sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Capítulo 79



( 3 semanas depois)

- Amor o que você tem? – Luan saiu do banho e me viu com a mão na cabeça, deitada em sua cama.
Eu tinha dormido no domingo na casa dele com Eduarda e acordei me sentindo tonta e com o estômago revirado na segunda. Nem estava em condições de ir trabalhar.
- Uma tontura e agora meu estômago tá revirado.
- Vamos pro médico...
- Não, eu vou tomar um remédio.
- Se não passar a gente vai. Vou pedir minha mãe o remédio. – Ele saiu, mas logo voltou com o remédio e um copo de água.
Dormi o dia inteiro e só acordei com ele acariciando meus cabelos. Sorri e lhe abracei.
- Dormi muito, né?
- Demais! Tá melhor?
- Só to com um pouco de enjoou ainda. – Fiz careta.
- Não to gostando disso.

*
Liguei a televisão, deixei Carolina vendo e desci até a cozinha para buscar alguma coisa para comermos. Não estava nem um pouco satisfeitos com as coisas que ela andava sentindo e ainda lhe convenceria de ir em algum médico.
- O que foi, filho? Cadê a Carol?
- Ela tá lá em cima, ainda tá com enjôo. – Fiz careta.
- É melhor irem no médico.
- Eu também acho e vou levar ela, nem que seja arrastada. – Minha mãe assentiu e me olhou pensativa, enquanto eu arrumava em uma bandeja o que estava na mesa de café da tarde.
- A Duda tá na piscina com a Bruna.
- Tá bom, vou ver se elas dormem aqui de novo hoje.
- Vê sim... – Subi com as comidas e comemos bastante.
Ela estava com bastante fome e disse que o enjôo tinha passado, mas mesmo assim eu não estava satisfeito.
- Amor vamos pro médico! – Eu insistia.
- Não precisa de médico, Luan. É coisa boba!
- Não é coisa boba, nada que faz mal pra gente é coisa boba.
- Tenho certeza que é...
- O que por exemplo? – A encarei e ela se calou. – Tá vendo! – Bufei.
- Para! Pode ser minha menstruação querendo vir, eu até vomitava e ficava com febre na adolescência, pode ter voltado.
- Ia voltar do nada? – Ela deu de ombro.
- É isso sim, amor!
- Mas você me disse uma vez que menstrua no começo do mês e nós estamos no meio. – Insistia.
- Mas é que no mês passado não veio, aí pode ter desregulado.
- Hã? Quase um mês sem vir nada?
- Três semanas...
- Então! Espera...Você tá grávida, Carolina.
- Tá doido? – Ela se sentou na cama rápido, me olhando arregalada.
- Não tem outra explicação.
- Claro que tem! Luan, não tem essa possibilidade.
- Como não? Você pode ter esquecido de tomar seu remédio e nós não nos prevenimos sempre.
- Eu não esqueço de tomar remédio e é ele mesmo que desregula tudo.
- Você tá grávida, Carolina.
- (risos) Para de falar besteira, garoto.
- Então vamos pro médico. – Me levantei rápido.
- Você vai parar de falar isso? Então vamos. – Ela se levantou também, revirando os olhos.
Depois de prontos, descemos e eu avisei a minha mãe que levaria Carolina ao médico e ela concordou.
- Tem que ir sim, Carol...
- Tenho certeza de que não é nada, Marizete. – Ela sorria e eu revirava os olhos.
Assim que chegamos a clinica que minha família costumava a ir desde que nos mudamos para São Paulo, por indicação dos nossos amigos, pedi para que a secretária arrumasse uma vaga para o médico geral para Carolina e por ser eu, ela conseguiu.
Esperamos durando meia hora na sala de espera. Carolina lia uma revista e eu batia os pés e entrelaçava as mãos impaciente.
- Que demora! – Olhei no relógio.
- Luan, você que vai ter um filho assim. – Ela riu. – Para com isso! Eu não to grávida.
- Você sabe? Não sabe! – Ela riu de mim mais uma vez.
- Eu sei sim e não estou, então para e se acalma. – Suspirei e fiz o que falou.
Chegou nossa hora e eu peguei em sua mão, andando rápido.
Doutor Eduardo, um médico muito simpático de meia idade, nos atendeu super bem. Ele já tinha atendido minha irmã antes.
Carolina contou de seus sintomas e eu acrescentava que os remédios não davam jeito e que eu suspeitava de que ela estivesse grávida.
