No outro dia, Luan
dormiu tanto que eu fiquei até preocupada. Almocei com meus tios e meus primos
que foram no casamento e dormiram na minha casa e nada dele acordar.
- Eu queria me
despedir do Luan antes de ir embora.
- Deixa ele
descansar, Lara. – Minha tia dizia.
- Descansar? Isso é
efeito da bebida de ontem mesmo. – Ela disse e eu ri, enquanto minha tia lhe
repreendia.
- É isso mesmo, tia.
E eu já vou acordar ele, quase quatro horas e esse homem não da sinal de vida.
– Eles ficaram no sofá comendo a sobremesa que minha tia tinha preparado, junto
com Eduarda e eu subi até o quarto para acordar Luan, que estava na mesma
posição que eu tinha lhe deixado.
- Ei...Luan. Acorda,
amor! – Eu sacudia e nada.
Estava quase
desistindo quando ele se mexeu.
- Oi, amor. – Ele
resmungou ainda de olhos fechados.
- Você tá me
assustando. Acorda!
- O que foi? – Ele
enfim abriu os olhos, vermelhos.
- Pensei que estava
em coma alcoólico. – Brinquei e ele fez careta.
- Nunca mais bebo,
minha cabeça tá explodindo!
- (risos) Sei...Toma
um remédio que eu já separei aqui, se troca e desce pra comer. Lara quer te ver
antes de ir embora. – Ele concordou. – Me deu trabalho ontem ainda.
- Dei? – Ele riu e me
puxou para me deitar ao seu lado.
- Não cuido mais de
bêbado. – Revirei os olhos e ele beijou meu rosto.
- Sei que cuida! –
Enfim, Luan se levantou.
Tomou um banho, se
trocou e tomou seu remédio antes de descermos.
Almoçou na sala
mesmo, enquanto conversávamos.
- Luan, eu sabia que
bebia, mas não tanto...
- Olha o exemplo que
tá dando pra sua fã. – Ele fez careta.
- Eu não bebo assim,
Larinha. Ontem foi exceção. – Ele se explicou e nós rimos.
Meus tios foram
embora no final da tarde e só restou nos três vendo TV e comendo doce.
Um programa de
comédia que fazia o Luan ri sem parar.
Ele só voltaria a
trabalhar dali a dois dias, então, no outro dia comecei a minha rotina de
sempre, mas o deixei dormindo na minha cama. A mãe dele já achava que ele tinha
se mudado pra minha casa, já que nas folgas, não dormia em outro lugar.
Acordei com uma dor
de cabeça chata naquele dia, mas fui mesmo assim trabalhar.
Me assustei, assim
que cheguei e vi Vitória sentada na cadeira de espera sozinha e seu rosto
estava vermelho.
- O que aconteceu? –
Eu me aproximei dela que me abraçou e chorou no meu ombro.
Olhei para Amanda,
que não estava entendendo nada, então a levei até minha sala.
- Carol...
- Ei, respira. Me diz
o que aconteceu... – Me ajoelhei me sua frente.
- Ontem meus pais foram fazer uma viagem a
trabalho e eu até briguei com eles pra ficar em casa, porque já não agüento
mais.
- Mas o que já
conversamos? É ó trabalho deles, amor. – Limpei suas lágrimas que escorriam.
- Eu sei... – Ela
suspirou. – Mas eles, por incrível que pareça, aceitaram que eu ficasse em casa
e eu fiquei, junto com a minha babá. E hoje de manhã eu acordei e minha tia
estava na minha casa...
- Qual tia? A Livia?
- É...
- Você gosta dela,
não é uma boa pessoa?
- É sim. Eu gosto
muito dela sim, ela me trata como uma filha, já que não tem nenhum filho e
separou do marido. Mas eu não via ela a muito tempo, mora no interior.
- E o que ela foi
fazer lá?
- Eu escutei ela
falando no telefone que meus pais tinham sofrido um acidente. – Eu não sabia o
que dizer. – E ela achou melhor me contar tudo de uma vez e ... Eles morreram.
