domingo, 30 de novembro de 2014

Capítulo 107



No outro dia, como o prometido, o Luan me acordou tocando a campainha e me fez ficar de mau humor logo cedo.
- A menina ainda está dormindo. – Disse mal humorada e ele deu de ombros, se sentando no sofá.
- Eu não tenho bola de cristal!
- Problema é seu! – Segui para cozinha e ele atrás de mim.
Se sentou a mesa e eu preparei um café, arrumei a mesa e começamos a comer.
- Ah, amanhã mesmo você tem consulta marcada.
- Já? Tudo bem!
- Lógico que já, olha o tamanho da sua barriga, acho até que está muito grande pra 4 meses só. – Ele disse de boca cheia e eu revirei os olhos.
- Não está!
- Eu acho... – Deu de ombros.
Eduarda acordou e seu sorriso apareceu, assim que lhe viu ali.
Depois que ela tomou café, lhe dei um banho, lhe troquei e arrumei uma bolsa para que Luan levasse.
- Vai trazer ela aqui que horas? – Disse já na porta.
- De tarde...Quatro horas.
- Ah não, quero ficar até de noite. – Ela se intrometeu.
- Eu vou sair de noite, filha, mas outro dia você fica.
- Que saco!
- Eduarda, ele tem compromisso.
- É, eu marquei com uns parceiros.
- Entendi.
- O que é? – Eduarda fez a pergunta que eu queria.
- Eu vou fazer uma participação no show do Fernando e Sorocaba...
- Deixa eu ir junto!
- Não, filha, você ainda é muito pequena.
- Quando eu ficar grande, você me leva?
- Levo! – Ele riu.
- Você vai chegar a tempo de ir na consulta comigo amanhã...Quer dizer, se você quiser, claro.
- Lógico que eu quero! E vai ser aqui mesmo o show.
- Eu sei, mas com certeza vai ter festinha depois. – Revirei os olhos e ele riu.
- Vai ter mesmo! Por que?
- Nada, eu disse que to incomodada? Então não me pergunta.
- Desculpa aí, senhora estressada, não é só você que pode se divertir.
- Primeiro, eu não ligo para o que você faça, segundo, você está vendo alguém se divertir aqui? Eu só to vendo uma mulher cheia de olheiras, inchada e com uma barriga gigante.
- E estressada. – Ele completou. – Mas você se divertiu bastante com seu amiguinho.
- Dane-se você e o que pensa, Luan! Eu não te devo satisfações e você acha que eu não sei do que anda fazendo? – Ri sarcástica. – Agora tchau! – Beijei o rosto de Eduarda.
- Tchau! – Ele me olhou sério e saiu.
Como aquele homem era complicado e conseguia me irritar e me deixar feliz por vê-lo, ao mesmo tempo.
Três e meia ele deixou Eduarda e dessa vez não disse nenhuma palavra. Me olhava sério e eu nem ligava, ele era de lua e meus hormônios estavam a mil com a gravidez.
No outro dia, recebi a ligação da secretária da médica, confirmando a consulta as quatro da tarde. Com certeza, Arleyde tinha passado o número da minha casa para ela, já que aquele eu não tinha mudado.
Aproveitei para ligar para Suzi e perguntar se ainda queria o emprego de volta e ela pareceu feliz do outro lado da linha, já que dizia estar desempregada. Liguei também para escola de Eduarda e falei que ela começaria na segunda, já que estávamos no final da semana.
Eloá chegou do trabalho e ficou conversando comigo, pra passar o tempo.
- Eu to tão leve, amiga, nem parece que to grávida! – Ela riu e eu fiz careta.
- Já eu, to pesada demais.
- Por causa da gravidez, ou do Luan?
- Não enche! – Revirei os olhos.
- Tá se sentindo muito mal?
- Muito...Enjoo, tontura e como se já não bastasse, comecei a inchar.
- Eu vi! Estava magrinha, assim que chegou.
- Que saco! – Suspirei.
- Ei, fica de boa aí! Você tá grávida e sabe muito bem que esse estresse todo não vai te fazer nenhum pouco bem, além do mais, o bebê sente tudo que a mãe tá sentindo.
- Então essa criança vai nascer berrando tão alto...Porque do jeito que eu to! – Ela riu negando.
- Então, não vou nem te falar uma coisa, se não você morre de vez!
- O que? Agora que você já começou, não é, querida?
- Não, Carolina...Melhor não!
- Para, Eloá! Me diz o que foi? Eu juro que não vou pirar.
- Jura mesmo?
- Juro! – Ela assentiu e tirou o celular do bolso.
Mexeu e me deu para olhar.
Fiquei ali olhando aquela foto do Luan com uma loira, bem íntimos, no dia anterior.



