segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Capítulo 39



*
Fui com a cara e a coragem pedir Carolina em namoro, mesmo sabendo da possibilidade de um “não”, eu estava mais que confiante, claro. Mas o que eu mais temia aconteceu.
Me declarei pra ela, fiz tudo certinho, tudo que eu pensei que iria gostar e aparentemente gostou mesmo, mas me disse “não”.
Meu mundo desabou ali e mesmo ela dizendo que gostava muito de mim, eu achava que as possibilidades de ficar com ela pra valer, eram mínimas.
Saí dali desolado e fui dirigindo devagar pelas de São Paulo. Demorou mais que de costume até chegar na minha casa. Sorte que ninguém estava mais acordado, não precisaria conversar, muito menos explicar a cara que eu estava.
Fui para o meu quarto e naquele dia, eu não dormir assim que o sol nasceu, como é de costume, mas sim quando já era quase oito horas da manhã, que meu corpo me venceu.
Eu só queria saber o por que daquilo tudo, o por que dela não querer pelo menos tentar, um teste, pelo menos. Não, ela preferiu me dizer um “não” ser dura e sincera como sempre.
Acordei quase as cinco horas da tarde, fazendo minha mãe estranhar e perguntar se eu estava me sentindo bem e eu só assenti, enquanto bebia apenas um suco. Mãe. Conhece bem os filhos que tem. Ela me olhou desconfiada, mas não insistiu.
Fui para sala e vi que meu pai e minha irmã, já não estavam mais em casa. Me joguei no sofá e fui mexer no celular, para ver se a cabeça esfriava.
Vi que Carolina tinha acabado de postar uma foto e uma curiosidade cresceu em mim. Que foto ela teria pra postar aquela hora da  manhã? Será que ela não estava nenhum pouco triste por nós, por mim. Já que para ela não existia “nós”.
Me surpreendi com a foto do buquê que eu tinha lhe dado no dia anterior e até cheguei a sorri por um momento, enfim, fui ver sua legenda. Um texto considerável.
Eu li tudo com atenção e acho que li até mais de uma vez, umas três talvez.
Ela aparentava sim estar triste e pelo que eu tinha visto, nem tinha ido trabalhar.
Uma coisa me intrigou na legenda, me deixou feliz mas ao mesmo tempo confuso.
Pedia para lhe esperar, mas não fazia idéia da dor que eu estava sentindo naquele momento. Achei até bonito o que disse, mas na minha cabeça naquele momento, o pedido de espera era me chamar de trouxa na cara. Se nem ela fazia idéia de quanto tempo duraria, imagina eu.
Bufei jogando meu celular no outro sofá, que por pouco, não cai no chão.
Rober me ligou e disse que o show acústico de uma rádio, marcado para aquele dia, tinha sido cancelado para o próximo dia, então, só viajaríamos no outro dia a tarde.
Ele me chamava para uma balada que tinha acabado de abrir, mas eu estava sem cabeça.
- Bora, boi! Vai ser legal!
- Então tá... – Suspirei. – Passa aqui as nove!
- Então tá! – Nos despedimos e eu desliguei.
Passei o resto do dia vendo televisão, na minha, enquanto minha mãe me olhava desconfiada e eu sentia que a qualquer momento não teria mais como fugir dela.
Fui para a tal balada e mesmo sem nenhum entusiasmo, me convenceram a beber um pouco e eu concordei.
Conversa com alguns amigos, que também tinham ido, quando senti uma mão no meu braço e me virei assustado.
- Oi, Luan! – Era uma moça loira, lhe olhei bem e lembrei de onde já tinha a visto.
- Oi...Você não é a amiga da Carolina?
- Sou eu mesma! Nos encontramos no musical infantil. Melissa! – Ela falou bem perto do meu ouvido.
- Ah! – Me lembrei.
- Está sozinho?
- Com os amigos. – Ri fraco.
- Hum. Que ótimo! Queria conversar com você, será que rola? – Olhei  para os meninos que nos olhavam e fiz careta. Vi a palavra “vai” sair dos lábios de todos ali.
- Ela é gostosa. – Rober se aproximou e me falou aquilo disfarçadamente. Suspirei.
Carolina estava me enrolando tanto, tinha tempos que eu não ficava com outra mulher, só tinha olhos pra ela. E ainda só podia ficar com ela, quando estava afim, de bom humor.
Me irritei só de pensar o quão palhaço eu estava sendo. Então agi no impulso.
- Então tá, vamos! – Peguei na mão da loira que sorria satisfeita.
Fomos para um corredor, próximo aos banheiros da balada e lá rolou o que ela queria. Um beijo, um só não, vários. Mas eu não levaria aquilo adiante.
