Capítulo 44

Assim que chegamos, a moça que nos atendeu já cumprimentou Bruna e dizia estar sumida, ela nos recebeu muito bem, muito simpática. Nos sentamos e nos ofereceu água.

- Então a festa é pra essa moça linda? – Ela apontou para Eduarda que ficou com vergonha.

                                                         - É sim...E então?        

- Tem um catálogo aqui. – Ela pegou um catálogo enorme e nos deu para ver.

Ficamos folheando e tinha fotos perfeitas de aniversários de crianças, Bruna pirou com uma, nos fazendo ri.

- Ah, não! Meu aniversário de vinte e um anos vai ser com essa festa da branca de neve. – Ela apontava para a foto deslumbrada.

- (risos) Perfeito demais mesmo! Gostou dessa filha? – Eduarda negou com a cabeça e eu revirei os olhos, fazendo todos rirem.

Folheamos tudo e minha filha não dizia nada, era pura indecisão.

- E aí, Dudinha? – Bruna incentivava.

- Não gostou de nada? – Eu disse e ela negou. – Que menina difícil!

- Mamãe, eu só queria rosa e azul! – Ela disse de um jeito engraçado fazendo todo mundo ri.

- Olha, mamãe... – A moça da loja, começou. – Se a pequena só quer rosa e azul vamos respeitar. Se você quiser a gente monta a festa desse jeito.

- Vocês fazem fora do catálogo?

- Fazemos, só é mais caro.

- Tudo bem! O que eu não faço por essa coisinha, não é?

- (risos) Não sou mãe, mas imagino.

- Eu tava pensando, então. Pode ser as rosa e azul como ela quer e ao invés de ter algum tema específico podia ter só alguns objetos, não sei. Podia ter coisinhas de meninas, isso!

- Ótimo! Achei incrível a idéia! Vamos fazer uma decoração com bonecas, balões nas mesas, com chapéus, casinha de brinquedo...

- Adorei! – Sorri.

- Vai confiar? Agora é na base da confiança porque não temos fotos já que é festa exclusiva.

- Vou confiar sim! – Enfim chegamos a uma conclusão que Eduarda concordou.

Seria uma festa mista, cheia de coisas.

Assinei o contrato e deixei até uma entrada lá.

O Buffet incluía a festa, as comidas, bebidas e o bolo.

Bruna nos levou até uma casa de festa que muitas de suas amigas já tinham feito festas ali e fomos conversar com o dono.

Achei muito ampla, bonita, era pertinho do condomínio e ainda incluía as mesas, cadeiras, copos e talheres. Perfeito.

Iria deixar uma entrada mas o moço dizia que realmente não precisaria, que o dinheiro seria só depois da festa. Então concordei.

O próximo passo foi ir ver algum lugar que fazia convites e demorou mais um século para Eduarda escolher um.

Acabamos de resolver tudo e já chegamos em casa já quase escurecia.

- Obrigada por tudo, Bruna! Não sei o que seria de nós sem você hoje.

- (risos) O que é isso, Carol! Eu que adorei passar o dia com vocês! – Ela se despediu e foi embora.

Comemos e Eduarda logo quis ir dormir, de tão cansada. Eloá também foi embora.

Estava bebendo água para ir me deitar, quando Luan me ligou.

- Bruna me disse que o dia de vocês foi agitado. –Ele riu.

- E como foi! Estou exausta!

- Imagino. E a Duda? Gostou de tudo?

- Foi um sacrifício, mas ela amou tudo! A Bruna foi um anjo pra gente hoje. Já resolvemos tudo, graças a Deus!

- Que ótimo! Ah, eu tenho uma entrevista pra rádio no dia do aniversário. Eu não sabia.

- Sério?

- Mas é aqui mesmo! Vai dar pra eu ir e é de manhã!

- Tomara! – Murmurei.

- Que horas você vai marcar o aniversário?

- Acho que pras 16:00hrs.

- Então...Vai dar sim! – Logo nos despedimos, já que eu estava morta.

Dormir feito pedra e acordei como despertador no outro dia, mesmo morrendo de sono ainda, me levantei e tive que acordar Eduarda também, que não queria sair da cama de jeito nenhum.

No final da semana fomos para o shopping comprar roupas e sapatos e Bruna também foi conosco. Saímos de lá lotadas de sacola e Eduarda lambuzada de sorvete que tínhamos tomado. Não paramos de ri o dia inteiro e até no salão de beleza fomos por insistência de Bruna. Até Eduarda cortou o cabelo.

 Não sabia que a irmã do Luan era tão parecida com ele em sentido de fazer graça e simpatia. Era agradável a companhia dela.