Como eu tinha prometido, eu não gritei, não surtei, não me estressei, mas eu preferia ter feito tudo isso, do que sentir o que eu estava sentindo.
Ou ele estava fazendo isso pra me provocar, ou ele realmente não sentia minha falta como me dizia. Ficou difícil de saber.
Lhe entreguei o celular de novo e ela me olhou, esperando alguma reação minha, que simplesmente não veio. Ela me olhou surpresa e até um pouco preocupada, mas eu não me importei. Dei de ombros.
- Deixa ele se divertir...
- Sério? Você não gosta mais do Luan, Carolina? – Ela arregalou os olhos.
- Claro que gosto, maluca! Mas o que eu vou fazer? Você mesma disse que faz mal me estressar, eu vou bater nele? Vou seqüestrar ele? Não vou!
- Você mesma disse, que só não se beijaram ontem porque você não quis, sua burra! – Ela quase gritou.
- Eu não estava sentindo que era a hora certa...Me deixa, Eloá! – Resmunguei.
- Mas você quer ele de volta, não quer?
- Eu quero...Quero muito! Mas to confiante, que tudo vai ser no seu tempo.
- E se ele se envolve com outra pessoa? Com essa loira da foto, de verdade?
- Quer saber? Dane-se! Não vou mais ligar pro Luan, se não eu vou me magoar demais, o meu bebê vai se magoar dentro de mim.
- Ai, amiga! – Eloá suspirou e eu encostei a cabeça em seu ombro, imitando seu gesto.
Me arrumei, uma hora antes da consulta, deixei Eduarda na casa de Eloá e Luan logo buzinou ali.
Estava nervosa por olhar em seus olhos e ansiosa por fazer a ultra e descobrir o sexo do nosso bebê. Era um misto de sensações que me davam até enjôos, na verdade, tudo era motivo para me dar enjôo.

Entrei no carro, sem o olhar, fechei a porta, ainda encarando a nossa frente, respirei fundo e enfim, virei o rosto para lhe olhar.

