- Vem brincar comigo,
papai. – Ela se jogou em cima dele, agarrando seu pescoço e ele riu sonolento.
- Mas já?
- Já tá tarde, até já
papei.
- Já almoçou? – Ela
assentiu e eu me assustei.
Olhei no relógio que
marcava duas horas da tarde.
Me levantei e fui
para o banheiro me arrumar, quando voltei, Luan já vestia sua bermuda.
- Bora?
- Pode ficar
dormindo, amor...
- Não, eu vou com
vocês! – Ele selou meus lábios e nós descemos.
Fiquei envergonhada por
ter sido a ultima a acordar junto com Luan, mas logo passou e eu almocei com
ele, enquanto conversávamos com seus pais.
- Gostou da unha da
Duda, Carol? Eu pintei de vermelho porque foi só o que eu achei na minha
bagunça e ela queria tanto. Você se importa? – Bruna chegou falando.
- Eu vi sim, ela me
mostrou. – Rimos. – Não mesmo, não ligo pra isso. Pode pintar de qualquer cor.
- Deixa eu ver. –
Luan pediu e Eduarda lhe mostrou. – Gostei disso não, Bruna. Podia ser uma cor
mais clara.
- Acabei de dizer que
foi o único que eu achei. – Ela revirou os olhos.
- Tá feio? – Eduarda
olhou sua própria mão.
- Lógico que não, tá
linda! O Luan que é um bobo. – Bruna lhe respondeu, enquanto Luan fazia careta
e minha filha olhava para eles confusa, fazendo eu e seus pais rir.
Acabamos de comer e
Eduarda insistiu tanto, que fomos passear com o bobi pelo condomínio, com a
coleira de puff emprestada. Os cachorrinhos já estavam se dando bem e nem
precisavam mais ficar separados.
Passamos em uma
sorveteria e paramos na pracinha mais próxima da casa do Luan.
Luan ficou segurando
a coleira do bobi enquanto Eduarda se balançava em um balanço, que ficava um
pouco afastado dos banquinhos da praça, mas lógico, que dava para ver ela de
onde estávamos e não tinha ninguém ali também.
- Filha, vai devagar
que você vai cair. – Foi só eu falar que ela foi direto pro chão.
Me levantei, assim
que começou a chorar e dei meu sorvete para que Luan segurasse, mas vi que um
moço lhe pegava no colo e andava com ela em minha direção.
Ele estava com um
fone de ouvido, bermuda e tênis, acho que corria por ali.
- É sua filha? – Ele
me entregou ela.
- É sim...Obrigada! –
Ele sorriu de volta. – Eu disse pra ir devagar, acho que só ralou o joelho. –
Eu disse a Eduarda.
- Tá doendo! - Ela
gritava com a mão na perna.
- Deixa eu dar uma
olhada? Sou médico e posso ver se ela quebrou a perna. – O rapaz disse.
- Ah, pode sim...
- Caíque! – Ele
examinou sua perna com a mão mesmo e perguntava a ela onde doía. – Mexe a perna
pro tio ver. – Ela mexeu, ainda chorando. – Não quebrou, mas pode ter
deslocado, é melhor você passar em um hospital com ela. – Ele me disse e eu
assenti.
- Obrigada!
- O que é isso...
- Carolina!
- Então, Carolina,
não tem de quê, pelo contrário, eu faço questão de ajudar principalmente
mulheres bonitas. – Fiquei tímida e vi Luan se levantar do meu lado.
- Vamos levar ela
então, amor? – Ele disse e eu assenti.
- Oi, tudo bem? – O
rapaz cumprimentou Luan que retribuiu com um sorriso fechado. – Luan Santana,
primeira vez que te vejo andando pelo condomínio.
- Pois é, não sou
muito de andar por aqui não.
- Ah...Ela é sua
parente? – Apontou para mim.
- Minha mulher...Vem
filha, vamos pro hospital pra ver esse dodói. – Ele pegou Eduarda do meu colo,
me entregando a coleira do bobi e nós nos despedimos do rapaz, que estava
extremamente sem graça.
- Sorte você tem! A
pequena é a sua cara. – Saímos dali sem Luan lhe responder.
- O que foi? Vamos
pro hospital mesmo? – Falei, enquanto andávamos em direção a sua casa.
- Nada...Vamos ué! –
Não falei mais nada.
Pegamos o seu carro e
fomos direto para o hospital, com ele quieto o caminho inteiro.
- Fala o que você
tem, amor!
- Só não agüento
esses idiotas dando em cima de você na minha cara, nem me respeitam mais.
- Hã? Você tá assim
por causa daquele rapaz?
- Idiota!
- (risos) Luan! Como
você é bobo. – Ele respirou pesado.