Ela era bonita, mas não beijava como eu gostaria e nem falava as coisas que eu queria ouvir, na verdade, ela não era a pessoa que eu queria que estivesse ali.
Me afastei dela depois de ficar quase sem fôlego, já que ela parecia insaciável.
Olhei para o nada suspirando e rodei os olhos pela balada, por instinto, já que a tal da Melissa, não tinha um bom papo e vi Carolina ali, nos olhando, quase de boca aberta.
Pensei que já estava tendo alucinações com ela, mas pisquei mais algumas vezes e vi Eloá do seu lado. Eu não estava ficando louco.
Fiquei sem reação por algum tempo e quando percebi, ela já saia dali as pressas. Olhei para Melissa na minha frente.
- Olha...Eu preciso ir!
- Hã? Vai pra onde?
- Eu vou embora, não estou me sentindo bem! – Menti e tentei sair dela, que agarra os meus braços. – É sério!
- Mas eu pensei que iríamos aproveitar mais, em outro lugar, talvez.
- Eu tenho que ir! – Consegui me soltar dela e corri atrás de Carolina.
Vi seu carro saindo do estacionamento e procurei as chaves do meu rápido.
Enquanto dirigia, mandei uma mensagem para Roberval avisando que estava indo embora, que não estava me sentindo bem. Tive que mentir para ele também, se não, choveria perguntas.
Cheguei em frente a casa de Carolina e respirei fundo antes de sair do carro.
Toquei a campainha por inúmeras vezes, mas ela não atendia, parecia até saber que era eu ali, mas ela nem tinha visto que eu tinha lhe visto lá.
Insisti mais um pouco, até que a porta se abriu, mas era a babá de Eduarda.
- Oi...A Carol...
- Ela está no quarto! Vai lá. A Duda está com quase quarenta de febre.
- Sério? – Ela assentiu e me deu passagem.
- Eu tenho que ir, daqui a pouco não encontro mais táxi. Já que você chegou. – Me despedi dela.
Me contou as coisas por já ter me visto com Carolina, sabia que éramos amigos.
- Suzi, é a Eloá? – Ouvi a voz de Carolina e me aproximei de seu quarto.
- Carol...
- Luan? O que você tá fazendo aqui? – Ela tinha um pouco de raiva em sua voz.
- Olha, eu vim me desculpar pelo o que você viu...Eu...
- Nós não temos nada, você não me deve nenhuma explicação!
- Devo sim! Eu disse que tava te amando e não é mentira! Eu to amando você demais, eu só tava carente, você me deu um toco, eu fui pra balada e...
- E resolveu pegar a primeira que aparecesse. Eu já imaginava que a Melissa não tinha mudado, cobra não muda! – Ela disse pensativa.
- Desculpa de verdade! Por favor! Eu quero muito ficar com você, mas as vezes parece que você me faz de trouxa.
- Então acho melhor você se afastar se pensa que te faço de trouxa!
- Não complica as coisas, Carolina!
- Mamãe! – Eduarda dizia quase chorando e por um momento, chegamos a esquecer a presença da menina ali. – To com dodói aqui! – Ela passava a mão por sua barriga, chorando.
- Calma! Mamãe vai te levar pro hospital!
- Eu levo vocês. – Me manifestei e o olhar doce que olhava para a Duda sumiu e um olhar rancoroso, olhou para mim.
- Não precisa! Eu sei dirigir! – Ela disse fria.
- Mas você está nervosa e...
- Luan!  - Ela fechou os olhos. – Some daqui, some da minha casa, da minha vida!
- Por que você me trata sempre assim, em?
- Não vem querer reverter a situação não! Eu estava já pensando em te chamar pra voltar, sabe por que? Porque gosto da sua presença, porque achava que outro sentimento estava crescendo, mas não acho mais. – Meus olhos lacrimejaram.
- Eu já te pedi desculpas pelo o que você viu.
- Eu já disse que não precisa, que você não me deve nada! – Ela saiu para o banheiro, provavelmente, iria tirar aquela roupa chamativa.
Duda chorava e eu me aproximei dela.
- Tá doendo, princesa? Vai passar! – Segurei em sua mão e ela chorou mais.
- Promete?
- Eu prometo! – Sorri fraco e acariciei seu rostinho.
Ela se sentou na cama e me abraçou, me fazendo sorri.
- Vamos, Eduarda! – Carolina saiu do banheiro e a arrancou de mim rápido.
Fui atrás dela até seu carro, que estava na frente do meu.
- Carol...
- Luan! Me esquece! A minha filha está passando mal, você não vê? – Ela me olhou séria e então eu me calei.
Fiquei parado até que lhe vi partir. As lágrimas desceram.
Eu já não sabia mais o que fazer e me sentia culpado por ter beijado outra e ela ter visto, mesmo não tendo nada com ela.