- Bom, pelos seus sintomas, Carolina, pode ser gravidez sim. – Ele disse eu sorri irônico lhe olhando. – Mas, como temos que confirmar tudo, vamos fazer uma ultra aqui e vou pedir um exame de sangue pra ter mais certeza ainda, porque se estiver de muito pouco tempo, não vai dá pra ver.
- A nossa ultima relação sem proteção foi a três semanas atrás, doutor. – Ela disse.
- Então, três semanas, com certeza vai dar pra ver por aqui. Mas mesmo assim,exame de sangue. – Concordei. – Como hoje já comeu e já é de tarde, venha amanhã bem cedo.
Carolina se deitou na maca e o doutor chamou sua enfermeira assistente para lhe ajudar. Ele conversava conosco, nos distraia, ou tentava, enquanto ligava os aparelhos. Eu não conseguia desviar os olhos daquele monitor, de tão ansioso.
Passou um gel na barriga de Carolina e começou a passar o aparelho por aquela área, olhava sério e não falava nada, e eu já roia as minhas unhas.
- E ai, doutor? – Não agüentei e perguntei.
- Olha...Não está dando nada por aqui. Mas como eu já disse, pode ser que não de pra ver por ser muito recente. Então, amanhã quero que ela faça um exame de sangue, que a tarde mesmo eu vejo e falo pra vocês.
- Eu não to grávida, tenho certeza. – Carolina riu e contagiou o doutor.
- Bom, aí eu já não sei, porque dizem que a mulher é a primeira a saber quando tem um outro serzinho na barriga. – Não disse nada, ainda quero saber sobre o exame de sangue.
Chegamos na minha casa e minha mãe preparava um banquete para jantarmos.
Disse que Carolina faria um exame de sangue no outro dia, mas por pedido da própria, sem tocar no assunto gravidez.
Comemos muito naquela noite, conversamos e até o Zezé e o Sorocaba apareceram na minha casa e se juntaram na comilança conosco.
Foi difícil mas eu consegui convencer Carolina a dormir na minha casa de novo. Mas no outro dia não deu pra impedir ela de ir trabalhar, nem de deixar Eduarda a toa na minha casa.
- Promete que vai fazer o exame. – Ela revirava os olhos.
- Eu prometo, amor! Não vou tomar café.
- Vou confiar.
- (risos) Bobo! – Ela segurou meu rosto e selou nossos lábios. – Leva a Eduarda pra escola! – Ela se virou, assim que chegou na porta.
- Sim senhora! – Bati continência e ela riu, saindo.
Levei Eduarda pra escola e assim que cheguei em casa, minha assessora me ligou dizendo terem cancelado uma entrevista para uma rádio, que seria na próxima semana, para aquele dia.
- Mas por que desmarcou? – Bufei no telefone.
- Porque iria ficar muito em cima do show, Luan. Me desculpa, eu que me enrolei.
- Tudo bem, né...E amanhã eu já tenho show.
- Vai ter que ir direto de lá pra cidade do show.
- Em casa só na próxima semana, né? – Revirei os olhos
- É... – Ela falou mais algumas coisas, mas logo desligou.
Falei com a minha mãe que já iria viajar naquele dia, depois do almoço e ela subiu para arrumar minhas malas.
Falei com a minha irmã que se ofereceu para ir buscar Eduarda na escola, já que não estava fazendo nada e eu disse a Carolina que eu iria, já que ela chegaria ali só no final da tarde.
Me despedi da minha família depois do almoço e enquanto ia para o aeroporto, mandei uma mensagem para Carol avisando, já que estava com medo de ligar e lhe atrapalhar.
Realmente ela estava ocupada já que só me respondeu depois que eu cheguei na cidade do show, que não era muito longe dali, no interior.
Aqueles dias foram corridos pra mim, mal falei com Carolina e quando falava, queria saber o resultado do exame logo, mas ela dizia rindo que só quando eu voltasse de viagem.
Então me conformei e não insisti mais.
Voltei pra casa só na terça no final da tarde, já estava esgotado.
A van me deixou em frente a minha casa, abri a porta com minha chave reserva e assim que entrei em casa, avistei minha irmã na sala, sentada ao lado de uma moça. Me aproximei mais e vi que ela tinha o cabelo da metade pra baixo bem claro.
Estava com uma saia curta e uma blusa também curta, de alcinha e florida.
Ri em pensamentos de pensar que se Carolina chegasse ali e me visse olhando pra moça daquele jeito, teria briga. Que ela não chegasse ali enquanto aquela moça estivesse na minha casa.

