Capítulo 67

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- Não, Jú! To cansado. – Ele disfarçou, vendo a minha cara.

Ela insistiu mais um pouco, mas ele não foi.

- Se quiser ir, a vontade! – Eu disse de cara fechada.

- É por causa dela essa cara? – Não respondi e cruzei os braços. - Eduarda! – Lhe olhei sem entender. – Já disse que ela te puxou com esses braços cruzados e essa cara emburrada.

- Me deixa!

- Para com isso, amor!

- Você me ignorou pra ficar com ela. Me deixou sozinha...

- Você tava com o pessoal aqui, mas me desculpa! Não foi minha intenção.

- Idiota!

- Vai ficar me xingando? Desculpa, vai?

- Queria ver se fosse eu. Eu não gosto dessa gente oferecida!

- Calma, Carolina! Ela é prima da Marla, uma amiga minha de algum tempo, era minha fã, sempre estava nos meus shows, desde que Marla começou a trabalhar comigo.

- Ela não precisava ficar se insinuando pra você.

- Quem tava se insinuando pra mim? – Ele me olhou assustado.

- Eu sei quando uma mulher quer um homem. Eu sou uma! – Bufei.

- Meu Deus, amor! Você tá doida?

- Devo tá, Luan! Devo tá! Depois não reclama! – Sai de perto dele, antes que dissesse mais alguma coisa.

Me juntei as meninas de novo e  começamos a dançar novamente. Bruna ria de mim e de Karielle que dançávamos loucamente. Mas Kari se encontrava muito mais bêbeda que eu. Só queria me divertir mesmo e esquecer um pouco minha pequena “discussão” com Luan.

Me juntei a Bruna e também comecei a ri dela, que realmente não falava coisa com nexo. Os meninos se juntaram a nós e também começaram a zoar a coitada.

Senti uma mão na minha cintura e já estava preparada para me virar e me soltar bruscamente de Luan, mas me surpreendi. Um homem que me segurava, o olhei sem entender. Tirei suas mãos de mim.

- Acho que está me confundindo com alguém. – Foi o que eu disse. Ele aparentava ter uns 18 anos.

- Não...Achei você bonita demais!

- Obrigada...

- Não quer ir ali comigo? – Ele apontou para trás de si, estreitei os olhos.

- Hã? Não!

- Por que, gostosa? – Ele foi se aproximando e eu me afastei.

- Tenho namorado, aliás, ele tá olhando pra cá! – Eu disse, assim que avistei a cara nada boa do Luan. Saí dali e por sorte ele não foi atrás.

Peguei uma água com o garçom que passava e fui até a mesa de doces. Precisava de glicose, se não sairia dali bêbada.

- O que aquele homem queria contigo? – Luan me perguntou, assim que me sentei ao seu lado.

- Nada...

- Sei! Então por que estava com as mãos em você? – Lhe olhei, enquanto comia um marshmallow.

- Ele... Queria ficar comigo, mas eu disse que tinha namorada e saí dali. – Luan só me olhou. – O que foi? Você tava de frescura com essa tal de Júlia!

- Eu já disse que ela é minha amiga, Carolina! O que é? Vai querer me trair por conta de ciúmes bobo? – Ele me olhou sério, sua voz já começava a aumentar.

- Vou embora! – Me levantei e comecei a procurar Marla para me despedir.

Lhe achei conversando com algumas pessoas e quando me despedi dela e me virei para ir embora, trombei em Luan que também se despediu de Marla e quando olhei para trás, já andando, ele andava rápido em minha direção.

Passamos pelo pessoal da banda acenando e ouvi Luan perguntar onde Bruna dormiria e ela responder que era na casa da Karielle, que era ali pertinho e ela não estava em condições de dirigir.

Cheguei no carro primeiro que ele e me sentei no banco batendo a porta. Ele me olhou revoltado.

- Calma! Não precisa descontar no meu carro.

- Dane-se seu carro. – Respondi ríspida.

Ele começou a dirigir pelas ruas calmas de São Paulo, porque era madrugada.

Vi o caminho que estava indo e lhe olhei.

- Vamos pra minha casa. – Ele afirmou.

- Eu não quero ir pra sua casa! – Eu disse bufando.

- Vamos sim! – Minha vontade era quebrar a cara dele.

Assim que chegamos, sai do carro rápido e fui na frente e direto para o quarto de Luan, em seu banheiro, já que estava apertada. Desci as escadas assim que terminei e Luan estava na sala, me procurando.

- Para de bobeira, Carolina!

