Acordei e Luan não
estava mais na cama, me sentei e vi do meu lado um papel.
“Tive que ir pra casa. Beijos!”
Era o que dizia no
bilhete dele. Amassei ele e joguei no chão com raiva.
Ele ainda estava
bravinho por uma besteira que eu falei, nada demais, mas também não daria
confiança a ele, que parecia criança e fazia manha.
Me troquei e quando
desci, Eduarda já não estava em casa, já eram mais de sete horas e Suzi já
devia ter lhe levado para escola, enquanto eu estava atrasada pro trabalho.
Luan me ligou no meio
da tarde, quando fiz uma pausa pra comer.
- Carolina? Tá em
casa?
- To trabalhando.
- Ah, quando voltar
leva minha jaqueta que eu esqueci na sua casa?
- Se eu não voltar
muito tarde e estiver muito cansada, eu levo. – O ouvir bufar do outro lado da
linha e se despediu logo de mim. Como o Luan era chato.
Cheguei em casa e
Eduarda comia, com a ajuda de Suzi.
- Cadê meu pai, mãe?
- Está na casa dele.
– Respondi como se fosse obvio.
- A gente vai lá?
- Não.
- Então ele vem pra
cá?
- Não sei Eduarda,
ele também tem casa, deixa ele lá. – Respondi até grossa demais, por lembrar da
nossa briga idiota.
Dispensei a Suzi e me
sentei no sofá com ela, para vermos desenho.
- Vocês brigaram? –
Ela me perguntou baixo e eu me virei para lhe olhar.
- Quem?
- Você e meu pai?
- É, nós brigamos. –
Resolvi dizer a verdade.
- Mas eu não quero
que briguem. – Seus olhos lacrimejaram.
- Filha, isso é coisa
de adulto, não se mete. A gente vai se resolver, a gente sempre se resolve.
- Promete pra mim?
- O que?
- Que vocês sempre
vão fazer as pazes? Igual a minha professora manda lá na sala quando brigamos
com os nossos coleguinhas. – Ri fraco.
- Eu prometo, tá bom?
Agora vamos ver o desenho.
- Se ele não vier
hoje eu quero ir lá amanhã.
- Ôh, menina mandona!
– Beijei seu rosto e lhe abracei de lado.
Luan não ligou mais
naquele dia e no outro dia também não. Eduarda foi para sua escola, eu fui para
o meu trabalho e nem sinal dele, mas também não estava me importando.
Meu celular tocou com
o número de sua casa, assim que eu tomei banho e me troquei e Eduarda estava na
minha cama.
- Carol?
- Dona Marizete? –
Estranhei.
- Oi, sou eu. Tudo
bem?
- Tudo sim e com a
senhora?
- Tudo bem...Olha o
Luan tá aqui de cama, ele te disse?
- De cama? Não. Por
que?
- Acordou todo ruim,
passando mal, até vomitou. Tá fervendo em febre também. Chamou por você, vem
aqui.
- Nossa, eu não
sabia! Já estou indo.
- Obrigada, viu? Acho
que com você ele até melhora mais rápido. – Ela riu.
Me despedi dela e
suspirei. Teria que dar o meu braço a torcer.
Falei com Eduarda que
se animou que iríamos ver o Luan.
Assim que chegamos a
sua casa, sua mãe me atendeu e Bruna descia as escadas dizendo que Luan tinha
acabado de acordar.
- Vou fazer uma sopa
pra ele.
- Eu vou lá! –
Eduarda gritou e subiu as escadas.
- Eu vou lá com a
senhora, aproveito e levo a sopa. – Ela assentiu e eu lhe acompanhei.
Bruna me deu tchau,
já que estava de saída e seu pai também não estava em casa.
- Vocês estão
brigados, é? – Dona Marizete me olhou de lado e eu fiquei sem jeito.
- É...Estamos.
- (risos) Sei como é
isso, eu também vivia brigada com o pai do Luan quando namorávamos, sabia?
- Não.
- Mas isso passa, fica tranqüila.
- Espero! – Suspirei.
– É horrível quando o motivo é idiota, não é? – Me soltei mais, queria
prolongar o assunto com ela.
- Ôh se é! E o de
vocês foi?
- Foi sim...Sabe, eu
só disse pra ele que a senhora podia estar chateada por ele quase não dormir
mais em casa nas folgas. Disse porque sou mãe e se fosse o namorado da minha
filha roubando ela de mim, eu iria ficar muito brava. – Eu terminei e ela riu,
se virando para me olhar.
