- Marcelo! O que está acontecendo aqui? – Voltei a olhá-lo.
Parecia o mais
“lúcido” de todos que estavam ali, que naquele momento, já me olhavam feio e
por um instante, eu fiquei com medo.
- O que você quer
aqui, Carolina?
- Eu...Queria
conversar.
- E posso saber sobre
o que?
- O que aconteceu no
escritório?
- Sabia que já iam
fofocar com você...
- É lógico, Marcelo.
O escritório foi fechado. Você tem idéia disso? – Me estressei um pouco.
- Dane-se seu
escritório de merda, patricinha. – Um home que estava ali se levantou e eu o
olhei. – Entrei lá mesmo e ainda peguei um dinheiro bom. – Ele riu.
- Então era você... –
Falei para mim mesma.
- Era sim! Idiota!
- Você que é! Não tem
vergonha? Por que não vai trabalhar igual uma pessoa descente? – Quase gritei e
ele parou de ri e se aproximou.
- Olha como você fala
comigo! – Gritou na minha cara.
Vi um braço lhe
puxando para longe de mim.
- Não vai fazer nada
com ela. – Marcelo falou calmo.
- Eu deveria dar uma
lição nessa...
- Já chega! Fizemos
coisa errada sim!
- Você é um frouxo
mesmo, Marcelo!
- Ela é mãe da minha
filha, eu nem sei a onde estava com a cabeça que entrei nisso com você. Não era
pra ter te levado pra escritório nenhum. – Ele passou as mãos nos cabelos.
Parecia cair na real
nas coisas que fazia.
- Eu sei que você não
é assim! Vamos conversar. – Me virei para ele que me olhou. – Eu posso te
ajudar!
- Não tem nada pra
ajudar aqui.
- Não estou falando
com você! – Me virei novamente para o homem.
- Olha que você está
me tirando do sério. – Ele deu um paço em minha direção.
- Eu já disse que com
ela ninguém faz nada! – Marcelo disse alto.
- Olha, eu vou
embora, mas eu quero te ajudar! – Me despedi dele e sai dali atordoada.
Não sabia o que
fazer. Eu simplesmente podia deixar para lá, mas ele era o pai da minha filha,
uma pessoa boa, que eu conhecia a anos. Não podia deixar as coisas do jeito que
estavam.
Luan me ligou durante
a noite varias vezes e eu não atendi. Não queria falar com ninguém, eu só
pensava.
Por sorte Eduarda
dormiu bem cedo e eu logo depois dela.
No outro dia, ela
acordou animada para a festinha que teria em seu colégio.
- Eu vou ficar lá o
dia todo, mamãe?
- Vai sim! A Suzi vai
te buscar no final da tarde. Fica direitinha, está bem? – Ela assentiu e eu
beijei seu rosto.
Trabalhei o dia todo
e quando voltei para casa, estava tudo em silêncio, o que me fez sentir falta
da minha pequena, que naquela hora já estaria bagunçando a casa.
Preparei um lanche
para comer e depois, ficar assistindo televisão, até a campainha tocar.
- Oi...- Marcelo me
olhou envergonhado e eu dei passagem para que entrasse.
- Tudo bem com você?
– Perguntei, assim que nos sentamos.
- Está sim. Queria te
pedir desculpas por ontem e...Não só por ontem, por tudo que estou causando
nesses dias, pelo escritório. – Ele abaixou seu olhar.
- Você sabe o quanto
o escritório era importante pro meu pai e sabe que só por isso que eu o deixei
funcionando, não é? Se não, já tinha o vendido.
- Sei sim! Me desculpa,
eu juro pra você que vou ajudar a reabri-lo.
- Eu tenho fé que
isso aconteça!
- Me perdoa? – Ele se
ajoelhou e pegou nas minhas mãos.
- Levanta daí, vai!
Eu te perdôo! – Ele sorriu fraco e me abraçou ainda de joelhos, antes de voltar
a se sentar ao meu lado.- Me promete uma coisa?
- O que você quiser.
- Que você não vai
mais andar com esse tipo de gente que eu vi ontem na sua casa, nem vai mais
usar essas porcarias. Que vai voltar a ser um sem juízo, ajuizado de sempre! –
Ri e ele me acompanhou.
- Eu te prometo! –
Seus olhos lacrimejaram. – Eu quero parar e eu vou parar!
- Você vai conseguir!
Eu to com você, está bem? Eu e sua filha. – Ele sorriu e me abraçou de novo.
- Falar nisso, cadê
ela?
- Já deve estar vindo
da escola. Hoje foi festinha pra eles em horário integral. – Olhei em meu
relógio de pulso.
- Posso esperar ela?
- Claro que sim!
- Sabia que eu não
poderia ter escolhido mãe melhor pra minha filha? Você vale ouro. – Sorri com
suas palavras, já que nunca tinha me dito nada parecido.
- Você também vale!
- Não mesmo! Será que
ela vai gostar de me ver? – Ele fez careta.
- Só você ter
paciência e ir com jeito.
- Olha...Eu posso
passar aqui todos os dias? Pelo menos até ela gostar de mim de novo.
- Marcelo! Ela te
ama! Você é o pai dela. É único na vida dela!
- Eu sei que não, ela
gosta...
- Não vem com essa
história que ela gosta mais do Luan. Ela gosta dele sim, mas ela te ama também.
