Capítulo 118

(...)

Era dia do casamento do primo do Luan e ele teve que dar um show acústico a uma rádio de ultima hora. Sua assessora tinha marcado e se esquecido, os organizadores do evento ligaram, lembrando do show um dia antes e foi uma correria só, já que todos já estavam em suas devidas casas, inclusive Luan, que ficou muito bravo, mas teve que ir.

Passei o dia no shopping com minha cunhada, Eloá e minha filha.Todas atrás de vestidos. Bruna seria madrinha do casamento com o namorado, no meu lugar e de Luan, já que talvez ele poderia chegar atrasado e pra não arriscar, teve que conversar com seu primo e colocar Bruna em seu lugar.

Eloá teria uma noite romântica com seu marido e até Eduarda estava querendo um vestido novo para o casamento e ainda não gostava de nada.

Pegamos um avião comercial para Londrina as 14:00, já que o jatinho de Luan estava com ele e o mesmo o levaria para lá também. E de Londrina, fomos em uma van, que o pai de Luan tinha providenciado, para Maringá, onde seria o casamento de seu sobrinho.

Quase cinco horas da tarde e eu, junto das mulheres da família que nos esperavam, corremos para um salão de cabeleireiro, que era bem conhecido delas e já estava tudo agendado.

Foi uma correria só, era uma falação dentro daquele salão, muita mulher junta, mas foi muito divertido e eu passei o resto do dia rindo com elas.

Saímos daquele salão as oito horas e o casamento estava marcado para as oito e meia.

Quando chegamos na casa do tio do Luan, onde ficaríamos, cada uma correu para o seu quarto para se arrumar e até a mãe do noivo estava nessa.

Fui para o quarto, onde Luan ficava sempre que ia para lá e eu ficaria com ele.

Só coloquei o vestido, as jóias e uma sandália, já que cabelo e maquiagem estavam prontos.

Acabei de colocar a ultima pulseira no braço e lembrei de Eduarda, que não tinha ido conosco para o salão. Arregalei os olhos e sai do quarto quase correndo, atrás da minha filha. Se todos tivessem esquecido dela, assim como eu, era mais um atraso.

- Tá procurando alguém, Carol? – Ouvi uma voz atrás de mim, enquanto passava os olhos pela sala, a procura da pequena.

- Ah, Marizete, a senhora me salvou! Obrigada! Eu tinha esquecido dessa menina. – Falei com a minha sogra, que estava com Eduarda já toda arrumada.

- (risos) Não fui eu que arrumei ela. Ficou aqui com o vovô Amarildo e ele com a ajuda dos titios e dos primos que arrumaram essa moça. Não é, Duda? – Eduarda assentiu rindo.

- Não acredito! – Ri também.

Enfim os homens apareceram e como eu e minha sogra éramos as únicas mulheres já prontas, ficamos conversando com eles.

- Viu como arrumamos sua filha bem, Carol? Sabia que você ia esquecer dela! – Douglas disse e todo mundo gargalhou.

- Eu vi! E eu não esqueci, tá? – Me defendi. – Quem não é, já pode ser pai. Ela ficou ótima!

- E se divertiu a nossas custas quando não soubemos colocar esse trem na cabeça dela. – Daniel, um amigo da família que estava ali, disse.

- Deus me livre filho, tenho vocação ainda não, ainda mais de menina! – Douglas continuou.

Dali em diante só foi risos com aqueles homens. Só riam, brincavam e Matheus era o mais calado dali, visivelmente nervoso.

- Daqui a pouco, esse povo vai chegar na igreja depois da noiva! – Pela primeira vez ele falou e todo mundo riu.

- Já estamos prontas, tá? – Bruna gritou do alto da escada e uma fila de mulheres apareceu atrás dela.

Chegamos na igreja quase oito e meia e pela primeira vez comecei a ficar nervosa, já que Luan não chegava. A prima da noiva chegou nos avisando que ela atrasaria bastante, por um problema em sua coroa e eu agradeci mentalmente.

Ele iria ficar muito magoado se perdesse o casamento do primo.

Nove e meia e ninguém mais agüentava esperar a noiva e nada do Luan aparecer, já começava a ficar nervosa de verdade.

Os músicos contratados já se posicionavam para tocar a marcha nupcial, a porta da igreja se abriu e ao mesmo tempo eu senti duas mãos na minha cintura.

