terça-feira, 18 de novembro de 2014

Capítulo 94


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Estava ansiosa para começar nossa “maratona” de viagens.
 Primeiro passaríamos em Campo Grande e ficaríamos alguns poucos dias com a nossa família, para depois partimos para o Nordeste, especificamente, Jericoacoara - CE.
Eu e Luan que pesquisamos na internet até acharmos uma praia lindo no Brasil e logo identificamos o Lugar. Bruna e seus pais aceitaram e então fechamos.
Pelas fotos era tudo lindo e eu já estava morta de vontade de ir conhecer o lugar.
Iríamos viajar um dia depois do meu aniversário e eu não poderia ganhar presente melhor que aquele. Não sabia se Luan estava lembrando, mas também decidi não lhe dizer nada.
Eu nunca fui muito de comemorar aniversário, com três anos de idade eu já não queria mais festa, só presentes.
E os anos se passavam tão rápidos, confesso que já estava morrendo de medo de chegar aos 30 e achei até melhor se ninguém lembrasse e deixasse passar.
Dormi na casa do Luan na quinta feira, para já acordarmos na sexta e partirmos para Campo Grande. Tomamos nosso café da manhã todos juntos e como eu imaginava, ninguém disse nada sobre o meu aniversário, ninguém me deu parabéns, nem o Luan e por incrível que pareça, eu não estava ligando.
Acabamos de comer e meu sogro se levantou, se espreguiçando.
- Bora, crianças, que ainda tem muita estrada pela frente! – Ele brincou e nós rimos.
Fomos para o aeroporto e lá pegamos o primeiro vôo para Campo Grande.
Bruna se sentou sozinha, eu junto com o Luan e Eduarda e seu Amarildo e dona Marizete, trás de nós.
Chegamos na casa dos avós do Luan e  todos da família do nos esperavam. Alguns que não eram dali, já tinham chegado mais cedo.
Conversamos muito, eu já estava exausta e nem queria comer, quando seus tios nos chamaram.
- Vai tomar um banho, então. Aí você vem comer.
- Não, amor...To sem fome!
- Para com isso, não comeu nada no avião.
- Mas eu só quero dormir...
- Por favor... – Ele me olhou e eu revirei os olhos.
- Tá bom. Só vou tomar um banho. – Ele assentiu, antes de selar nossos lábios.
Tomei um banho um pouco demorado, vesti uma roupa leve e simples, já que depois colocaria o pijama e fui até a sala atrás de todos, que já não estavam mais lá conversando.
Estranhei o silêncio, procurei por Luan, mas ele também não dava sinal de vida.
Então fui até a cozinha e estava com as luzes apagadas, quando acendi não acreditei no que estava vendo.
Todo mundo cantando parabéns para mim, uma mesa linda arrumada com várias comidas em cima e um pequeno bolo em cima da mesma.
- Gente... – Eu não conseguia falar e Luan me abraçou.
- Pensou que eu ia esquecer, é?
- Você me enganou direitinho...Pensei mesmo que tinha esquecido.
- Me deu muita dó não te dar os parabéns ontem mesmo, mas eu tive essa idéia junto com a Bruna e me segurei.
- Ah, obrigada! – Lhe abracei apertado e até meus olhos lacrimejaram.
- Tá chorando, é? Ah! Ela tá chorando, gente! – Luan fez questão de gritar para todos e eu bati em seu braço rindo.
Os seus familiares também me abraçaram forte. Era tão bom ter uma família de novo, era assim que já considerava eles, como da minha família. Eram sempre tão intensos e verdadeiros, que dava pra sentir em um abraço, um olhar, uma palavra de carinho, que sempre me diziam e sem contar, que gostavam tanto da minha filha, que só por isso, nem precisariam gostar de mim. Quando se tem filho é isso, tudo é ele em primeiro lugar.
Se tratar ele bem, se gostar dele, o resto tanto faz.
Logo a minha pequena também foi me abraçar rindo, dizendo que também tinha me enganado. Bruna chegou atrás dizendo que ela ouviu sua conversa com o Luan e realmente tinha guardado segredo, me deixando surpresa.
Nos sentamos a mesa e de repente, me abriu um apetite só de ver todas aquelas coisas ali em cima. Começamos a comer e como sempre, era uma falação só, todo mundo falando junto, gargalhando, e quase não se entendia o que diziam.
- Será que esse bolo dá? – Luan disse rindo e todos lhe acompanharam.
- Esse é só pra enfeitar, tem um imenso ali atrás, que acho que vai sobrar até pra amanhã.- Sua prima disse.
Fomos dormir quase duas horas da manhã e eu fiz questão de agradecê-los novamente por tudo, já que a avó de Luan que tinha feito tudo aquilo.
Antes de entrar no quarto com Luan, Bruna me parou e me mostrou a foto que tinha tirado da mesa, me perguntou se eu queria e eu aceitei que me passasse.
Enquanto Luan tomava seu banho, me deitei na cama e resolvi postar a foto.