Afastei os pensamentos e fui falar com a minha irmã.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Capítulo 78



No outro dia, Luan dormiu tanto que eu fiquei até preocupada. Almocei com meus tios e meus primos que foram no casamento e dormiram na minha casa e nada dele acordar.
- Eu queria me despedir do Luan antes de ir embora.
- Deixa ele descansar, Lara. – Minha tia dizia.
- Descansar? Isso é efeito da bebida de ontem mesmo. – Ela disse e eu ri, enquanto minha tia lhe repreendia.
- É isso mesmo, tia. E eu já vou acordar ele, quase quatro horas e esse homem não da sinal de vida. – Eles ficaram no sofá comendo a sobremesa que minha tia tinha preparado, junto com Eduarda e eu subi até o quarto para acordar Luan, que estava na mesma posição que eu tinha lhe deixado.
- Ei...Luan. Acorda, amor! – Eu sacudia e nada.
Estava quase desistindo quando ele se mexeu.
- Oi, amor. – Ele resmungou ainda de olhos fechados.
- Você tá me assustando. Acorda!
- O que foi? – Ele enfim abriu os olhos, vermelhos.
- Pensei que estava em coma alcoólico. – Brinquei e ele fez careta.
- Nunca mais bebo, minha cabeça tá explodindo!
- (risos) Sei...Toma um remédio que eu já separei aqui, se troca e desce pra comer. Lara quer te ver antes de ir embora. – Ele concordou. – Me deu trabalho ontem ainda.
- Dei? – Ele riu e me puxou para me deitar ao seu lado.
- Não cuido mais de bêbado. – Revirei os olhos e ele beijou meu rosto.
- Sei que cuida! – Enfim, Luan se levantou.
Tomou um banho, se trocou e tomou seu remédio antes de descermos.
Almoçou na sala mesmo, enquanto conversávamos.
- Luan, eu sabia que bebia, mas não tanto...
- Olha o exemplo que tá dando pra sua fã. – Ele fez careta.
- Eu não bebo assim, Larinha. Ontem foi exceção. – Ele se explicou e nós rimos.
Meus tios foram embora no final da tarde e só restou nos três vendo TV e comendo doce.
Um programa de comédia que fazia o Luan ri sem parar.
Ele só voltaria a trabalhar dali a dois dias, então, no outro dia comecei a minha rotina de sempre, mas o deixei dormindo na minha cama. A mãe dele já achava que ele tinha se mudado pra minha casa, já que nas folgas, não dormia em outro lugar.
Acordei com uma dor de cabeça chata naquele dia, mas fui mesmo assim trabalhar.
Me assustei, assim que cheguei e vi Vitória sentada na cadeira de espera sozinha e seu rosto estava vermelho.
- O que aconteceu? – Eu me aproximei dela que me abraçou e chorou no meu ombro.
Olhei para Amanda, que não estava entendendo nada, então a levei até minha sala.
- Carol...
- Ei, respira. Me diz o que aconteceu... – Me ajoelhei me sua frente.
 - Ontem meus pais foram fazer uma viagem a trabalho e eu até briguei com eles pra ficar em casa, porque já não agüento mais.
- Mas o que já conversamos? É ó trabalho deles, amor. – Limpei suas lágrimas que escorriam.
- Eu sei... – Ela suspirou. – Mas eles, por incrível que pareça, aceitaram que eu ficasse em casa e eu fiquei, junto com a minha babá. E hoje de manhã eu acordei e minha tia estava na minha casa...
- Qual tia? A Livia?
- É...
- Você gosta dela, não é uma boa pessoa?
- É sim. Eu gosto muito dela sim, ela me trata como uma filha, já que não tem nenhum filho e separou do marido. Mas eu não via ela a muito tempo, mora no interior.
- E o que ela foi fazer lá?
- Eu escutei ela falando no telefone que meus pais tinham sofrido um acidente. – Eu não sabia o que dizer. – E ela achou melhor me contar tudo de uma vez e ... Eles morreram. – Fiquei paralisada e a única coisa que pude fazer, foi lhe abraçar, bem apertado.
Ficamos um bom tempo ali, mas o meu primeiro paciente já estava pra chegar.
Então lhe deixei com Amanda na recepção, assim que ela se acalmou.
Atendi duas pessoas e quando sair para ver como Vitória estava, já tinha uma mulher ao seu lado.
Me aproximei delas e era a tal tia Lívia, que ela tanto falava bem, uma das poucas pessoas de sua família que ela gostava.
Conversamos e realmente tudo que a pequena tinha me contado era verdade. Eu fiquei arrasada, e a pesar deles não tratarem a filha como deveria, ela chorava sem parar.
- Você quer que eu fique com ela pra você resolver o resto das coisas?  - Eu disse, já que sua tia reclamava que ainda tinha muita coisa pra resolver.
- Você faria isso por mim?
- Claro que sim! Vamos pra minha casa. – Pedi para que Amanda cancelasse as quatro consultas que ainda me restava e a liberei também.
Fui para casa com Vitória que já se acalmava. Quando chegamos, Luan jogava vídeo game e tentava ensinar Eduarda.
