Capítulo 30

- Olha o que você fez! – Me virei para Marcelo. – Vai embora!

- Carolina...

- Vai, agora! – Eu empurrei ele até a porta.

- Pode deixar que eu vou. – Luan ia saindo, mas eu agarrei seu braço a tempo.

- Você fica! Vai logo, Marcelo! – Gritei e ele saiu.

Não sei aonde ele estava com a cabeça, com aquele papo de família, eu já amei ele muito mesmo, mas já era passado. O amor sumiu depois de todos os sofrimentos.

- Eu não sabia que tinha voltado com o seu ex. – Luan disse, com um olhar triste.

- Eu não voltei! – Falei rápido. – Ele que veio aqui com um papo estranho e me beijou de surpresa. Acredita em mim.

- Carol, eu...Gosto de você e vejo isso logo no meu aniversário. – Colocou as mãos no rosto e eu lhe puxei até o sofá.

- Para! Eu juro que fui pega de surpresa. Você sabe também que a gente não tem nada, não é? – Ele encarou o chão e assentiu. – Mas mesmo assim estou explicando, porque fiquei com você e não sou mulher disso.

- Eu gosto de você, eu já te disse...

- Você só tá confuso! – Lhe interrompi e ele suspirou, parecendo desistir de continuar. – Me perdoa?

- Como você mesma disse, não temos nada, então não tenho nada que te perdoar. – Lhe abracei forte e ele recuou de primeira, mas logo senti seus braços me apertarem forte.

Lhe beijei, assim que nos afastamos minimamente e ele agarrou meu cabelo com força, parecia querer dizer que eu era dele, mas como não podia dizer, mostrava.

Eu também apertava e arranhava seus braços e sua nuca com minhas unhas, e então, para sua surpresa, me levantei o levando junto e fui em direção a escada.

Subimos entre beijos e amassos e não sei como não caímos de lá de cima.

Ele me guiava em direção ao meu quarto, quando percebi e desviei para o quarto de hospedes.

- Duda está dormindo lá. – Expliquei, enquanto beijava meu pescoço.

- Então não vamos fazer barulho! – Ele dizia com um sorriso safado, o que me fez sorrir também.

Me encostou na parede, assim que entramos no quarto e voltou com sua boca para o meu pescoço, mas dessa vez, o mordendo e chupando. Tirei sua camisa com pressa e ele desceu as alças do meu vestido com uma mão, enquanto a outra, colocava minhas pernas minha em sua cintura. Seus beijos foram descendo, até chegar no meu colo e junto com seus beijos que desciam, meu vestido também descia.

Logo meus seios ficaram livres, já que estava sem sutiã e ele não pensou duas vezes, antes de beijar aquela parte, com toda sua vontade. Gemidos começaram a querer sair dos meus lábios e eu já os mordia.

Meu vestido foi todo para o chão e Luan me colocou na cama e tirou sua bermuda. Agora estávamos só com a peça intima de baixo. O beijo estava muito melhor, já que estava sentindo sua pele diretamente na minha, nossos corpos estavam quentes. Eu sugava sua língua e seu corpo se movimentava contra o meu, simulando uma penetração.

Levei mais uma mordida no pescoço, antes de tirar minha calcinha e antes que voltasse a se deitar, me sentei e tirei sua cueca, com um olhar safado.

Ele voltou me beijando e não demorou muito para se encaixar em mim. Começamos em um ritmo lendo e posso dizer até que tímido, mas os corpos falaram mais alto e em minutos, já estávamos nos movimentando que nem loucos.

Ele puxava o meu cabelo e eu arranhava suas costa e vez ou outra, apertava sua bunda.

Os sinais de cansaço vieram, o suor já escorria como água em nossos corpos e Luan aumentou mais ainda seu ritmo para que chegássemos ao nosso ápice logo e foi isso que aconteceu. Era a primeira vez que eu chegava ao meu ápice com um homem, lógico que todos me davam prazer, mas chegar lá, era a primeira vez que acontecia.

Nos deitamos na cama direito, cansados e ofegantes.

- Foi incrível! – Ele disse e me puxou para mais perto, com um braço atrás da minha cabeça.

- Foi sim!