sábado, 29 de novembro de 2014

Capítulo 106




Acordei tão bem, como não me sentia a séculos. Estava morrendo de saudades da minha casa de verdade, da minha cama.
Eu tinha ficado conversando com Eloá no dia anterior até altas madrugas, misturou o sono da gravidez e acordei no outro dia quase três horas da tarde.
Fiz uma comida rápida e acordei Eduarda para almoçarmos. Eloá passou na minha casa, assim que chegou do trabalho, mas foi pra casa rápido.
Umas cinco horas a campainha tocou e Eduarda saiu correndo para abrir a porta, como se tivesse adivinhando quem estava ali.
Só ouvi seu grito e me aproximei pra ter certeza de quem eu imaginava.
Sorri vendo a cena, Luan lhe pegou no colo e lhe abraçou. Já ela beijava seu rosto.
Me senti até culpada por ter separado os dois por alguns meses, mas era preciso pra mim.
- Tá tudo bem com você, princesa?
- Tá sim e você? Eu senti tanta a sua falta, você não faz idéia!
- Eu também senti muito a sua falta...
- Eu não vou me separar de você nunca mais. Eu prometo! – Luan sorriu para ela e logo me avistou, ali parada, encostada na parede apreciando aquela cena.
Seus olhos foram do meu rosto a minha barriga e ali eles pararam.
- Tá tudo bem com você também? – Ele me perguntou e eu assenti.
- Está sim...Melhor agora, que voltei pra casa. – Sorri tímida.
Me sentei no sofá e o chamei para se sentar também. Eduarda não queria sair de seu colo e se sentou ali mesmo.
- Eu nem sei por onde começar... – Ele respirava acelerado.
- Pra falar a verdade, nem eu! – Confessei.
- É...Você tá de quanto tempo?
- De quatro meses. – Sorri amarelo, olhando para minha barriga.
- Já sabe o sexo?
- Ainda não! – Voltei a lhe encarar. – Eu tenho até que ver uma doutora pra me acompanhar aqui.
- Pode deixar, eu peço pra minha assessora arrumar. Ela conhece bastante gente por aqui.
- Obrigada...Eu já to doida que nasça. Minhas costas já doem.
- Imagino.
- Você viu que legal, pai? A mamãe tá esperando um bebê. – Eduarda falou e nós lhe olhamos.
- É legal, né?
- É legal, só não sei se vai ser quando ele nascer. – Ela se encolheu em seu colo e eu ri.
- Por que? – Luan lhe perguntou.
- Por que vocês vão esquecer que eu existo. Vou ficar sozinha, não vou ser mais princesa de ninguém, vocês não vão me dar mais as coisas. Uma vez uma amiga minha me disse isso na escola, o irmãozinho dela tinha acabado de nascer.
- Que besteira, Duda! Vamos continuar a mesma coisa com você! – Eu disse, assustada com seu drama.
- Promete, pai? Promete que não vai me trocar pelo seu novo filhinho que é pequenininho? Eu também sou ainda. – Ela fez bico.
Abaixei meu olhar mais uma vez, minha filha tocou em um assunto que nós mesmos não tínhamos coragem de tocar.
- É meu novo filho, Carolina? – Suspirei, antes de levantar a cabeça para lhe encarar.
Ele tinha uma sobrancelha erguida, esperando minha resposta.
- É, Luan. É seu filho! – Falei de uma vez e vi um meio sorriso aparecer em seu rosto.
- Você vai me trocar? – Minha filha sussurrou e Luan riu dela, antes de lhe apertar em seu colo.
- Lógico que não, eu não te troco por nada, pequenininha! – Ela sorriu satisfeita, se aconchegando mais nele.
- Como é mimadinha. – Sorri.
- Agora vai lá em cima brincar um pouquinho, enquanto o papai conversa com a mamãe sobre o bebê. – Luan lhe colocou no chão e ela cruzou os braços de cara fechada.
- Tá vendo...Já tá começando.
- Ôh mocinha mal criada, não tem nada começando. Temos que conversar. – Me intrometi.
- Tá bom, mas só se meu pai me prometer me levar pra casa dele.
- Amanhã nós passamos o dia todo grudados, o que você acha?
- Tá bom! – Ela gritou e saiu saltitante pela escada.
Nos encaramos e ele tomou a iniciativa.
- Fiquei surpreso quando fiquei sabendo da sua gravidez...
- Eu também fiquei, eu nunca esperava isso...Nunca mesmo!
- Você teve que mudar todos os seus planos, não é?
- Pois é, eu estava me ajeitando lá mesmo, a Eduarda depois de meses emburrada também já começava a se acostumar, mas mesmo não demonstrando eu sentia falta desse país, dessa cidade, dessa casa, que eu guardo as ultimas lembranças dos meus pais. Acho que tudo isso teve um propósito.
- Eu também acho! Ele te fez voltar... – Lhe encarei e o vi ficar sem jeito. – Eu...Estava sentindo muita falta da Duda. Você não sabe o quanto! – Ergui uma sobrancelha e sorri, encarando minhas mãos.
- Eu sei! Ela também quase pirou, longe de você, e me deixou doida junto. – Ele riu e eu o acompanhei.– E a sua vida?
- Tá tudo bem. Sabe eu fico pensando, se a gente não tivesse se separado como estaríamos agora, com você grávida.
- Vai ver eu nem estaria grávida. – Ri fraco.
- Pode ser! Como eu disse, as vezes essa criança veio com algum propósito.
- E você faz idéia de qual? – Dessa vez, eu o encarei com uma sobrancelha erguida e ele ficou completamente sem jeito.
- Não, não faço. – Ele mentiu e eu sorri de canto.
Ficamos em um silêncio constrangedor. Eu queria pelo menos o abraçar, pra me sentir segura em seus braços e num ato rápido, eu fiz o que tanto queria.
Ele se assustou um pouco no começo, mas me envolveu em seus braço, como eu tanto queria. Seu perfume, que eu tanto amava, entrava pelas minhas narinas que pareciam agradecer por respirar aquele ar de novo.
Fomos nos afastando devagar demais e quando me dei conta, já estávamos com os nossos rostos quase colados. Eu queria fazer aquilo, mas eu ainda sentia que não era o momento. Eu estava chateada com ele e dava pra ver, que ele comigo.
Então me afastei e desviei do seu olhar.
- Pra quem não queria mais me beijar, você mudou de idéia rápido demais. – Eu soltei sem pensar e quando voltei a lhe olhar, ele me encarava indignado.
- Quem disse que eu ia te beijar? – Ele revidou.
- Ah ta! Confessa pra você mesmo que você sentiu a minha falta nesse tempo, Luan, que você ainda sente.
- Você tá ficando doida... – Dessa vez, ele quem desviou seu olhar do meu.
- Tô, é? Você sabe que não!  - Ele continuava de cabeça baixa, mexendo nas suas próprias mãos.
- Mesmo se tivesse, não faz diferença, já você, né? Foi embora com aquele idiota.
- Fui embora pra esfriar a cabeça, não por causa dele. – Me encostei no sofá, cruzando os braços.
- Sei! – Ele riu irônico. – Ele não quis voltar com você, é? Se separaram?
- É da sua conta?
- Não...Só queria saber. – Ele deu de ombros.
- Nós só estávamos ficando. Ainda bem que eu tive que vir embora, ficaria sem jeito que continuar lá, morando com ele, e falar que não queria mais ficar.
- Vocês estavam morando com ele? Você evoluiu, em?
- Estávamos, mas como amigos mesmo.
- Sei...
- Luan, para de ironia! Você estava lá pra saber? Então cala a boca! – Eu alterei minha voz.
- Não estava, mas você me enganou uma vez, por que não enganaria de novo?
- Eu te enganei? Eu não te enganei, eu só omiti um fato pra evitar briga, mas que terminou em término. – Minha frase saiu embolada e ele riu de novo com ironia. – Se for pra você ficar relinchando assim, você pode ir embora, porque os meus nervos estão a flor da pele e pra eu te colocar pra fora daqui a baixo de tapa, não custa! – Eu gritei a última coisa em seu ouvido e ele me olhou um pouco assustado.
Eduarda desceu as escadas com aquele escândalo e o celular do Luan tocou.
- Eu tenho que ir...Eu vou conversar com minha assessora e ela vai ver a melhor ginecologista de São Paulo pra você. – Ele se levantou do sofá e eu assenti emburrada.
- Ah não, pai! Fica! Você vai embora por que minha mãe gritou com você? Não fica triste, ela anda muito brava mesmo, desde que começou a engordar. – Luan riu do jeito de Eduarda e beijou seu rosto.
- Eu não vou por causa disso, filha, sua mãe não me assusta. – Ele me olhou e eu estreitei os olhos. – Eu tenho uma reunião agora e tinha esquecido, mas como eu já te disse, amanhã eu venho te buscar pra passarmos o dia juntos!
- Eba! Vem bem cedinho?
- Venho sim, eu prometo!
- Temos que ir ver sua antiga escola, Eduarda.
- Vai depois de amanhã, um dia a mais ou a menos não faz mal.
- Tá, Luan!
- Amanhã cedinho eu to aqui, então.
- Não precisa vir tão cedo. Não vai ficar com tantas saudades assim.
- Da Eduarda, eu vou mesmo! – Ri dele.
- Sei...Agora tchau, Luan Santana!