- Amor... – Ele me olhou. – Olha quem tá aqui, rapaz! – Ele se levantou para lhe abraçar e a pegou no colo.
- Tudo bem, Lu?
- Tudo ótimo, princesa e você? – Ela apenas sorriu fraco e Luan me olhou sem entender.
Fiz sinal para conversarmos longe delas e ele a colocou no sofá, do lado de Eduarda.
Fomos até a cozinha e eu lhe expliquei tudo que estava acontecendo.
Voltamos para sala e eu via o quanto ele se esforçava para lhe fazer sorrir.
- Lu, você tá deixando eu ganhar. – Ela dizia rindo, já que eles jogavam vídeo game.
- To nada, você é boa demais. – Ele riu. – Aí, ganhou de novo. Assim não vale, Vivi! – Ele cutucou sua barriga e ela pulou rindo. Então não deu em outra, Luan começou a fazer cócegas na menina e seus olhos já desciam lágrimas. Eu ria deles.
Mas um choro alto fez com que ele parasse.
- O que aconteceu, Eduarda? – Me sentei ao seu lado, pensando que pudesse ter batido alguma parte do corpo em algum lugar.
- O que foi? – Luan se ajeitou no sofá e se aproximou dela. Mas não disse nada, penas se levantou e subiu as escadas correndo. Nos olhamos sem entender nada.
- Fiquem aí que eu vou lá ver o que aconteceu dessa vez. – Ri.
Fui no meu quarto mas ela não estava lá, entrei em seu quarto e ela chorava de bruços na cama, já soluçava.
- Sai daqui...
- Filha, o que aconteceu?
- Sai, mãe!
- Eduarda, o que você tem? – Escutei passos e logo vi Luan entrando no quarto. – Cadê a Vitória?
- Tá na sala jogando. O que foi, Duda? – Ele se ajoelhou do meu lado.
- Sai daqui!
- Olha pra mim...
- Não quero você!
- Por que não me quer? O que eu te fiz? – Ela enfim virou seu rosto para nos olhar.
Vermelho e todo molhado por lágrimas.
- Vai lá brincar com aquela boba. – Ela voltou a chorar.
- Não acredito, Eduarda, que esse escândalo foi por isso. – Eu lhe olhei brava.
- Ele me deixou de lado. – Ela dizia igual gente grande e se não estivesse tão brava por isso, até iria ri.
- Nunca! Vê se eu vou te deixar de lado?
- Deixou sim!
- Vamos lá brincar, vem... – Ele tentou lhe pegar, mas em vão.
- Me deixa!
- Ei, para com isso. Desculpa, tá? Vamos brincar juntos agora.
- Eu quero brincar sozinha com você.
- Vamos descer pra brincar todo mundo junto, do contrário, você fica de castigo. – Eu me levantei e ela me olhou com cara de choro. – E aliás, por que não foi no colégio?
- Eu que pedi pra Suzi ir embora e deixar ela passar o dia comigo hoje, amor.
- Tudo bem, mas já sabe, se continuar assim, não vai faltar mais aula. – Eu a encarei.
- Vamos descer, Duda. – Luan conseguiu a pegar no colo.
- Não vai me trocar?
- Claro que não!
- Eu que sou sua filha, não ela.
- (risos) Eu sei disso! – Descemos e eu preparei um almoço rápido para nós.
Os ciúmes de Eduarda só diminuiu ao longo do dia, mas não acabou. Eu ficava assustada com os ciúmes que ela tinha do Luan, já que nem de mim tinha daquele jeito.
Uma hora, ela falou para Vitória que o Luan era pai dela e de mais ninguém, me fazendo ri.
- Eu acho que um certo cantor não vai poder ter filhos. – Eu brinquei e ele me olhou.
- Vai ter ciúmes dos seus irmãos, Duda?
- Eu não quero irmãozinhos! – Ela cruzou os braços e ele me olhou fazendo careta. Ri.
A tia de Vitória foi buscar ela no final da tarde e nos avisou que o enterro seria no outro dia, duas horas. Nós deixamos Eduarda na casa da mãe do Luan, que insistiu e fomos para o cemitério. Ficamos atrás de todos, e no final Vitória foi nos abraçar, já que fez questão de ir e ninguém tirava aquilo da cabeça dela.
- Agora eu vou morar com minha tia no interior, mas juro que venho pra ver vocês sempre que der! – Ela falava com lágrimas nos olhos.
- E eu espero mesmo. Quero venha nas férias passar várias dias com a gente. – Eu olhei para sua tia que sorriu.
- Pode deixar que eu ligo para combinar e trago ela sim. – Assenti. Realmente parecia uma boa pessoa. A males que vem para o bem.
Os pais dela não eram pessoas ruins, mas sua tia parecia uma pessoa muito boa, que era bem de vida, sem marido, sem filhos, que a trataria com muito carinho e amor, que era o que faltava na sua vida.
- Quero que vá em um show meu ainda. – Luan sorriu.
- Ah eu quero muito! Eu vou poder, tia?
- Claro que sim. – Nos despedimos dela depois de alguns minutos e fomos para casa.
Ela me prometeu que me ligaria sempre para conversarmos, eu tinha um apego muito grande por aquela menina que eu conhecia desde bem pequena e foi difícil me afastar dela desse jeito.
Chegamos na casa do Luan e eu me deitei em seu quarto, ele tomou seu banho e depois se deitou do meu lado. Estávamos cansados e tenso pelo dia complicado.

