terça-feira, 30 de setembro de 2014

Capítulo 52



*
Acordei no outro dia com o celular tocando e vi que Luan e Eduarda ainda dormiam.
Atendi, com voz de sono.
- Oi...
- Doutora Carolina? Me desculpa acordar a senhora, eu não sabia o horário que acordava e arrisquei. – Uma voz doce, falava do outro lado da linha. Parecia estar um pouco nervosa.
- Tudo bem! Eu já tenho que levantar mesmo. Com quem eu falo?
- Ah, é com a Amanda. Eu queria saber se a vaga de secretária já foi preenchida.
- Então, Amanda, ainda estou procurando.
- Eu queria tentar...
 - Faz assim, vai até o consultório hoje. Eu não tenho consulta nesse primeiro horário.
- Claro! Em uma hora estou lá, pode ser?
- Pode sim! Já sabe o endereço.
- Sim, peguei na internet.
- Ótimo! Até daqui a pouco, Amanda.
- Até! Obrigada. – Ela desligou e eu me levantei.
Me arrumei e preparei um café da manhã. A campainha tocou, assim que eu iria me sentar para comer.
- Carol! – Minha prima, Lara, me abraçou, me fazendo quase cair.
- Vai devagar, filha! – Minha tia a repreendeu e me abraçou também, junto com meu tio e Danilo.
- Vocês por aqui? Que milagre!
- Nem vem, que você nunca vai nos visitar, filha!
- Eu ando na correria, tio.
- E como anda, Carol. Como assim você tá namorando o Luan e não me fala nada? Eu vou te matar, cara. – Lara colocou as mãos na cintura enquanto me olhava.
- Hã?
- Nem vem, que eu sei que é você a namorada dele! Sua vaca! Eu que tinha que ser a primeira a saber. Assim que eu vi pelo twitter do fã clube que Luan estava namorando mesmo, eu já sabia que era você e quase dei um troço. Agora o Luan é meu primo, eu nem acredito! Eu sou a fã que vou tá mais perto dele, vou poder apertar ele quando eu quiser, até a bunda dele. Você não se importa, não é prima? Afinal somos como irmãs. – Ela disparou a falar, me fazendo ri
Olhou assustada para trás de mim e eu também me virei para olhar.
- Oi, Larinha! – Luan ria, provavelmente tinha escutado tudo.
- Que vergonha! – Ela baixo e devagar.
- Então é verdade, Carol? Eu pensei que a Lara estava louco.
- Pois é, tia! A gente tá namorando mesmo.
- Já não era sem tempo, Carolina! – Meu tio disse, fazendo Luan ri.
- Nossa, tio! – Eles se cumprimentaram e Luan abraçou Lara, que não falava mais nada completamente envergonhada.
- Estamos só de passagem, filha. Temos que voltar ainda hoje, antes do anoitecer.
- Mas já, tia?
- Só viemos te ver, já que não aparece. Vai nos ver, menina. Aproveita e leva o Luan junto.
- Pode deixar que eu vou convencer ela, dona Vanessa.
- Olha, ele sabe o meu nome.
- Está vendo, tia! Eu estou longe, mas sempre me lembro da senhora. – Falei rindo e ela me abraçou. Já tinha comentado com Luan sobre meus tios e me espantei quando se lembrou do nome de todos.
Depois de muita insistência, consegui fazer que tomassem café comigo. Eduarda chegou na cozinha com a cara amassada e minha tia aproveitou para apertá-la.
Me despedi deles, já que teriam que ir embora e falei com Luan que já teria que ir trabalhar.
- Vai pra casa, amor?
- Vou, você volta que horas?
- Três e meia eu devo estar aqui.
- Já vi que vamos chegar atrasados no jogo, até você se arrumar. – Revirei os olhos. – Faz assim, vai direto pra minha casa? Se arruma lá.
- Tá, pode ser. Eu vou arrumar a roupa e minhas coisas, você leva de uma vez?
- Levo! – Subi as escadas e depois de arrumar tudo rápido, desci correndo, já que estava super atrasada.
- Está aqui. – Lhe entreguei a bolsa.
- Ah! Vou levar Dudinha comigo. – Ele abraçou ela, que sorriu com sua chupeta na boca.
- Ela tem aula Luan, a Suzi já deve tá chegando. – Olhei no relógio.
- Só faltar a aula. Liga pra ela...
- Ela não pode faltar aula.
- Claro que pode! Criança não repete de ano, nem tem nota.
- Você é chato! Primeira e última vez. Ela não falta mais aula atoa.
- Liga aí, muié! – Revirei os olhos e liguei para Suzi, que já atendeu me dizendo que os motoristas dos ônibus que passavam por sua casa, estavam em greve e que não passava nenhum por ali, então chegaria atrasada. Lhe disse que não precisava mais vir, já que Luan ficaria com Eduarda e me despedi dela.
