quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Capítulo 117





- Me diz o que você tem, vai. – Fui direto, assim que nos sentamos em umas cadeiras que ficavam ali.
- Hã? – Ela se fez de desentendida e desviou seu olhar do meu, para suas mãos.
- Você sabe do que eu to falando, Carolina. Me diz o que você tem! Eu já não agüento mais. O que foi que eu te fiz?
- Você não fez nada...O problema sou eu mesma. – Ela me olhou com os olhos marejados.
- Como assim? – Falei baixo.
- Eu sou o problema! Eu...To traumatizada com essa história de ter filho antes de casar e criar a criança sozinha. Só agora eu me dei conta de que um dia você pode me abandonar e...
- Nem termina! Eu não acredito que você tá pensando uma coisa dessas de mim, Carolina! Logo de mim, eu nunca te abandonaria agora, nem nunca. Porque eu não posso, nem quero. – Falei visivelmente chateado e vi suas lágrimas descerem.
- Eu sei, minha cabeça sabe, mas meu coração fica inseguro! Por favor, não fica bravo comigo, só entende o meu lado!
- Eu não consigo entender! – Passei as mãos por meus cabelos impaciente. – Eu te amo, droga! Entende isso de uma vez por todas.
- Eu já entendi! Eu já entendi, mas sou insegura.
- Dá onde você tirou isso? Por que veio com essa história agora? – Ela encarou novamente suas mãos impacientes, que mexiam uma na outra.
- Eu...Ando tendo uns sonhos, desde quando você viajou. É muito real, eu acordo chorando toda vez e é sempre a mesma coisa. Você sempre me deixa e nem minha filha fica do meu lado. Eu fico sozinha, sem saída! – Ela já chorava desesperadamente e eu me assustei.
- Um sonho? Isso...É coisa da sua cabeça, não vai acontecer.
- Pode ser que não, Luan, mas pode ser que sim! – Ela me olhou. – Eu tenho medo, poxa! Se um dia a gente se separar, você tem sua mãe, seu pai, sua irmã...E eu? Eu não tenho ninguém! E a minha filha gosta tanto de você, que é bem provável ela te escolher do que a mim.
- Para de falar besteira, Carolina! Você tem sim, você tem sua tia, que te ama, seu tio e seus primos. Tem a Eduarda, vai ter o nosso filho e vai ter eu. Eu te prometo que mesmo se a gente se separar algum dia, eu nunca vou sair do seu lado, nunca vou deixar de ir ver como você tá, como meus filhos estão. Mas a gente não vai se separar, porque a gente se ama e nascemos um para o outro! – Carolina, encarou a piscina em sua frente, enquanto mais lágrimas caiam de seu rosto e logo depois me encarou.
De pouco em pouco, um sorriso foi crescendo em seus lábios, junto de seus olhos molhados e seu nariz vermelho.
- Eu te amo, tanto! Eu não suporto mais a idéia de viver sem você! – Ela sorriu e eu lhe abracei com força. – Nem em sonho...
- Eu também, amor! Eu te amo muito e isso não são sonhos, são pesadelos. – Me afastei minimamente dela e segurei seu rosto, em minhas mãos.
- Como que faz pra isso parar? – Sua voz saiu manhosa, como uma criança e me abraçou pela cintura, logo depois.
- Eu vou te ajudar a fazer parar, eu prometo! Agora vamos voltar pro quarto, tomarmos um banho quente e vamos deitar.
- Eu não quero dormir! – Ela me olhou com os olhos pequenos.
- A gente vai dormir e você não vai ter pesadelos hoje! Eu vou estar te abraçando, te protegendo contra isso.
- Promete? – Ela sussurrou.
- Prometo! – Beijei sua testa e logo depois, selei nossos lábios. – Promete também quando estiver insegura, com dúvida em alguma coisa entre a gente, você vai me falar? Uma relação é isso, nós termos que dividir tudo que envolve nós dois.
- Desculpa, amor! Eu prometo que te falo! – Ela voltou a me abraçar e nos levantamos.
Fomos até o nosso quarto abraçados e como o combinado, tomamos um banho demorado juntos e logo depois no deitamos na cama.
Deitei no meio entre Carolina e Eduarda e abracei minha noiva, que parecia mais uma criança com medo do escuro, que só queria dormir junto com os pais.
Beijei sua testa e comecei a acariciar seus cabelos, até que pegasse no sono.
Fiquei naquele silêncio, velando o sono das duas, até que depois de horas, finalmente meus olhos se fecharam.

