terça-feira, 30 de setembro de 2014

Capítulo 52



*
Acordei no outro dia com o celular tocando e vi que Luan e Eduarda ainda dormiam.
Atendi, com voz de sono.
- Oi...
- Doutora Carolina? Me desculpa acordar a senhora, eu não sabia o horário que acordava e arrisquei. – Uma voz doce, falava do outro lado da linha. Parecia estar um pouco nervosa.
- Tudo bem! Eu já tenho que levantar mesmo. Com quem eu falo?
- Ah, é com a Amanda. Eu queria saber se a vaga de secretária já foi preenchida.
- Então, Amanda, ainda estou procurando.
- Eu queria tentar...
 - Faz assim, vai até o consultório hoje. Eu não tenho consulta nesse primeiro horário.
- Claro! Em uma hora estou lá, pode ser?
- Pode sim! Já sabe o endereço.
- Sim, peguei na internet.
- Ótimo! Até daqui a pouco, Amanda.
- Até! Obrigada. – Ela desligou e eu me levantei.
Me arrumei e preparei um café da manhã. A campainha tocou, assim que eu iria me sentar para comer.
- Carol! – Minha prima, Lara, me abraçou, me fazendo quase cair.
- Vai devagar, filha! – Minha tia a repreendeu e me abraçou também, junto com meu tio e Danilo.
- Vocês por aqui? Que milagre!
- Nem vem, que você nunca vai nos visitar, filha!
- Eu ando na correria, tio.
- E como anda, Carol. Como assim você tá namorando o Luan e não me fala nada? Eu vou te matar, cara. – Lara colocou as mãos na cintura enquanto me olhava.
- Hã?
- Nem vem, que eu sei que é você a namorada dele! Sua vaca! Eu que tinha que ser a primeira a saber. Assim que eu vi pelo twitter do fã clube que Luan estava namorando mesmo, eu já sabia que era você e quase dei um troço. Agora o Luan é meu primo, eu nem acredito! Eu sou a fã que vou tá mais perto dele, vou poder apertar ele quando eu quiser, até a bunda dele. Você não se importa, não é prima? Afinal somos como irmãs. – Ela disparou a falar, me fazendo ri
Olhou assustada para trás de mim e eu também me virei para olhar.
- Oi, Larinha! – Luan ria, provavelmente tinha escutado tudo.
- Que vergonha! – Ela baixo e devagar.
- Então é verdade, Carol? Eu pensei que a Lara estava louco.
- Pois é, tia! A gente tá namorando mesmo.
- Já não era sem tempo, Carolina! – Meu tio disse, fazendo Luan ri.
- Nossa, tio! – Eles se cumprimentaram e Luan abraçou Lara, que não falava mais nada completamente envergonhada.
- Estamos só de passagem, filha. Temos que voltar ainda hoje, antes do anoitecer.
- Mas já, tia?
- Só viemos te ver, já que não aparece. Vai nos ver, menina. Aproveita e leva o Luan junto.
- Pode deixar que eu vou convencer ela, dona Vanessa.
- Olha, ele sabe o meu nome.
- Está vendo, tia! Eu estou longe, mas sempre me lembro da senhora. – Falei rindo e ela me abraçou. Já tinha comentado com Luan sobre meus tios e me espantei quando se lembrou do nome de todos.
Depois de muita insistência, consegui fazer que tomassem café comigo. Eduarda chegou na cozinha com a cara amassada e minha tia aproveitou para apertá-la.
Me despedi deles, já que teriam que ir embora e falei com Luan que já teria que ir trabalhar.
- Vai pra casa, amor?
- Vou, você volta que horas?
- Três e meia eu devo estar aqui.
- Já vi que vamos chegar atrasados no jogo, até você se arrumar. – Revirei os olhos. – Faz assim, vai direto pra minha casa? Se arruma lá.
- Tá, pode ser. Eu vou arrumar a roupa e minhas coisas, você leva de uma vez?
- Levo! – Subi as escadas e depois de arrumar tudo rápido, desci correndo, já que estava super atrasada.
- Está aqui. – Lhe entreguei a bolsa.
