Capítulo 64

- Você quer muito que eu vou, é? – Ele alisou seus cabelos.

- Eu quero... – Ela o olhou com os olhinhos caídos.

- Então eu vou!

- Luan...

- Eu vou, amor! Fica tranqüila.

- Eu acho que a sua assessora não vai gostar, será que seu pai vai concordar?

- Esquece isso! Na minha vida pessoal não tem assessora e meu pai não vai dizer nada, ele sabe o quanto essa pequena é importante pra mim! – Ele abraçou Duda.

- Nossa! Nove horas! – Olhei no relógio. – Vamos tomar banho, Eduarda!

- Que horas vai ser?

- É pra tá lá meio dia.

- Então eu vou em casa me arrumar rapidinho, está bem? – Ele me beijou e saiu as pressas.

Dei banho em Eduarda, lhe arrumei e deixei ela no quarto, enquanto ia tomar o meu banho e me arrumar também.

Luan chegou e junto de seu perfumo forte e gostoso. Eu estava no espelho terminando a maquiagem e me virei para olhá-lo.

- Ual! Que lindo! – Ele riu.

- Você também tá lindona, amor. – Ele beijou meu rosto.

- Olhá lá! Não quero nenhuma mãe em cima de você. Não precisava se arrumar tanto, não é nenhum show. – Ele estava de calça jeans clara, tênis, óculos escuros e uma blusa preta, fora seu cabelo que estava perfeitamente arrumado.

- (risos) Sua boba! Só tenho olhos pra você. – Ele me abraçou por trás.

- Acho bom!

- E eu to bonita! – Eduarda ficou de pé na minha cama.

Estava de vestido rosa florido, sua cor favorita, um laçarote na cabeça e um sapatinho branco.

- Tira esse pé da minha cama, Eduarda!

- (risos) Tá a coisa mais linda desse mundo! – Luan a pegou no colo e a girou, lhe fazendo gargalhar.

- Faz de novo...

- Chega, tá bom! – Ele ria.

Fomos no meu carro, muito menos chamativo, porém, Luan dirigia enquanto Eduarda tagarelava no banco de trás.

Coloquei minha mãe esquerda em cima da sua direita, que estava no volante e tirei uma foto. Ele me olhou rindo.

- Eu vou postar, mas não é pra provocar suas fãs.

- Eu sei que não, meu amor! Claro que pode postar.

- As vezes elas pensam isso...

- Faz o seguinte, para de ler os comentários, posta e sai, ou se não, entra fala com quem tem que falar, suas amigas e ignora coisas negativas sobre nós. – Ele sorriu e eu retribui.

- É isso mesmo que eu vou fazer! - Me aproximei dele e beijei sua nuca.

- Óh, tá me desconcentrando! – Ele brincou e nós rimos.

“Meu amor, minha vida! Te Amo @luansantana”

Marquei seu nome na foto e tinha certeza que agora sim o bicho pegaria, porém, sair assim como Luan tinha me dito.

Agora ele tinha ligado o som e cantava junto de Eduarda, enquanto eu ria deles.

Chegamos na escola e já estava prestes a começar a apresentação da turminha de Eduarda, que por ordem de idade, seriam os primeiros.

A professora foi ao nosso encontro apressada, nos cumprimentou correndo, nem olhou para Luan direito e levou Eduarda para se trocar junto das outras crianças.

Fomos para a sala de apresentação da escola que já estava cheia, então, nos sentamos nas ultimas e mais altas cadeiras.

As crianças cantaram, todos vestidos de anjinhos, me fazendo sorrir. Olhava para o rosto do Luan e não era diferente, ele também tinha um sorriso gigante e não tirava os olhos de Eduarda um só minutos.

Acabou a sua apresentação e ficamos até o final, tínhamos que ver das outras turmas. A última apresentação chegou ao fim e eu vi a pequena correndo ao nosso encontro.

- Meu amor! Foi lindo! – A peguei no colo e lhe abracei forte.

- Gostou? – Ela olhou para Luan.

- Claro que sim! Tava lindo, aliás, você era a mais bonita. – Ele a pegou no colo, enquanto ela ria.

Mais uma vez a professora de Eduarda se aproximou de nós e até pediu desculpas pela correria dela quando chegamos, mas eu disse para não se preocupar e que nos atrasamos por causa do transito, que realmente estava insuportável.