*
Acordei no outro dia, com vozes baixinhas.
Percebia que meu braço direito, ainda estava em cima do peito do Luan e minha perna, entrelaçada entre as suas.
Abri meus olhos devagar e discretamente para ver o que aqueles dois falavam.
- Soco soco, bate bate, soco soco, vira vira... – Luan cantava e riu, quando Eduarda errou tudo.
- Vamos de novo, papai! – Ele me olhou por instinto e riu.
- Bom dia, meu amor!
- (risos) Já deve ser boa tarde, amor! – Ele selou meus lábios rápido. – O que vocês estão aprontando, em?
- Estamos brincando, mãe. Mas o papai erra tudo! – Eduarda fez bico, cruzando os braços.
- Eu erro, é? – Luan se fingiu de indignado e a jogou de cima de sua barriga, aonde estava sentada, na cama.
Começou os risos e a gritaria naquele quarto, me fazendo ri.
Me levantei e depois de tomar um banho e me trocar, voltei para perto dos dois.
- Luan, vai fazer a menina passar mal! – Neguei, enquanto colocava meus brincos.
Enfim, ele parou de lhe fazer cócegas e se jogou na cama ao seu lado.
- Passa nada!
- Vão se trocar pra gente tomar café.
- Tá, sua mandona! – Ri dele, que passou por mim e me deu um tapa na bunda. – Olha o respeito.
- Que respeito o quê! – Ouvi sua voz gritar do banheiro e ri.
Ajudei Eduarda a se trocar, já que ela queria fazer tudo sozinha mas não conseguia direito e tomamos o nosso café no quarto mesmo, assim que chegou.
- Vamos voltar pra casa amanhã, não é? – Falei e Luan assentiu, comendo seu pão.
- Ah, já ia me esquecendo! O meu primo Matheus vai casar e nós vamos ao casamento.
- Vai? Já? Quando?
- Aham...Sexta feira, já que sábado é meio impossível de eu desmarcar show, ele me ajudou.
- Mas já? Tenho que comprar roupa! – Luan revirou os olhos.
- Só ir no shopping, uai.
- Você não entende!
- Nem quero! – Ele gargalhou.
Chegamos em São Paulo no domingo de tarde e fomos direto para a casa do Luan.
O cheiro da comida de sua mãe, já exalava pela casa, assim que abrimos a porta.
Cumprimentamos ela e Bruna, que estavam ali.
- To fazendo um jantar caprichado, só pra vocês!
- Sério, mãe? To morrendo de saudade da sua comida! – Luan lhe abraçou.
- E eu não sei?
- Aproveita e já vai aprendendo, cunhada!
- Nossa, Bruna! – Sua mãe lhe repreendeu.
- É brincadeira!
- (risos) Eu queria mesmo aprender algumas coisas, mas acho que o Luan vai ter que se contentar com a comida da empregada mesmo quando casarmos, porque eu vou voltar a trabalhar, assim que o Enzo estiver com sete meses. – Ele fez careta e nós rimos.
- Tá vendo, mãe, ela se recusar a cozinhar pro seu filho? – Ele fez drama, enquanto íamos até a cozinha.
- Idiota!
- Vão vir comer aqui também que eu faço questão!
- Vamos, Marizete. Todos os domingos, o que acha? – Ri e ela concordou. – Olha, já estamos até falando da nossa vida depois de casados.
- Assim que tem que ser muié, porque vamos nos casar logo mesmo! – Ele me abraçou pela cintura e beijou meu rosto.
- Eu já vi mulher querer casar de qualquer jeito, mas homem... – Bruna brincou e Luan puxou seu cabelo, antes de sair dali.

- Não to tão desesperado, não! – Ouvimos sua voz e rimos dele.





Revelações depois desse casamento :x

7 comentários:

  1. tava tudo muito tranquilo , mas essa sua frase no final me assusta :s

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  2. ''Revelações depois desse casamento''
    O q vc quer dizer com isso ?? OMG ..
    Luan e Duda são tão lindo haha
    @SonhocomOLuanS

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  3. revelações? eitaaaaaaaaaaa eu quero sabeeeeeeer
    ain mds meu cori manu kkkkkk[
    @lightlrds

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  4. Meeeedo kkkkkkkkkkkkk
    Já quero saber que revelações são essas hahahaha

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  5. Essa última frase me fez tremer na base kkkkkkk já quero saber logo o que vai acontecer...O capítulo foi maravilhoso, tentei comentar mais cedo, só que meu 3g resolveu colaborar só agora kkkkk

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  6. Acho que essa revelação deveria ser algo bom, nada que interferice no casamento dos dois, ta ficando muito repetitivo isso acho que não deveria ser nada que causaria brigas ou separação entre os dois, porque a coisa legal é ver eles juntos! Adoro sua fic, ela É LEGAAAAAL! Parabéns

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  7. eu estava terminando de ler com um sorriso até aparecer isso ai agr eu to com medo. me mato se eles se separarem de novo!!!!!!!!

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