Nos despedimos e cada um entrou no seu carro, seguindo pro seu lado.
Conversei com a candidata a secretária e gostei muito dela, apesar de ser tagarela e agitada. Ela me fez ri. Pediu para ficar já para fazer um teste e eu deixei, acabei lhe contratando.
Duas e cinqüenta e nove, fechei o consultório com ela, já que estava em teste e fui rápido para casa de Luan, se não perderíamos a metade do jogo. Tomei um banho no banheiro de seu quarto e sai de toalha para o quarto. Ele estava na cama mexendo no celular.
- Amor, olha o que eu comprei pra você. – Ele disse, assim que me viu e levantou uma camisa vinho, igual a sua, só que feminina. Era do seu time.
- (risos) Não precisava, amor!
- Claro que precisava, tem que ir a caráter.
- Nem sabe o time que eu sou. – Me livrei da toalha e vesti minhas peças intimas em sua frente.
- Agora você é timão! – Ele riu.
- Só porque eu não tinha time, tá? Vai achando que tem essa moral toda.
- Nossa! – Ri dele.
Vesti um short jeans desfiado e um sapato de salto bege. Sequei meu cabelo e me maquiei rápido. Passava o perfume quando ele me abraçou por trás.
- Já tá pronto, amor?
- To sim! Que cheirosa! – Ele cheirou meu pescoço, me fazendo arrepiar.
- Você também tá. – Tombei minha cabeça para tentar lhe cheirar. Mas o perfume era tão forte, que nem precisei chegar meu nariz muito perto de seu pescoço.
- Sempre, gatinha! – Ri e coloquei meu relógio.
Descemos as escadas de mãos dadas e me assustei quando vi a quantidade de homem que estava na sala, com as camisas iguais as nossas.
- É uma gangue isso? – Brinquei.
- Temos que ir ver o nosso timão vencer, Carol! – Rober disse.
Nos despedimos de todos na casa.
- Por que eu não posso ir com vocês? – Eduarda cruzou os braços.
- Prometo que dá próxima te levo, gatinha. – Luan ficou do seu tamanho e beijou seu rosto. Riu com o bico enorme que se formava em seus lábios. – Não fica assim, dá um abraço aqui! – Ela lhe abraçou. – A vovó Marizete vai fazer bolinhos de chuva pra você, é o melhor que tem. Você gosta?
- Gosto... – Ela estava amansando.
- Então! A senhora não vai fazer, mãe?
- Vou sim! Vai me ajudar, Duda?
- Vou! – Enfim, ela sorriu.
Fui rindo o caminho inteiro, dentro da van, com os meninos. Eles só falavam besteira e cantavam o hino do Corinthians.
Assim que chegamos, eu e Luan fomos os últimos a descermos de mãos dadas e eu comecei a ficar nervosa, assim que vi a quantidade de pessoas que estavam ali e com certeza, a atenção seria toda pra gente. Fomos de mãos dadas até a fila, que estava andando bem devagar.
- Você trouxe os ingressos, né? – Lhe perguntei.
- Lógico, amor!
- Você é tão desligado, que eu não duvido...
- Disso eu não esqueço de jeito nenhum, meu amor!
- É, né! – Ele riu e eu o acompanhei.
Nos assustamos quando alguém puxou seu braço e nos viramos para olhar.

Minha boca secou, quando vi que era uma repórter, com um microfone na mão e falava algo, que eu não prestei a atenção, para uma câmera. Estava tudo bom demais pra ser verdade. Eu imaginava que sairia foto nossa, mas não que teria programa de TV na entrada de um jogo.

9 comentários:

  1. Omg !!! E agora que a Carol aparece Kkkkkkkkkkk' . Continuuuuuuuuuuuuuuua !!

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  2. MDS que choque hein ! Continua Manu, please !!

    Geovanna

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  3. Agora ela vai ser descoberta kkkkk
    Vai se cagar de medo das fãs kkkkkkk

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  4. Tadinha a Carol vai morrer kkkkk
    Continua amore!
    Me manda o link da sua primeira fanfic por favor?

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  5. a muié nem se acustumou direito e ja ta enfrentando os fofoqueiros dos jornalista kkk , Vai se pelar de medo kk #CarolMedrosa

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  6. a empregada não tinha pedido demissão depois da morte do Marcelo?

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  7. Viiiiiish kkkk continua, Manu! -Amanda- @teprecisolrds

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