Acordei tão bem, como
não me sentia a séculos. Estava morrendo de saudades da minha casa de verdade,
da minha cama.
Eu tinha ficado
conversando com Eloá no dia anterior até altas madrugas, misturou o sono da
gravidez e acordei no outro dia quase três horas da tarde.
Fiz uma comida rápida e acordei Eduarda para almoçarmos. Eloá passou na minha casa, assim que chegou
do trabalho, mas foi pra casa rápido.
Umas cinco horas a
campainha tocou e Eduarda saiu correndo para abrir a porta, como se tivesse
adivinhando quem estava ali.
Só ouvi seu grito e
me aproximei pra ter certeza de quem eu imaginava.
Sorri vendo a cena,
Luan lhe pegou no colo e lhe abraçou. Já ela beijava seu rosto.
Me senti até culpada
por ter separado os dois por alguns meses, mas era preciso pra mim.
- Tá tudo bem com
você, princesa?
- Tá sim e você? Eu
senti tanta a sua falta, você não faz idéia!
- Eu também senti
muito a sua falta...
- Eu não vou me
separar de você nunca mais. Eu prometo! – Luan sorriu para ela e logo me
avistou, ali parada, encostada na parede apreciando aquela cena.
Seus olhos foram do
meu rosto a minha barriga e ali eles pararam.
- Tá tudo bem com
você também? – Ele me perguntou e eu assenti.
- Está sim...Melhor
agora, que voltei pra casa. – Sorri tímida.
Me sentei no sofá e o
chamei para se sentar também. Eduarda não queria sair de seu colo e se sentou
ali mesmo.
- Eu nem sei por onde
começar... – Ele respirava acelerado.
- Pra falar a
verdade, nem eu! – Confessei.
- É...Você tá de
quanto tempo?
- De quatro meses. –
Sorri amarelo, olhando para minha barriga.
- Já sabe o sexo?
- Ainda não! – Voltei
a lhe encarar. – Eu tenho até que ver uma doutora pra me acompanhar aqui.
- Pode deixar, eu
peço pra minha assessora arrumar. Ela conhece bastante gente por aqui.
- Obrigada...Eu já to
doida que nasça. Minhas costas já doem.
- Imagino.
- Você viu que legal,
pai? A mamãe tá esperando um bebê. – Eduarda falou e nós lhe olhamos.
- É legal, né?
- É legal, só não sei
se vai ser quando ele nascer. – Ela se encolheu em seu colo e eu ri.
- Por que? – Luan lhe
perguntou.
- Por que vocês vão
esquecer que eu existo. Vou ficar sozinha, não vou ser mais princesa de
ninguém, vocês não vão me dar mais as coisas. Uma vez uma amiga minha me disse
isso na escola, o irmãozinho dela tinha acabado de nascer.
- Que besteira, Duda!
Vamos continuar a mesma coisa com você! – Eu disse, assustada com seu drama.
- Promete, pai?
Promete que não vai me trocar pelo seu novo filhinho que é pequenininho? Eu
também sou ainda. – Ela fez bico.
Abaixei meu olhar
mais uma vez, minha filha tocou em um assunto que nós mesmos não tínhamos
coragem de tocar.
- É meu novo filho,
Carolina? – Suspirei, antes de levantar a cabeça para lhe encarar.
Ele tinha uma sobrancelha
erguida, esperando minha resposta.
- É, Luan. É seu
filho! – Falei de uma vez e vi um meio sorriso aparecer em seu rosto.
- Você vai me trocar?
– Minha filha sussurrou e Luan riu dela, antes de lhe apertar em seu colo.
- Lógico que não, eu
não te troco por nada, pequenininha! – Ela sorriu satisfeita, se aconchegando
mais nele.
- Como é mimadinha. –
Sorri.
- Agora vai lá em
cima brincar um pouquinho, enquanto o papai conversa com a mamãe sobre o bebê.
– Luan lhe colocou no chão e ela cruzou os braços de cara fechada.