“Não tenho palavras pra agradecer de novo tudo que fizeram por mim está noite. Eu amei de verdade! Meu amor me enganou direitinho, até minha pequena que não sabe guardar segredos rs. Eu amo taaanto vocês, nunca se esqueçam disso! Parabéns atrasado pra mim!“

No outro dia, foi churrascada o dia inteiro, como sempre. Tomamos banho de piscina e no final da tarde, eu fui com as primas e a irmã do Luan comprar um sorvete que vinha com tudo em cima. Ficamos conversando por lá por horas.
A noite, nos arrumamos e fomos para um barzinho que tinha no centro da cidade, Luan não se importava em andar sem segurança ali.
Nos sentamos em uma mesa ao ar livre e comemos e bebemos a noite toda.
Na tarde do outro dia, pegamos estrada novamente e finalmente para o Ceará.
Dessa vez, Luan sentado com Eduarda e os dois, dormiram quase que a viagem inteira. Enquanto eu tagarelava com Bruna sem parar.
- Ah, tô doida que chega logo! – Ela falava aquilo pela décima vez, me fazendo ri.
- Qual o motivo?
- Eu vou encontrar meu amor lá. – Ela riu tímida.
- Ah, explicado! – Brinquei. – O Luan é muito ciumento, não é?
- Ele é protetor, mas não ciumento. Acho que ele tem mais ciúmes de você.
- (risos) Tem bastante, ultimamente não tanto, mas tem. É bom ter um irmão mais velho?
- Ás vezes eu queria ser a mais velha, mas...Temos que nos contentar. – Rimos. – To brincando, é bom sim! Você queria um irmão?
- Muito! Sempre pedi meus pais, desde pequena. Na verdade, eles me contam que quando eu completei dois anos minha mãe engravidaria, mas eles desistiram, iam sempre deixando pra depois, até ela ter um problema no útero e ter que tirar. – Fiz careta.
- Poxa...Mas deve ser bom ser filha única.
- Não é ruim, eu só me sentia sozinha quando era pequena, quando viajava sempre tinha que levar as amiguinhas e se ninguém pudesse ir, era choradeira ou viagem entediada, só ouvindo conversar de adultos. Eu até cheguei a pedir minha mãe que adotasse, uns dois anos antes deles falecerem. Acho que eles até topariam.
- E por que não adotaram antes?
- Ah, eles estavam animados com a idéia, até que eu engravidei e teve a confusão toda e no final, minha mãe até brincava dizendo que nem precisaria mais adotar um bebê. -Rimos.
- Por um lado foi bom...
- Foi sim! Eu não me arrependo de ter tido minha filha, ela é tudo pra mim, mas se fosse hoje, eu faria diferente. A cabeça da pessoa muda totalmente depois da maternidade.
- Eu imagino...
- Bom, contei minha história de vida pra você, né? – Ri.
- Eu adoro ouvir, principalmente a sua, que teve gravidez na adolescência. Acho sim que a pessoa erra, mas acho também que é uma superação.

- Foi sim uma superação! E eu consegui criar minha filha mesmo depois dos meus pais falecerem, consegui me formar. Eu me considero uma vitoriosa! 

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