- Ah! Vou levar Dudinha comigo. – Ele abraçou ela, que sorriu com sua chupeta na boca.
- Ela tem aula Luan, a Suzi já deve tá chegando. – Olhei no relógio.
- Só faltar a aula. Liga pra ela...
- Ela não pode faltar aula.
- Claro que pode! Criança não repete de ano, nem tem nota.
- Você é chato! Primeira e última vez. Ela não falta mais aula atoa.
- Liga aí, muié! – Revirei os olhos e liguei para Suzi, que já atendeu me dizendo que os motoristas dos ônibus que passavam por sua casa, estavam em greve e que não passava nenhum por ali, então chegaria atrasada. Lhe disse que não precisava mais vir, já que Luan ficaria com Eduarda e me despedi dela.
Nos despedimos e cada um entrou no seu carro, seguindo pro seu lado.
Conversei com a candidata a secretária e gostei muito dela, apesar de ser tagarela e agitada. Ela me fez ri. Pediu para ficar já para fazer um teste e eu deixei, acabei lhe contratando.
Duas e cinqüenta e nove, fechei o consultório com ela, já que estava em teste e fui rápido para casa de Luan, se não perderíamos a metade do jogo. Tomei um banho no banheiro de seu quarto e sai de toalha para o quarto. Ele estava na cama mexendo no celular.
- Amor, olha o que eu comprei pra você. – Ele disse, assim que me viu e levantou uma camisa vinho, igual a sua, só que feminina. Era do seu time.
- (risos) Não precisava, amor!
- Claro que precisava, tem que ir a caráter.
- Nem sabe o time que eu sou. – Me livrei da toalha e vesti minhas peças intimas em sua frente.
- Agora você é timão! – Ele riu.
- Só porque eu não tinha time, tá? Vai achando que tem essa moral toda.
- Nossa! – Ri dele.
Vesti um short jeans desfiado e um sapato de salto bege. Sequei meu cabelo e me maquiei rápido. Passava o perfume quando ele me abraçou por trás.
- Já tá pronto, amor?
- To sim! Que cheirosa! – Ele cheirou meu pescoço, me fazendo arrepiar.
- Você também tá. – Tombei minha cabeça para tentar lhe cheirar. Mas o perfume era tão forte, que nem precisei chegar meu nariz muito perto de seu pescoço.
- Sempre, gatinha! – Ri e coloquei meu relógio.
Descemos as escadas de mãos dadas e me assustei quando vi a quantidade de homem que estava na sala, com as camisas iguais as nossas.
- É uma gangue isso? – Brinquei.
- Temos que ir ver o nosso timão vencer, Carol! – Rober disse.
Nos despedimos de todos na casa.
- Por que eu não posso ir com vocês? – Eduarda cruzou os braços.
- Prometo que dá próxima te levo, gatinha. – Luan ficou do seu tamanho e beijou seu rosto. Riu com o bico enorme que se formava em seus lábios. – Não fica assim, dá um abraço aqui! – Ela lhe abraçou. – A vovó Marizete vai fazer bolinhos de chuva pra você, é o melhor que tem. Você gosta?
- Gosto... – Ela estava amansando.
- Então! A senhora não vai fazer, mãe?
- Vou sim! Vai me ajudar, Duda?
- Vou! – Enfim, ela sorriu.
Fui rindo o caminho inteiro, dentro da van, com os meninos. Eles só falavam besteira e cantavam o hino do Corinthians.
Assim que chegamos, eu e Luan fomos os últimos a descermos de mãos dadas e eu comecei a ficar nervosa, assim que vi a quantidade de pessoas que estavam ali e com certeza, a atenção seria toda pra gente. Fomos de mãos dadas até a fila, que estava andando bem devagar.
- Você trouxe os ingressos, né? – Lhe perguntei.
- Lógico, amor!
- Você é tão desligado, que eu não duvido...
- Disso eu não esqueço de jeito nenhum, meu amor!
- É, né! – Ele riu e eu o acompanhei.
Nos assustamos quando alguém puxou seu braço e nos viramos para olhar.

