domingo, 16 de novembro de 2014

Capítulo 92



- Mãe! – Eduarda entrou gritando no quarto. – Vocês fizeram as pazes? – Ela nos olhou inocente e eu ri, enquanto Luan me olhava sem entender.
- Fizemos! – Respondia e ela correu até nós, me abraçando. – Calma! Vai derrubar tudo.
- Deixa eu te dar comida na boca, papai? Igual minha mãe faz quando eu to doente. – Luan riu e assentiu.
Ela passou para o outro lado dele, que se sentou, e começou a lhe dar comida na boca, com todo cuidado para não derramar nada.
- Desse jeito a gente acaba isso amanhã. – Luan se referia a sua lentidão ao chegar com a colher até sua boca.
- Pra não cair, papai.
- É, antes assim que fazendo bagunça. O que é isso que você tá comendo?
- Meu avô trouxe pirulito de chocolate pra mim. – Ela me mostrou, já acabando, com a boca toda suja.
- Já vi que vai ter alguém que vai ficar mimada. – Luan disse rindo e eu fiz careta.
Eduarda logo desceu, assim que escutou a voz de Bruna lhe chamando para pintar as unhas.
- Desce devagar... – Avisei.
- Vai me trocar, é?
- Já volto, pai.
- Pinta essa unha de claro. – Ela saiu correndo.
- Deixa ela pintar do que quiser. – Revirei os olhos.
- Você é uma mãe muito liberal.
- Não mesmo! – Ri. – Mas esse negocio de esmalte, é pura bobeira. Se ela gosta, eu deixo.
- Vai me dar comida não, é? To com fome e doente. – Apontou para seu prato e eu ri pegando a colher.
- Como você tá mimadinho também, em!
- Tô nada...Ah, amor! Nossa viagem foi marcada.
- Sério?
- Mais que sério. To muito animado!
- Marcou quando?
- Ontem de noite eu pedi pro Rober.
- Estávamos brigados e se eu não fizesse as pazes com você. – Provoquei.
- Você não me resisti, mulher. – Ri dele. – E tem mais, eu marquei pra gente passar uns três dias sozinhos primeiro e depois levaremos a Duda.
- Hã? Tá doido, ela não vai querer ficar e com quem?
- Como com quem? Com os meus pais. E depois eles podiam ir com a gente também, pode?
- Pode? Tá doido! Vocês sempre viajam juntos, não vai ser eu que vou estragar isso.
- (risos) Boba! Então, eu já falei com a minha mãe que concordou e vai nos ajudar a fazer a Duda ficar, são só três dias.
- Tudo bem, vai. E vamos pra Paris mesmo?
- Isso! Nada melhor que aquele lugar pra um programa de casal.
- Acho justo! E depois vamos todos juntos pra onde?
- Ainda não sabemos, mas queremos praia,
- Ótimo! Eu também sou louca por praia.
- E eu não sei? – Ri.

(...)

