Capítulo 66

Capitulo dedicado pra leitora Yasmim, que fez aniversário ontem! Parabéns e beijão, lindona! 

Os dias na casa dos avós de Luan foram ótimos, eu tinha gostado muito de todas, tirando uma certa amiga dele, que graças a Deus não apareceu mais. Mas de resto, foi tudo perfeito. Que saudade que eu tava de tá no meio de uma família grande, unida, alegre.

Voltamos para São Paulo no sábado de manhã, Almoçaria com Eduarda na casa de Luan e a noite, a deixaria com Suzi, que dormiria na minha casa.

Como os pais de Luan não voltaram conosco, sobrou para eu fazer nossa comida.

Fiz coisas rápidas, já que ele e Bruna reclamavam de fome no meu ouvido e Eduarda caiu na pilha, reclamando também.

- Vamos no shopping? – Bruna sugeriu, enquanto acabávamos de comer. – Temos que comprar as fantasias, ou você já comprou, Carol?

- Fantasia? Me esqueci completamente!

- Eu também não tenho! – Luan fez careta. – Temos que ir a caráter, então, borá pro shopping. – Acabamos de comer e fizemos como o combinado.

Passamos em uma loja enorme de fantasias e depois de séculos, enfim, todo mundo escolheu a sua. A minha era de marinheira, do Luan de marinheiro, para me acompanhar e Bruna de Cinderela.

- Essa fantasia é a mais curta, Carolina! – Luan disse, enquanto esperávamos a moça ir buscar nossos tamanhos.

- Ué, você quer que eu vá igual a você. Escolhe outra, então.

- Não! A de marinheiro é a mais bonita. – Revirei os olhos.

- Para, pi! Tá linda a fantasia, mais linda ainda na Carol. – Bruna defendeu.

- Coloca um short por baixo, pelo menos.

- Vou pensar no seu caso! – Ri e ele fez careta.

- Também quero fantasia. – Eduarda cruzou os braços.

- A sua é só no carnaval, filha.

- Por que?

- Porque nós vamos a uma festa de adultos...

- Duda, no carnaval eu mesmo vou vim aqui com você, pra te dar a fantasia mais linda. Ta bom?

- Só se você vir comigo. – Ela fez carinha manhosa e Luan riu assentindo.

- Lógico que venho! Não pode ser curta igual da sua mãe também, em. – Ele se fez de bravo e ela gargalhou.

Passamos na praça de alimentação para fazermos um lanche e chegamos em casa no fim da tarde. Dei um banho em Eduarda na casa de Luan mesmo.

- Vamos, amor? – Desci as escadas. Luan assistia televisão.

- Vamos sim! – Ele pegou sua mochila no sofá, já que se arrumaria na minha casa.

- Me esperem! – Escutei o grito de Bruna e seus passos, logo atrás de mim, descendo as escadas apressada.

- Pra que?

- Vou com vocês! Ou acharam que eu ficaria aqui sozinha?

- Quem te chamou?

- (risos) Bora, Bruninha! – Ela deu língua para Luan.

Suzi chegou até mais cedo que o combinado, então nos arrumamos com calma enquanto Eduarda ficava com ela. Descemos juntos.

- To bonito, Duda? – Luan fez graça.

- Tá lindo! – Eduarda disse de boca cheia, já que comia um danone.

- Lindo quanto?

- Assim! – Ela esticou os braços e ele riu, enquanto lhe beijava.

Nos despedimos delas e fomos no carro do Luan.

A entrada da boate estava linda e logo mais na frente, encontramos Marla com seu marido e sua filha mais nova. Ela estava de branca de neve, sua filha com uma fantasia igual a sua e seu marido de caçador.

- Que lindos vocês! – Ela nos abraçou.

- Tá podendo em, Marloca! – Luan brincou, enquanto olhava em volta.

- Cê viu? Aproveitem! Carol, tá mais pra princesa que marinheira! – Ri e lhe abracei de novo.

Nos juntamos ao pessoal da banda que já estavam todos na mesa, alguns com fantasias para lá de engraçadas.

Me diverti tanto que perdi as contas dos copos de bebidas que tomava. Luan apenas me olhava, bebia, mas acho que menos que eu.

Começou a tocar uma música agitada e todo mundo se levantou para ir para a pista de dança. Dei a mão ao Luan e também fomos.

Ele me abraçava por trás, falava com alguns conhecidos. Muitos conhecidos.

- Não vai me deixar dançar, é? – Lhe perguntei, já que não desgrudava.

Virei minha cabeça o máximo que pude para lhe olhar e ele fez careta, tirando seu braço que estava em torno da minha cintura. Peguei outro copo de bebida com um garçom que passava por ali. 

Comecei a mexer meu corpo no ritmo da musica, Luan também mexia, pouco mas mexia.

Um funk com uma batida boa começou e eu também comecei a me movimentar mais, junto com a música. Senti o corpo de Luan se aproximar mais do meu e suas mãos, voltaram para a minha cintura, dando leves apertões que me faziam estremecer. Ficamos assim até a música acabar, até que sua mão direita foi um pouco mais para baixo, parando na minha coxa descoberta e vi que com a mão esquerda que segurava seu copo, o colocou em uma espécie de mesinhas, que tinha espalhadas pela pista de dança, para quem quisesse apoiar seu copo.