Minha boca secou, quando vi que era uma repórter, com um microfone na mão e falava algo, que eu não prestei a atenção, para uma câmera. Estava tudo bom demais pra ser verdade. Eu imaginava que sairia foto nossa, mas não que teria programa de TV na entrada de um jogo.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Capítulo 51



- O que?
- Não gostei dessa garota.
- Por que, Carol?
- Não sei, tem cara de piriguete. – Ela fez careta. – Quase todas as loiras são piriguetes. – Gargalhei.
- Isso tudo é ciúmes, gatinha? – Lhe abracei pela cintura e falei em seu ouvido.
- Para de bobeira! Eu só não gostei dela. Você já pegou, é?
- Viu, to falando. Tá morrendo de ciúmes de mim desde ontem. O que te deu? – Afastei minimante nossos rostos, para lhe olhar.
- Me deu uma crise de paixão, amor, tanto faz. Mas me deu isso. – Lhe olhei com os olhos assustado, sem esperar por aquela frase. Ela suspirou com os olhos fechados, mas logo os abriu para me olhar de novo. – Tá bom! Eu fiquei mesmo com ciúmes e to agora, que saco! – Ela fez um bico lindo que me fez sorrir. – E você fica rindo da minha cara.
- É porque você fica linda bravinha assim. – Tirei um braço de sua cintura e passei minha mão por seu rosto.
- Não, não fico! Aí, Luan! O que você tá fazendo comigo? – Ela disse mais baixo e eu voltei a lhe abraçar com os dois braços. Vi que seus olhos se fecharam, mas eu continuei calado. – O seu pedido ainda tá de pé?
- Que pedido? – Arqueie uma sobrancelha, enquanto lhe olhava e ela abriu os olhos.
- De namoro.
- Claro que tá, por que?
- Eu aceito!
- Hã? – Não estava acreditando nos meus ouvidos.
- Eu aceito namorar com você, idiota!
- Tá falando sério?
- Quer que eu mude de idéia? Então...
- Não! Carol, você não sabe o quanto eu to feliz. Eu não to sonhando?
- Não! Eu quero ser a sua namorada. – Ela colocou seus braços em volta do meu pescoço.
- Eu te amo demais!
- Eu também te amo, seu idiota! Muito! – Sorri.
- Fala de novo?
- Eu te amo! – Ela selou nossos lábios.
- De novo...
- (risos) Eu te amo! – Ela disse mais alto e selou nossos lábios de novo, e antes de eu dizer mais alguma coisa, me puxou para um beijo incrível. Um beijo com amor. – Eu te amo mais do que você imagina!
- Luan, tá pronto? Opa! Desculpa, casal. – Escutamos a porta se abrir.
- Tá de boa, testa! – Ela mesma respondeu.
- Qual foi da alegria do casal?
- Eu to namorando, boi.
- Mentira! Desencalhou! Cara, você foi amarrado. – Rimos dele.
Selamos nossos lábios mais uma vez e fomos para o estúdio de gravação.
Entrei no palco mais animado e feliz, claro.
Começaram as perguntas da platéia até que veio uma que eu não esperava e nem tinha pensado que perguntariam.
- Luan, você tá namorando...Tá solteiro, né? – Olhei para todos ali e fiquei sem saber o que fazer. Faustão começou a falar, o que me deu mais tempo pra pensar no que eu faria.
Não queria mentir e dizer que estava solteiro logo nos primeiros minutos de namoro.
- Não! – Eu respirei fundo e decidi que aquela seria a hora, mesmo que me matassem depois.
- Não o que? Você não tá solteiro ou não tá namorando? – A moça loira que ficava na platéia disse, fazendo todos rirem.
- Eu não to solteiro! To namorando! – Eu disse com um sorriso no rosto e percebi a expressão completamente surpresa de todas as minhas fãs presentes.
- Como assim, Luan? Você não tava solteiro, não? – Foi a vez do apresentador me perguntar.
- Então, rapaz. Com exclusividade pra vocês, ninguém sabe. Eu to namorando! Na verdade, comecei com alguns minutos.
- Me conta isso direito!
- (risos) Eu já estava conhecendo melhor uma pessoa muito especial a algum tempo e chegamos a conclusão que ficaríamos juntos oficialmente agora no camarim.
- Olha que o camarim da globo está formando casais! – Ele brincou.
O programa continuou e assim que sai, a falação começou no meu ouvido. Sabia do que viria.