- Ôh, minha filha! Eu
não fico brava com você não. Confesso que antes eu sentia um pouco de ciúmes,
mas agora eu até estou gostando mais que estão vindo para cá.
- Mas eu juro que vou
fazer um acordo com ele, dorme aqui um dia e lá em casa outro, pra ir
revezando.
- Você é uma menina
de ouro, mas fica tranqüila, está bem? Eu aprovo demais o namoro de vocês e
quer saber mais? Podiam se casar logo e me dar mais netos, porque a Duda eu já
tenho, né? – Sorri com aquilo e no impulso, eu lhe abracei.
Acho que eu não podia
ter sogra melhor.
Ela terminou de fazer
a sopa do Luan e me deu em uma bandeja. Assim que ia entrar em seu quarto, a
porta abriu e Eduarda passou por mim.
- Vai aonde, moça?
- Vou comer com a
vovó, eu to com fome.
- Eduarda! – Ela riu
e saiu correndo.
Entrei no quarto dele
e fechei a porta com o pé.
- Tá melhor? –
Coloquei a bandeja no seu colo e ele assentiu.
- Obrigada por vir. –
Sua voz era rouca e baixa.
- Até parece que eu
não viria...Sei que adora brigar comigo, mas também quando fica doente me
chama. – Ele riu, tossindo logo em seguida.
- Pior que é.
- Seu cabeça dura! –
Peguei em sua mão e entrelacei nossos dedos. – Para de arrumar briga comigo a
toa!
- Não foi a toa,
Carol, e você sabe. Quase me expulsou da sua casa.
- Você tá parecendo
criança birrenta, sabe? Tipo Eduarda, acho que é a convivência.
- Mas você pode
tentar a vontade, eu nunca vou desgrudar de você. – Ri.
- Sabia que eu falei
com a sua mãe sobre isso?
- Sobre a nossa
briga? – Eu assenti e ele estreitou os olhos.
- Por que?
- Ah, nós estávamos
conversando lá em baixo e ela me perguntou se estávamos brigados, começamos a
conversar e eu contei.
- Ela te perguntou?
Acho que ela me conhece mesmo.
- Acha? – Ri e ele me
acompanhou. – Toda mãe conhece seu filho como ninguém.
- Experiência própria
?
- É e só vai
aumentando com o passar do tempo.
- Tão bonitinho te
ver falando assim, sabe que você até fica com cara de mãe mesmo? – Ele alisou
meu rosto.
- Seu idiota! Eu
tenho cara de mãe, tá?
- Não, amor, suas
atitudes são de mãe, mas sua carinha é de adolescente. – Neguei rindo.
- Sei!
- E eu? Já tenho cara
de pai? - Ele ergueu uma sobrancelha.
- Ás vezes. – Fez
careta e nós rimos. – Então, agora é sério, eu disse isso tudo a ela e ela
disse que não tinha raiva de mim por você viver na minha casa.
- É claro que não,
Carolina!
- Ah, Luan...Mas
mesmo assim eu prometi pra ela que você vai dormir um dia aqui, um dia na minha
casa e por aí vai até suas folgas acabarem.
- Isso vai te deixar
feliz, é? – Assenti. – Então eu vou fazer isso! – Sorri e lhe abracei.
- Obrigada, amor!
- Você é uma boba,
sabia?
- Você que é! – Ri e
beijaria sua boca, mas ele me impediu.
- Vou te deixar
doente também.
- Quem disse que tem
problema? – Tirei sua mão do meu rosto e selei nossos lábios.
awn dois bobos s2
ResponderExcluirKkkkkkkkk af, que fofura.
ResponderExcluirE se a Carol ficasse grávida? Mas tipo, sem ela saber, aí ela teria um aborto espontâneo e ficaria sabendo nesse dia. O Luan ia cuidar dela e tal... Só uma sugestão, tá? Hahaha. Beijos!
Amei a sugestão da Elvira...Awwwn que fofo ela cuidando dele ♥♥ Luan fica todo cheio de manha quando tá dodói, kkkk
ResponderExcluirQue fofo esses dois... Ela cuidando dele é tão *---*
ResponderExcluirFinalmente,esses dois brincam como retardado,se pegam como tarados,e discutem como criança kkk contínua
ResponderExcluirEsses dois são lindos! 😻😻 coloca eles pra casar logo!! Hahahaha
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