Você sabe que o Leandro está de licença por problemas pessoais,
não é? – Estávamos em reunião no escritório e minha assessora falava que o
advogado da empresa, não poderia nos ajudar aquilo por estar afastado por
alguns dias.
- Não se preocupem!
Eu já achei um escritório muito falado aqui em São Paulo, um dos melhores, se
não for o melhor. – Meu pai começou. – E já marcamos para ir lá conversamos com
o advogado que pegará nosso caso.
- Que dia?
- Hoje mesmo.
Aliás... – Ele olhou em seu relógio. – Já está quase na hora.
- Eu vou junto.
- Certeza?
- Vou sim, pai! –
Eles assentiram e logo saímos dali, para irmos para o escritório.
Eu, meu pai, Rober e
Well.
A secretária nos
indicou uma sala, assim que chegamos e logo seguimos para lá.
- Boa tarde! Sou o
Vicente!
- Prazer, doutor
Vicente! – Cumprimentamos ele e nos sentamos.
Ele já estava sabendo
de todo caso e disse que só leria alguns papeis, que estávamos errados sim, mas
que tentaria fazer que não pagássemos nada.
- Temos grandes
chances... – Ele disse.
- Sério? – Perguntei
e ele assentiu.
Nos despedimos e ele
fez questão de nos levar até a saída do escritório, mas assim que estávamos
passando pela porta de sua sala, escutamos uns gritos e um pequeno tumulto dos
advogados e da secretária, em volta de algo.
- Ela tá passando,
mal! Chamem os médicos! – Alguém gritava e eu fiquei ainda mais intrigado.
- Vamos, Luan?
- Espera, pai! Eu já
ouvi essa voz. – Continuei olhando para onde todos estavam e resolvi me
aproximar, enquanto meu pai me repreendia e todos vinham atrás de mim.
- Eu quero minha mãe!
– Escutei uma voz de criança chorando e logo reconheci.
- Me fala o que você
tá sentindo, filha...
- Eu to...cansada. –
Ela dizia com dificuldade, mas parecia que estava com falta de ar.
- Calma! A ambulância
já vem! – Era Marcelo. Estava desesperado.
- Luan! – Ela
conseguiu me ver no meio daquelas pessoas e falou alto demais.
Todos me encaram e eu
fiquei extremamente sem graça.
- Duda?
- Eu quero minha mãe,
Luan! – Ela chorava mais e respirava fundo.
- O que aconteceu com
ela?
- Eu não sei...Ela
tava bem a cinco minutos atrás. – Marcelo me olhava.
Tadinha da Duda !! Mais agora sim, quero ver o reencontro dela com a Carol Kkkkkkkkkk' continuua !!
ResponderExcluirAI meu Deus o que será que a Dudinha tem -'-' continuaaa
ResponderExcluir@_vick_brito
Ai meus Deus o que aconteceu com a Duda
ResponderExcluirNão sei o que aconteceu só sei que eu quero ler o próximo capitulo.
Beijos
Onw Gente Tadinha Da Dudinha :x Espero Que A Carol Trate Bem O Luan *.* ;x
ResponderExcluiro que será que a Dudinha tem espero que não seja nada grave continua cátia
ResponderExcluirnossaa posta mais amor
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