- Você é doido, Luan!
- Eu agi no impulso, Arleyde! Eu não queria mentir, to tão feliz não estraga meu dia, vai.
- Luan, você não precisava ter dito já. – Carolina disse.
- Eu quis, amor! É bom que já me livrei de um peso nas costas, todo mundo já sabe. –Saímos do camarim e dessa vez, fomos de mãos dadas até o lado de fora.
Não atenderia as fãs, porém, mais uma vez Carolina me pediu e eu atendi seu pedido.
Fui rapidamente até a grade, que estava um pouco longe da van. Falei com todas, tirei algumas fotos e elas me perguntavam sem parar sobre o namoro. Eu só respondia o que dava, o resto, eu fingia não ouvir.
- A gente quer conhecer a felizarda, Luan! – Uma fã falou e eu sorri.
- Pode deixar que já já vão conhecer! – Acenei para ela e sai dali.
Assim que chegamos em casa, meus pais vieram nos perguntar sobre o namoro também, totalmente surpresos. Deixei Carol com Bruna, que estava na piscina com Eduarda e fui até o escritório da minha casa, com o meu pai e meu empresário e minha assessora.
- Olha, achei que você podia esperar pra dizer também, Luan. Podia ter contado pra gente primeiro, pelo menos amanhã a gente anunciava. Mas já que você falou, agora é bola pra frente. Não adianta ficar remoendo nada. – Assenti
- Ia ficar feio, pai. Eu falar hoje que to solteiro e amanhã namorando. – Ele concordou comigo.
Não durou nem dez minutos e eu resolvemos o que tinha que resolver. Fui até as meninas e aproveitei a piscina junto com elas.
A noite, eu fui para casa de Carolina e dormiria lá com ela. Jantamos e nos deitamos na cama, com a TV ligada e Eduarda mamava em nosso meio.
- Será que demoram muito pra me descobrirem? Nem deu tempo de respirar!
- (risos) Relaxa, amor! E eu to querendo que te descubram amanhã mesmo.
- Por que? – Ela me olhou assustada.
- Vamos ver o jogo do Corinthians comigo? No estádio.
- Sério? – Ela me olhou com cara de tédio e eu ri.
- É sério! Eu comprei o ingresso a meses, to ansioso e minha namorada tem que ir comigo.
- Tá bom, vai! Eu deixo Eduarda com a babá. É que horas?
- Quatro.
- Ainda bem. Tenho consulta até as três.
- Namorada, mamãe? – Duda disse, olhando a mãe confusa, me fazendo ri.
- É, amor. A mamãe tá namorando o Luan. – Ela mudou a direção de seu olhar para mim.
- Por que?
- Porque a gente quer ficar junto e que todo mundo saiba. Poder beijar igual a gente se beija na frente dos outros.
- Você vai morar aqui agora?
- (risos) Ainda não, pequena! Só depois do casamento.
- Luan! Meu Deus! – Ela bateu em meu braço.
- Você me aprova como seu padrasto?
- O que é isso?
- A pessoa que cuida de você como um pai.
- Sim! – Ela pulou em cima de mim, me abraçando apertado e nós rimos.
Aquela criança era especial demais pra mim.
- To com ciúmes!
- A mamãe tá com ciúmes, Duda!
- Pode vim também, mamãe! – Carolina riu e se aproximou, entrando no abraço.
- Amo vocês! – A olhei.
- Eu também amo vocês! – Juntei nossos lábios rapidamente.
Ficamos vendo televisão e fizemos Eduarda dormir, depois de muita agitação e falação.
- Como é agitada! – Comentei, rindo baixo.
- Muito! Vou por ela aqui do meu lado.
- Pra ficar pertinho de mim, é? – Ela riu do meu comentário e fez o que queria.
Se juntou para perto de mim, me abraçou apertado e ficamos daquele jeito.
Fui no banheiro, quando o sono estava chegando e quando voltei, Carolina tinha acendido a luz e desligado a TV.
- Cadê meu celular, amor? – Sorri e me deite na cama de novo.
- Sei não, amor. Amanhã você acha.
- Tenho que colocar o despertador.
- Coloca no meu. – E assim ela fez. – Vem aqui, que eu vou dar a primeira prova que sou um homem comprometido agora. – Liguei a câmera do meu celular e ri de sua cara de assustada.
- Você...
- Calma! Não vai ter rosto de ninguém. – Ela respirou mais aliviada e nos ajeitamos de novo, do mesmo jeito.
Bati a foto e postei na minha rede social.


