Capítulo 53

- Olha quem eu encontrei aqui, gente! Luan Santana! Tudo bem?

- Ôh, Íris! Tudo ótimo e com você? – Ele respondeu simpático.

- Olha...Antes de mais nada, to vendo que você tá muito bem acompanhado. – Percebi a câmera virar para mim e sorri tímida e completamente sem graça.

- Estou demais, não é?

- Sua misteriosa namorada, acertei?

- (risos) É sim!

- Qual nome dessa moça linda, com esses olhos perfeitos?

- Carolina!

- Nome lindo igual ela.

- Não é? Agora eu to amarrado! – Ele passou o braço direito em volta da minha cintura.

- Tá e muito bem amarrado! – Ela riu.

- Vocês se conhecem a muito tempo? – Dessa vez o microfone foi direcionado a mim e eu olhei para Luan, sem saber muito bem o que fazer.

- Tem um bom tempo. – Sorri.

- Rolou devagar?

- Foi bem devagar, éramos bem amigos.

- É verdade mesmo que começaram a namorar no dia que você anunciou no Faustão, Luan?

- Juro! Foi no camarim, ela foi comigo de companhia, porque realmente éramos e somos muito amigos.

- Que lindo! Sua assessora quase te matou?

- Quase, rapaz. – Luan gargalhou. – Mas eles entenderam, eu tava tão feliz que já quis falar pra todo mundo.

- Vejo que realmente estão felizes e mais felicidades pra vocês, viu? São lindos juntos.

- Obrigado! Até qualquer show por aí.

- (risos) Já já, nos veremos de novo. – Luan se despediu dela, a câmera focou em mim de novo e eu sem jeito, acenei para ela também.

Por sorte nossa fila andou, entramos todos juntos e eu me assustei com a quantidade de famosos presentes.

- Sua mão ta gelada, amor. – Luan riu.

- Também! Me pegaram de surpresa.

- Eu também, apesar de estar acostumado, mas você se saiu muito bem.- Ele selou nossos lábios rapidamente.

Foi cumprimentar a todos e claro, eu sempre do lado, não soltava da minha mão e comigo extremamente envergonhada de ter que falar com um monte de gente que eu não conhecia. Enfim, sentamos nas cadeiras e diferente do que eu pensava, Luan não quis sentar nas cadeiras que tinham atrás do enorme vidro, que separava os “vip’s” de todo mundo. Me dizia que não tinha emoção.

O resto do pessoal se sentaram do meu lado, deixando a cadeira ao lado do Luan fazia.

- Ei, Luan!

- Fala, Gusttavo! – Era mais um pra eu cumprimentar também.

Não agüentava isso, de tanta vergonha, mas tinha que agüentar pelo Luan que era extremamente simpático e não deixava de mexer com uma só pessoa.

- Ué, tá acompanhado. – Ele riu me olhando.

- Pois é, rapaz. Minha namorada, Carolina. – Ele estendeu sua mão para mim e eu a peguei sorrindo.

- Prazer, Carol. Gusttavo...

- Lima!- Completei rindo e ele também

- As vezes eu me esqueço. – Ele coçou a cabeça e dessa Luan gargalhou.

- Eu também, cara! – Eles começaram a colocar o papo em dia e Gusttavo se sentou ao lado de Luan, na cadeira vazia. Já tinha visto que aquele papo ia levar até a hora do jogo começar.

Rober que estava na cadeira ao meu lado, puxou assunto e começamos a conversar e como sempre, eu mais ria das coisas que ele falava, do que conversa.

- Arnaldo? Quanto tempo! – Ele disse, assim que viu um homem alto e magro na sua frente. Se abraçaram e eu pensei que mais uma vez eu sobraria.

- E essa moça bonita, Rober? Sua namorada? – O moço, que estava sorridente, disse eu me levantei para lhe cumprimentar.

- Que isso, Arnaldo! – Luan disse, me assustando e Rober caiu na risada.

- Assim eu vou ser despedido. A Carol é namorada do patrão. – Ele riu, enquanto abraçava Luan e cumprimentava o Gusttavo.

- Sabia mesmo que essa moça tão linda não era sua namorada, Rober. – Ele brincou e eu ri, agradecendo o elogio.

Arnaldo se sentou na cadeira da minha frente e engatamos um papo, eu ele e os meninos. Ele me disse que já tinha trabalhado com o Luan, mas teve que sair da equipe por motivos pessoais. Me contou tudo que já passou como Luan na época que ele não era conhecido por todo o Brasil e mostrou até fotos de bastante tempo, me fazendo ri.

Passou uma moça loira, com as coxas exageradamente grossas, na minha frente e eu vi que Luan tinha virado sua cabeça para o meu lado, para lhe olhar. Olhei para ele rápido, só pra ter certeza de que ele olhava a moça, que agora estava sentada na cadeira na frente dele, mas não disse nada. Voltei a prestar a atenção no que os meninos falavam.

