sábado, 20 de setembro de 2014

Capítulo 43



Aos poucos minha vida ia voltando ao normal. Eu ainda pensava em tudo que estava acontecendo e as vezes ainda acordava pensando ser aquilo tudo um pesadelo e que o pai da minha filha a qualquer momento ia ligar falando que iria ficar um mês sem vê-la por conta do trabalho. Mas isso não acontecia.
- Ôh de casa! To entrando! Amiga... – Eloá me chamou umas três vezes me fazendo acordar. – Que cara é essa? – Ela se sentou do meu lado no sofá.
- To achando estranho uma coisa.
- O que foi?
- A Fernanda só me deixou um bilhete, pedindo demissão.
- Sua secretária? Nossa! As vezes ela vai se mudar.
- Pode ser, mas não veio falando comigo pessoalmente, achei estranho.
- Tá sem secretária agora? – Assenti fazendo careta.
- To me virando sozinha até encontrar outra pessoa.
- Se eu souber de alguém de confiança te falo. – Assenti.
- Mamãe! – Eduarda descia as escadas sem jeito.
- O que foi, filha?
- Meu aniversário é mês que vem! – Ela falava animada.
- Meu Deus! – Dei um pulo do sofá. – Eu esqueci completamente.Como você sabe disso, filha?
- A tia da escola disse hoje.
- Nossa! Você vai querer alguma coisa? – Lhe olhei.
- Vou! – Ela gritou animada, nos fazendo ri. – Uma festa bem linda, toda rosa e azul!
- A é? Azul?
- É, mamãe. Eu gosto de azul! – Ela colocou as mãozinhas na boca rindo.
- Tudo bem, mamãe vai fazer uma festa bem linda pra você, rosa e azul! – Ela sorriu.
Tinha esquecido completamente do aniversário da minha filha, era tanta coisa acontecendo.
- Amiga, tenho que ir. – Eloá se levantou. – Quer ajuda com a festa da Duda?
- Claro! Tá livre essa semana?
- To, na quinta.
- Ótimo! Vamos ver tudo o mais rápido possível que festa de criança dá trabalho. – Fiz careta e ela saiu rindo.
Eduarda já quis fazer a lista dos amiguinhos que iria convidar e para minha sorte não deu tanta gente assim e de adulto seria só eu, Eloá, seus pais, Luan, seus pais, sua irmã e os meus tios com Lara e Danilo.
Fomos dormir com a pequena super animada para sua festa, me fazendo sorri. Ela já me perguntava o dia que veríamos tudo. Lógico que ela participaria de tudo com toda sua exigência.
- Mamãe... – Ela falou baixinho, enquanto eu acariciava seu cabelo e já quase dormia.
- Pensei que já tinha dormido, mocinha.
- O papai não vai estar na minha festa, não é? – Abri meus olhos, que já se fechavam.
- Não, meu amor! – Suspirei. – Mas tenho certeza que ele vai tá olhando ela de onde estiver e muito feliz por você.
- Quando eu for morar com ele eu vou poder vê-lo de novo?
- Vai sim, mas isso vai demorar um pouco.
- Não queria que demorasse muito. Ele tá bem onde ele tá?
- Ele tá bem sim, filha! – Enfim ela fechou seus olhos e eu os meus.
Fui dormir mexida com a nossa pequena conversa.
(...)
Na madrugada de quarta feria acordei com o celular tocando e me assustei.
- Luan?
- Oi, Carol. Me desculpa te acordar...
- Não tem problema. – Olhei no relógio que marcavam 3:00hrs da manhã.
- É que esse dias eu to cheio de coisa pra fazer e só to tendo tempo agora. Só hoje tive coragem de te ligar essa hora.
- Sorte que amanhã eu não vou pro consultório. – Ri de leve.
- Vai trabalhar amanhã não, muié?
- Vou nada...É aniversário da Eduarda mês que vem.
- Sério?
- Sério. E eu já tinha esquecido.
- Ela quer festa?
- Pior que quer! Tá toda empolgada. – A olhei do meu lado e sorri. Dormia como um anjo.
- Então faz isso, ela merece.
- Quando os convites estiverem prontos eu vou mandar pra sua casa, tá? Faço questão da presença de todos lá.
- Pode deixar que vamos todos nós.
- Espero que você não tenha show, Eduarda morreria. – Ele riu do outro lado.
- Que dia é o aniversário dela?
- Dia 22.
- Quarta feira, acho que não tenho show.
- Pior fazer aniversário no meio da semana.
- Ah, espera! Dia 23, na quinta, o povo falou que tem um feriado aí em Sampa.
- Sério?
- Me disseram outro dia.
- Ah, então se tiver mesmo eu faço na quarta.
- Então fechou! Não fazer show na quarta.
- Amanhã já to indo ver as coisas pro aniversário. Nem tenho idéia de onde ir.
- A Bruna sabe desses lugares tudo, já que sempre faz festa no aniversário dela.
- Será que tem pra criança?
- Acho que sim...
- Me passa o número dela?
- Claro! Ela vai adorar te ajudar, ama essas coisas.
- Vai mesmo? Eu vou chamar.
- Pode chamar, muié. Ela ama isso. – Anotei o número da Bruna e nos despedimos.
No outro dia, deixei Eduarda dormindo e enquanto preparava o café da manhã, ligava para Bruna, morrendo de medo dela estar dormindo, já que eram 9:00hrs.
- Bruna?
- Quem fala?
- É a Carolina.
- Carol? Mãe da Duda?
- Isso, o Luan me passou seu número.
- Ah...Tudo bem, Carol?
- Tudo ótimo! Te acordei?
- Não! Eu acordei pra ir pra faculdade cedo, mas lembrei que hoje não tem.
- Nossa, que sorte a minha. Queria te convidar pra sair comigo.
- Pra onde? Topo na hora! – Ri de seu jeito, meio Luan de ser.
- É que o aniversário da Duda é mês que vem, Luan disse que você conhece lugares que fazem festas de confiança e que adora fazer isso, então...
- Opa! Vamos sim, eu amo mesmo.
- (risos) Você pode ir comigo e Eloá as 14:00hrs?
- Posso sim! Eu paço aí?
- Pode ser! Te passo o endereço por mensagem. – Ela concordou e nos despedimos.
Eloá chegou e nós ficamos conversando, comendo e vendo televisão. Eduarda acordou tarde, então só almoçamos todos juntos, lhe dei um banho, tomei o meu e não demorou para Bruna tocar a campainha.
Ela nos cumprimento sorridente e Eduarda logo foi abraçar sua “tia” que tanto adorava.
- Mamãe, meu lacinho! – Ela colocava as mãos na cabeça.
- Tá lá em cima, Eduarda. Disse pra não tirar, vai lá pegar. – Ela subiu as escadas e meu celular tocou.
Fiquei visivelmente feliz com a ligação e desliguei sorrindo.
- O que foi, amiga?
- O escritório vai reabrir! Eles conseguiram!
- Ah! Não acredito!
- Nem eu! Que luta. – Suspirei.
Eduarda voltou com seu laço na mão. O coloquei nela e fomos no carro de Bruna mesmo, já que ela que nos levaria nos lugares que sempre ia.



Querem outro hojee? Comentem pra miim *-*

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