quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Capítulo 78



No outro dia, Luan dormiu tanto que eu fiquei até preocupada. Almocei com meus tios e meus primos que foram no casamento e dormiram na minha casa e nada dele acordar.
- Eu queria me despedir do Luan antes de ir embora.
- Deixa ele descansar, Lara. – Minha tia dizia.
- Descansar? Isso é efeito da bebida de ontem mesmo. – Ela disse e eu ri, enquanto minha tia lhe repreendia.
- É isso mesmo, tia. E eu já vou acordar ele, quase quatro horas e esse homem não da sinal de vida. – Eles ficaram no sofá comendo a sobremesa que minha tia tinha preparado, junto com Eduarda e eu subi até o quarto para acordar Luan, que estava na mesma posição que eu tinha lhe deixado.
- Ei...Luan. Acorda, amor! – Eu sacudia e nada.
Estava quase desistindo quando ele se mexeu.
- Oi, amor. – Ele resmungou ainda de olhos fechados.
- Você tá me assustando. Acorda!
- O que foi? – Ele enfim abriu os olhos, vermelhos.
- Pensei que estava em coma alcoólico. – Brinquei e ele fez careta.
- Nunca mais bebo, minha cabeça tá explodindo!
- (risos) Sei...Toma um remédio que eu já separei aqui, se troca e desce pra comer. Lara quer te ver antes de ir embora. – Ele concordou. – Me deu trabalho ontem ainda.
- Dei? – Ele riu e me puxou para me deitar ao seu lado.
- Não cuido mais de bêbado. – Revirei os olhos e ele beijou meu rosto.
- Sei que cuida! – Enfim, Luan se levantou.
Tomou um banho, se trocou e tomou seu remédio antes de descermos.
Almoçou na sala mesmo, enquanto conversávamos.
- Luan, eu sabia que bebia, mas não tanto...
- Olha o exemplo que tá dando pra sua fã. – Ele fez careta.
- Eu não bebo assim, Larinha. Ontem foi exceção. – Ele se explicou e nós rimos.
Meus tios foram embora no final da tarde e só restou nos três vendo TV e comendo doce.
Um programa de comédia que fazia o Luan ri sem parar.
Ele só voltaria a trabalhar dali a dois dias, então, no outro dia comecei a minha rotina de sempre, mas o deixei dormindo na minha cama. A mãe dele já achava que ele tinha se mudado pra minha casa, já que nas folgas, não dormia em outro lugar.
Acordei com uma dor de cabeça chata naquele dia, mas fui mesmo assim trabalhar.
Me assustei, assim que cheguei e vi Vitória sentada na cadeira de espera sozinha e seu rosto estava vermelho.
- O que aconteceu? – Eu me aproximei dela que me abraçou e chorou no meu ombro.
Olhei para Amanda, que não estava entendendo nada, então a levei até minha sala.
- Carol...
- Ei, respira. Me diz o que aconteceu... – Me ajoelhei me sua frente.
 - Ontem meus pais foram fazer uma viagem a trabalho e eu até briguei com eles pra ficar em casa, porque já não agüento mais.
- Mas o que já conversamos? É ó trabalho deles, amor. – Limpei suas lágrimas que escorriam.
- Eu sei... – Ela suspirou. – Mas eles, por incrível que pareça, aceitaram que eu ficasse em casa e eu fiquei, junto com a minha babá. E hoje de manhã eu acordei e minha tia estava na minha casa...
- Qual tia? A Livia?
- É...
- Você gosta dela, não é uma boa pessoa?
- É sim. Eu gosto muito dela sim, ela me trata como uma filha, já que não tem nenhum filho e separou do marido. Mas eu não via ela a muito tempo, mora no interior.
- E o que ela foi fazer lá?
- Eu escutei ela falando no telefone que meus pais tinham sofrido um acidente. – Eu não sabia o que dizer. – E ela achou melhor me contar tudo de uma vez e ... Eles morreram. – Fiquei paralisada e a única coisa que pude fazer, foi lhe abraçar, bem apertado.