Percebi que ele conversava com Gusttavo, agora mais baixo e não tirava os olhos da sua frente, me fazendo lhe olhar incrédulo por sua ousadia na minha frente. Não era coisa da minha cabeça.

- O que vocês tanto cochicham baixinho aí, em? – Eu disse e eles me olharam assustados.- Por que estão assustados? Tão fazendo coisa errada, é?

- Fazendo o que de errado, amor? – Luan riu, mas eu continuei séria.

- (risos) Estamos batendo um papo aqui, Carol. – Dei a ultima olhada para os dois que riam e voltei a olhar para meu lado direito, onde os meninos estavam.

O jogo começou e eu ria dos gritos e xingamentos que os homens davam. Como eram bobos. Luan não tinha mais unha de tanto comer.

Acabou que depois de muito sufoco o Corinthians ganhou e o que me restou foi escutar o grito deles, só faltavam chorar de alegria.

Luan me avisou que iríamos para uma pequena festa dali e fomos para van.

- Você, em...Nem pra me avisar antes.

- Foi mal, amor! O Gusttavo chamou a gente agora.

- Eduarda tá na sua casa.

- Não tem problema! – Ele me abraçou.

Assim que chegamos, nos sentamos em uma mesa e eles descobriram que aquele lugar servia jantar, era um tipo de restaurante, mas tinha luzes e o som bem alto. Fizemos nossos pedidos e comemos muito, inclusive a sobremesa.

Para minha má sorte, a mesma loira do jogo chegou com um homem, que parecia afeminado. Se sentaram na mesa ao nosso lado e mais uma vez eu vi o olhar do meu namorado pra ela, me irritando.

Comecei a conversar com o resto do pessoal e o ignorar, de principio ele não notou, mas depois começou a me abraçar, me beijar, mas eu não correspondia.

Voltamos para sua casa quase nove horas da noite, seus pais estavam na sala.

- Duda já dormiu, Carol. Jantou e caiu no sono.

- Sério, Marizete? Nossa!

- Também estranhei, mas ela disse que ta bem, só tá cansada. A Bruna cansou ela hoje.

- (risos) Entendo. Obrigada de novo, viu?

- O que é isso! Sobrou bolinho de chuva.

- Amanhã a gente come, mãe. Jantamos já.

- Vou guardar então pro café da manhã. – Ela disse sorrindo.

Nos despedimos deles e fomos para o quarto do Luan, que já chegou tirando a roupa. Eu tirei meu sapato, também tomaria banho depois dele.

- Vai tomar banho não, meu amor? – Ele se sentou ao meu lado e beijou meu pescoço.

- Vou depois de você.

- Uai, vamos juntos! Eu até prefiro! – Ele beijou minha orelha. Eu amoleci mas não demonstrei.

- Já disse que vou depois.

- O que te deu, em?

- Você, me testando.

- O que eu fiz, amor?

- Ai, amor! – Fiz voz de nojo e ele prendeu o riso. – Você tava olhando pra uma loira oxigenada na minha frente. Seu cara de pau! – Dei um soco em seu peito e ele acabou rindo. – Para de ri!

- Ôh, minha estressada! Desculpa, vai. Eu olhei mais foi só olhar mesmo, eu desejo é você.

- Sei...Idiota!

- Me perdoa?

- Você agora tem namorada, me ouviu?

- Claro que ouvi, minha vida! A namorada mais linda desse mundo, por sinal! – Ele me abraçou de lado. – Fica tranqüila, namorada.

- Você é a pessoa mais idiota que eu já conheci, sabia? – Eu lhe olhei e ele ergueu uma sobrancelha com seu jeito fofo.

Me jogou na cama de surpresa e se sentou na minha barriga, começando a me fazer cócegas e parecia que sabia onde eu mais sentia.

Eu pedia pra parar, até que eu não agüentei e o escândalo que eu fazia sempre, quando meu pai também brincava daquele jeito comigo, começou. Me lembro que meu pai até parava dizendo que iria acordar o condomínio inteiro.

Depois de minutos daquele jeito, ouvimos a portar bater, mas Luan não se importou e continuou o que fazia.

- Vocês me assustaram! – Sua mãe abriu a porta, só então fazendo o Luan parar.

- A escandalosa da Carolina!

- Eu disse pra você parar! – Eu falava ofegante.

- Parecem duas crianças! – Sua mãe saiu dali rindo e escutamos o barulho de seus sapatos descendo as escadas.

Olhamos um para cara do outro e começamos a gargalhar.

- Shiu, a Duda vai acordar! Eu quero aproveitar você ainda!

- Hum...Gostei dessa revelação! – Ele fez graça.