- “Eu faço questão de
ajudar, principalmente mulheres bonitas.” – Luan imitou o que o cara tinha me
dito e eu gargalhei. Abriu a janela do carro e cuspiu para o lado de fora.
- Ôh, seu porco
ciumento!
- Sou eu, né? – Ele
me olhou.
- É bom pra você
saber o que eu passo. – Ele fez careta e eu sorri. – Já é a segunda pessoa que
fala que a Eduarda se parece com você. – Virei minha cabeça para lhe olhar no
banco de trás. – Em algumas coisas ela se parece sim, mas fisicamente...Daqui a
pouco eu também vou começar a achar. – Ri.
- Acho que a
convivência faz isso. – Ele sorriu.
Graças a Deus Eduarda
não descolou a perna nem nada, a doutora que nos atendeu me passou um remédio
para dor e um spray para o ralado de seu joelho.
Ela já tinha parado
de chorar, mas seu rosto ainda continuava vermelho e fazia manhã.
- Quase não comi meu
sorvete. – Ela cruzou os braços dentro do carro e nós rimos.
- Não? – Luan
perguntou e ela negou.
- Que saco! – Fez bico.
- Fica assim não,
filha, a gente passa na sorveteria de novo. Pode ser? – Ele disse e ela sorriu.
- Pode! Eu quero de
morango agora. – Ri.
Chegamos na casa do
Luan e como o caminho inteiro, Eduarda nos lembrou mais uma vez de seu sorvete.
Apenas falamos com os pais do Luan que estava tudo bem com ela e Luan teve que
lhe pegar no colo para irmos até a sorveteria, que não era longe daqui.
- Vai andando, filha.
- Não, mamãe, tá
dodói minha perna. – Ela fez bico e eu neguei com a cabeça.
- Sei...Tá é se aproveitando
da situação, né?
- (risos) Deixa ela,
eu deixo se aproveitar de mim! – Luan beijou seu rosto e ela sorriu vitoriosa
pra mim.
- Você também, em! –
Reclamei.
Compramos seu sorvete
e voltamos caminhando devagar.
- Ah não! – Luan
disse e eu o olhei confusa.
- O que? – Olhei para
onde ele olhava e ri.
- Oi, tá tudo bem com
ela? – O rapaz da praça se aproximou.
- Tá sim, Caíque!
- Que bom! Qualquer
coisa que precisar...
- Pode deixar! – Eu
sorri sem jeito.
Me despedi dele e
voltamos a caminhar, com o Luan de cara fechada o resto do caminho.
- Você ainda lembra o
nome desse idiota? – Ele me olhou indignado depois de alguns segundos em
silêncio.
- Ué, Luan. Eu tenho
a memória boa, ele me falou seu nome a pouco tempo. – Dei de ombros.
- Que saco, cara! Se
esse cara resolver ficar no seu pé mesmo, nunca mais vamos andar nesse
condomínio a pé. – Revirei os olhos.
Pegamos bobi em sua
casa e fomos para a minha, onde ele dormiria mais uma vez.
Ainda estava de cara
amarrada e ficou daquele jeito, até a noite. Dei comida Eduarda, lhe coloquei
para dormir e voltei para o meu quarto, onde ele via TV.
- Vai ficar com essa
cara mesmo? – Entrelacei minha perna nas dele, apoiei minha mão esquerda em sua
barriga e meu queixo em seu peito.
- Por que todo mundo
tem que dar em cima de você, em? – Ele me olhou.
- Que exagero! Até
parece que eu sou a mulher mais cobiçada do mundo. Você é muito mais que eu.
- Mas homens são mais
ousados... Ah Deus, por que fui arrumar essa mulher? – Ele olhou pra cima e eu
o olhei indignada. Abri minha boca para reclamar, mas antes que saísse alguma
palavra ele me olhou e continuou. – Tão linda, inteligente, simpática... – Riu
e cheirou meu pescoço. – Cheirosa e... – Me olhou pensativo e me virou na cama,
invertendo nossas posições e ficando por cima de mim. – E gostosa! – Ele falou
baixo e apertou minha cocha.
- Seu bobo! – Beijei
sua boca, enquanto ele sorria entre o beijo. – Você também é isso tudo e muito
mais, nem por isso eu fico perguntando a Deus aonde eu fui amarrar meu bode,
tá? Pode parando! – Me fingi de brava e ouvi sua gargalhada no meu ouvido.
Que capítulo lindo...Luan ciumento? Claro que sim kkkkkk ♡♡
ResponderExcluirawwwn adorei esse capítulo, super fofo ^~^
ResponderExcluirLuan com ciumes kkk
ResponderExcluirAcho que o Luan ta mimando muito a Duda...
ResponderExcluirEle com ciúmes é tão fofo *-*