A melhor coisa que podia ter acontecido na minha vida! Te amo, gatinha! ♥

Ela sorriu, assim que leu e me dei um beijo apaixonado antes de apagar a luz, para que dormíssemos agarrados. Não tinha sensação melhor.

Parecia até um sonho que estávamos juntos.

domingo, 28 de setembro de 2014

Capítulo 50



*
- É impressão minha ou a Carol ficou estranha assim que saímos? – Rober dizia, assim que chegamos no camarote e fomos direto nos sentar em um dos sofás que tinham ali.
- Também achei, cara.
- E por que ela está assim?
- Não faço idéia. – Dei de ombros.
- Espera! Ela tá brava por você ter vindo comigo pra balada, é? – Ele riu e eu parei para olhá-lo.
- Acho que não...
- Não tem outro motivo, boi. Ela tá bolada sim por isso, ela tá na sua.
- Será que ela tá com medo que eu fique com outra pessoa?
- Claro que está. – Parei pra pensar naquilo e realmente fazia sentido.
Bebemos pouca coisa, conversamos com alguns amigos que encontramos e eu tirei fotos com algumas mulheres que me pediram, mas antes mesmo das duas da manhã eu chamei Rober para ir embora e ele concordou.
- Se quiser ficar, cara.
- Não! Tá um pouco parado isso mesmo.
- Pra uma sexta feira, eu também achei. – Fomos para o carro e primeiro, lhe deixei em casa, já que tinha ido para minha casa de táxi e segui para casa.
Abri a porta e só ouvi a televisão bem baixinha. Tranquei a porta e quando me aproximei vi que as meninas ainda viam um filme.
Bruna, Ana e Eloá no chão e Carol, estava com Eduarda no sofá com Eduarda, que dormia, em seu colo.
- Já, Luan? – Minha irmã foi a primeira me ver.
- Estava chato. – Dei de ombros e me sentei do lado de Carolina, que me olhou rapidamente e voltou sua atenção para o filme.
- Nossa, pra você falar isso é porque estava mesmo. – Bruna riu baixo e eu puxei seu cabelo, já que estava sentada no chão próxima de mim.
Acabamos de ver aquele filme que era de comédia, comi algumas coisas com elas também e resolveram ir dormir.
- Deixa que eu levo ela! – Peguei Eduarda do colo de Carolina, antes que falasse alguma coisa, e subi as escadas.
As meninas foram atrás, Ana dormiria com Bruna e Eloá, Carol e Duda, no quarto de hospedes.
Arrumei a pequena com a ajuda de sua mãe, na cama e chamei na porta.
- O que foi?
- Dorme comigo...
- Não, Luan! Vou dormir aqui mesmo. – Ela olhou para o outro lado.
- Por favor, Carol.
- Hoje não! As meninas estão aí, eu não quero. – Suspirei.
- O que eu fiz? – Puxei seu rosto com as mãos, para que me olhasse.
- Nada.
- Fala! Eu quero saber por que tá me tratando assim.
- Você não fez nada, Luan. Nunca faz nada!
- Meu Deus, muié! O que você tem? É TPM?
- Não, e se fosse não seria da sua conta.
- Nossa! – Fiz careta e ela bufou. – Me fala a verdade. Foi por que eu fui pra balada?- Ela voltou a olhar para os lados, com os braços cruzados, como Eduarda quando fazia birra, ou estava brava.
- Você vai pra onde você quiser, não sou sua dona...
- Foi por isso, não foi? Pois saiba que eu não fiz nada demais e vim embora cedo depois de conversar com o testa e ele chegar a conclusão que você não me queria lá.
- Pois chegaram a conclusão errada...
- Confessa, Carolina! Primeiro pra você mesma e depois pra mim. – Ficamos em silêncio por alguns segundos e seus olhos se encontraram de novo com os meus.
- Tá bom! Eu não queria que fosse mesmo.
- E eu posso saber por que? – Sorri.
- E você pode tirar esse sorrisinho do rosto? – Ri de seu jeito estressado.
- Fala, vai...
- Você sabe, Luan! Eu não queria que fosse, não queria que ficasse com ninguém.
- Tava com ciúmes, é?
- Estava! Satisfeito?
- (risos) Sua boba! Saiba que eu só vejo você na minha frente, mesmo de longe. Só você e não preciso de mais ninguém. – Arrumei seu cabelo atrás da orelha e ela tentou esconder um sorriso, não conseguiu e disfarçou um pouco.
Puxei seu rosto para um beijo que demorou alguns segundos, mas foi correspondido do jeito que eu gostava. Suas mãos foram para o meu cabelo e eu abracei sua cintura com vontade.
- Chega... – Ela se afastou ofegante e sua boca já estava vermelha.
