Capítulo 40

Quase não dormir a noite e as dez da manhã minha assessora me liga dizendo que iriam passar para me pegar em uma hora, me fazendo bufar por não ter dormido quase nada.

Tomei meu café da manhã com meus pais e minha irmã, sem dar uma palavra e apenas me despedi deles com um abraço e um beijo.

Fui direto para a rádio fazer o show, assim que cheguei em Cuiabá, já fui direto para rádio e as fãs já estavam em peso na grade esperando minha chegada. Não tive cabeça nem pra ir pegar na mão delas, a minha cabeça rodava para falar a verdade, só acenei e logo entrei, fazendo todo mundo estranhar aquilo, mas ninguém me perguntou e eu também não disse nada.

Fiz o show e dei graças a Deus que era acústico, assim eu só ficaria sentado, já que não tinha pique para pular. Desafinei e errei a letra de algumas musicas, mas eu sempre dava um jeito das fãs não perceberem meu estado, mas a banda e o pessoal da produção percebiam.

Chegamos no hotel e eu me recusei a malhar e meu personal concordou logo de cara, estava na cara que eu não estava bem. Fui dormir, mas não durou muito já que acordei com batidas na minha porta.

- Me acordou, testa! – Me joguei na cama de novo e ele se sentou do meu lado.

- O que tá acontecendo?

- O que? – Me fiz de desentendido.

- Você tá estranho demais hoje...

- Coisas do coração!

- (risos) Isso foi um tanto quanto...

- Gay? É, eu sei! O amor faz isso com a gente. – Escutei Rober gargalhar de novo.

- Nossa! Tô acreditando mesmo, que o amor nunca me pegue, então.

- Não tem jeito! Todo mundo um dia vai passar por isso.

- Mas me conta aí o que foi direito.

- A gente foi no shopping comprar o anel e depois compramos flores, não é?

- Ela não gostou?

- Antes fosse! – Suspirei. – Eu me declarei e ela me deu um belo de um toco.

- Mentira! – Ele prendeu o riso. – Juro que ela se derreteria toda, pelo menos as mulheres normais se derretem por um lindo anel e flores. Ah! Esquecemos do chocolate...

- Ela não é uma mulher normal! – Fiz careta. – Dá próxima eu compro!

- Vai ter próxima?

- Vou tentar! Eu amo essa mulher, meu Deus! – Me deitei de barriga para cima, com as mãos erguidas.

- Nossa!

- E ainda tem mais...

- Tem mais? Se joga em um buraco, então.

- De preferência bem fundo! Então, eu fui pra balada aquele dia com vocês e ela me viu beijando aquela mulher. A culpa foi toda sua!

- Minha por que?

- Você me arrastou pra festa e me disse pra ficar com a tal da Melissa.

- Eu só disse que ela era gostosa! – Ele deu de ombros.

- E isso não é dizer pra eu pegar, não?

- (risos) Pensando por esse lado!

- Que burro eu sou! – Peguei o travesseiro e coloquei no rosto enquanto gritava.

O som era abafado pelo tecido.

- Calma, boi! Ela vai cair na sua. – Ele mais ria de mim, do que falava.

Voltei para casa na outra semana e mais decidido do que nunca, que iria sim correr atrás de Carolina para ficarmos juntos. Era ela minha felicidade e a cada dia que passava eu tinha mais certeza disso.

Fui em direção ao seu condomínio e iria passar pelo enorme portão quando o mesmo estava fechado e não abriu. Estranhei, já que a placa do meu carro estava anotada ali e eles já deixavam entrar automaticamente.

Abri o vidro e fui falar com o porteiro.

- Eu...Quero entrar. – Disse sem jeito.

- Desculpe, senhor, mas o senhor não tem mais a autorização.

- O que? – Falei surpreso. Respirei fundo.

Agradeci a ele e fechei o vidro. Não desistiria.

Encostei o carro do lado da calçada.

Comecei a mexer no celular e estava pensando em ligar pra Carolina, mas eu sabia que não me atenderia. Fiquei mais de dez minutos dentro daquele carro e pensando sem parar, quando lembrei que estava em um grupo do whatsapp, eu, Carol e Eloá.

Corri para copiar seu número e a liguei, torcendo para que me atendesse.

- Luan?

- Eloá! Graças a Deus!

- O que aconteceu? – Ela estranhou.

- A Carolina tirou minha autorização pra entrar no condomínio de vocês, é isso mesmo? – Eu dizia indignado.

- Então...É... – Ela estava sem jeito.

- Que droga! – Eu bufei. – Ela não facilita também.

- Você foi lá?

- Eu to aqui perto do portão.

- Olha, Luan...

- Me ajuda, Eloá! Por favor! Libera minha entrada?

- Olha...Eu posso fazer isso por você, mas não garanto que a Carolina vá te receber e cuidado pra ela não chamar a segurança. – Ela riu fraco e eu fiz careta.

- Eu vou fazer de tudo pra ela me tratar bem! Eu só quero ficar com ela, eu...To apaixonado!

- Que fofo! Faz assim então, eu já to chegando ai e hoje eu to de taxi, então eu já libero sua entrada e entramos.

- Ótimo! To te esperando! – Me despedi dela.

Fiquei lhe esperando por mais de vinte minutos, que não passava de jeito nenhum.

- Oi, Lu! – Ela entrou no carona sorrindo.

- Pensei que tivessem te seqüestrado.

- Exagerado! Sabe como é o transito de São Paulo. – Fomos até a portaria e Eloá abriu o vidro dizendo para que ela estava me autorizando a entrar sempre que eu fosse ali.