- Então, vamos até a nossa sala que a Duda tem que pegar uma coisa, não é? – Eduarda assentiu e nós lhe acompanhamos.

Tinha uma fila de pais, a diretora também estava lá, entramos na fila, Eduarda não descia do colo de Luan, acho que nem queria mais andar.

A diretora dava uma lembrancinha aos pais presentes, ela não se assustou muito com a presença do Luan, que estava ali pela segunda vez, acho que estava pensando que ele era pai de Eduarda de verdade.

Saímos dali e Luan teve a idéia de irmos a um restaurante e eu aceitei, já que demoraria para chegarmos em casa.

- Que tal a gente pegar um cineminha agora? – Ele sugeriu, assim que acabamos de comer.

- Tá falando sério?

- Super sério! Quer ir, Duda?

- Eu quero!

- Então vamos. Eu to louco pra ir a um tempo.

- Então vamos! – Sorri.

- Vamos deixar pra comer a sobremesa lá, to doido pra tomar um sundey também, faz tempo. – Ri dele.

Luan pagou a conta sozinho, como sempre insistia e fomos para o carro.

Como o prometido passamos no shopping, vimos o filme “Rio 2” em 3D que era simplesmente perfeito e Eduarda amou, ficou vidrada e até dançava quando os passarinhos cantavam, me fazendo ri. Luan também não foi diferente, acho que a vida dele era tão corrida que se encantava até pelas menos coisas, parecendo criança.

Passamos na praça de alimentação depois do filme e como ele tanto queria, tomos um sorvete, enorme inclusive, que eu quase não consegui comer, mas ele comeu tudo com Eduarda e diziam até querer mais.

- Tá cansada, filha? – Olhei para Eduarda que bocejava. Tínhamos acabado de chegar em casa, já eram oito horas da noite.

- To! – Ela bocejou de novo.

- Mamãe vai te dar um banho e te colocar pra mimi. Também to cansadona! Nosso dia foi agitado. – Ri.

- Vai tomar banho então, amor. Eu dou um banho na Duda e coloco ela pra dormir.

- Faz isso por mim?

- Claro que sim! – Ele sorriu e eu selei nossos lábios.

- Por isso que eu te amo!

- (risos) Boba! Te amo também. – Luan subiu com Eduarda, enquanto eu ainda tirava meus sapatos que me matavam.

Tomei um banho morno e relaxante, coloquei a roupa de dormir mais confortável que eu tinha e me deitei na cama, sentindo uma alivio incrível.

Depois de uns vinte minutos, Luan entrou no quarto tirando a camisa.

- Ela dormiu?

- Na hora, tava morta de cansada.

- Vai tomar banho?

- Vou sim! – Ele jogou a camisa em cima da cama e tirou a calça, a jogando no chão.

Fiz careta, enquanto o via indo para o banheiro. Nunca tinha visto um homem tão bagunceiro e todo mundo apostava ao contrario, que o “Luan Santana” era o homem mais arrumadinho do mundo.

Até que seu banho não durou muito, ele se jogou do meu lado na cama, estava só de cueca e eu o abracei pela cintura. Seu cheiro estava irresistível.

- Que cheiroso! – Disse de olhos fechados, enquanto meu nariz afundava em seu peito.

- Safada!

- Bem que eu queria algo a mais mesmo, se não tivesse tão cansada. – Nem meus olhos se abriam mais. Escutei a risadinha do Luan.

- Também queria e também to cansado, amor.

- Te recompenso outro dia.

- Eu vou cobrar! – Ri dele.

Seu celular apitou e ele se virou para o pegar do seu lado.

- O que é?

- Uma muié aí, querendo me encontrar. – Abri os olhos.

- Idiota! – Ele gargalhou.

- Tava com tanto sono, até despertou, amor?

- Como você é bobo, Luan! – Revirei os olhos.

- É a Marla me lembrando de te avisar do aniversário dela semana que vem.

- Hã? Você não me avisou nada.

- Eu esqueci! – Ele fez careta. – Mas é semana que vem, em uma boate aqui perto.

- Tudo bem!

- Ah...Tem que ir de fantasia.

- Sério? – Ele assentiu.

- Só a Marla mesmo...

- Ela só inventa!

- Eu percebo, quando olho pro cabelo dela.

- (risos) Mas rosa tava massa, amor. Eu que dei a idéia! – Abri os olhos e o encarei.

Ele gargalhou e eu neguei com a cabeça.