- Eu te amo! – Sussurrei em seu ouvido e deixei um beijo em sua orelha, antes de sair dali sorrindo. Naquele momento passei a ter mais certeza do que nunca, que era aquela mulher que eu queria para mim, para o resto da minha vida.
Acordei mais cedo que o normal no outro dia, porém, esbanjando felicidade e animação. Cheguei na cozinha e as meninas já tomavam café da manhã. Riam e falavam sem parar.
- Olha, a margarida acordou cedo! – Fiz careta com o comentário da minha irmã e me sentei ao lado de Carolina.
Comemos conversando e não diferente de mim, percebi que também estavam animadas já de manhã.
Eloá e Ana tiveram que ir embora, fomos para sala e vimos um pouco de televisão.
- Vamos pra piscina? – Bruna sugeriu e concordamos.
- Vai com a Duda na frente, quero falar com a Carol. – Ela assentiu e pegou a pequena pela mão, que foi animada.
- Acordou cedo hoje. – Ela comentou, antes de tudo.
- É, mas to de bom humor. Então, queria te chamar pra ir em um lugar comigo.
- Olha lá, que dá ultima vez eu virei estampa de site de fofoca.
- (risos) Juro que dessa vez o lugar é bem mais reservado.
- Me diz então, vai.
- Vamos na gravação de um programa comigo?
- O que? Tá louco, Luan? Lógico que vão me ver...
- Calma! Só o pessoal da emissora que vai te ver, mas eles não vão espalhar pra ninguém. São profissionais e não têm nada com a minha vida. É amanhã, meus pais só voltam na segunda. Deixa a Duda com a Bruna.
- Luan!
- Ela não se importa, Carol. Eu Juro! Acha que eu faria isso se ela ligasse. – Ela suspirou e me olhou.
- Tudo bem! O que você não me pede sorrindo que eu faço chorando? – Ri de sua fala e lhe puxei para um beijo.
Fomos para piscina e aproveitamos muito aquele dia. Acho que realmente as coisas estavam avançando entre a gente, já que até na frente da Bruna ela deixou que eu lhe beijasse e lógico, que a minha irmã fez graça com aquilo.
No domingo, fomos gravar o Domingão do Faustão, já que o programa seria ao vivo. Carol estava nervosa mas relaxou. Assim que chegamos pedi para que entrássemos pela entrada reservada, já que tinha fãs ali.
- Você não vai atender as meninas? Elas devem estar tão ansiosas pra te conhecer. – Carol disse.
- Elas podem te ver.
- Então na volta você vai a pé até lá e depois volta pra van, que vai estar aqui.
- Você quer mesmo que eu vou até elas, né?
- Você vai?
- Vou! – Sorri e lhe abracei, mas não demorou muito para chegarmos.
Ela não quis andar de mãos dadas comigo ali e eu respeitei. Foi apenas do meu lado o tempo inteiro, até chagarmos no meu camarim, que o produtor tinha nos indicado.
Me arrumei para o programa e estava arrumando meu cabelo quando bateram na porta. Olhei para os lados e só tinha eu e Carolina ali, que estava sentada no sofá e com certeza, não abriria a porta se eu pedisse, já que estava morrendo de medo e vergonha.
- Entra! – Falei alto, para que a pessoa escutasse e não demorou muito para que entrasse.
- Luan! – Escutei aquela voz feminina e me virei para olhar.
- Oi, lindona! Tudo bem? – Fui até Letícia, uma das bailarinas do programa.
Me lembro que eu a conheci em uma das primeiras vez que fui até o programa, ela sempre foi muito simpática e depois de mais de um ano que eu a conhecia, ficamos. Foi só uma vez, ela sempre ia falar comigo quando eu estava ali, só quando a correria era maior que não. Não éramos amigos, mas colegas.
- Tudo ótimo! Quanto tempo! – Nos abraçamos.
- Bastante, né?
- Muito show? – Lhe soltei.
- Graças a Deus! – Ri.
- Só passei pra te dizer oi mesmo...Nossa, como você mudou!
- Já você não muda! – Ela que riu dessa vez.
- Luan, o Rober me mandou uma mensagem pra você arrumar seu cabelo logo, que ele já vem pra te pegar. – Me virei para olhar Carolina e assenti.
- Já vou, então. – Letícia olhou Carolina. – Você é?
- Carolina! – Ela estendeu a mão.
- Letícia, prazer! – Pegou em sua mão. – Você é a nova bailarina? – A olhou em duvida e Carolina riua.
- Não, não sou.
- Ah sim! Me desculpe! Beijo, Luan. – Ela beijou me rosto e se foi.