- Tá vendo...Já tá
começando.
- Ôh mocinha mal
criada, não tem nada começando. Temos que conversar. – Me intrometi.
- Tá bom, mas só se
meu pai me prometer me levar pra casa dele.
- Amanhã nós passamos
o dia todo grudados, o que você acha?
- Tá bom! – Ela
gritou e saiu saltitante pela escada.
Nos encaramos e ele
tomou a iniciativa.
- Fiquei surpreso quando fiquei sabendo da sua gravidez...
- Eu também fiquei,
eu nunca esperava isso...Nunca mesmo!
- Você teve que mudar
todos os seus planos, não é?
- Pois é, eu estava
me ajeitando lá mesmo, a Eduarda depois de meses emburrada também já começava a
se acostumar, mas mesmo não demonstrando eu sentia falta desse país, dessa
cidade, dessa casa, que eu guardo as ultimas lembranças dos meus pais. Acho que
tudo isso teve um propósito.
- Eu também acho! Ele
te fez voltar... – Lhe encarei e o vi ficar sem jeito. – Eu...Estava sentindo
muita falta da Duda. Você não sabe o quanto! – Ergui uma sobrancelha e sorri,
encarando minhas mãos.
- Eu sei! Ela também
quase pirou, longe de você, e me deixou doida junto. – Ele riu e eu o
acompanhei.– E a sua vida?
- Tá tudo bem. Sabe
eu fico pensando, se a gente não tivesse se separado como estaríamos agora, com
você grávida.
- Vai ver eu nem
estaria grávida. – Ri fraco.
- Pode ser! Como eu
disse, as vezes essa criança veio com algum propósito.
- E você faz idéia de
qual? – Dessa vez, eu o encarei com uma sobrancelha erguida e ele ficou
completamente sem jeito.
- Não, não faço. – Ele
mentiu e eu sorri de canto.
Ficamos em um
silêncio constrangedor. Eu queria pelo menos o abraçar, pra me sentir segura em
seus braços e num ato rápido, eu fiz o que tanto queria.
Ele se assustou um
pouco no começo, mas me envolveu em seus braço, como eu tanto queria. Seu
perfume, que eu tanto amava, entrava pelas minhas narinas que pareciam
agradecer por respirar aquele ar de novo.
Fomos nos afastando
devagar demais e quando me dei conta, já estávamos com os nossos rostos quase
colados. Eu queria fazer aquilo, mas eu ainda sentia que não era o momento. Eu
estava chateada com ele e dava pra ver, que ele comigo.
Então me afastei e
desviei do seu olhar.
- Pra quem não queria
mais me beijar, você mudou de idéia rápido demais. – Eu soltei sem pensar e
quando voltei a lhe olhar, ele me encarava indignado.
- Quem disse que eu
ia te beijar? – Ele revidou.
- Ah ta! Confessa pra
você mesmo que você sentiu a minha falta nesse tempo, Luan, que você ainda
sente.
- Você tá ficando
doida... – Dessa vez, ele quem desviou seu olhar do meu.
- Tô, é? Você sabe
que não! - Ele continuava de cabeça
baixa, mexendo nas suas próprias mãos.
- Mesmo se tivesse,
não faz diferença, já você, né? Foi embora com aquele idiota.
- Fui embora pra
esfriar a cabeça, não por causa dele. – Me encostei no sofá, cruzando os
braços.
- Sei! – Ele riu
irônico. – Ele não quis voltar com você, é? Se separaram?
- É da sua conta?
- Não...Só queria
saber. – Ele deu de ombros.
- Nós só estávamos
ficando. Ainda bem que eu tive que vir embora, ficaria sem jeito que continuar
lá, morando com ele, e falar que não queria mais ficar.
- Vocês estavam
morando com ele? Você evoluiu, em?
- Estávamos, mas como
amigos mesmo.
- Sei...