Enfim o dia tão esperado por Eduarda chegou e ela já me acordou, me sacudindo, seis horas da manhã.

- Filha, tá muito cedo! Volta a dormir...

- Não, mamãe! Minha festa!

- Calma, meu amor. É só mais tarde e depois nós vamos até o salão ver como andam as coisas por lá. – Ela assentiu emburrada, mas não quis voltar para cama, então o único jeito foi me levantar e ir tomar café da manhã com ela.

Vimos televisão e ela estava mais elétrica que tudo.

As dez horas nos arrumamos e fomos ver como andava a produção da festa.

Fiquei em cantada com tudo e ainda não estava nem a metade pronto.

- Oi, moça! – O dono do salão apareceu do meu lado.

- Oi...

- Ainda bem que te encontrei aqui, só pra te falar que o salão de festas já está pago.

- O que? Como assim? Quem pagou?

- O senhor... – Ele tirou o cheque do bolso e olhou a assinatura. – Luan, deixou pagou. – Neguei com a cabeça.

- Tudo bem! – Voltamos para casa e a primeira coisa que fiz foi ligar pra o Luan.

- Oi, Carol!

- Luan, como você paga o salão de festas assim? É caro demais.

- Calma, muié! Eu quis dar um presente pra Duda.

- Não podia ser uma boneca como um presente qualquer? – Ele riu.

- Não! Ela é especial demais. Agora eu já paguei! – Bufei.

- Você já tá aqui?

-To esperando pra começar a gravação da rádio.

- Ah... – Eduarda me puxou querendo falar com ele e eu passei o telefone para ela.

Ela ria e conversava com ele, enquanto eu arrumava nossas roupas em cima da cama.

Me entregou o celular depois de alguns minutos.

As três horas nós já estávamos prontas para o aniversário. Eu estava com um shorts laranja, uma blusa preta com as costas nuas e uma sandália de strass, de salto fino, também preta. Eduarda estava com o vestido vermelho que compramos e um lacinho, prendendo metade de seu cabelo para trás, da mesma cor e sandália branca.

Fiz cachinhos com as mãos em seus cabelos ainda molhados e terminei de colocar meus assessórios, antes de sairmos.

Eloá já estava na calçada e foi conosco, me surpreendendo quando vi um homem chegando de taxi e lhe dando um selinho.

- Esse é o Miguel, amiga, que eu te disse.

- Ah! – Me lembrei que ela disse que levaria um ficante conosco.

- Tudo bem, Carolina? – Ele me cumprimentou simpático e eu retribui.

- Tudo ótimo e você? – Ele se abaixou e entregou o presente que estava na mão para Eduarda, que sorriu e o abraçou, o agradecendo.

- Tudo ótimo! Que educada essa menina! – Fui dirigindo enquanto conversávamos.

Realmente ele era muito simpático. Eduarda já abria seu presente e tinha adorado sua Barbie, que vinha com um monte de acessórios. Por sorte não pegamos transito e em menos de 15 minutos já estávamos no salão.

O DJ me perguntou se podia colocar a música e eu autorizei e ele iniciou a festa ao som de Xuxa, como Eduarda gostava.

Eu tinha contratado um moço com um carrinho de pipoca e uma moça na máquina de algodão doce. Eduarda já foi logo pedir um, já que era sua paixão.

A festa estava realmente muito linda e pelo brilho nos olhos da minha filha, era exatamente aquilo que ela queria.

Aos poucos as crianças começaram a chegar e eu fui receber todos na porta. Era difícil segurar Eduarda por muito tempo lá comigo.

Fiquei feliz assim que vi os pais e a irmã do Luan chegarem e ao mesmo tempo triste, já que ele não estava junto.

Cumprimentei a eles que elogiavam sem parar a festa. Bruna estava de mãos dadas com uma menininha dos olhos verdes, dizendo ser sua priminha e eu me abaixei para lhe cumprimentar. Fui com eles até uma mesa vaga e eles se sentaram.

- Qualquer coisa é só me falar!

- Obrigada, Carol! – Marizete disse sorrindo.

- Manu, tem algodão doce ali? Não gosta? Vai pegar! – Falei com a menina que assentiu e disse que amava.

Bruna dizia que ela estava com vergonha então lhe acompanhei até a fila de algodão doce e quando estávamos voltando encontramos com ela.

- Não resisti! Amo algodão doce! – Ela falava como criança, nos fazendo ri.

Chamei Eduarda e a levei até a mesa deles. Ela sorria feliz enquanto abraçava todos e principalmente quando pegou uma enorme caixa de presente.

- Como se fala, filha?

- Obrigada! – Ela disse sem tirar os olhos do presente, enquanto abria.