Mas eu ainda não tinha desistido e ainda lutaria, até quando desse. 

15 comentários:

  1. Luan foi pro pau bonito agora, mais quem manda querer pegar a primeira pq tava "carente" bem feito... Tadinha da Duda dodoi ... Tomara que a Carol faça o Luan aprender a lição pq não é possivel meu Deus ...

    Curiosa pro proximo capitula ja kkk

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  2. Que odio dessa Melissa !! Luan e um puto !! Acho pouco!! Quero mais cap.

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  3. O Luan Ta Feio nos Panos Agora :x carol tem que Ser Fria com O Luan Agora u.u quem Mandou Pegar a primeira que aparecapareceu na sua frente e ainda é a Melissa -.-'

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  4. Luan seu viado!! Tadinha da Duda :( CONTINUA MULHER!!

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  5. Acho que ela foi dura demais com ele,ela vive jogando na cara dele que eles não tem nada,aí ele vai pra balada(pq não ta morto) e ela vem dá piti! Avá!

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  6. na boa , to tomando raiva da cara da Carolina pq viu ¬¬ kk

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  7. Comentei agora no outro CAP, porém luana viu que tinha outro e como eu já tava aqui vim comentar de novo "Deixa o luan sofrer até parar no hospital, magro, sem comer, só chorando pode ser? Haushaudbau vagabundo, tem que ficar sozinho pra sempre haushjabsja- voltando pra duda aqui tu ganhou outra leitora moça, pq eu li esses dois pra comentar pra Luly e já amei haushauhs beijos meu e dela ;)

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    1. Onw, amor! Obrigada por tá lendo, viu? To pensando seriamente nisso mesmo haha
      Obrigada de novo! Beijãao, lindonas!

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  8. Ela q nao fique com o Luan logo pra ver, vou roubar ele pra mim kkkk

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  9. Luan se ferrou, msm ele estando com raiva da Carol e tals mais pegar a Melissa?
    Pela mor isso foi d+
    se antes já estava dificil agora ta pior ainda :/
    maisssssss
    @lightlrds

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  10. Sinceramente não to gostando do rumo da fanfic, acho desnecessário esse drama todo

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    1. Amor, como eu já disse, essa foi minha intenção desde o começo e olha que esse tema todo de "ódio e drama" não foi eu que escolhi. Eu fiz uma votação no grupo do facebook da fanfic e as meninas votaram, então elas pediram e eu atendi. A intensão fazer coisa diferente mesmo, porque eu gosto, odeio fanfic clichê. Mas aí vai de você se quer continuar lendo vendo o rumo que vai tomar de verdade, porque eu tenho certeza que ainda nao sabe, ou se vai parar de ler. Beijos!

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  11. Nao entendi a Carol, ela não aceitou o pedido dele e ainda quer ter razão? Ele n fez nd de errado na minha opinião mas continua amr quero ver o rumo da historia

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  12. Tava gostando mais ta ficando chato isso :/ desculpa falar mais fica muito repetivo o luan correndo atrás todo dia

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  13. Carol n se decidir o luan fazendo de tudo sempre ajudando ela e a filha e ela faz isso ? Ate quando o luan vai ficar assim?

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