– Fiquei paralisada e a única coisa que pude fazer, foi lhe abraçar, bem
apertado.
Ficamos um bom tempo
ali, mas o meu primeiro paciente já estava pra chegar.
Então lhe deixei com
Amanda na recepção, assim que ela se acalmou.
Atendi duas pessoas e
quando sair para ver como Vitória estava, já tinha uma mulher ao seu lado.
Me aproximei delas e
era a tal tia Lívia, que ela tanto falava bem, uma das poucas pessoas de sua
família que ela gostava.
Conversamos e realmente
tudo que a pequena tinha me contado era verdade. Eu fiquei arrasada, e a pesar
deles não tratarem a filha como deveria, ela chorava sem parar.
- Você quer que eu
fique com ela pra você resolver o resto das coisas? - Eu disse, já que sua tia reclamava que
ainda tinha muita coisa pra resolver.
- Você faria isso por
mim?
- Claro que sim!
Vamos pra minha casa. – Pedi para que Amanda cancelasse as quatro consultas que
ainda me restava e a liberei também.
Fui para casa com
Vitória que já se acalmava. Quando chegamos, Luan jogava vídeo game e tentava
ensinar Eduarda.
- Amor... – Ele me
olhou. – Olha quem tá aqui, rapaz! – Ele se levantou para lhe abraçar e a pegou
no colo.
- Tudo bem, Lu?
- Tudo ótimo,
princesa e você? – Ela apenas sorriu fraco e Luan me olhou sem entender.
Fiz sinal para
conversarmos longe delas e ele a colocou no sofá, do lado de Eduarda.
Fomos até a cozinha e
eu lhe expliquei tudo que estava acontecendo.
Voltamos para sala e
eu via o quanto ele se esforçava para lhe fazer sorrir.
- Lu, você tá
deixando eu ganhar. – Ela dizia rindo, já que eles jogavam vídeo game.
- To nada, você é boa
demais. – Ele riu. – Aí, ganhou de novo. Assim não vale, Vivi! – Ele cutucou
sua barriga e ela pulou rindo. Então não deu em outra, Luan começou a fazer cócegas
na menina e seus olhos já desciam lágrimas. Eu ria deles.
Mas um choro alto fez
com que ele parasse.
- O que aconteceu,
Eduarda? – Me sentei ao seu lado, pensando que pudesse ter batido alguma parte
do corpo em algum lugar.
- O que foi? – Luan
se ajeitou no sofá e se aproximou dela. Mas não disse nada, penas se levantou e
subiu as escadas correndo. Nos olhamos sem entender nada.
- Fiquem aí que eu
vou lá ver o que aconteceu dessa vez. – Ri.
Fui no meu quarto mas
ela não estava lá, entrei em seu quarto e ela chorava de bruços na cama, já
soluçava.
- Sai daqui...
- Filha, o que
aconteceu?
- Sai, mãe!
- Eduarda, o que você
tem? – Escutei passos e logo vi Luan entrando no quarto. – Cadê a Vitória?
- Tá na sala jogando.
O que foi, Duda? – Ele se ajoelhou do meu lado.
- Sai daqui!
- Olha pra mim...
- Não quero você!
- Por que não me
quer? O que eu te fiz? – Ela enfim virou seu rosto para nos olhar.
Vermelho e todo
molhado por lágrimas.
- Vai lá brincar com
aquela boba. – Ela voltou a chorar.
- Não acredito,
Eduarda, que esse escândalo foi por isso. – Eu lhe olhei brava.
- Ele me deixou de
lado. – Ela dizia igual gente grande e se não estivesse tão brava por isso, até
iria ri.
- Nunca! Vê se eu vou
te deixar de lado?
- Deixou sim!
- Vamos lá brincar,
vem... – Ele tentou lhe pegar, mas em vão.
- Me deixa!
- Ei, para com isso.
Desculpa, tá? Vamos brincar juntos agora.
- Eu quero brincar
sozinha com você.