Enfim chegou o dia da nossa viajem para Paris. Eduarda, depois de muito custo, ficaria com os pais do Luan, graças a mãe dele que conseguiu lhe convencer a ficar.
Nos despedimos dela, no aeroporto, já que tinha ido nos levar com seu pai e fez o maior drama, nos fazendo ri.
- Vocês vão voltar, não é?
- Lógico que vamos! – Luan respondeu rindo. – E ainda vamos pra praia, todo mundo junto!
- Tá bom! – Ela sorriu e nos deu um último abraço, nos despedimos do meu sogro também e fomos para a sala de espera do aeroporto, já que estava quase na hora do nosso vôo.
Pegamos um táxi e fomos par ao hotel, assim que chegamos naquele lugar incrível. Eu apreciava cada canto da janela do carro e só despertei dos meus pensamentos, quando senti a mão de Luan na minha e lhe olhei.
- Tá com a cabeça aonde? – Ele riu fraco.
- Só to vendo o quanto esse lugar é lindo e eu quero passear logo.
 - Eu também! – Ele beijou minha mão e eu deitei a cabeça em seu ombro.
O hotel que ficamos, acredito ser o melhor que eu já fiquei na vida e melhor ainda era a visão que dava da sacada. Tinha uma energia tão boa, batia uma brisa leve e gelada ali, que me fez fechar os olhos.
Senti os braços do meu namorado na minha cintura e logo seus lábios gelados na minha bochecha, me fazendo sorri.
- Bora descer? – Ele falou bem perto do meu ouvido.
- Vamos! – Peguei em sua mão e lhe puxei rápido dali, o fazendo rir de mim.
Naquele primeiro dia ali em Paris, passeamos muito, acho que fomos em todos os pontos turísticos e ates esquecemos de comer.
Voltamos para o hotel de noite, com o Luan reclamando de fome.
Comemos no quarto mesmo e ali, capotamos, de tão cansados. Mas no outro dia acordamos com mais energia, dessa vez almoçamos e comemos na rua, cada restaurante lindo que eu tinha vontade de comer em cada um e Luan ria de mim quando lhe falava isso.
Voltamos para o quarto um pouco mais cedo, já que voltaríamos para rua naquele dia.
Tomamos um banho juntos, demorados e depois nos arrumamos. As pessoas dali só andavam bem vestidas e elegantes e Luan reparou aquilo e logo comentou.
Nós pegamos um táxi, que ele já tinha pedido enquanto eu trocava de roupa e nem sabia, entramos no carro e eu nem sequer sabíamos para onde iríamos mas quase morri quando vi onde tínhamos chegado.
- Torre Eiffel! – Meus olhos brilhavam e minha cabeça só subia, tentando ver cada detalhe daquele enorme monumento.
- Gostou? – Ele me abraçou por trás, encostando seu queixo no meu ombro.
- Eu amei, amor! Que sonho e que romântico! – Me virei para ele apertei suas bochechas.
- Que gay, amor! – Ele gargalhou fazendo careta e eu revirei os olhos.
- Para de estragar o clima...
- Tá bom, e que tal se a gente subisse lá em cima?
- Mentira! – Coloquei as mãos na boca.
- Já está tudo arrumado. – Ele pegou na minha mão.
Conseguimos subir em cima da torre, toda iluminada, linda. Vi Luan entregar um papel a um rapaz e depois me disse que tem que ver antes, que não é só chegar e subir.
- Você pensou em tudo...Que fofo! – Lhe abracei, olhando a vista incrível que dava.
- Eu faço tudo por você, meu amor! – Ele disse baixinho e eu senti suas mãos acariciarem meu cabelo e um beijo na testa.
- Eu também faço tudo por você! – Levantei a cabeça para lhe olhar nos olhos e ele sorriu.
Ficamos em silêncio, apenas olhando a vista, sentindo a brisa bater no rosto, não tem sensação melhor. Ele me abraçava pelos ombros, enquanto meus braços envolviam sua cintura e seu queixo se apoiava na minha cabeça.
Cutuquei Luan, assim que avistei uma cena linda do nosso lado e ele também olhou para onde eu olhava.
- Olha isso... – Ele falou baixinho.
Um rapaz se ajoelhava e estendia um anel para uma moça que estava estática com a mão na boca, sem saber o que fazer. Eu não falava muito francês, muito menos o Luan, mas dava pra sentir a emoção deles de longe e saber que aquilo era um pedido de casamento.
Só tínhamos nós quatro ali em cima.
Enfim a moça caiu em si, começou a chorar e pegou o anel da mão do rapaz que se levantou e lhe abraçou por alguns minutos, lhe beijando em seguida.
Eles passaram por nós sorrindo e nós retribuindo.
- Com certeza agora aproveitarão a noite em outro lugar. – Luan disse eu gargalhei.
- Você só sabe estragar o romantismo, né?
- Quem disse que isso não é romantismo? – Revirei os olhos e me aconcheguei mais nele.
- Que lindo que foi isso...
- Você achou isso lindo? Então vai quase morrer quando a for a minha vez de te pedir em casamento, vai ser inédito em todo mundo. – Levantei minha cabeça para lhe olhar e sorri.
- Você pretende me pedir em casamento, é?
- Desde que te conheci você é a única pessoa que me interessa pra casar e ter uma família, uma casa.
- Eu te amo, tá? Em breve chegará nossa vez! – Meus olhos se encheram de água e eu levantei os pés para lhe beijar.
Terminamos o beijo com ele secando as minhas lágrimas rindo e brincando por eu ser tão chorona. Na verdade, eu não era, nunca fui chorona, mas ele me mudava, me mudou, me muda, sem ter explicações.

Depois de um bom tempo ainda ali apreciando a vista, nós descemos e fomos jantar em um restaurante que vimos pela internet, um dos mais recomendados de Paris. 

5 comentários:

  1. Achei que ele fosse pedir ela em casamento! 😳😳 quero eles casados logo!! Continua.

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  2. Oi Manu! Pode divulgar a fic por favor? http://fanficcoincidenciasdodestino.blogspot.com.br/

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  3. Eitaaaa que esse Luan é muito romântico, kkkkkkk, amo muito tudo isso ♥

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