Capítulo 105




- Luan, abre essa porta! – Minha irmã me gritava, enquanto batia na porta do meu quarto.
Já cansado de ouvir, me levantei e fui destrancar.
Me joguei na cama de novo, enquanto via ela entrar no quarto.
- Eu não acredito que ela tá grávida... – Suspirei. – Eu não acredito que ela engravidou de outro tão rápido e...
- Luan! Esse filho só pode ser seu. – Minha irmã me interrompeu e eu parei.
- Meu? – Sussurrei sem acreditar.
- Claro que sim! Não viu o tamanho da barriga dela? Tem quanto tempo mesmo que se separaram?
- Uns três meses?
- Então para e pensa! Se o filho fosse do outro, ela estaria de dois meses? E dois meses não tem essa barriga toda.
- Você acha mesmo?
- Claro que sim!
- Então...Eu tenho que ver quando ela chega. – Me levantei rápido, procurando meus chinelos.
- Aonde você vai, Luan? – Desci correndo as escadas, enquanto ela me gritava.
Passei pelos meus pais na sala, que também me gritavam, mas eu nem dei atenção.
Entrei no meu carro e fui direto para a casa de Eloá.
Toquei a campainha impaciente.
- Luan?
- Oi, Eloá. Tudo bem?
- Tudo e com você? O que faz aqui?
- Comigo está...Eu sei que a Carolina tá voltando pra cá e eu quero que por favor, você me diga o dia exato. Pelo menos isso, Eloá!
- Como...Ah, ela postou.
- Isso! Por favor, me fala só isso?
- Está bem, acho que isso não tem problema. Ela volta amanhã mesmo.
- Amanhã?
- É...Você já viu que...
- Ela tá grávida? Já, e é isso que eu quero confirmar com ela, se é nosso filho.
- É bom vocês conversarem mesmo.
- É meu filho, não é?
- Você acha que é?
- Acho! – Falei firme e ela só deu um meio sorriso, o que eu já tive certeza. – To indo então, obrigado e sua barriga tá linda.
- De nada, obrigada! Eu to louca que nasca e quero que você venha vê-la.
- É uma menina?
- É sim.
- Felicidades pra vocês, e pode deixar que eu venho sim, assim que nascer. – Me despedi dela e voltei para minha casa.
Contei pros meus pais aonde eu tinha ido e que já tinha certeza que o filho de Carolina era meu.