Sua mão esquerda foi para o meu ombro e afastou meu cabelo de lá, beijando de leve o mesmo. Seu lábio gelado e molhado, me fez arrepiar, quando beijou meu ombro desnudo, pela fantasia ser tomara que caia.

Senti sua respiração mais perto da minha pele e sua boca, agora, em meu ouvido.

- Você tá me deixando doido! Para de dançar assim. – Sua voz saiu como em um sussurro, um pouco rouca e descompensada.

- Assim como? – Comecei a dançar mais e sua mão direita, apertou forte minha coxa.

Diminui os movimentos e ri.

- Para! – Sua voz saiu com um tom sensual.

Senti suas mãos indo parar na minha cintura de novo e ele me virou rápido, para que nós ficássemos de frente um para o outro.

- O que foi, amor? – Mal terminei de falar e ele já atacou minha boca com a sua.

Um beijo com desejo, gelado e molhado pela bebida.

Minhas mãos foram para o seus ombros, os apertando e as suas começaram a descer pela cintura. Quando senti que apertavam meu bumbum, parei o beijo e me afastei um pouco dele sorrindo.

- Vamos sair daqui? – Ele me olhou com a respiração ofegante e eu gargalhei.

- Não! Vamos curtir a festa, se não a Marla vai se chatear. – Ele fez careta.

Voltamos para a mesa, já que começavam a servir algumas comidas.

Luan avistou um amigo e se levantou para ir falar com ele, uns iam saindo da mesa para dançar, outros para pegar bebida, outros para irem ao banheiro e acabou que eu fiquei sozinha. Me levantei e fui até Luan, assim que o avistei.

Ele me apresentou ao seu amigo e nós nos cumprimentamos, era seu produtor musical. Ele logo saiu e eu continuei ali com Luan, enquanto bebíamos, ele me abraçava pelo ombro.

- Não acha que tá bebendo demais não, moça? – Ele me olhou.

- Não! Você acha? – Ele assentiu. – Relaxa, amor! Só to feliz!

- Olha lá, em! – Ri e juntei nossos lábios, mas assim que um beijo de verdade começaria, escutamos um pigarro bem próximo e nos separamos.

- Olá, Luan! – A menina loira, baixinha, dos olhos claros, sorria.

- Oi, Júlia! Tudo bem? – Ele lhe cumprimentou com um abraço que ela retribuiu forte demais pro meu gosto.

- Tudo ótimo e você? Só curtindo!

- Tudo bem...Tem que ser, né! Vida corrida demais. – Ela sorriu e me olhou. – Minha namorada. Carolina. – Luan me apresentou a ela e foi a minha vez de dar o sorrisinho que ela me lançava.

Eles começaram a conversar e eu só prestei a atenção que ela era prima da Marla e dizia ser fã do Luan, eles relembravam os shows que ela ia. Revirei os olhos internamente.

O papo durou tanto que eu me cansei e voltei a me sentar na mesa em que estávamos, quando vi que Bruna e Karielle já estavam lá de novo.

Engrenamos em um papo bom também, ríamos muito de tudo e principalmente de todos. Inclusive da tal menina que conversava com o Luan, que tinha a fantasia de “capetinha”.

Não estava nem um pouco sexy, mas sim engraçada. Nos acabamos.

Entre uma risada e outra, mais um copo eu pegava e por aí foi.

Quando me senti tonta demais eu parei de beber e os meninos me zoavam. Eu não estava sóbria, porém, estava consciente.

Luan voltou para mesa só na hora que anunciaram que cantaria o parabéns e aquilo me deu um ódio extremo. Acho que era até exagero.

O bolo da Marla chegou em cima de um carrinho e nós ficamos em volta. Serviram o bolo com os bombons, mas ela anunciava que não era para irmos embora, que a noite ainda não tinha acabado. Eram duas horas da manhã e eu não queria ir embora mesmo.

Fiquei dançando com as meninas na pista e me arrisquei a tomar mais um copo, mas logo o larguei. Depois de algum tempo, voltei para mesa.

Só Luan estava lá, bebendo água para equilibrar com a bebida.

Me sentei ao seu lado e ele beijou minha orelha, já que meu cabelo já estava preso em um coque mal feito, por conta do calor.

- Cansou? – Me arrepiei com sua boca gelada e sua voz em meu ouvido.

- Um pouco...Daqui a pouco eu volto! – Continuei séria e não lhe olhei.

- O que aconteceu que você tá com essa cara?

- É a única que eu tenho. – Enfim lhe olhei e ele me encarava com uma de suas sobrancelhas erguidas.

- Nossa! O que eu fiz? – Iria responder se não fosse a tal da Júlia ali de novo e mais, dessa vez ela queria que Luan dançasse uma música lenta, que tocava, com ela.

Bufei sem me preocupar se ouviram.