- Vamos descer pra
brincar todo mundo junto, do contrário, você fica de castigo. – Eu me levantei
e ela me olhou com cara de choro. – E aliás, por que não foi no colégio?
- Eu que pedi pra
Suzi ir embora e deixar ela passar o dia comigo hoje, amor.
- Tudo bem, mas já
sabe, se continuar assim, não vai faltar mais aula. – Eu a encarei.
- Vamos descer, Duda.
– Luan conseguiu a pegar no colo.
- Não vai me trocar?
- Claro que não!
- Eu que sou sua
filha, não ela.
- (risos) Eu sei
disso! – Descemos e eu preparei um almoço rápido para nós.
Os ciúmes de Eduarda
só diminuiu ao longo do dia, mas não acabou. Eu ficava assustada com os ciúmes
que ela tinha do Luan, já que nem de mim tinha daquele jeito.
Uma hora, ela falou
para Vitória que o Luan era pai dela e de mais ninguém, me fazendo ri.
- Eu acho que um
certo cantor não vai poder ter filhos. – Eu brinquei e ele me olhou.
- Vai ter ciúmes dos
seus irmãos, Duda?
- Eu não quero
irmãozinhos! – Ela cruzou os braços e ele me olhou fazendo careta. Ri.
A tia de Vitória foi
buscar ela no final da tarde e nos avisou que o enterro seria no outro dia,
duas horas. Nós deixamos Eduarda na casa da mãe do Luan, que insistiu e fomos
para o cemitério. Ficamos atrás de todos, e no final Vitória foi nos abraçar,
já que fez questão de ir e ninguém tirava aquilo da cabeça dela.
- Agora eu vou morar
com minha tia no interior, mas juro que venho pra ver vocês sempre que der! –
Ela falava com lágrimas nos olhos.
- E eu espero mesmo.
Quero venha nas férias passar várias dias com a gente. – Eu olhei para sua tia
que sorriu.
- Pode deixar que eu
ligo para combinar e trago ela sim. – Assenti. Realmente parecia uma boa
pessoa. A males que vem para o bem.
Os pais dela não eram
pessoas ruins, mas sua tia parecia uma pessoa muito boa, que era bem de vida,
sem marido, sem filhos, que a trataria com muito carinho e amor, que era o que
faltava na sua vida.
- Quero que vá em um
show meu ainda. – Luan sorriu.
- Ah eu quero muito!
Eu vou poder, tia?
- Claro que sim. –
Nos despedimos dela depois de alguns minutos e fomos para casa.
Ela me prometeu que
me ligaria sempre para conversarmos, eu tinha um apego muito grande por aquela
menina que eu conhecia desde bem pequena e foi difícil me afastar dela desse
jeito.
Chegamos na casa do
Luan e eu me deitei em seu quarto, ele tomou seu banho e depois se deitou do
meu lado. Estávamos cansados e tenso pelo dia complicado.
Então dormimos
rápido.
Já tão me pedindo briguinha, pensei que nem sentiam falta rs
Mas esperem mais um pouquinho aí, por enquanto eu quero curtir os dois juntos por um tempo.
Quem quiser deixar ideias nos comentários. Sei lá, alguma coisa criativa com os dois juntos, pode me dizer. Já tenho algumas ideias mas nunca é demais :) haha
Então é isso, amores, espero que estejam gostandoo. Beijãao, coisas lindas!
e tem como não amar essa fic... Duda com ciumes é tão bonitinho, tbm quem não teria kkk
ResponderExcluircontinua logo e sobre as brigas não força nem antecipa deixa ir acontecendo acho que eles tem que aproveitar a boa fase ...
Vanessa Santos
Que ciumes foi esse da Dudinha :o , to chocada com esse capitulo ... DudaCiumenta kk amo
ResponderExcluirvc tinha que ter visto minha reação ao ver que os pais da vi tinham morrido :(
ResponderExcluirduda com ciúmes 😍😍😍😍😍💘❤️❤️❤️
Cara o que é esse ciume da Eduarda com o Luan,ele ta lascado! kkkk
ResponderExcluirPriscila
Briga mais sem separação por favor
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