*
A minha vida estava uma verdadeira confusão, quando finalmente Eduarda estava começando a fazer amigos na escola e a se acostumar com nossa nova casa e a minha vida começava a se ajeitar, virou tudo de cabeça para baixo de novo.
Eu  passei mal umas três vezes no hospital e na última, eu desmaiei na sala de Vinícius, que me levou na hora para ser examinada e fazer alguns exames.
Eu descobri que estava grávida e foi um tremendo choque. Eu não sabia se chorava, se ficava feliz, ou se ficava triste por aquela reviravolta do destino.
Eu descobri que já estava com dois meses de gravidez e a primeira coisa que me veio na minha cabeça foi o Luan.
Depois de dois meses inteiros pensando eu decidir tomar uma decisão definitiva.
- Eu vou voltar pro Brasil, Vinícius! – O chamei para conversar e lhe contei.
- Carol, por que isso? Não é preciso. É por causa desse bebê? A gente cria ele juntos e...
- Vinícius, você sabe que eu nunca esqueci o Luan, não sabe? O pai do meu filho.
- Eu sei... – Ele encarou o chão.
- Então, eu não pretendo voltar pra ficar com ele, pelo visto nem ele me quer mais, eu só quero que meu filho conheça o pai. Eu nunca ia me perdoar de esconder isso dele, que será um pai ótimo. Eu tenho certeza!
- Tudo bem, Carol. Se você quer assim, eu te respeito. Mas saiba que pode contar comigo sempre, está bem? Sempre que quiser tirar umas férias, vem pra cá. – Sorri e lhe abracei apertado.
- Pode deixar, Vi. Você vai achar uma pessoa que te mereça de verdade. – Desde aquele dia, eu já resolvia as coisas para voltar para o Brasil.
Falei com Eloá para que contratasse alguém para limpar a minha casa, comprei minha passagem e a de Eduarda e já tinha falado com o diretor do hospital que não trabalharia mais ali. Minha amiga surtou quando soube da minha gravidez e falávamos sobre o assunto horas por dia, planejávamos tudo para os nossos bebês, que nasceriam quase juntos, o meu somente um mês depois.
Uma semana antes de voltar para o Brasil, me sentei com Eduarda para lhe contar a novidade e já sabia qual seria sua reação.
- A gente vai voltar, mamãe? Eu vou ver meu pai de novo? – Seus olhos brilhavam e eu concordei, sorrindo.
- Ta feliz?
- Muito feliz! –Ela me abraçou e eu ri. – Agora a gente vai ficar lá pra sempre?
- Vamos ficar lá pra sempre, meu amor! E...A mamãe tem outra coisa pra te contar.
- O que foi?
- Você andava perguntando por que a mamãe tinha engordado, não é?
- É...Mas você disse que é porque está comendo muito. – Ela riu e eu lhe acompanhei.
- Não é só por isso.
- Não? – Ela me olhou confusa.
- A mamãe tá esperando um bebê aqui dentro, seu irmãozinho, ou irmãzinha. Ele ainda não deixou ver o que ele é.
- Outro bebê, mamãe? Meu irmãozinho? – Assenti. – Quando ele vai aparecer? – Ri de seu jeito.
- Ele vai nascer daqui a cinco meses, amor.
- Quem é o pai? – Ela me olhava assustada.
- O Luan. – Fechei os olhos, assim que disse seu nome.
- É filho do meu pai? Mas vocês não namoram mais...
- Filha, você ainda é muito pequena pra entender essas coisas. O bebê apareceu aqui dentro da minha barriga, quando eu e o seu pai ainda estávamos juntos.
- E dá, mamãe?
- (risos) Dá sim, meu amor! Não gostou da novidade?
- Não sei. – Ela deu de ombros. – Eu não quero que ele roube você e o meu pai de mim. – Ela me abraçou.
- Ninguém nunca vai nos roubar de você, sua ciumenta. Só agora que nós vamos ter um bebezinho pra cuidar. Você vai me ajudar, não vai?
- Se ele for bonitinho e bonzinho e não roubar você e meu pai de mim eu ajudo...Mas agora eu vou arrumar minhas coisas. – Ela desceu da cama correndo. Ri.
Já sabia que rolaria um ciúmes e sua reação foi como eu esperava, para as duas noticias.
Acordei bem cedo no outro dia e quando fui lhe chamar, ela já estava de pé, escolhendo a roupa que colocaria. Vinícius nos levou até o aeroporto e lá nos despedimos com um último beijo.
No avião, Eduarda foi tagarelando sem parar e até me perguntou se eu e o tio Vinícius não namoraríamos mais e eu apenas neguei sorrindo.

Enfim pousamos em São Paulo. Eduarda estava com um sorriso imenso no rosto e eu olhava em volta. Estava com saudades do meu país, da minha cidade, mas só pensava no Luan, que com certeza já sabia que eu estava grávida e voltando, pela foto que eu tinha postado propositalmente.





Primeiro eu vim agradecer pelos comentários de ontem, eu li e adorei cada um.
E vocês querem outro hoje? Então comentem na mesma intensidade de ontem!
E pro anônimo que comentou aqui ontem, custava sim, meu bem, porque ontem eu tinha coisas pra fazer e eu levo horas pra escrever só um capítulo. Eu agradeço pelos comentários, mas eu vi que as pessoas que comentaram foi com a intensão de falar o que está achando, gostando e não de ter outro capítulo. Eu nunca pedi meta, as vezes posto dois sem nem cinco comentários.
Eu não deixo de postar dois pra vocês no dia porque eu quero, porque eu quero torturar alguém, é porque tá puxado mesmo pra mim. Chega um certo ponto que a inspiração evapora e eu to em provas finais na escola, eu não posso e nem quero recuperação logo agora.
Beijos, amores! 

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Capítulo 104




(...)