Me virei para Carolina e ela estava com seus braços cruzados, sinal de que estava brava com alguma coisa.

Capítulo 49



- Oi, Bruna.
- Carolzinha! Tenho um convite pra te fazer.
- E o que é?
- Já que amanhã é sábado, por que não vem aqui pra casa para nossa noite só de meninas que eu faço com as minhas amigas.
- Não sei, Bru...Tem a Eduarda.
- E o que tem? Ela não é menina? Trás ela, ué! – Ri de seu jeito.
- Será? – Pensei.
- Vem, por favor! – Ela insistia.
- Tudo bem! – Me dei por vencida. – Que horas?
- Vem as sete. Ah! Vocês vão dormir aqui, meus pais viajaram.
- Aí você aproveita pra fazer a festa?
- (risos) Isso mesmo! Trás a Eloá.
- Vou ver se ela está disponível pra mim, porque agora tudo é Miguel.
- Eles estão de rolo?
- Acho que já vai sair namoro. – Conversei por mais um pouco com Bruna e desligamos.
Já era sexta feira, Luan ainda fazia shows, mas em uma correria maior do que estava acostumado, nos falávamos, mas muito menos que o normal.
Nossas fotos nos sites já estavam sendo menos faladas, mas mesmo assim ainda insistiam em perguntar ao Luan em entrevistas que eu era. Ele não se pronunciou em rede social e me lembro da primeira vez que falou sobre as fotos em um programa de fofocas.
Chamei Eloá para lhe falar do convite de Bruna e na televisão anunciava que entrariam no camarim do Luan, então, paramos de falar para prestarmos a atenção.
Primeiro enrolaram bastante falando de sua carreira, mas chegaram no ponto que eu temia, mas que eu sabia que chegaria.
- Então, Luan. Sua vida pessoal anda bem movimentada, não? – O repórter começou e Luan riu sem graça.
- O que é isso, rapaz! Não tá nada.
- A gente viu que saiu umas fotos sua, almoçando com uma morena. Muito bonita por sinal...
- Somos muito amigo. – Foi só o que ele disse.
- Muito bonita, não acha?
- Acho, claro que acho. Ela é linda!
- Faz o seu tipo.
- (risos) Mas, mas somos amigos.
- Quando você desencalha, então?
- Vamos ver, rapaz. Não sei se tão cedo.
- Mas você quer? Ou só quer essa vida de pegador mesmo.
- Vida de pegador, nada...Bom, eu to investindo.
- Investindo?
- (risos) Acho que já tá na hora de eu arrumar uma pessoa.
- Sente falta?
- Sinto.
- E sua ex? Sem chances mesmo?
- Mesmo! Tem muito tempo que não nos falamos. – E finalmente eles encerraram aquela entrevista.
- Tá famosa, amiga!
- Nossa, Eloá, que graça! – Joguei uma almofada em seu rosto, enquanto ela gargalhava. – Que saco isso!
- Com o tempo você se acostuma...
- Mas me diz, vai ou não na Bruna?
- Vou sim, o Mi vai ficar trabalhando até tarde hoje. – Ela fez bico e eu revirei os olhos.
- Me poupe de você e do seu Mi!
- Deixa, daqui a pouco você vai está falando “Lu”.
- (risos) Idiota! – Minha amiga foi pra casa arrumar suas coisas e eu fui arrumar as minhas e a de Eduarda, que estava morta de cansada, já que tinha aberto aula de natação na escola e eu a coloquei. A pequena vinha morta de cansada.
Fomos no meu carro e assim que chegamos, Bruna arrumava as comidas junto de uma amiga, a mesma que tinha ido para balada conosco.
Eduarda brincava no tapete com sua inseparável boneca, que tinha ganhado da Bruna e de seus pais e nós arrumávamos o resto das coisas.
Eu ria desesperadamente das histórias que Bruna e sua amiga Ana contavam.
- Chega, Carolina! Sua risada é ridícula! – Eloá disse, me fazendo parar de ri.
- Quem disse essa mentira? – Ouvimos uma voz que logo chegou na cozinha, onde estávamos e nos viramos para olhar.
Luan já estava com Eduarda em seu colo, que ria.
- Luan? Você não vinha amanhã por que o show foi cancelado?
- Resolvi vir hoje mesmo um pouco cansado e vejo que fiz bem. A casa só tem muié! – Ele fez graça e nós rimos.
- Hoje era a noite das meninas e você chegou pra estragar. – Bruna revirou os olhos.
- Olha, Duda. Estão me expulsando! Pode isso?
- Não! – Ela disse prontamente, nos fazendo ri de novo.
- Puxa saco! – Disse a primeira coisa e Luan me olhou sorrindo.
- Vou ali na sala arrumar o resto das coisas. Eloá, Aninha, vão me ajudar lá? – As duas assentiram e saíram dali.
- Saudade de vocês! – Ele se aproximou e me deu um beijo rápido, nos lábios.
- Também estava! – Sorri.
- E você, Dudinha? Tava com saudades de mim?
- Muitão, assim! – Ela abriu seus bracinhos o máximo que pode e nós rimos.
Luan beijou seu rosto e voltou a beijar meus lábios. Fomos para sala e nos sentamos no sofá.
- Deixa eu ir tomar um banho... – Ele se levantou se espreguiçando. – Fica tranqüila, Piroca, que hoje eu vou sair.
- Vai pra onde? Não tava cansado?
- Dar uma volta. Trabalhei demais nesses dias. – Ele subiu as escadas correndo.
Resolvemos assistir o filme que tínhamos separado mais tarde e sentamos no chão, para começar a comer todas as porcarias que Bruna tinha comprado.
A campainha tocou e Bruna atendeu. Rober entrou e se sentou no sofá, contou histórias com a gente, enquanto esperava Luan e até roubou uma de nossas paçocas.
Depois de alguns minutos, enfim Luan desceu, junto com seu perfume que chegou primeiro e seu cabelo completamente arrumado, diferente de quando tinha chegado. Arregaçava as mangas de sua blusa preta e arrumava seu cordão, suas pulseiras e os anéis que estavam em seus dedos. Junto com sua calça jeans clara e seu coturno marrom, ele estava perfeito.
- Bora, testa?
- Vamos sim...Tchau, meninas! – Rober se levantou se despedindo.
- Espera...Carol, vem aqui por favor! – Ele me chamou e saiu andando. Me levantei e o segui até a área da piscina da casa.
- Oi...
- Vou sair, mas amanhã a gente mata a saudade. Também hoje é dia do clube das luluzinhas, eu não seria bem vindo. – Ele riu e eu apenas sorri sem mostrar os dentes.
- Está bem!
- Beijo... – Um beijo rápido foi dado e retribuído sem muita animação. – O que foi?
- Nada! – Ele me olhou por instantes, e me deu um ultimo selinho antes de voltarmos para sala.
Voltei a me sentar no chão com as meninas, do lado da minha filha, que pedia um pirulito.
- Tchau, meninas! Juízo, em! A Wood’s é pertinho, eu venho correndo qualquer coisa. – Ele acenou. Eu abria o pirulito da minha filha e nem o olhei.
Escutei o barulho da porta batendo e só então olhei para a direção que tinham ido.
Continuamos nossas conversas e comilanças. Eduarda dormiu até que tarde, no meio do nosso filme e eu a deixei dormindo no sofá mesmo, por medo de a colocar no quarto e ela acordar estranhando tudo. Eu a levaria quando fossemos dormir.
Conversei, ri e interagi, mas estavam um pouco pensativa e menos animada que antes, quando cheguei. Acho que o fato de Luan estar indo para uma balada sozinho, apenas com seu amigo, estava me incomodando e muito.
Eu lutava contra aquilo mas naquela noite foi impossível parar de pensar o que ele estava falando, fazendo, nas companhias dele naquela balada e até bebendo.