Ficamos um bom tempo ali, mas o meu primeiro paciente já estava pra chegar.
Então lhe deixei com Amanda na recepção, assim que ela se acalmou.
Atendi duas pessoas e quando sair para ver como Vitória estava, já tinha uma mulher ao seu lado.
Me aproximei delas e era a tal tia Lívia, que ela tanto falava bem, uma das poucas pessoas de sua família que ela gostava.
Conversamos e realmente tudo que a pequena tinha me contado era verdade. Eu fiquei arrasada, e a pesar deles não tratarem a filha como deveria, ela chorava sem parar.
- Você quer que eu fique com ela pra você resolver o resto das coisas?  - Eu disse, já que sua tia reclamava que ainda tinha muita coisa pra resolver.
- Você faria isso por mim?
- Claro que sim! Vamos pra minha casa. – Pedi para que Amanda cancelasse as quatro consultas que ainda me restava e a liberei também.
Fui para casa com Vitória que já se acalmava. Quando chegamos, Luan jogava vídeo game e tentava ensinar Eduarda.
- Amor... – Ele me olhou. – Olha quem tá aqui, rapaz! – Ele se levantou para lhe abraçar e a pegou no colo.
- Tudo bem, Lu?
- Tudo ótimo, princesa e você? – Ela apenas sorriu fraco e Luan me olhou sem entender.
Fiz sinal para conversarmos longe delas e ele a colocou no sofá, do lado de Eduarda.
Fomos até a cozinha e eu lhe expliquei tudo que estava acontecendo.
Voltamos para sala e eu via o quanto ele se esforçava para lhe fazer sorrir.
- Lu, você tá deixando eu ganhar. – Ela dizia rindo, já que eles jogavam vídeo game.
- To nada, você é boa demais. – Ele riu. – Aí, ganhou de novo. Assim não vale, Vivi! – Ele cutucou sua barriga e ela pulou rindo. Então não deu em outra, Luan começou a fazer cócegas na menina e seus olhos já desciam lágrimas. Eu ria deles.
Mas um choro alto fez com que ele parasse.
- O que aconteceu, Eduarda? – Me sentei ao seu lado, pensando que pudesse ter batido alguma parte do corpo em algum lugar.
- O que foi? – Luan se ajeitou no sofá e se aproximou dela. Mas não disse nada, penas se levantou e subiu as escadas correndo. Nos olhamos sem entender nada.
- Fiquem aí que eu vou lá ver o que aconteceu dessa vez. – Ri.
Fui no meu quarto mas ela não estava lá, entrei em seu quarto e ela chorava de bruços na cama, já soluçava.
- Sai daqui...
- Filha, o que aconteceu?
- Sai, mãe!
- Eduarda, o que você tem? – Escutei passos e logo vi Luan entrando no quarto. – Cadê a Vitória?
- Tá na sala jogando. O que foi, Duda? – Ele se ajoelhou do meu lado.
- Sai daqui!
- Olha pra mim...
- Não quero você!
- Por que não me quer? O que eu te fiz? – Ela enfim virou seu rosto para nos olhar.
Vermelho e todo molhado por lágrimas.
- Vai lá brincar com aquela boba. – Ela voltou a chorar.
- Não acredito, Eduarda, que esse escândalo foi por isso. – Eu lhe olhei brava.
- Ele me deixou de lado. – Ela dizia igual gente grande e se não estivesse tão brava por isso, até iria ri.
- Nunca! Vê se eu vou te deixar de lado?
- Deixou sim!
- Vamos lá brincar, vem... – Ele tentou lhe pegar, mas em vão.
- Me deixa!
- Ei, para com isso. Desculpa, tá? Vamos brincar juntos agora.
- Eu quero brincar sozinha com você.
- Vamos descer pra brincar todo mundo junto, do contrário, você fica de castigo. – Eu me levantei e ela me olhou com cara de choro. – E aliás, por que não foi no colégio?
- Eu que pedi pra Suzi ir embora e deixar ela passar o dia comigo hoje, amor.