Os dias foram se passando, eu estava mesmo gostando de morar fora do Brasil, o meu emprego era ótimo e as pessoas do hospital então, nem se fala. Era um hospital muito bom e eu recebia para fazer consultas de graça para os pacientes que não tinham condições de pagar também, uma iniciativa incrível do diretor do hospital, que era um senhor muito simpático.
Uma vez, uma garotinha brasileira estava passando mal e eu lhe atendi, ela me reconheceu e pronto. Danou a fazer perguntas e dizer que era fã do Luan.
- Eu to morando aqui agora, linda. – Sorri fraco.
- Vocês terminara mesmo, não é?  O Luan nunca deu explicação sobre isso, mas pelo que vejo, você aqui, ele com outras lá no Brasil.
- Pois é, terminamos.
- Você vai voltar?
- Quem sabe algum dia...
- Manda um beijo pra Duda. – Assenti e me despedi dela, que ficou ali tomando soro.
No outro dia, assim que entrei na rede social, todas as fãs do Luan já sabiam que eu estava morando e trabalhando fora do país. Fotos minha no hospital rodavam até em sites de fofocas e eu já sabia quem tinha tirado, mas não fiquei brava.
- Você sai do Luan, mas o Luan não sai de você. – Tomei um susto com Vinícius atrás de mim e ele riu.
Tinha acabado de tomar banho, estava sem camisa por estar calor. Ele se sentou do meu lado e me abraçou de lado. Estávamos de folga naquele dia e sim, estávamos dividindo o apartamento. Eu não gosto de dizer que morávamos juntos, soua estranho pra mim, parecendo que tínhamos casado e na verdade, não estávamos nem namorando, mas ainda ficávamos.
- Quem disse que o Luan não sai de mim? – Disse o olhando assustada.
- (risos) Calma! Eu disse por causa dos sites de fofocas, as fãs dele, vai ser sempre lembrada como a “mulher que namorou o Luan Santana.”
- Eu sei disso, eu sabia desde que me envolvi com ele, mas não ligo. No começo me assustou, mas depois eu desencanei.
- Que tal a gente ir pro cinema hoje? Uma semana aqui e ainda não saímos.
- Pois é!
- Então borá? Vai passar um filme ótimo.
- Vamos sim! Só espera Eduarda voltar da escola? Ela já está assim, se ficar o dia todo com a babá, já era. – Ele riu concordando. – Desculpa, mas é minha filha, as vezes fico sem jeito e...
- Carol! Pelo amor de Deus, eu não me importo nem um pouco que você tenha uma filha, que tudo envolva ela, até porque, isso sim é ser uma mãe de verdade.
- Obrigada, viu? – Sorri e me acompanhou, me beijando em seguida.
Ficamos vendo televisão, até Eduarda chegar com a babá, que era de Portugal e já estava morando ali a alguns anos, era muito simpática também.
Nos despedimos de Mirela e ela se foi.
- Duda, a gente vai no cinema hoje. – Vinícius tentava lhe animar.
Já tinha uma semana que Eduarda não dava nenhum sorriso e aquilo me matava por dentro, mas eu não podia voltar pro Brasil pra sofrer.
- Vamos se arrumar, filha? – Ela não respondeu e saiu em direção ao seu quarto.
Suspirei e fui atrás.
Lhe dei um banho e escolhi um vestido fresco para que vestisse.
- Eu odeio esse lugar!
- Filha, você não dá uma chance pra ninguém, nem tenta gostar de nada.
- Mãe, eu só queria ir pra nossa casa, voltar a ficar com o meu pai depois que ele fizesse show pras negas dele.
- Meu amor, você vai ver de novo o Luan...
- Quando?
- Eu não sei, mas você vai! Por favor, não faz isso com a sua mãe.
- A gente teve que vir pra cá por que vocês não namoram mais? – Encarei o chão.
- Foi...
- Você ainda gosta dele, mamãe, ele também gosta de você. Eu podia te ajudar se a gente voltar. Sabia que eu disse pra ele que na minha frente ele não namora ninguém? Só você.
- (risos) Ôh, meu amor! A gente  não tem mais volta, eu sei que você gosta muito do Luan, mas vocês vão se ver de novo e eu prometo.
- Eu não to gostando da escola. – Ela resmungou, enquanto eu penteava seus cabelos.
- Com o tempo você se acostuma, não tem uma moça traduzindo tudo pra você?
- Eles falam embolado, é chato aquela mulher ficar falando pra mim o que eles falam. Eu quero ir embora!
- Vamos esquecer isso hoje? Vamos pro cinema comer muita besteira, tomar muito sorvete e vamos ver um filme em brasileiro. Vamos, filha?
- Tá bem, mamãe! – Ela me abraçou e eu me aliviei.
Fomos para o shopping que tinha ali perto e pela primeira vez, minha pequena sorriu, já que comemos muita coisa e compramos também. Ela gostou bastante do passeio e ainda vimos o filme Rio 2 que por sorte passava ali. Filme em inglês, Eduarda não entenderia e seria mais um motivo pra reclamar, sorte que aquele shopping ia muitos turistas e tinha filmes de vários países.

*

(...)

Mais três meses tinham se passado e como o prometido por Carolina na ultima vez que nos falamos, ela realmente trocou seu número de celular. Já tentei ir até Eloá e arranca alguma coisa dela, mas também não funcionou, fui até o portei de seu condomínio, mas ele dizia não saber para onde ela tinha ido, então resolvi desistir.
Eu já tinha feito tudo que estava ao meu alcance e não dava mais, eu tava sentindo por ela, claro, eu ainda a amava, mas muito mais por Eduarda, sentia falta daquela baixinha. Mas todos os dias minha mãe dizia para eu pensar positivo, que logo ela voltaria e foi isso que eu passei a fazer.
Saia sempre de casa para festas e ainda continuava ficando com várias mulheres na tentativa completamente em vão de lhe esquecer. Saia nos sites até que eu estava fazendo aquilo de propósito, só para a mídia me ver com várias mulheres, mas eu não ligava, não andava ligando mais para nada, até para os meus fãs.
Fazia tempo que eu não conversava direito com eles pelas redes sociais, não fazia brincadeiras como antes em aeroporto, porta de hotel. Muito mal, fazia as coisas ensaiadas do show e eles percebiam isso. Eu estava triste por dentro, mas aparentava uma pessoa fria por fora.
Estava em casa em uma noite, coisa que acontecia muito raramente, com meus pais e minha irmã, enquanto esperava nossa pizza chegar.
Confesso que também não estava dando a devida atenção pra minha família.
Me deitei no sofá, enquanto eles viam TV no outro e mexer no celular, não queria falar ainda com as fãs por lá, mas resolvi curtir as coisas delas e seguir alguns fã clubes também, pelo menos assim ficariam felizes.
Mas me engasguei com a minha própria saliva, assim que vi uma foto que Carolina tinha postado no seu instagram. Me sentei no sofá e todos me olharam curiosos.
- O que foi, Luan? – Bruna perguntou.
- Não to acreditando.