- Não é bobeira, Luan! Para você com isso. Sente ciúmes de mim, mas eu não posso sentir de você! – Aumentei a voz.

- Não pode? Você vive dando ataque! – Ele também aumentou.

- Dando ataque? Que ódio de você, Luan! Você não gosta que ninguém dá em cima de mim e eu tenho que aturar mulher se jogando em você na minha frente? – Fui em direção a porta, enquanto ele me olhava. – Vou pegar um táxi e ir pra minha casa que eu ganho mais! – Sai batendo o pé.

Luan correu na minha frente e ficou parado em frente a porta.

- Para com isso!

- Me deixa ir! – Gritei e ele segurou meus braços. – Me solta!

- Carolina, vamos conversar igual duas pessoas adultas.

- Eu não quero...Me deixa! – Tentava me soltar, mas era quase impossível, já que ele me segurava forte.

Foi se aproximando de mim e quando senti, já estava encurralada entre a parede e seu corpo. Seus olhos desceram do meu rosto para o meu decote, que era bem generoso e lá se fixaram.

- O que você perdeu aí? – Ele voltou a me olhar.

- Eu olho o quanto eu quiser para o que é meu! – Seu olhar se transformou e ele me pegou de um jeito, que nunca tinha pegado antes. Aquilo sim era um beijo com pegada.

Ele explorava cada parte da minha boca com a sua, sua língua até vazava para os meus lábios, os deixando completamente molhados.

Minhas unhas cravaram em seus braços, com ódio e desejo dele, ao mesmo tempo.

Suas mãos foram para os meus cabelos, os puxando com força, me fazendo soltar um gemido tímido e baixinho.

Minhas mãos deslizaram para dentro de sua camisa e minhas unhas arranharam sua barriga, que se contraiu e se arrepiou na hora. Seus lábios desceram para o meu pescoço e deram um chupão tão forte ali, que eu quase perdi o ar. Tirei sua camisa e ele abriu o fecho do meu vestido devagar. Grudou minhas pernas em volta de minha cintura e foi em direção a escada. Parava de degrau em degrau, durou minutos subir aquela escada.

Chegamos em seu quarto ofegantes, ele me colocou na cama e tirou minhas peças intimas, antes de voltar me beijando, dando chupões fortes em meu pescoço, colo e seios, que eu tinha certeza que deixaria marcas.

- Como eu te odeio! – Sussurrei, assim que ele se deitou por cima de mim.

- (risos) Só por que não consegue resistir?

- Nunca consigo! – Voltei a beijá-lo, enquanto suas mãos percorriam a lateral de meu corpo e alternavam, entre meu bumbum e seios.

Acordei primeiro que ele no outro, apenas fiz minha higiene, coloquei uma blusa sua e desci até a sala, que como eu imaginava tinha roupas espalhadas pra tudo quanto é canto.

Catei aquilo tudo rápido, antes que seus pais ou sua irmã chegassem e vissem aquilo ali. Eu morreria de vergonha. Preparei um café da manhã para nós e achei uma bandeja em um dos armários. Levei até o quarto, onde Luan ainda dormia profundamente.

Coloquei a bandeja em cima da cama e assim que passava pelo enorme espelho de seu quarto, voltei. Meu pescoço tinha grandes marcas que desciam. Puxei a gola da blusa para baixo e não acreditei. Tinha mais marcas daquelas, só que mais fracas, descendo para o colo e uma ultima chegando no meu seio. Estavam roxas.

- Luan! – Eu disse alto, quase gritei e ele se sentou na cama rápido.

- O que foi, muié? – Ele olhou para os lados assustado. – Café na cama e você me acorda assim? Queria um beijinho pelo menos. – Ele disse e puxou abandeja para perto.

- Eu iria te dar beijinho mesmo, se não fosse isso que você fez em mim! – Me aproximei dele e puxei a blusa para que visse. Ele fez careta.

- Vishi!

- Vishi, mesmo. Eu quero ver se maquiagem não cobrir isso. Tá virando canibal? – Me sentei na cama do seu lado e peguei um morando da bandeja.

- To quase, amorzinho! – Ele riu sem vergonha e mordeu de leve meu pescoço.

- Vou te bater!

- Faz isso não, amor! Nossa noite foi tão boa. Agora você me chama de canibal, né? – Revirei os olhos.

- Vou deixar você sem encostar em mim, até essas marcas saírem.

- Ah não, amor! Você deve ter feito estrago nas minhas costas também. – Ele voltou a comer.