- Você foi a melhor de todas! – Sorri e ele beijou meu cabelo.

- Acho que vamos nos atrasar pro seu aniversário.

- Tenho certeza! – Rimos. – Saí de casa, já eram seis horas.

- Nossa! Vamos nos atrasar mesmo.

- Não faz mal, todo mundo se atrasa mesmo! – Ele deu de ombros. – Você não fez isso só por pena, não é?

- Oi? – Levantei a cabeça para lhe olhar.

- Você fez isso só por pena? –Ele repetiu mais baixo.

- Pena de você? Por que?

- Por eu ter dito que gostava de você e ter visto você beijando outro.

- Lógico que não!  - Me sentei, levando o lençol junto. – Tira isso da sua cabeça, eu nunca faço nada por obrigação. Eu fiz porque eu tava afim.

- Jura?

- Claro que juro, seu bobo! – Ele se sentou também e me deu um beijo quente. – Agora vamos tomar banho. – Me separei dele, antes que aquilo se prolongasse. – Sorte sua que Eduarda tem sono pesado e dorme demais. – Rimos.

- Posso ir com você?

- Claro que pode! Presente de aniversário!

- Ah é? – Me levantei e ele me abraçou pro trás.

Tomamos banho no banheiro ali daquele quarto mesmo e eu lhe dei um roupão e coloquei outro. Esperei ele se arrumar e fomos até o meu quarto.

Eduarda ainda dormia e eu fui me trocar, enquanto Luan lhe olhava.

Me maquiei e arrumei meu cabelo em frente ao espelho, enquanto conversávamos e ríamos. Em uma das gargalhadas do Luan, minha filha acordou assustada.

- Olha só quem acordou! Dormiu bem, princesa? – Ele disse e ela coçou seus olhos de sono.

- Luan?

- Vim pegar vocês pra minha festa. – Ele se aproximou e acariciou seu rosto.

E em um pulo, Eduarda o abraçou.

- Mãe o presente do Luan... – Ela saiu correndo em direção ao closet,onde eu tinha guardado.

- Eduarda, depois a gente entre... – Nem terminei de falar e ela já estava ali com a caixa na mão, o que fez Luan ri.

- Obrigado, viu Dudinha?

– Eu que ajudei minha mãe a escolher. – Rimos.

- Obrigado, Carol. Não precisava. Vocês indo já é um presente e eu recebi um maior do que eu esperava hoje. – Sorri tímida.

- Qual? – Eduarda o olhou confusa.

- Qual o que? – Ele respondeu enquanto abria o embrulho.

- Qual outro que você ganhou?

- (risos) Não é nada, Duda. – Rimos. – Nossa! Adorei!

- Gostou mesmo? – Eu disse.

- Amei demais! São a minha cara!

- Eu também achei! – Sorri.

- Eu tenho que me arrumar ainda! – Eduarda colocou suas mãozinhas na boca, nos fazendo ri.

- Vem, que a mamãe vai ter dar um banho.

- Espera aí, Luan!

- Pode deixar, princesa! – Dei um banho em Eduarda com ela me apressando o tempo inteiro e depois escolhi um vestido rosa para que vestisse e uma tiara da mesma cor.

- To bonita?

- A coisa mais linda do mundo. – Ri dos dois.

- E a mamãe? – Disse já no colo do Luan.

- Também está uma gata.

- Beija ela. – Ela sussurrou em seu ouvido, mas eu ouvi.

Luan se aproximou de mim rindo e me deu um selinho longo, me separei dele rindo também.

Fomos em seu carro, por insistência dele, que dizia que depois me levava de volta, não me preocupei, se ele bebesse  muito, eu pagaria um táxi que mesmo de madrugada rodava por ali.

Assim que chegamos, já tinha uns quatro carros em frente a casa do Luan.

- Eu falei que iríamos nos atrasar. – Disse assim que saímos do carro.

- Não tem problema, amor. Aqui todo mundo é de casa. – Ele sorriu e eu retribui.