 “To voltando, Brasil!”

Minha irmã se levantou para ver o que eu tanto via e também se assustou assim como.

Fechei os olhos respirando fundo, deixei meu celular com a minha irmã e subi as escadas pro meu quarto, quase correndo. Eu não estava acreditando.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Capítulo 103




Depois que fotos freqüentes de Carolina com aquele Vinícius, eram postadas no instagram dela todos os dias. Eu descabecei de vez e comecei a não pensar mais nela, mais nos meus sentimentos, mais em nada.
Comecei a sair para baladas todos os dias, até quando estava de folga. Saia com uma por noite, sem me importar com nada, pelo contrário, gostava de que me fotografassem.
Minha assessora vivia me repreendendo, meu pai, até a minha mãe, mas eu não estava me importando.
Tinha conversado com a minha irmã e ela me dizia que Carolina via as minhas fotos que saiam e ficava pra baixo toda vez. Não liguei e disse para Bruna lhe falar, que ela fosse se ferrar com o novo namoradinho. Minha irmã me olhou chateada e saiu de perto de mim.

(...)

Já estava a quase três semanas sem conseguir falar com Carolina. Eu chegava de viagem e ligava para ela para eu ir pegar Eduarda, mas ela não me atendia.
Minha irmã chegou a ir uma vez em sua casa, mas não tinha ninguém em casa. Já estava ficando com raiva.
- Calma, Luan!
- Calma nada, Bruna. Ela me prometeu que deixaria eu pegar a Duda sempre que voltasse de viagem e agora simplesmente me ignora.
- Ela está chateada...
- Dane-se ela, eu também me chateei com ela, mas a Duda não tem nada a ver com isso. – Minha irmã suspirou.
Mais uma semana se passou e enfim, Carolina atendeu a minha ligação.
- Até que enfim, Carolina. A onde você está?
- Quem é?
- Como, quem é? É o Luan!
- Ah, Luan. Pensei que tinha apagado meu número, já que nunca mais me ligou.
- Já acabou? Agora me diz se você tá em casa pra Bruna ir pegar a Eduarda.
- Estou sim...Mas acho que a não vai dar pra Bruna vir pegar a Eduarda.
- E por que não, posso saber? Você prometeu que...
- Eu me mudei, Luan! – Ela me interrompeu.
- O que? Pra onde? Me fala que eu vou aí.
- Pra Nova York. – Me sentei no sofá.
- Você tá brincando comigo...
- Não estou! Pode ir na casa da Eloá, no porteiro do meu condomínio.
- Você vendeu sua casa aqui?
- Não tive coragem, mas não sei quando volto.
- Você não pode tá falando sério, Carolina! – Quase gritei, com os meus olhos já lacrimejando.
- Eu posso e estou! Eu não agüentava mais ficar aí nesse pais, sem poder ligar televisão, ou comprar revistas e tendo que ver certos rostos.
- Para com isso. Diz que você volta.
- Eu volto! Mas não faço idéia de quando.
- Você não podia ter feito isso comigo! – Dessa vez, eu gritei. – Você sabe que tem a Eduarda.
- Vocês vão se ver ainda.
- Que droga, Carolina!
- E ah! Eu vou trocar de número, então isso é tudo que você tem a dizer?
- Você vai me pagar! – Desliguei na cara dela e joguei meu celular com toda força que eu tinha, no chão.
- O que aconteceu, Luan? – Meus pais e minha irmã, apareceram na sala e eu me joguei no sofá chorando.
- A Carolina mudou de país, ela não podia ter feito isso comigo.
- Como assim, mudou de país?
 - É isso mesmo, Bruna. Ela simplesmente se mudou á dias e só me falou agora, só agora atendeu a minha ligação. Não sabe quando volta e ainda disse que vai mudar de número.

