quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Capítulo 116




No outro dia, Luan voltou a sua rotina de sempre e minha vida começou a ficar um tédio enorme, assim que Eduarda ia pra escola. O tempo não passava.
Fui pra rede social e resolvi postar a foto que tinha tirado deles no dia anterior e me distrair vendo os comentários de suas fãs.


“ Olhem o que eu encontrei ontem na minha cozinha de madrugada!”

Comecei a ri, vendo tudo que elas comentavam, em questão de segundos e de repente, um comentário do Luan apareceu ali.
“Era fome, amor :x”
Ri sozinha e meu celular tocou, com seu número.
Conversamos por algumas horas e a hora começou a passar de novo.
Eduarda chegou da escola e fomos almoçar juntas.
Não sei o que aconteceu, só sei que a partir daquele dia, eu comecei a ter sonhos muito estranhos. Eram todos os dias, eu sonhava com a mesma coisa.
O Luan me abandonava para ficar com outra mulher e nem minha filha eu tinha do meu lado, ficava sozinha, sem casa, sem nada.
Todos os dias aquilo me atormentava e eu acordava suando e chorando.
Uma vez, até me deu uma pequena dor na barriga, que eu liguei para minha médica preocupada.
- O que está sentindo, Carolina? – Ela perguntava, preocupada.
- Umas dores, perto do estômago!
- Ah...Menos mal. Olha, vai tomar um banho quente, relaxe e volte a dormir, se continuar você me liga de novo.
- Tudo bem...Mas o que acha que eu tenho, doutora?
- Isso é sinal de nervoso. Tudo que a mãe sente, passa pro bebê e ele também fica do mesmo jeito. Ele está agitado?
- Muito! Não para de chutar e se virar, está me dando ânsia!
- É normal! Tente se acalmar...Aconteceu alguma coisa?
- Só tive um pesadelo e acordei desesperada.
- Foi isso, então! Se acalma e qualquer coisa, se a dor não parar, por favor me liga!
- Pode deixar, doutora. Obrigada e me desculpa, por te ligar essa hora.
- Não! Eu sou sua médica e você pode me ligar qualquer hora. – Lhe agradeci mais uma vez e me despedi dela.
Depois que tomei um banho quente na banheira, por mais de uma hora, enfim a dor passou e eu fui dormir mais leve. Dessa vez, sem pesadelos.
Mas na outra noite, foi á mesma coisa, mais pesadelos e só depois de acordar, tentar me acalmar para não agitar meu filho dentro de mim, eu voltava a dormir tranqüila.
Eu começava até a ficar com medo daqueles sonhos malucos que me perseguiam, cada dia parecia mais real. Poderia ser besteira para muitos, mas para mim, ver quase que em uma realidade o homem da minha vida me abandonar, não era.
Eu andava aérea por conta disso, até Eduarda andava percebendo, Suzi já tinha me perguntado o que estava acontecendo e eu dizia não ser nada.
Não estava a fim de falar com ninguém. Comecei a nem querer atender as ligações do Luan, que eram freqüentes.
A semana se passou toda assim e eu ainda não conseguia falar com ele, que tinha até ligado pro telefone da minha casa, mas eu mandei Suzi falar que eu estava dormindo muito por conta da gravidez, mas não acho que ele tenha caído.
Eu não sei o que estava acontecendo comigo, ou sabia. Era insegurança, pela primeira vez eu sentia insegura em relação a ele e com medo, um medo tremendo de perdê-lo para outra, de me tornar mãe solteira de novo. De ter que suar para criar sozinha mais um filho.
Eu confiava nele, mas as coisas que já aconteceram comigo no passado, também não tinha sido fáceis e pela primeira vez, eu percebi que fiquei um pouco traumatizada com aquilo.
Enfim, atendi a uma ligação do Luan e deixei que me desse sermão por eu não ter o atendido quase a semana inteira, mas não me manifestei sobre aquilo e quando ele percebeu que realmente eu não falaria nada, mudou de assunto, mesmo contrariado.
- Vem passar o final de semana aqui?
- Não sei se posso ficar viajando, Luan.
- Eu vou ficar só aqui amanhã e domingo!
- Eu não sei...
- Por favor, Carolina! – Suspirei.
- Tudo bem, eu vou.
- Ótimo! O jatinho vai buscar você a Duda amanhã de manhã.
- Está bem! – Inventei uma desculpa qualquer para ele e desliguei o celular.
Estava com a cabeça aos quatro ventos, eu não sabia se aquilo fazia parte da gravidez, eu só sabia que só de pensar no dia que meu filho ia nascer e no meu casamento, eu ficava insegura e com vontade de chorar.

