sábado, 9 de agosto de 2014

Capítulo 6



Acordei no outro dia, com a campainha tocando, olhei no relógio e ainda eram 7 horas da manhã, se dormir três horas foi muito.
- Só podia ser você, Marcelo! – Disse, assim que o vi na porta.
Bocejei e me joguei no sofá, enquanto ele se sentava rindo do meu lado.
- Noitada ontem? Milagre! – Fiz careta.
- O que você quer?
- Se você não se lembra, eu tenho uma filha que mora nessa casa.
- Como eu poderia me esquecer? Se fui eu que pari ela? – Me levantei.
- Cadê a Duda?
- Tá dormindo, espera que daqui a pouco ela acorda. Não gosto de acordar a menina.
- Bora tomar café, então. Tô com fome! – Ele me seguia, até a cozinha.
- Folgado, você! – Escutei sua risada.
Tomamos o café e eu fui me trocar, assim que desci novamente, Eduarda e Eloá, que tinha dormido ali, já estavam na cozinha com Marcelo.
- Já acordou, neném? – Beijei o rosto da minha filha, que sorriu.
- Papai quer te levar pra sair hoje, amor. – Marcelo, falava com ela.
- Eba! Eu quero! – Ela bateu palmas animada.
- Pra onde? Posso saber?
- Não! – Ele riu. – Sacanagem! Pode ir se quiser. Em um show...
- Show, Marcelo? Por favor! Olha a idade da menina.
- Carolina, é só um show que vai está lotado de crianças, inclusive um dos meus amigos vai com sua filha de quatro anos. Vai também?
- Vai ser a noite, né? Vou pensando ao longo do dia. – Vi ele fazer careta.
A campainha tocou novamente e Eloá que foi atender, voltou com meus tios.
Era a irmã da minha mãe e seu marido, os únicos que eu tinha contato. Estavam com seus dois filhos, Danilo, de 18 anos e Lara, de 15.
- Que saudades, minha filha! – Tia Vanessa, falava.
- Que surpresa! Também estava morrendo de saudades! – Terminei de abraçar os outros.
Moravam no interior, umas quatro horas dali, trabalhavam bastante e não tinham a vida ganha, não eram tão bem de vida igual meus pais eram, então custavam ir na minha casa.
- Viemos a trabalho pra cá e te pedir um grande favor! – Tio Marcos disse assim que terminou de falar com todos.
- Pode dizer!
- É que a Lara... – Apontou para minha prima ao seu lado, com carinha de cachorro sem dono. – Agora cismou que é fanática por um cantor, mas ele nunca vai pra nossa cidade e por coincidência, ele vai ter show aqui hoje, já até compramos o ingresso. Ela não pode ficar aqui? Você não leva ela?
- Que cantor é? – Fiquei curiosa.
- O tal do Luan Santana! – Arregalei os olhos.
Eloá riu e ninguém entendeu.
- Claro que pode, ué. Nesse mesmo que vamos hoje! Acabamos de marcar. – Marcelo, entrou na conversa.
- Era nesse show que você quer ir?
- É sim, nós vamos e Larinha vai conosco! – Minha prima vibrou do meu lado.
- Obrigado, viu? Cuida dessas meninas! – Minha tia o abraçou.
Eles adoravam o Marcelo, mesmo ouvindo mil reclamações minha sobre ele.
Mas diziam e eu não podia negar, que ele amava demais nossa filha e fazia tudo por ela.
Fui vencida por todos e teria que ir naquele bendito show.
- Ainda bem que vai ter milhares de pessoas naquele show e ele nem vai me ver! – Eu dizia a Eloá, enquanto me arrumava.
- Ou não!
- Para com isso! – Bati em seu braço.
- O Luan não voltou mais no consultório mesmo?
- Nem sinal! – Dei de ombros.
- Deve estar melhor!
- Deve sim! Ele é famoso, tem dinheiro, deve ter melhorado.
- Nossa, Carolina!
- O que? – Escutamos uma voz e nos viramos assustadas. – O Luan era seu paciente, Carol? – Lara, falava.
Fechei os olhos com força e suspirei.
- Aham...
- Meu Deus, que sonho! Como assim, dava pra eu conhecer ele e eu perdi essa chance?
- Você não me disse antes que era fã...
- Que burra que eu sou! – Ela não parava de falar e saiu do meu quarto resmungando.
Olhei para Eloá e gargalhamos. A menina tava maluca.
Fui para sala e todos já nos esperavam. Marcelo pela primeira vez, tinha dado banho e arrumado Eduarda, que era só risos.
Ela amava o pai e dava pra ver em seus olhinhos, o quanto sentia falta dele e aquilo partia o meu coração.
- Nossa, arrumou direitinho! – Zoei ele, que revirou os olhos.
- Sou um ótimo pai, Carolina! Agora vamos, que tenho que tomar conta de quatro mulheres...Difícil! – Rimos.