*

Eu já não agüentava mais ter que ver todas aquelas noticias que saiam do Luan. Lógico que a mídia aumentava muito as coisas, ninguém sabia dos sentimentos dele, mas mesmo assim aquelas legendas que eles davam, me machucavam demais.
“Luan Santana esqueceu rápido a ex.” “Luan Santana já está em outra, ou melhor, em outras.” “ Luan Santana desapega rápido de relacionamento longo e já é visto com várias mulheres em uma só semana.”
Eu estava visivelmente mais triste. Vinícius tentava ao máximo me animar, mas não conseguia. Ele sabia do que estava acontecendo.
Até que certo dia, nós estávamos sentados no tapete, comendo brigadeiro quando ele veio com a proposta.
- Carol, as férias estão acabando, não é?
- Estão sim. – Fiz careta.
- Eu vou ter que ir embora.
- É, mas Londrina é perto daqui.
- Mas eu não vou pra Londrina.
- Por que?
- Eu recebi uma proposta em um dos melhores hospitais de Nova York.
- Mentira?
- É sério!
- Parabéns! – Lhe abracei e ele riu.
- Obrigada! Mas...Um dos meus amigos que já trabalha lá, me disse uma coisa.
- Que coisa?
- Está em falta psicólogos e eu perguntei se eu não quisesse, se ele não guardava aquela vaga. Ele é amigo do diretor do hospital.
- Você tá querendo dizer que...
- Se você não quer ir comigo. Carol, você está aqui tão pra baixo, vai ficar sozinha aqui com a Duda. Vamos comigo! A gente dividi um apartamento.
- Dividir um apartamento?
- Se não quiser, não precisa. – Ele disse sem jeito.
- Não! Não é isso...
- Então! Vai te fazer bem, ou se não, você faz um teste de alguns meses e se não der, você volta.
- Posso pensar?
- Claro que sim! – Ele sorriu e me abraçou.
Os dias se passaram e depois de pensar naquilo dia e noite, resolvi aceitar o pedido dele. Fui falar com o responsável pelo escritório de direito e ele me prometeu que cuidaria bem dali, como sempre fazia, até minha volta. Falei também com Amanda sobre isso e ela me deu a idéia de contratar uma psicóloga para não fechar o consultório.
Falei com uma amiga que tinha se formado comigo e por sorte, ela não estava trabalhando e adorou minha proposta.
Falei com Eloá que me apoiou demais e já estava até me ajudando com as malas, já estava até animada, que tinha até esquecido da pior parte.
- Duda, senta aqui comigo. – Ela chegou no quarto, quando arrumávamos as malas.
Eloá saiu e ela se sentou do meu lado.
- Mãe, pra onde vamos? – Ela olhou em volta.
- Nós vamos nos mudar. – Respirei fundo.
- Mudar? Como assim?
- Nós vamos morar em outra casa, filha.
- Mas por que? Eu gosto daqui!
- Olha...A mamãe vai trabalhar fora e nós vamos ter que sair da cidade, do país.
- Como assim? – Ela me olhava pensativa e eu alisei seu rosto.
- Nós vamos pra longe.
- Pra longe como?
- Pra bem longe, filha.
- Pra muito longe daqui? Do meu pai? – Fechei os olhos.
- É...Muito longe!
- Eu não quero ir! – Ela disse desesperada.
- Você tem que ir, filha.
- Mãe, não vamos ir, por favor! Eu quero ficar perto do meu pai, mas também não vivo sem você. – Sorri fraco.
- A gente tem que ir, meu amor.
- Por favor...
- Já está tudo certo, Duda!
- Mãe! Eu não quero ir, eu não vou! – Ela gritou e desceu da cama.
- Para de gritar, você vai sim. Eu sou sua mãe e você tem que me respeitar.
- Eu não vou! – Ela saiu correndo, gritando e chorando.
Me sentei na cama derrotada e Eloá entrou no quarto.
- Vai ser difícil, mas ela vai se acostumar, amiga!
- Ah, é tão difícil fazer isso com ela, mas eu só quero ser feliz, esquecer!
- Eu sei! Mas vai dar tudo certo! – Ela beijou meu rosto. – E o Luan?
- Eu não vou avisar ele.
- Carol, você tem que falar.
- Não tenho e não vou falar! Quem sabe quando eu já estiver morando lá, quando eu estiver preparada.
- Você tá ciente como vai ser com a Duda, não é?
- Estou sim, mas eu sou mãe dela e vou fazer ela me respeitar.
- Então...Amanhã vocês já partem, não é?
- É sim...
- Eu vou sentir muito a sua falta, amiga!
- Eu também vou...Demais! Mas eu prometo que volto!
- Claro que volta, você não é nem doida! – Ri dela. – E você ainda vai voltar pra ver o meu filho nascer. – Ela colocou sua mão na barriga e eu arregalei os olhos.
- Amiga, não vai dizer que...
- Eu to grávida, Carol!
- Ah! – Nos abraçamos. – Eu queria muito ficar aqui com você nesse momento, mas...
- Eu te entendo, só promete que vem ver meu filho e ser madrinha dele?

- Eu prometo! – Nos abraçamos e choramos.





Consegui responder todos os comentários do capítulo anterior! o/ haha
Agora eu vou responder sempre, vocês querem? Podem me perguntar que eu vou responder.
Eu adoro isso, tinha pensado em criar tipo uma ask aqui ou no grupo só com perguntas, qualquer tipo de perguntas, até sobre mim, mas não sei se rola. rs Bjjs! ♥