Para com isso! Ele também não quer roubar o seu lugar, ele tem consciência de
que você é o pai dela. Ele só gosta muito dela.
- E de você, não é? –
Ele riu fraco.
- Dá onde tirou isso?
– Fiquei sem jeito.
- Não sou idiota,
Carol! Sabe, eu... – Ele ficou mudo.
- O que? Me fala! –
Incentivei que continuasse.
- Quando eu vim aqui
te dizer que te queria, que queria uma família junto com você, não era mentira.
Eu queria muito, mas tenho consciência que é impossível. – Suspirei.
- Você vai achar a
mulher ideal pra você!
- Acho que eu achei e
já perdi! Depois que a gente ver outro no lugar, que dá pra ver o que perdemos.
– Fiquei muda. Não conseguir falar. Não tinha o que falar.
Eduarda chegou da
escola animada e me deu um abraço e um beijo demorado, mas não quis mas sair de
perto de mim. Talvez, com um pouco de medo do pai, lembrando de alguns dias
atrás.
- Filha, dá um abraço
no seu pai! Ele veio te ver! – Percebia o quanto o olhar dele estava triste.
Ela apenas negou com a cabeça. – Vai lá, Eduarda! Por favor! – Ela me olhou e
com receio, foi se aproximando de vagar.
Marcelo a puxou para
um abraço e lhe sentou em seu colo.
- Me desculpa por
tudo, filha? Desculpa o papai. Eu te amo muito!
- Eu te amo também,
papai! – Vi uma lágrima cair de seus olhos.
Desde que Eduarda
nasceu, desde que falou “papai” pela primeira vez, que deu seus primeiros
passinhos, que foi para escola pela primeira vez, que lh entregou um rabisco
dizendo ser nós no “desenho” e ser seu presente de dia dos pais, que não descia
uma lágrima de seus olhos. Na verdade, eu nunca o vi chorar.
Sabia que chorava por
sua mãe, mas sozinho, isolado. Odiava tocar no assunto também.
- Você tá chorando,
é? – Brinquei e ri de leve.
- Boba! – Ele riu
também, enquanto secava as lágrimas.
- Seu pai tá
chorando, filha! Um homem desse tamanho! – Duda também riu e passou suas mãozinhas em seu rosto.
- Papai promete nunca
mais fazer besteira com você e com sua mãe!
- Ai, papai! – A
pequena reclamava, enquanto ele lhe apertava.
- (risos) Vou apertar
muito essa minha bonequinha! – Beijou seu rosto várias vezes, enquanto eu
sorria.
Estava mais que feliz
com aquela cena, tinha verdade ali, que pouco vezes eu via da parte dele. Não
com a filha, mas com outras pessoas, comigo, por exemplo.
*
Carolina me ignorou o
dia todo e eu fiquei de mau humor por isso. Ela não me atendeu na noite anterior
e naquele dia inteiro também não atendia. Já estava pesando que ela poderia
estar me ignorando.
Eu fui calado para o
show e ninguém puxava assunto comigo, já
me conhecendo.
Quando voltei para o
hotel, depois do show, Roberval foi até meu quarto me avisar que no outro dia
teria uma gravação de rádio, de ultima hora.
- Eu já disse que
odeio que marquem as coisas de ultima hora! – Bufei.
- Calma! Coisa a toa.
- Saco!
- O que você tem? –
Lhe olhei e não respondi. – Me diz. É com a Carolina?
- Ela não me atendeu
ontem a noite e nem hoje, to ligando o dia inteiro.
- As vezes só está
muito ocupada! Tenha calma, Luan!
- Custa me mandar uma
mensagem, então?
- Você é muito
estressado.
- Sou mesmo! – Ele
saiu dali e eu me joguei na cama.
Fui mexer no celular
e na primeira rede social que entro, na primeira página, estava estampada a
foto de Carolina com Eduarda e Marcelo, em sua casa. Eles pareciam bem
felizes eu bufei. Imaginei que seria por
isso que não tinha me atendido.
Depois do que ele fez
com ela, que eu tive que defendê-la.
Sabia que ele era pai
da Eduarda e por isso tinham uma ligação pra sempre e quer saber? Eu morria de
ciúmes dele também. Não só com a Carol, mas com a Duda também.
Sei que não tinha
nenhum direito de ter aquele sentimento, mas ninguém manda no coração muito
menos no que ele vai sentir.
Decidi que mais a
noite lhe ligaria e perguntaria o por que daquilo tudo, o que estava
acontecendo com ela e que o que ela mais temia, aconteceu. Já era tarde.
Eu já estava
apaixonado. Completamente apaixonado.
... Loooan quem nao sabia que tu ta apaixonado na Carol kkk , OMG , tolinho rs #amandoaFic
ResponderExcluirNao Entendi Muito O começo Dessa Fic mais ok '-' *-* , luanzinho eu ja Sabia que Vc Estava Apaixonada pela Carol u-u Pela Amor De Deus a Carol Nao pode Voltar Com o Marcelo por Favor ;-;
ResponderExcluirComo assim não entendeu o começo, amor ? Fala ai que eu te explico o que vc ficou em dúvida.
ExcluirLuan é lerdo até pra perceber q ta apaixonado kkkkk
ResponderExcluircontinua
ResponderExcluircátia
Q o Luan entenda e queria ajuda ���� por favor agora q tava tao bom ele e carol
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