Então dormimos rápido.



Já tão me pedindo briguinha, pensei que nem sentiam falta rs 
Mas esperem mais um pouquinho aí, por enquanto eu quero curtir os dois juntos por um tempo. 
Quem quiser deixar ideias nos comentários. Sei lá, alguma coisa criativa com os dois juntos, pode me dizer. Já tenho algumas ideias mas nunca é demais :) haha
Então é isso, amores, espero que estejam gostandoo. Beijãao, coisas lindas!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Capítulo 77



Nós dormimos demais e eu acordei meio dia, acordando o Luan sem querer, que resolveu levantar e não me deixou sair do quarto enquanto não almoçássemos.
- To atrasada, amor. – Já comíamos no quarto mesmo.
- Tá nada, relaxa! – Acabamos de comer e Rober bateu na porta para me falar que o táxi que me levaria até o aeroporto já tinha chegado.
- Ah e o remédio da Duda. – Olhei para Luan sem entender.
- Eu que pedi para ele comprar, amor. – Coloquei na minha bolsa.
- Quanto foi?
- Não foi nada.
- Me fala que eu vou te pagar, já pagou o hospital ontem. Para de coisa.
- Você vai perder o vôo, amor.
- Bobo! Depois a gente se acerta. – Ele selou nossos lábios.
- Pode deixar! – Ele riu com segundas intenções e eu revirei os olhos.
Assim que cheguei em casa levei um susto com Eloá na minha porta. Entramos na minha casa e ela não parava de falar.
- Carolina, olha a hora! – Ela apontou pro relógio.
- Por que já não foi, Eloá? Você tem que se arrumar mais que eu.
- Eu estava te esperando, já peguei os vestidos. Vamos logo!
- Calma! – Só deixei minhas coisas na sala, coloquei mais comida e água pro Bobi, que foi um custo pra fecharmos a porta e ele ficar para o lado de dentro.
Fomos no meu carro pro salão de beleza.
Começamos a fazer as unhas, hidratar o cabelo e terminaríamos aqui já de tarde.
Eduarda já estava enjoada de ficar sentada, mas teria que ficar porque também teria que se arrumar depois.
- Liga pra minha tia, mãe. – Ela me falava, enquanto eu fazia as unhas da mão.
- Eduarda, já já a hora passa.
- Eu to cansada! – Ela disse fazendo todo mundo do salão ri.
- (risos) De fazer nada, filha?
- Liga pra ela, mãe.
- Calma,vou ligar! – Liguei pra Bruna que por sorte estava de bobeira e adorou a idéia de ir nos encontrar no salão e por ser um salão que costumávamos ir, eles encaixaram Bruna em um horário também, para fazer babyliss em seu cabelo.
- Tem certeza que não te atrapalhei? – Disse, assim que ela chegou.
- Claro que não! Estava a toa.
- Olha lá, tem seu namorado.
- Ele tá viajando.
 - Foi essa pessoinha que não me deu sossego até eu ligar pra tia amada.
- Ôh minha coisa gostosa! Titia chegou e a gente vai em uma sorveteria que tem aqui pertinho. Bora?
- Pode, mamãe?
- Claro, filha. Não demorem! Pega o dinheiro ali na minha bolsa.
- Pode deixar e claro que não, a tia chamou a tia paga.
- Vishi, é duro ser tia então, em Bruna! – Eloá brincou e ela riu.
- É duro, mas é ótimo! – Bruna saiu com Eduarda e voltou três horas da tarde, super atrasadas e Eduarda toda melada.
- Ai, meu Deus! Essa menina tá toda suja! – Eloá fez drama.
- Desculpa, não deu pra evitar. – Bruna fez careta.
- Fica tranqüila, Bruna. Eu sei como é e vou dar um jeito.
- Faz assim, Carolina, dá um banho nela aqui no nosso banheiro, enquanto isso eu faço o cabelo dela. – A dona do salão apontou para Bruna e eu concordei.
Corremos demais na nossa arrumação, já que a idéia do casamento era pra ser no por do sol. Bruna também já tinha tomado banho e se trocou ali com a gente também.
Lógico que acabamos primeiro que Eloá, que arrumava os últimos detalhes.
- Mamãe, to linda! – Eduarda se olhava no espelho.
- (risos) Tá sim, meu amor!
- Vamos?
- Já, amiga? Ainda dá pra atrasar um pouco.
- É, mas vamos tirar umas fotos antes de começar o casamento lá na casa, lembra?
- Verdade! Esqueci. – O pai de Eloá foi nos buscar e levar para o hotel fazendo que foi alugado para o casamento.
Seria na igreja, mas minha amiga quis mudar. Encontramos o hotel fazendo que alugava com uma casa imensa e tudo, para festas e ela quis na hora. Realmente era muito lindo e estava mais ainda com a arrumação que tinham feito.
Fomos para dentro da casa e lá Eloá já começou seu book de casamento, que Eduarda e sua prima que também seria dama de par com seu priminho, também participaram.
- Cunhada, Luan disse pra você ir ali na porta. – Bruna chegou dizendo com o celular na mão. Assenti e segui para a porta da casa, vi Eduarda correndo atrás de mim, assim que cheguei na porta.
- Não corre, filha. Você pode cair ou vai sujar o vestido. – O arrumei, assim que ela se aproximou.
- Nossa, que linda! – Luan me abraçou e me beijou.
- Você também tá lindo!
- Achei outra gatinha, aqui? – Ele puxou Eduarda pela mão. – Gente tá muito linda!
- Eu também achei. – Ela nos fez ri com sua resposta.
- Já estava preocupada com você, amor.
- (risos) Sabia! Mas deu tudo certo. – Lhe beijei de leve e depois limpei sua boca que estava suja de batom.
- Nem deu tempo de tirar essa barba.
- Quem disse que eu ia tirar? Ta loca! – Ele me olhou indignado e eu gargalhei.
- Pra ficar mais gatinho nesse terno. – Arrumei sua gravata.
- Já sou gato o suficiente.
- Vamos? – Minha amiga chegou na porta.
- Já? – Perguntei.
- Nossa, que noiva linda!
- E o noivo, tá bonito?
- O seu padrinho tá mais. – Luan brincou e nós rimos.
Fomos na frente e eu avisei que a noiva chegaria. O salão estava perfeito com rosas vermelhas e como o combinado o sol estava se pondo, o lugar que ela quis fazer a cerimônia era descoberto, justamente para valorizar as fotos e a festa, seria no salão coberto dali.
Ficou tudo muito lindo, nunca tinha imaginado ver minha amiga naquela situação primeiro que eu, mas seu sorriso era tão grande que eu estava feliz por ela.
Fomos para a festa depois, eu e Luan nos sentamos em uma mesa com Bruna e seu namorado. Ele já afrouxava a gravata e jogava o paletó em mim.
- Tava morrendo nisso já, cara. – Ele disse a Rafael que riu.
- Eduarda, quer tirar esse vestido? Eu trouxe outra roupa pra você.
- Não, mamãe.
- (risos) Gostou do vestido? – Ela assentiu de boca cheia.
Peguei meu celular e lembrei de postar a foto que Bruna tinha tirado do meu vestido, assim que chegamos ali e Eloá tirava suas fotos.



