Capítulo 124

Eloá me ligou em uma segunda feira, que Luan estava em casa, de folga, nos chamando para um churrasco em sua casa e rapidamente foi aceito o convite.

Me arrumei, assim que escureceu e arrumei as crianças, enquanto Luan estava em frente ao espelho.

- Anda! Já me arrumei e arrumei duas crianças e você está ai...Parece uma mulher. – Ele me olhou indignado, me fazendo ri.

- Vai ver mulher mais tarde! - Sussurrou no meu ouvido e deu um tapa na minha bunda, me fazendo lhe olhar de boca aberta.

- Tem criança no recinto! – Ele gargalhou e beijou meu rosto.

Fomos a pé mesmo para casa de Eloá, já que era bem perto e antes mesmo de entrarmos, já se escutava o falatório e tinha vários carros em frente a sua casa.

Tocamos a campainha e ela nos atendeu com um sorriso enorme no rosto.

- Amiga! Pensei que não viessem mais. – Ela me abraçou e logo Luan.

- A noiva do Luan. – Revirei os olhos e ela riu.

- Mentira! – Ele se defendeu.

- Mas tá podendo, em! Quanta gente! – Comentei.

- Então...Resolvemos fazer uma festinha. – Rimos.

Fomos falar com Miguel, que estava com Ivi em seu colo, desde que nasceu era seu grude e apaixonado pela filha.

- Como o tempo passa em, Luan? Ontem mesmo eles ainda estavam dentro da barriga das mães. – Ele falou com Luan que concordou.

- Passa muito rápido, daqui a pouco estão adolescentes e namorando.

- Deus me livre!

- (risos) Isso ainda vai acontecer, Miguel. Vai se preparando!

- Não quero nem pensar nisso, Carol!

- Se for meu filho tá bom, uai!

- Desculpa, Luan, mas nem seu filho! – Gargalhamos.

- Tia Eloá, posso pegar a Ivi? – Eduarda disse e ela concordou.

- Senta ali que eu te dou ela.

- Queria que meu irmão fosse uma menina, sabe? Mas tá bom! – Ela deu de ombros.

- Pensa pelo lado bom, você não vai precisar dividir nada!

- Eloá! Para de incentivar a menina a ser egoísta! – Ela riu sem se importar.

- Fica tranqüila, filha, você ainda vai ter mais irmãos!- Luan me abraçou por trás, assim que minha amiga pegou nosso filho de seu colo.

- A coisa vai boa assim? – Ela brincou.

- Vai ótima! – Luan fez graça.

- Quando eu namorar quero ter um bebê, é bom segurar ele! – Eduarda disse.

- Cê é doida, menina? Filho só depois que casa!

- Nossa, Luan, você é um ótimo exemplo pra falar isso. – Revirei os olhos.

- Sou mesmo, a gente vai se casar e somos independentes.

- Ela vai ter filho depois que casar, primeiro vai namorar muito!

- Ah vai! – Ele revirou os olhos e nós rimos.

- Ué, Luan, não era você mesmo que estava falando de namoro? Que as crianças crescem rápido. – Miguel riu e Luan fez careta.

Fomos para área de fora, onde estavam todos e a maioria conhecíamos, mas tinha muita gente que era amigo do Miguel e nunca tínhamos visto.

Enzo dormiu no meu colo e eu o coloquei na cama de Eloá. No final da festa, Eduarda já dormia no sofá, eu estava na mesa só com mulheres e Luan só com os homens.

Todos eram muito simpáticos e fizemos amizade rápido demais.

- Carol, pra quando a gente pode marcar a despedida de solteiro do Luan? – Um rapaz me perguntou rindo.

Eles já estavam um pouco alterados, riam tanto, que era engraçado. Todo mundo se calou para ouvir minha resposta.

- Pra dia nenhum! – Ri junto com eles.

- Tá ferrado, Luan!

- Ah não, Carolina, vamos fazer uma pra ele sim, coitado!

- Ah coitado, Miguel! – Revirei os olhos e eles riram mais.

- Agora é sério! A gente pode fazer? – Um outro rapaz me perguntou. Dei de ombros.

- Isso é um sim, amor?

- É o que você quiser, Luan!

- Acho que tem gente que não tá gostando dessa idéia!

- Façam sim e a gente vai fazer pra Carol! – Eloá disse.

- Boa idéia!

- Ah não!

- Sim, Luan! Agora já está combinado! – Ele fez careta e se virou para frente.

