Capítulo 87

Cheguei na casa de Carolina em dez minutos e desci correndo do carro.

Toquei a campainha umas três vezes, já que a porta estava trancada e já estava perdendo as esperanças dela estar em casa, quando a porta se abriu.

Entrei antes mesmo que falasse algo e ela fechou a porta.

- Amor, vamos fazer as pazes, vai? Eu to morrendo de saudades de você. Não faz isso com a gente...

- Eu que to fazendo alguma coisa, Luan? – Ela me olhou indignada.

- Tá bom, eu que fiz e to morrendo de arrependimento. Eu posso perder qualquer coisa, menos você! Me perdoa? – Me aproximei mais dela que se encostou na porta.

- Eu te amo muito! – Sorri de lado.

- Eu também te amo demais, meu amor! Me perdoa, vai? – Passei as mãos por seu rosto e ela fechou os olhos.

- Eu perdôo! Não tem como não perdoar... – Juntei nossos lábios e lhe dei um beijo correndo, com saudade.

- Como eu tava com saudades disso.

- Eu também estava! – Ela fez carinho no meu braço sorrindo.

- Me desculpa por te magoar, nunca foi e nunca vai ser minha intenção.

- Eu sei disso! Só não faz de novo...

- Eu prometo! Que tal a gente aproveitar já que estamos sozinhos?

- (risos) Eu acho ótimo! – Dessa vez, ela que juntou nossas bocas antes de qualquer coisa e começamos um beijo feroz.

O clima já esquentava, minha mão direita estava em sua nuca, a esquerda já entrava por baixo de sua blusa, enquanto as delas procuravam a barra da minha camisa também, o beijo só aumentava a velocidade, até que o meu celular tocou.

Deixei tocando por alguns segundos, mas Carolina nos separou minimamente e disse entre sussurros pra eu atender. Olhei no visor a foto da minha irmã.

- Fala, Bruna!

- Luan, aonde você se meteu?

- Eu to com a Carolina...O que foi?

- A Duda está louca atrás de você e eu já ia ligar pra mãe dela vir aqui também, ela disse que quer almoçar com ela.

- Já estamos indo, fala com ela.

- Tudo bem. Beijos! – Me despedi da minha irmã e desliguei o celular.

- Então vamos? – Carolina falou, já que tinha ouvido toda a conversa por estar bem perto de mim.

- Vamos, né? – Fiz careta e ela riu de mim, antes de me dar um beijo demorado no rosto.

- Depois a gente aproveita. – Ela disse baixo e me deu um último beijo.

- Quero te fazer um convite...

- Diz!

- Aceita jantar comigo amanhã?

- Lógico que eu aceito! – Lhe abracei de lado e fomos para o meu carro, de volta para minha casa.

Ficamos lá o resto do dia e a noite, eu arrumei minhas coisas e fui para casa de Carolina com ela. Estava morrendo de saudades de dormir agarrado com ela.

Eduarda queria dormir conosco e Carolina fazia de tudo para tirar aquela idéia dela, enquanto eu comia junto com Vitória, assistindo TV.

- Dorme com a Vi, amor. Vai deixar ela sozinha? Amanhã ela vai embora.

- Ah, mãe... – Ela fez bico.

- Já vai amanhã, Vivi? Poxa, nem cheguei direito. – Ela assentiu.

- Minha tia vem me buscar de tarde.

- Vamos fazer assim, hoje ficamos acordados até tarde brincando pra aproveitar bem.

- Lá vem você inventar! – Carolina se fingiu de brava me olhando e eu ri.

- Só hoje, amor. – Ela assentiu.

Enfim Eduarda concordou de dormir com Vitória e como o prometido por mim, ficamos brincando até tarde e só fui colocar as meninas para dormir quando já cochilavam no tapete.

- Duas horas da manhã, senhor Luan! – Carolina disse, assim que nos deitamos.

- Ah, amor, elas gostaram.

- Sei que sim, amor.

- Hum, que saudades que eu tava de você me chamando assim. – Ri e me virei de frente para ela, lhe abraçando.

- De amor? Mas eu nem preciso te chamar, você é mesmo o meu amor! – Ela também sorriu e me puxou para um beijo.

Ficamos conversando e eu fiquei falando sozinho, já que Carol dormiu assim que comecei a mexer nos seus cabelos e eu ri baixinho.

Me aconcheguei mais nela, beijei sua testa e também fechei meus olhos.

*

Acordei com um peso em cima de mim e abri os olhos curiosa. Um braço e uma perna de Luan estavam em cima das minhas costas. Ele dormia com a boca um pouco aberta e até roncava um pouco, me fazendo sorri.

O tirei de cima de mim com todo o cuidado para não o acordar e fui até o banheiro tomar um banho.

Comecei a fazer o almoço e fiquei vendo televisão por horas, até Eloá chegar para conversarmos e me ajudar a terminá-lo. Tive que ir acordar as pessoas daquela casa, já que já se passava de uma hora da tarde e ninguém dava sinal de vida.

Eduarda acordou de mau humor e Luan até que não.

Almoçamos todos juntos, Eloá teve que ir embora assim que Miguel chegou do trabalho e de tarde, a tia de Vitória foi lhe buscar como o combinado.

Nos despedimos por um tempo e ela se foi dizendo ter adorado aqueles dias comigo e que voltaria.

O tempo fechou, uma chuvinha fina começou e tivemos a idéia de levar cobertores e travesseiros para sala para assistirmos um filme, comendo pipoca.

Me espreguicei no sofá depois do terceiro filme que assistimos, olhei no relógio e já dava seis horas.

- Amor e o nosso jantar?

- Caramba! Eu me esqueci! – Luan se levantou correndo atrás do celular, com certeza para fazer uma reserva no restaurante que íamos sempre.

- A gente ainda vai? – O perguntei com cara de preguiça.

- Claro que sim, você não quer?

- Quero!

- Então já vai se arrumar que você demora.

- Eu que demoro? – Me levantei e ele riu.

- Eu quero ir também.

- Você vai ficar lá na casa da vovó Marizete, mas a gente promete que não demora. – Luan disse e Eduarda assentiu.

- A tia Bruna vai tá lá?

- Vai sim!

- Vou dar um banho nela primeiro... – Lhe peguei no colo.

- Aproveita e arruma as coisas dela, vamos dormir lá. – Assenti.

Fiz o que falei e agasalhei bastante minha filha já que estava bem frio e eu estava com medo de que ficasse doente, já que no dia anterior estava muito quente.

Ela ficou com Luan enquanto eu tomava banho e ele já arrumava seu cabelo, já vestido.

Pegamos nosso cachorrinho e seguimos para sua casa.

No caminho, Eduarda mexia no meu celular e Luan pegava na minha mão, me fazendo sorri.

Estava tentando concertar o seu erro e eu estava amando ser mimada por ele.

Vimos um flash em nossa direção e soltei a minha mão da dele, me virando assustada.

- Tirei foto! – Eduarda riu com as mãos na boca.

- Ah, sua safadinha! – Peguei o celular dela.

Deixamos Eduarda na casa do Luan e fomos para o Starbucks, onde estava reservado uma mesa para nós.