“Melhor amiga se amarrando...Quem diria! Tava linda demais! Agora é só festa!
Amei o vestido!“

Nos divertimos, comemos muito e bebemos também. Luan ficou mais alegre que de costume, até dançou, coisa que não é muito de fazer sóbrio.
Teve alguns ataques de ciúmes no final da noite, quando encontrei uns colegas de faculdade que incluíam mulheres e homens. Eu relevei por saber a situação que ele se encontrava. Não dava bola para o que falava. Não era nada demais, só resmungava as coisas, até me fazia ri.
- Amor, eu só vou ali pegar uma água pra você que tá precisando e vê se come um pedaço de bolo pra dar uma melhorada. Você tá precisando de glicose. – Disse, enquanto ele me agarrava por trás, suas mãos firmes na minha cintura.
O pessoal dança na pista de dança e nós estávamos mais perto das mesas que sentavam.
- Não, amor. Esses homens tão te olhando muito. Não quero!
- Senta aí e me espera. – Tentei o sentar. Em vão.
- Já disse que não. Não quero ninguém mexendo com a minha muié. – Ele encostou o queixo no meu ombro e eu virei os olhos.
- Vem comigo, então, coisa!
- Vamos...
- Mas me solta, assim eu não consigo andar.
- Como você é chata, muié!
- Eu que sou chata, né? – Peguei na mão e dele e fomos em direção aos garçons.

Fomos embora quase de manhã, fomos os últimos a sair dali e os noivos passariam a primeira noite de casados ali e depois viajariam para Orlando.






Amores, eu expliquei no grupo que ontem não deu pra postar porque minha internet tava um lixo e não estava abrindo aqui, então eu postei esse capítulo agora e se comentarem bastante pra mim aqui, eu posto outro de noite. E aí, cês topam? haha Beijoos!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Capítulo 76



Indicando : http://chatsproluan.blogspot.com.br/


( ... )