Fomos para sua casa primeiro, queria pedir a opinião dela nas coisas que eu ia falar. Ela era amiga tão próxima, podia me ajudar em que falar com Carolina para que me perdoasse.

Ela se trocou no seu quarto, enquanto eu via televisão na sala, tomamos água e começamos a conversar sobre o que eu falaria e lógico, tive que dar uma explicação da cena que ela também viu. Seu celular tocou no meio da nossa conversa e ela pediu silêncio, dizendo ser Carolina.

Ela falou poucas palavras com ela, mas não desligou com uma cara muito boa.

- O que foi?

- Eu vou lá na casa dela, depois você vai.

- Por que? Eu quero ir de uma vez.

- Calma, Luan! Ela não está com uma voz boa, disse que tem que me dizer uma coisa. Depois você vai.

- Tudo bem! Vai rápido e me conta o que foi. – Ela assentiu e saiu correndo.

Pela sua cara, Carolina não estava mesmo com uma voz boa.

Fiquei vendo televisão aflito, aliás, eu nem via nada, só roia as minhas unhas. Depois de quase uma hora que foi torturando pra mim, vi a maçaneta se mexendo e me levantei rápido do sofá. Eloá entrou com Duda em seu colo, que dormia.

- Vou por ela na cama, me espera aqui! – Ela disse baixo e eu assenti.

- Me fala o que foi. – Perguntei aflito, assim que voltou. Ela suspirou.

- O Marcelo, ele...Morreu.

- O que? – Eu não acreditei.

- Ele se matou Luan, eu não sei direito, Carolina não sabe direito. Ela só disse que um amigo dele ligou pra ela desesperado, já que foi ele que achou o corpo. Ela que vai ir resolver as coisas e organizar o enterro já que o pai dele voltou para o país dele e o irmã, ninguém conhece.

- Mas por que ele se matou?

- A gente não sabe! Olha...A Carolina tá muito mal, eu queria muito ir ver essas coisas com ela, ficar do lado dela em todas as horas, eu consigo até um atestado pra escola pra ir no enterro amanhã, mas tem a Duda...

- Não! Eu fico com a Duda. Eu levo ela pra minha casa.

- Jura?

- Claro que sim!

- Então, inventa uma desculpa pra ela? Depois a mãe dela conta tudo.

- Pode deixar, eu invento sim!

- Você sabe cuidar de criança, né?

- Pode deixar, Eloá! Minha mãe adora ela e vai me ajudar.

- Que dia você viaja?

- Só no final da semana.

 - Ótimo! Eu posso ir buscar ela amanhã depois do enterro.

- Claro que sim! Quando puder vai buscar ela. – Ela assentiu e eu lhe abracei.

Ainda não estava acreditando que o pai de Eduarda já não estava mais entre nós.

Eloá colocou a bolsa da pequena no banco de trás do carro e pegou a cadeirinha dela, no carro de Carolina, que estava na garagem, sem ela perceber. Ela não sabia que a filha ficaria comigo, Eloá disse que ficaria com seus pais e que com certeza, ela não iria em sua casa para Eduarda não lhe ver naquele estado. Já que estava muito abalada.

Olhei pelo retrovisor e ela dormia tranqüila, como um anjo e nem imaginava que seu pai tinha acabado de partir. Meus olhos quiseram lacrimejar.

Assim que cheguei em casa, coloquei Eduarda na minha casa e fui conversar com todos, que me olhavam sem entender.

- Por que não disse que traria ela hoje, filho? Teria feito alguma coisa melhor.

- Nem eu sabia que traria ela, mãe.

- Que cara é essa ? O que foi?

- O pai da Duda morreu, hoje. Eu trouxe ela pra cá porque a família dele não é do Brasil, já foram comunicados mas acabaram de sair daqui e não vão poder voltar. Então Carolina que vai resolver tudo.

- Como é? – Eles também se assustaram.

- Ele era mais velho? – Meu pai perguntava.

- Não, pai! Só dois anos mais velho que eu. Foi uma tragédia.

- Mas ele morreu de que, meu Deus?

- Se matou, mãe! Ainda não sei o que aconteceu, eu vou conversar com a Eloá, amiga da Carolina, direito. Eu não sei o que deu nele, é um bom advogado, bem de vida...

- Meu Deus! – Eles ficaram tão abalados quanto eu.

Mesmo não tendo me dado muito bem com ele, eu estava completamente triste.



Gente, eu comecei essa historia e já tinha dito o que era mais ou menos, principalmente no grupo do face, mas sei que quem não está gostando não é do grupo. Mas enfim, a minha intenção foi essa desde o começo, só peço que abram o coração pra coisas novas, porque é muito dificil agradar todo mundo e principalmente, agradar a mim mesma, eu mesma gostar do que escrevo. Sei que eu não vou poder agradar todo mundo, lógico, sempre vai ter uma reclamação e elogios, mas eu juro que tendo o máximo que eu posso agradar todo mundo, tendo de verdade, tanto que leio os comentários um a um. Eu comecei a historia já tenho algumas ideias e eu vou levar a diante e ver no que vai dar, na minha opinião vocês só tem que ter um pouquinho de calma porque nem são tantos capitulos com eles assim, eles estavam a bastante tempo se dando bem e  como eu canso de dizer, eu adoro inovar, porque em td fanfic a que corre atrás é a mulher, até me disseram que gostariam de ler coisas assim mesmo. É isso! Como eu disse, quem quiser confiar em mim e levar a historia adiante, é só vim que eu to aqui rs Beijoos!