De uma coisa eu tinha certeza. Eu estava parecendo uma adolescente com ciúmes do namorado que saiu sozinho.

sábado, 27 de setembro de 2014

Capítulo 48



O dia de ir fazer a palestra chegou e eu me lembro que estava mega animada. Eloá foi de companhia comigo mesmo e em uma hora, chegamos na universidade, já que o transito não ajudava.
Fomos recebidas super bem pelo mesmo moço simpático que falou comigo pelo telefone e depois de bebermos café, fomos para a sala de auditório.
Tinha tanta gente, que eu comecei a ficar nervosa.
- Boa tarde! – Eu disse nervosa.
Comecei muito tensa, mas logo falei o que tinha que falar e começou a surgir as perguntas. Risadas das perguntas sem nexo e assim eu fui me soltando, até que um comentário de uma aluna me fez ficar tensa de novo e dobrado.
- Espera, eu já vi sua foto em um site na internet. – Ela começou e de primeiro eu não me toquei.
- Eu ? As vezes foi na minha rede social, mas só tenho uma...
- Não era em rede social, site de fofoca mesmo. De famosos.
- Mas eu não sou famosa. Você deve estar me confundindo com alguém? – Percebi do que se tratava e sorri forçado.
Rezava para que nas fotos não me aparecesse muito para que ela acreditasse que não era eu.
- Pode ser, mas acho que não. Se não for, procura por essa moça que é sua irmã gêmea. – Ela disse, fazendo todos rirem.
- Mas pode ser você sim, é muito bonita. Podem ter te confundido com alguma famosa. – Olhei em direção da voz que falava.
Um rapaz bonito, dos olhos verdes e cabelos arrumadinhos, me olhava sedutor.
- Obrigada...Mas realmente não sou eu.
- Não era porque ela é famosa, dizia que ela é a nova namorada do Luan Santana.
- Você namora o Luan Santana? – Escutei outra menina perguntar e olhei para Eloá arregalada.
- Claro que não, gente! – Tentei ri, mas foi em vão.
- Já está bom de perguntas e de falar da vida pessoal da doutora Carolina, já passou da hora da palestra acabar. – Respirei aliviada, assim que ouvi uma das professoras, falar.
Saí dali as pressas com Eloá e assim que entramos no carro, lhe olhei assustada.
- É verdade aquilo, né?
- Ontem fomos jantar e eu vi e mostrei o Luan os paparazzis.
- Meu Deus, Carol!
- Logo agora que a gente tava se dando bem. – Suspirei.
- Nem pense em se afastar do Luan por isso.
- Não, não pensei nisso. – Encarei a janela. – Não vou sair mais em público com ele, muito menos levar Eduarda, não quero expor ela assim. Ainda mais que as fãs deles ficam muito em cima, não vai ser bom pra minha filha.
- Nisso você tem razão...Mas ele não tem culpa.
- Lógico que eu sei, Eloá. Não sou ignorante a esse ponto. Mas que eu fico meio assim, eu fico! – Confessei, voltando a lhe olhar.
- Amiga! É bom que já se acostumam com a idéia de você e o Luan juntos.
- Quem garante que vamos ficar juntos? Você? – Ri e dei partida no carro.
- Eu mesma, algum problema? – Ela fez graça, rindo também.
Ligamos o som para distrair e pensar em outra coisa, mas não tinha jeito, era a voz dele na rádio, cantando uma de suas músicas agitadas, que contagiava qualquer um.
A noite, ele me ligou e eu respirei fundo antes de atender.
- Amor? – Eu sorri sem perceber.
Parece que toda tensão do meu corpo tinha sumido com uma única palavra que tinha saído de sua boca. Mesmo achando cedo demais pra dizer isso, me deixava mais leve, era bom de ouvir.
- Oi, Luan. Tudo bem? – Eu disse baixo.
- Tudo bem e com você e a Duda?
- Estamos bem! Ela já dormiu, acredita?
- Nem acredito mesmo, ela dorme tarde.
- Deve ter se cansado muito na escola.
- É...Você já entrou na internet?
- É sobre nossas fotos?
- Você viu? – Ele suspirou.
- Não, mas me contaram.
- A Eloá?
- Não...
- Quem foi, então?
- Eu fui dar uma palestra hoje em uma universidade e os alunos me perguntaram se era eu no site.
- Sério, Carol? Mentira!
- Sério!
- Me desculpa...Nossa! Eu nem acredito, você deve ter morrido de vergonha. To me sentindo culpado demais.
- Ei, para! Você não é culpado, nos arriscamos e deu no que deu.
- Vai se afastar de mim por isso? – Percebia por sua respiração o quanto esperava ansioso por minha resposta.
- Não... – Ri. – Não vou, não!
- Eles vão esquecer daqui a pouco...Não se preocupa.
- To de boa, tá?
- Se isso te prejudicar você me fala?
- Não vai me prejudicar, fica tranqüilo! – Mudei o assunto, mas logo tivemos que encerrar a ligação por conta de seu show que já estava para começar.
No outro dia, acordei melhor e minha primeira paciente seria Vitória, o que me fez ficar ainda mais alegre.
- Tia Carol! – Ela me abraçava forte.
- Tudo bem, coisa linda?
Nos sentamos e começamos a conversar sobre seus dias e sua escola.
- Eu ganhei um computador de presente. – Ela falava animada.
- Sério? Está gostando do mundo virtual? – Brinquei e ela riu assentindo.
- Eu vi sua foto em um site. – Ela disse baixo, como se fosse um segredo.
- É?
- Aham, e você tava com o Luan. Vocês estão namorando?
- Não estamos, Vi! Só amizade.
- Ah não! Eu acho você dois tão lindos, parece um casal de filmes, sabe? Fica com ele, Carol.
- Menina, quer me ver desencalhar logo é? – Brinquei.
- Vocês foram feitos um para o outro.
- E você agora virou gente grande e que pode enxergar isso, é?
- Não, mas dizem que as crianças vêem as coisas melhor e falam a verdade, então, eu to falando a verdade, vocês tem que casar e me chamar pra ser a daminha. – Ela riu com a mão na boca e eu gargalhei.
- Juro que quando eu casar você vai como alguma coisa, se tiver grande demais não pode ser daminha, vai te que ser madrinha. – Cutuquei sua barriga. – Mas isso ainda vai demorar, provavelmente vai ser madrinha.
- Acho que se você quiser o Luan casa com você amanhã mesmo.
- Você tá vendo coisas, mocinha...
- Vejo pelo jeito que ele te olha. Principalmente pros teus olhos. – Parei de ri e a encarei.- Você gosta dele?
- Gosto!
- E ele te ama! – Ela dizia com uma certeza que me assustava.
- (risos) Vamos falar de você agora, não me enrola, mocinha!
- Promete que quando você começarem a namorar vai me contar antes de sair nas revistas e na internet.
- Isso não vai acontecer, Vi...
- Promete?
- Prometo! – Neguei com a cabeça e ela me abraçou. – Ele é tão lindo, não é?
- É lindo sim, mas agora chega de Luan. Não cansa não, é?
- Não mesmo! – Ri dela.
Depois que voltei para casa fiquei pensando o resto do dia, até a hora de dormir, tudo que aquela menina tinha me falado. Tão nova e enxergava as coisas tão longe.
É, eu realmente já gostava dele e não mais como amigo e já tinha admitido isso para mim mesma. 




Me desculpem pela hora mas é que eu quase nunca saio e hoje eu tava mega animada pra festa aqui. Deixei o capitulo já salvo aqui e fui me arrumar, fui pra rua, voltei só agora e quando olhei pro pc fiquei com dúvida se eu tinha postado. Até pensei que tinha. Foi mal, mas minha vida pessoal já é um pouco enrolada desde sempre rs