- Carolina, se você não estiver aqui amanhã pelo menos umas dez horas da manhã, eu te mato! – Ouvia Eloá tagarelar no meu ouvido, enquanto arrumava minha mala.
- Calma! Antes do almoço eu estou aqui. Fica tranqüila!
- Acho bom...O Luan não podia inventar de te carregar pro show com ele outra hora? Mas não, tem que ser na véspera do meu casamento. – Ri dela.
- Eu vou chegar a tempo de me arrumar no salão com você, amiga. Relaxa!
- Ainda vou ter que ir pegar seu vestido hoje na loja.
- Faz esse favor pra mim, vai.
- Claro, né. – Ela revirou os olhos.
- Dá uma olhadinha no Bobi também.
- Se precisar eu até levo ele pra minha casa.
- Ótimo! Só não pode deixar ele sem comida e água. - Fui para mais um show com o Luan, em Salvador – BA.
Ele me chamou já prevendo que eu recusaria por conta do casamento da minha amiga, mas quando ele disse a cidade, eu tive que aceitar. Eu amo aquele lugar, ainda mais que meu namorado me prometeu que pegaríamos uma praia. Eu amei a idéia, então em questão de minutos arrumei uma mala para mim e outra para Eduarda. Seu jatinho já me esperava no aeroporto de São Paulo.
Eu voltaria no outro dia na parte da manhã e Luan só a tarde, já que não tinha show, mas tinha uma entrevista breve e sua assessora prometeu que daria e sobraria tempo.
Assim que chegamos ele já cumpriu o combinado e já nos trocamos e fomos direto para uma praia mais deserta de Salvador, ainda tinha gente, mas nada comparado as praias mais famosas.
Curtimos aquela manhã ali, almoçamos em um restaurante perto do hotel e no final da tarde, eu já comecei a me arrumar para o show.
Depois de me arrumar e arrumar Eduarda, fiquei esperando à séculos o Luan arrumar seu cabelo e só então fomos para o carro que nos levaríamos.
Pela primeira vez, passamos em uma passarela, a caminho do camarim, lotada de fotógrafos e repórteres, sempre tinha um ou dois, eu mal falava, mas daquele jeito, eu já estava quase ficando cega com tanta luz.
Olhei para baixo e Eduarda olhava tudo muito confusa e piscava sem parar por causa dos flashes.
- Pega ela no colo. – Luan sussurrou no meu ouvido e eu me abaixei.
Peguei a pequena no colo e avistei mais uns quatro seguranças a nossa volta, já que começava a chegar fãs correndo de todo canto.
Do nada aquilo encheu de meninas enlouquecidas e eu só via braças tentando pegar no Luan e só ouvia gritos, de todo canto. Fiquei preocupada de machucarem Eduarda, mas conseguimos passar bem. Demorou, mas passamos.
Fomos direto para o camarim e todos nos deixaram a sós. Luan ajeitava seu cabelo e sua assessora deixou avisado que dali a dez minutos começaria as entrevistas, antes de também sair dali.
- Que loucura, em! – Eu comentei.
- Pois é...Eu sabia que essa hora ainda ia chegar pra você, não queria, mas sabia.
- Realmente eu já vi flashes em cima de você, mas igual hoje...
- Não tem jeito! – Ele suspirou e parou de mexer nos cabelos, me olhando. – É difícil me namorar, né? – Ele fez careta e eu me levantei de onde estava, para me aproximar.
- Não é nada difícil, você é uma pessoa incrível! – O abracei.
- Não to falando de mim, mas da minha vida.
- E eu to falando de tudo. Dá pra entender, nem é tão difícil assim porque não viajo com você todos os dias.
- Mas eu não fico com você sempre...
- A gente se fala por celular, eu ouço tua voz todos os dias e isso basta! – Eu sorri.
- Muitas mulheres em cima. – Fiz careta e ri em seguida.
- Não tem problema, eu confio no meu taco! – Brinquei e ele riu junto comigo.
- Ah isso é mesmo, pode confiar!
- (risos) Eu sei que posso. – Nos beijamos.
- Tá tudo bem aí, Dudinha? – Ele cortou nosso beijo e a olhamos. Ela assentiu. – Tá calada...
- Tá com sono, acordou muito cedo hoje, foi dormir tarde ontem, quase não dormiu. Tava com um pouquinho de febre ontem, mas nada demais.
- Sério, amor? Por que não me disse antes?
- Não foi nada demais, acho que é esse calor que está fazendo. Passou rápido, se voltar, eu vou levar ela no médico.
- Faz isso! – Luan começou a atender a imprensa, seus fãs, contratante e depois ele foi para o palco e nós para a lateral.
Já no começo do show Eduarda me pediu colo e eu vi que estava um pouco quente, provavelmente sua febre tinha voltado.
Me aproximei do Rober e falei com ele que voltaria para o hotel por conta disso.
- O motorista vai te levar, Carol. Fica tranqüila! E o Well vai com você.
- Tudo bem, fala pro Luan o que houve. Não vai atrapalhar ele? – Ele assentiu.
- Não, tenho certeza que se vocês forem sozinhas o Luan vai ficar bravo. – Concordei.