- Luan, para de
ironia! Você estava lá pra saber? Então cala a boca! – Eu alterei minha voz.
- Não estava, mas
você me enganou uma vez, por que não enganaria de novo?
- Eu te enganei? Eu
não te enganei, eu só omiti um fato pra evitar briga, mas que terminou em
término. – Minha frase saiu embolada e ele riu de novo com ironia. – Se for pra
você ficar relinchando assim, você pode ir embora, porque os meus nervos estão
a flor da pele e pra eu te colocar pra fora daqui a baixo de tapa, não custa! –
Eu gritei a última coisa em seu ouvido e ele me olhou um pouco assustado.
Eduarda desceu as escadas
com aquele escândalo e o celular do Luan tocou.
- Eu tenho que
ir...Eu vou conversar com minha assessora e ela vai ver a melhor ginecologista
de São Paulo pra você. – Ele se levantou do sofá e eu assenti emburrada.
- Ah não, pai! Fica!
Você vai embora por que minha mãe gritou com você? Não fica triste, ela anda
muito brava mesmo, desde que começou a engordar. – Luan riu do jeito de Eduarda
e beijou seu rosto.
- Eu não vou por
causa disso, filha, sua mãe não me assusta. – Ele me olhou e eu estreitei os
olhos. – Eu tenho uma reunião agora e tinha esquecido, mas como eu já te disse,
amanhã eu venho te buscar pra passarmos o dia juntos!
- Eba! Vem bem
cedinho?
- Venho sim, eu
prometo!
- Temos que ir ver
sua antiga escola, Eduarda.
- Vai depois de
amanhã, um dia a mais ou a menos não faz mal.
- Tá, Luan!
- Amanhã cedinho eu
to aqui, então.
- Não precisa vir tão
cedo. Não vai ficar com tantas saudades assim.
- Da Eduarda, eu vou
mesmo! – Ri dele.
- Sei...Agora tchau,
Luan Santana!
Só acho que a eduarda vai fazer alguma coisa pra eles voltarem
ResponderExcluirContinuaaaaa
-Mah-
Agora vão ficar de implicância um com o outro hahaha adoro! E tu sempre nos impressionando né Manu?
ResponderExcluirkkkkkkkkk Morri com esse capitulo
ResponderExcluirParecem 2 crianças hahah
Vão ficar nessa briguinha de Gato e rato agora ?? adoro
@SonhocomOLuanS
Tchau Luan Santana?? Se fosse mulher dava um tapa na cara dela mesmo tanto grávida,sério meu amor pela carolina estar se transformando em ódio ela é muito criança,vc me faz ter sentimentos aqui aí aí
ResponderExcluirQuanta implicância esses dois parecem duas crianças kkkkkkk
ResponderExcluirLogo logo eles voltam eu acho
eita esse capítulo foi mais ou menos mais foi massa hahah
ResponderExcluircomo eu esperava, que esse bebê os una novamente o/~~
maissssss
@lightlrds
Esses dois parecem duas crianças! Luan testando a Carol foi ótimo!! Adoreeeei kkkkkkkkk
ResponderExcluirPriscila
to adorando velho <3 esses dois de birra awn ^~^
ResponderExcluir"ela anda muito brava mesmo desde que começou a engordar" JDJSKSJJSKSJDJS rachei nessa parte
Eitaa que esses dois, sei não, viu? Se amam demais kkkkkk agora a Duda vai fazer eles voltarem...Tá cada vez melhor, Manu!♥♥
ResponderExcluirMas foi você que prometeu uma vez que postaria dois capítulos no fim de semana.
ResponderExcluiramando essa implicância desses dois cabeças duras, ai meu Deus morro de amor quando a duda junta com o luan, tão lindoss! bjs, ingryd
ResponderExcluircomecei ler a fic' ontem e to rancando os cabelos de curiosidade kkk alguem me responde em que capitulo eles voltam pelo amor de Deus ? kkkkkk bjs obg desde já
ResponderExcluir-Paloma Santos