*
Não sabia o que estava acontecendo com Carolina e o pior que o seu comportamento estranho também me deixava estranho e todos já percebiam, mas como sempre, não questionavam. Tive que acordar cedo para ir para uma rádio da cidade no sábado e quando voltei para o hotel, na portaria mesmo Rober me disse que Carol já tinha chegado com Eduarda. Assenti e fui para o elevador.
Assim que entrei no quarto, já senti a minha pequena agarrando minhas pernas e a peguei no colo.
- (risos) Tava com saudades, é?
- Muita! – Ela beijou meu rosto. – To louca que chegue a hora do show também! – Me aproximei de Carolina e selei seus lábios.
Ela deu um sorriso de lado e desviou seu olhar do meu estranhamente, mas não falei nada.
Ficamos o dia inteiro ali no quarto, vendo televisão e comendo. A pessoa que mais falava ali era Eduarda, eu lhe respondia e Carolina quase não se manifestava.
- Está cansada? – Lhe perguntei, assim que ela deitou na cama suspirando.
- Essa barriga pesa demais!
- Se preferir ficar aqui ao ir no show.
- Ah não, mãe! Por favor, eu quero muito ir!
- Eu vou, Eduarda! – Carolina revirou os olhos.
Tomei meu banho primeiro, logo depois Carolina deu um banho em Eduarda.
- Deixa que eu troco ela! – Disse, assim que ela arrumou sua roupa.
Apenas assentiu e saiu em direção ao banheiro com sua toalha.
- Você a mamãe estão de mal? Mas não vão se separar de novo, não é?
- (risos) Não estamos de mal, filha e não vamos nos separar. Pode ficar tranqüila!
Sua mãe anda assim por causa da gravidez e eu entendo. – Ela assentiu e eu me sentei ao seu lado na cama, para pentear seu cabelo.
Fomos para o local do show e percebi até que a equipe havia percebido o quão quieta Carolina estava, mas devem ter pensado o mesmo que eu. Gravidez.
Mudei meu repertório do show e cantei uma música sertaneja antiga, que ela me disse uma vez que gostava. Olha em seus olhos algumas vezes, mas ela desviava.
Assim que chegamos no hotel, depois do show.
Coloquei Eduarda na cama, que já dormia.
- Vamos lá na piscina? Quero conversar com você.
- Luan, a Eduarda vai ficar sozinha e...
- Não tem perigo e vai ser rápido! – Ela parecia com medo daquela conversa.
Assenti e passou por mim.

Suspirei olhando para cima e pedindo forças mentalmente. Já não agüentava mais brigar com ela e nem queria pensar na idéia de separação, já que não suportaria outra vez.

7 comentários:

  1. Por favor que #CaLu não se separem
    Aeeeeee conseguir comentar essa parte não abriaa contt

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  2. Meu Deus, tô com medo dessa conversa já, viu? Espero que não passe de uma insegurança por conta da gravidez...Enfim, continua logo ♥

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  3. OMG .. que conversa será essa hein ???
    Que dó da Carol ;(
    @SonhocomOLuanS

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  4. carol ta malzinha, poxa :(( agr ela vai contar pro luan, né? ela tem que se abrir com ele!!!
    vc não sabe o quanto eu sou agradecida por vc postar sempre, poxa eu acompanho uma fic que o último capítulo que ela postou foi dia 3 de novembro! sem nenhum pingo de consideração! vc raramente fica um dia sem postar, e quando acontece o pessoal já acha ruim.

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  5. Obg, amr rs Eu tmb leio fanfic e odeio que demorem, por isso posto todos os dias. É chato esperar tanto, sei que é. No dia que eu tiver que demorar assim pra postar pode ter ctz que eu paro de escrever e só volto quando tiver mais tempo disponível.

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  6. Aaaaai q tenso
    Espero q tudo se resolva

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