Assim que chegamos, o local do show já estava lotado e nós estávamos no camarote.
Fiquei feliz de ver que Lara também estava que era só felicidade.
- Ai, meu primeiro show já de camarote! – Ela vibrava do meu lado.
- (risos) Calma, que ainda nem começou!
- Vou enfartar até lá! – Rimos.
Não podia negar que o show dele era incrível, ele tinha uma presença de palco perfeita e sabia direitinho como conquistar suas fãs, com suas palavras de carinho e brincadeiras.
- Prima, queria te pedir mais um mega favor! – Lara disse, antes do show acabar, mas já estava bem no final.
- O que foi?
- Tenta camarim pra mim? Por favor! É meu sonho que está em jogo! – Seus olhos se encheram de lágrimas e meu coração apertou.
Olhei para Eloá que assentiu, eu não poderia negar.
- Tudo bem! Eu vou tentar, não é nada certo! – Ela me abraçou animada.
Falei com Marcelo que já voltava.
- Vai aonde, mamãe?
- Eu já volto, meu amor! – Fui até o backstage, já que o camarote tinha acesso.
Procurei até achar um homem com a camisa da equipe do Luan.
- Oi, moça!  - Ele se aproximou, assim que fiz um gesto o chamando.
- Então...Eu não sei se você sabe, mas o Luan estava freqüentando uma psicóloga... – Ele arregalou os olhos.
- Como você sabe?
- (risos) Calma! Sou eu a psicóloga, sei que é segredo!
- Ah! – Ele respirou aliviado. – Você? – Ele me analisou e me olhou estranho.
- É, sou eu! – Ri fraco. – Eu queria... – Pensei um pouco. – Falar com ele, perguntar por que nunca mais voltou no consultório. – Primeira desculpa, que veio na cabeça.
- Então... – Ele ficou sem jeito. – Ele já melhorou bastante.
- Eu sei! Mas o tratamento ainda não acabou!  - Falei a verdade. – Tem que ir até o fim!
- Fica aqui, que eu vou falar com ele. O show já acabou! – Assenti e ele saiu.
Depois de quase vinte minutos o homem voltou.
- Desculpa a demora, muito trabalho!
- Não tem problema... – Ia falar seu nome, mas lembrei que não sabia.
- Rober! – Ele estendeu a mão sorrindo.
- Carolina! – A peguei, rindo também.
- Então, Carolina, o Luan não vai poder te atender agora...Ele tem que ir pro hotel. – Ele falava sem jeito. Parecia mentir.
- Você falou tudo certinho?
- Falei...
- Então, Rober, sabe o que é? A verdade é que eu quero levar minha prima de 15 anos até ele, é mega fã. Ela quase chorou me pedindo pra tentar, fala com ele lá de novo? Por favor!
- Tudo bem. Vou falar esse detalhe pra ele! Se ele topar, podem entrar sem problemas. -Ele sorriu e se afastou novamente. Sorri.
Dessa vez, ele voltou bem mais rápido.
- Então?
- Desculpa, mas ele disse que não vai dar.
- Nem pra receber uma fã? – Ele negou com a cabeça. – Pode falar, ele não quer me receber, não é isso?
- Não...Ele realmente tem que ir.
- Eu sei que é, Rober! Mas não tem problema, diz pra ele que não era por mim, porque eu também não queria nunca mais olhar na cara dele, mas pela minha prima, que é fã desse idiota e faz tudo por ele. Que mora em outra cidade e tá na minha casa, veio pra cá só pra ver ele. – Fiquei com raiva e disparei tudo que veio na cabeça, sem nem pensar duas vezes.

6 comentários:

  1. Luan é muito besta nossa devia deixar a muié entrar oxi!
    @_vick_brito

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  2. Ai meu Deus !! Tenho certeza que o Luan vai atras dela depois disso e ainda vai ver o Marcelo com ela é a filha deles juntos !! Kkkkkkkkkkkkk' Continuuuuuaaa !!

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  3. Luan idiota idiota idiota ..
    Devia deixar ela entrar sim..

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  4. Vish a Carol Ficou Brava ;x O luan Tbm Fica De frescurinha u-u Amor sua fic Ta Perfeita *--* ♡

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  5. nossa o Luan tem q discontar na Carol a raiva dele e não na FÃ DELE
    affz ele vai acabar se prejudicando com esse birra hum
    @lightlrds

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  6. Eita que a trem pegou....

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