- Tudo bem, mas já sabe, se continuar assim, não vai faltar mais aula. – Eu a encarei.
- Vamos descer, Duda. – Luan conseguiu a pegar no colo.
- Não vai me trocar?
- Claro que não!
- Eu que sou sua filha, não ela.
- (risos) Eu sei disso! – Descemos e eu preparei um almoço rápido para nós.
Os ciúmes de Eduarda só diminuiu ao longo do dia, mas não acabou. Eu ficava assustada com os ciúmes que ela tinha do Luan, já que nem de mim tinha daquele jeito.
Uma hora, ela falou para Vitória que o Luan era pai dela e de mais ninguém, me fazendo ri.
- Eu acho que um certo cantor não vai poder ter filhos. – Eu brinquei e ele me olhou.
- Vai ter ciúmes dos seus irmãos, Duda?
- Eu não quero irmãozinhos! – Ela cruzou os braços e ele me olhou fazendo careta. Ri.
A tia de Vitória foi buscar ela no final da tarde e nos avisou que o enterro seria no outro dia, duas horas. Nós deixamos Eduarda na casa da mãe do Luan, que insistiu e fomos para o cemitério. Ficamos atrás de todos, e no final Vitória foi nos abraçar, já que fez questão de ir e ninguém tirava aquilo da cabeça dela.
- Agora eu vou morar com minha tia no interior, mas juro que venho pra ver vocês sempre que der! – Ela falava com lágrimas nos olhos.
- E eu espero mesmo. Quero venha nas férias passar várias dias com a gente. – Eu olhei para sua tia que sorriu.
- Pode deixar que eu ligo para combinar e trago ela sim. – Assenti. Realmente parecia uma boa pessoa. A males que vem para o bem.
Os pais dela não eram pessoas ruins, mas sua tia parecia uma pessoa muito boa, que era bem de vida, sem marido, sem filhos, que a trataria com muito carinho e amor, que era o que faltava na sua vida.
- Quero que vá em um show meu ainda. – Luan sorriu.
- Ah eu quero muito! Eu vou poder, tia?
- Claro que sim. – Nos despedimos dela depois de alguns minutos e fomos para casa.
Ela me prometeu que me ligaria sempre para conversarmos, eu tinha um apego muito grande por aquela menina que eu conhecia desde bem pequena e foi difícil me afastar dela desse jeito.
Chegamos na casa do Luan e eu me deitei em seu quarto, ele tomou seu banho e depois se deitou do meu lado. Estávamos cansados e tenso pelo dia complicado.

Então dormimos rápido.



Já tão me pedindo briguinha, pensei que nem sentiam falta rs 
Mas esperem mais um pouquinho aí, por enquanto eu quero curtir os dois juntos por um tempo. 
Quem quiser deixar ideias nos comentários. Sei lá, alguma coisa criativa com os dois juntos, pode me dizer. Já tenho algumas ideias mas nunca é demais :) haha
Então é isso, amores, espero que estejam gostandoo. Beijãao, coisas lindas!

5 comentários:

  1. e tem como não amar essa fic... Duda com ciumes é tão bonitinho, tbm quem não teria kkk
    continua logo e sobre as brigas não força nem antecipa deixa ir acontecendo acho que eles tem que aproveitar a boa fase ...

    Vanessa Santos

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  2. Que ciumes foi esse da Dudinha :o , to chocada com esse capitulo ... DudaCiumenta kk amo

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  3. vc tinha que ter visto minha reação ao ver que os pais da vi tinham morrido :(
    duda com ciúmes 😍😍😍😍😍💘❤️❤️❤️

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  4. Cara o que é esse ciume da Eduarda com o Luan,ele ta lascado! kkkk

    Priscila

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  5. Briga mais sem separação por favor

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