Me virei para trás correndo e o rosto que eu tanto esperava estava ali, com um sorriso estampado no rosto. Ele beijou minha bochecha.

- Quase não chego a tempo! – Sussurrou e eu assenti.

- Quase... – Ri baixinho.

- Ainda bem que dei o nosso lugar pra Bruna, os padrinhos já entraram e eu não conseguiria chegar a tempo.

- É verdade, mas você tem muitos primos, ainda vai ser padrinho.

- Nós vamos! – Ele riu bem perto do meu ouvido e beijou o mesmo, me fazendo arrepiar.

A cerimônia foi linda e depois, fomos cumprimentar os noivos, ali mesmo na igreja.

A família do Luan também foi o abraçar, já que tinha tempo que não o viam.

Fomos para festa no carro que ele tinha chegado ali, só eu ele e Eduarda, o resto de sua família estavam em vários carros atrás de nós.

- Pai, hoje foi muito legal. Eu fiquei com o vovô Amarildo pra mamãe fazer o penteado com as meninas, e os meninos me arrumaram. Eles são engraçados! – Ela riu com a mão na boca.

- (risos) É filha? Mas se eu tivesse aqui iria te arrumar melhor, não é?

- É...

- Puxa saco! Eu não queria, mas seu pai disse que não tinha problema, que não iriam fazer nada naquele tempo e eu deixei ela com eles...

- A mamãe me esqueceu depois que chegou! – Ela me interrompeu.

- É? Que coisa feia, Carolina! – Luan fingiu que brigava comigo, enquanto eu ria.

- Bate nela depois?

- Bato muito! – Luan beijou seu rosto.

- Ah é assim? – Cruzei os braços e ele beijou meu rosto.

Assim que chegamos na festa, mesmo quase a maioria das pessoas já conhecendo o Luan, ele foi o centro das atenções. Muita gente o parava, alguns amigos, alguns que ele dizia nem conhecer e outros só para pedir uma foto mesmo.

Eduarda saiu com a priminha e o priminho do Luan, que já conhecíamos e eu fiquei ali do lado dele, de mãos dadas, até com um pouco de vergonha.

Ele acabou de falar com uma pessoa me abraçou pela cintura e beijou meu rosto.

- Tá achando chato? – Sussurrou no meu ouvido e eu ri.

- Não, amor!

- Não sei...Acho que é chato isso.

- Lógico que não, eu to com você, então não fica nada chato! – Ele sorriu e selou nossos lábios de leve, nada muito “escandaloso”.

Rodamos os olhos pelo local a procura da mesa em que seus pais estavam, quando escutei Luan falar o nome de outra pessoa e lá fomos nós falar com a pessoa também.

- Jade! – Ele sorriu e pegou na minha mão, para que fôssemos de encontro a uma moça loira, um adolescente e um casal já mais velhos.

Luan abraçou todo mundo, simpático como foi com todos ali, me apresentou a eles e ficaram conversando por um tempo.

- Então você não ia se casar? – Luan perguntou a moça.

- Ah, ia mas nos separamos. – Ele ficou sem jeito. – Mas tudo bem, vida que segue! – Sorriu e Luan fez o mesmo.

- Não aparecem mais nos meus shows, vou começar a achar que não gostam mais de mim! – Ele brincou e eles riram.

- De jeito nenhum, Luan! Vamos aparecer assim que der. – O senhor disse. Tinha a voz grossa e um jeito de bravo.

- Olha que gracinha aquela menininha, acho que nossa filha seria assim se eu não tivesse perdido! – Estreitei os olhos e olhei para onde Jade olhava.

- Ah... – Luan ficou completamente sem jeito com o que ela havia dito. – É filha da Carolina, quer dizer...É como se fosse a minha filha também. – Agora foi a vez dela ficar sem graça e me olhar.

- Não sabia, muito linda sua filha! – Sorri fechado. – Vejo que já está vindo outro por aí.

- Pois é, agora é um menino! – Luan passou a mão por minha barriga.

- Sério? Que ótimo! Felicidades pra vocês! – Falaram mais algumas palavras e pra minha salvação, Bruna chegou dizendo que seus parentes estavam a procura de nós para as fotos.



Esclarecimentos da revelação no próximo capítulo! haha