- Tá falando sério? - Perguntei.

- Claro, amiga! Vamos fazer, vai ser divertido. Podemos fazer um chá de panela e a despedida de solteiro, tudo junto. De dia mesmo!

- Será?

- Claro que sim! – As meninas queriam tanto que eu fizesse, que acabei aceitando.

Combinamos tudo e voltamos a curtir a festa.

Fomos embora de madrugada, Luan carregava Eduarda e eu, Enzo.

- Aguenta até em casa?

- Não to bêbado! – Ri dele.

Colocamos as crianças na cama e fomos tomar um banho juntos, nos trocamos e nos deitamos na cama.

- Que você tá pensando? – Alisei seu rosto e ele me olhou.

- Vai fazer mesmo a despedida?

- (risos) Relaxa! Vai ser mais um chá de panela, de dia! Nossos filhos vão estar aqui.

- Vão?

- Claro!

- Pensei que deixaria com a minha mãe.

- Não...Quero ela e a sua irmão aqui!

- Então tá bom...Fico mais tranqüilo assim!

- Idiota! – Bati em seu ombro e ele riu. – E você, em? Vê lá o que vai fazer!

- (risos) Não vou fazer nada demais!

- Eu acho muito bom! – Ele beijou minha bochecha, passou o braço pela minha cintura e fechou os olhos.

- Já deixou marcado?

- Já, e você?

- Também...

- A gente já deixou marcado, mas nem fazemos idéia de quando vai ser o casamento. – Ri.

- Você que pensa!

- Hã? Por que? Você faz? – Ele apenas deu um sorrisinho de lado, ainda com os olhos fechados. – Luan... – Falei manhosa, mas não adiantou.

- Vamos dormir, meu amor!

- Bobo! – Fiz um bico enorme e ele abriu minimamente seus olhos e selou nossos lábios.

Quinze dias depois, enfim tinha chegado o dia tão esperado da nossa despedida de solteiro. Luan me provocou tanto durando aquele tempo falando que teria várias mulheres e ria da minha cara. Por último, eu já fingia que não escutava.

Quando estávamos tomando café da manhã, Bruna e Eloá invadiram minha casa e expulsaram Luan dali, que só deu tempo de me dar um selinho rápido.

- Até amanhã, Luan! – Bruna disse rindo.

- Por que tão cedo?

- Vamos passar no salão de beleza antes!

- Sério?

- Claro que sim! Levanta daí, amiga!

- E meus filhos? – Disse, enquanto elas me puxavam pelo braço.

- Vão ficar com a minha mãe, na hora ela trás eles. – Bruna disse e eu concordei.

Me arrumei rápido e levamos meus pequenos até a casa da minha sogra, mesmo receosa de estar lhe incomodando, ou por Enzo ser pequeno e chorar.

Ficamos no salão de beleza até as duas horas da tarde, chegamos na minha casa quase três e nos arrumamos rápido. Elas também se arrumaram ali.

As convidadas começaram a chegar.

- Espera! A gente não arrumou nada! – Me desesperei.

- Você que pensa! – Elas me levaram até a piscina, onde estava tudo organizado, inclusive as comidas.

- Quem... – Avistei Suzi de longe, antes de terminar minha frase. – A gente te explora, não é?

- Claro que não, dona Carolina! – Ela riu.

- Vai ficar pelo menos, não é? Eu insisto! – Ela me olhou sem jeito, mas concordou.

Ficamos conversando com quem já tinha chegado e não demorou muito para ouvir a voz de Eduarda e minha sogra estava lá com Enzo no colo.

Peguei meu filho, que dormia e o coloquei em seu berço. Eduarda estava elétrica e animada.

Enfim, começamos o chá de panela que a princípio foi tudo normal e tradicional como em qualquer outro, mas antes de comermos, Eloá avisou que ainda não estava na hora.

Entrou um monte de homem seminu, apenas de calça e meu queixo caiu, olhei para Bruna que sorria animada.

 - Gostou? – Ela riu.

- Vocês são demais! – Neguei com a cabeça.

- Vamos aproveitar muito hoje! – Olhei para frente e os homens já dançavam sensualmente, já que Eloá tinha ligado o som, deixando as mulheres babando.

Eram altos, fortes e muito bonitos.

- Se a gente está assim, imagina aqueles homens naquela boate. Não quero nem pensar! – Fiz careta.

- Não pensa, só aproveita! – Ela me olhou rindo.

- Vou tentar! – Voltei a olhar para frente.