Ele pode não ter nem reparado, mas eu reparei na palavra “amor” usada na sua frase. Não posso negar que gostei, mas fiquei com medo dele se apaixonar de verdade. De estar iludindo o garoto, talvez, eu nem sabia o que queria de verdade e ele já me chamava de amor. Resolvi não dizer nada, era aniversário dele e eu não queria dar um fora nele e estragar seu dia. Ele abriu a porta e me deixou entrar primeiro, Eduarda o pediu colo e como sempre, atendeu seu pedido.

Fomos andando em direção da área de lazer, da onde vinha a falação do povo e a fumaça do churrasco, quando ele pegou na minha mão.

- Melhor não. – Soltei e ele não disse nada.

Sabia que tinha ficado um pouco triste, mas eu não ia fazer as pessoas acharem que tínhamos alguma coisa séria.

Chegamos até a cozinha e sua mãe ajudava a moça que estava fazendo a comida, enquanto conversava com mais algumas.

- Olha, até que enfim o aniversariante chegou! – Ela disse, assim que nos viu e minha cara quase queimou de tanta vergonha.

- A Duda tava dormindo e eu pedi pra Carol esperar ela acordar, mãe. – Ele disse sorrindo e ninguém mas falou nada, me aliviando.

- Oi, Carol! Tudo bem? – Ela se aproximou sorrindo e me abraçou de surpresa.

Fiquei muito surpresa com sua atitude, mas gostei. Sempre foi simpática e gentil, mas parecia que estava tentando me agradar, ou eu estava doida?

- Tudo ótimo e com a senhora?

- Tudo na paz! Olha...Te apresentar as irmãs do pai do Luan e as primas dele. – Ela então me puxou pelo braço e foi me apresentar por uma por uma, que estava ali na cozinha.

Luan também ficou falando com elas, que queriam apertar Eduarda, que quase se escondia, de tanta vergonha.

Elas eram bem simpáticas e me trataram super bem, já estava rindo das coisas que falavam.

Bruna chegou com mais uma prima do Luan e já foi me abraçar e contou ao irmão que tinha me visto um dia ali no condomínio a trabalho e eu confirmei.

- E o que você faz, Carol? – Uma das primas deles me perguntou.

Já estavam me chamando pelo apelido, tinha gostado delas.

- Sou psicóloga!

- Nossa...Eu queria ser também, lembra, mãe? – Ri dela.

- Vem no meu colo, coisa fofa. – Uma delas tentava pegar Eduarda do colo de Luan, mas estava difícil e ele ria daquilo.

- Vai com ela, filha. Vão lá comer alguma coisa. – Incentivei e ela me olhou. – Vai com ela.- Sorri.

- Vamos lá, coisa linda! – Bruna chegou falando e ela estampou um sorriso nos lábios.

- Dá Bruna você gosta, né? – Sua prima fez bico e nós rimos.

Com muito custo, ela conseguiu pegar Eduarda e foi para fora, eu e Luan fomos atrás, já que não tínhamos ido lá ainda.

Fiquei meio sem jeito quando vi o Zezé de Camargo, Luciano, Fernando, Sorocaba e Cristiano Araújo, sentados em uma mesa. Já comiam e bebiam e fizeram a maior farra quando viram Luan.

Nos aproximamos e seu pai me abraçou e perguntou como eu estava, carinhoso. Acho que eu não estava louca, estavam querendo me agradar sim, mas eu estava gostando daquilo. Cheguei a imaginar o que Luan poderia ter falado de mim para eles.

- Mas não perde tempo esse menino, aonde arrumou essa morena linda? Com esse zói azul ainda! – O Zezé disse, fazendo todos rirem.

Seu Amarildo se aproximou abraçado comigo, para perto deles. Eu estava morrendo de vergonha.

- Tudo bem? – Cumprimentei todo mundo, que também me trataram muito bem.

Nem pareciam famosos. Quando a gente pensa em gente famosa, já vem na cabeça que a pessoa é diferente da gente, mas não, ali eles eram pessoas normais e uma prova disso também, era Luan, que estava sempre comigo e eu nunca o vi como “famoso” mesmo quando lhe vi no meu consultório pela primeira vez.

Goxxtaram, amores? haha Não ficou um capítulo tãao quente, mas se lembrem que esse é só o primeiro ;x rs Beijoos e comentem pra mim!