Descemos no hotel, eu agradeci o motorista e estava subindo as escadas para entrar no hotel quando escutei vozes e me virei.
- Carol! – Um grupo com três meninas me gritava. Parei para olhar. – A gente pode ir aí te dar um abraço? – Uma falava tímida. Elas estavam com uma câmera na mão e eu percebi que filmavam.
- Pode sim! – Eu sorri e esperei que se aproximassem.
Comecei a abraçar a primeira menina, um pouco sem jeito por estar com Eduarda no colo.
- Vamos rápido, meninas. Deixa a Carol ir descansar.
- Por que voltou antes do show acabar?
- A Duda tá um pouco indisposta. E vocês, por que não foram?
- Estamos sem dinheiro. – Elas riram. – Mas estamos com fé que conseguiremos ver o Luan aqui. – Sorri.
- Tenho certeza que sim!
- A gente pode tirar uma foto com você? Em grupo mesmo pra ser rapidinho, a carinha da Duda não tá boa mesmo. – Outra menina disse.
- Não, gente! Deixem ela ir.
- Não...Pode deixar. Vamos tirar! – Elas deram a câmera para que ele batesse.
Se despediram mais uma vez de mim e beijaram o rosto de Eduarda.
- Tá entregue! – Well me deixou no quarto do Luan.
- Muito obrigada!
- O que é isso...Deixa eu voltar agora pra buscar o patrão.
 - Vai sim...
- E até já sei por onde passaremos, já vi que essa entrada vai lotar.
- Vão passar por onde?
- Pelos fundos. – Ele acenou para mim e foi em direção a porta.
- Well! – Ele parou de andar e me olhou. – Não passa pelos fundos, sério. As meninas não foram no show por causa de dinheiro, pelo jeito tão a tempos aqui. – Ele me olhou surpreso pelo o que falei, assentiu timidamente e me deu um ultimo aceno que dessa vez foi retribuído com um sorriso de canto.
Luan chegou e eu ainda estava acordada e sem sono, zelando o sono de Eduarda. Tinha medido e ela estava com uma febre, não muito alta, mas ainda estava com febre.
- Passou por onde? Atendeu as meninas? – Lhe perguntei.
- Passei pela frente mesmo, atendi umas cinco meninas. Por que?
- Por nada, ué. – Dei de ombros.
- Você e essa preocupação com minhas fãs, acho que vou despedir o Rober e te contratar.
- E isso é ruim? – Mordi o lábio inferior.
- Lógico que não! – Ele se aproximou e selou nossos lábios, mas eu o afastei.
- Tá suado, amor! – Fiz careta e ele riu, enquanto se levantava.
- Minha nojentinha! - Tirou a roupa ali e foi em direção ao banheiro.
- Sou nada.
- Amor, veio embora cedo porque a Duda tá com febre mesmo? – Ele gritou do banheiro e eu fui até ele. Me escorei na pia.
- É, ela tá um pouco indisposta.
- Vamos levar ela no médico quando eu acabar aqui.
- Agora? Amanhã eu vou levar ela na médica dela, amor.
- Não, vamos levar agora. Amanhã é o casamento e vai que piora? Você vai se atrasar, vamos levar agora que se tiver de tomar remédio já começa.
- Tudo bem! – Vi que não teria jeito.
Ele saiu, se arrumou e pegou Eduarda no colo que nem se mexeu. Realmente ela não estava muito legal.
Fomos só eu, ele e seu segurança mesmo, até o melhor hospital de Salvador.
Eles logo arrumaram o melhor pediatra que estava de plantão, para o “Luan Santana”.
Ele examinou Duda e disse que era por causa da temperatura e do tempo muito seco, como eu imaginava. Estava um pouco desidratada e teria que ficar no soro o resto da madrugada.
Passou a receita de remédio para febre e dor e disse que voltaria para lhe dar alta assim que o soro acabasse.
- Pode ir, amor. Você tá cansado! – Alisei o rosto de Luan.
Eduarda já tinha voltado a dormir, já que acordou chorando quando sentiu a agulha no braço e já estávamos no quarto.
- Não! Vou ficar com você.
- Amor...
- Já decidi! – Ele beijou meu rosto e eu decidi não protestar.
Depois de horas, saímos daquele hospital esgotados. Eduarda já acordava e pelo visto tinha perdido o sono, já que foi dormir muito cedo.
Assim que chegamos no quarto, Luan tirou a calça e a camisa e se jogou na cama.
- Eu disse que ficaria esgotado.
- Não tem problema, amor. Ainda tenho até quatro horas da tarde pra dormir.
- E ainda temos um casamento às oito da noite.
- Eu sei, amor. Boa noite! – Ele se aconchegou e fechou os olhos.
- (risos) Bom dia! – Ouvi sua risadinha baixinha.
- Vem deitar também. – Ele já dizia de olhos fechados.
- A Duda já acordou e eu acho que vou ter que virar hoje.
- Tá doida? Nem eu consigo. Como você mesma disse, hoje tem casamento, vai dormir no altar.
- Tá tudo bem, amor. Pode descansar.
- Vem deitar aqui Duda. – Ele a chamou com a mão e ela se aproximou. – Vem, amor. – Eduarda se deitou no meio e eu do lado dela.
- Pode dormir, amor...

- Agora todo mundo vai dormir. Fecha o olhinho, filha, que o papai vai cantar pra você dormir de novo. – Ela lhe obedeceu e eu também fiz o mesmo sorrindo.