domingo, 9 de novembro de 2014

Capítulo 85



O dia em que Luan voltaria para casa chegou e eu estava muito ansiosa, mas ao mesmo tempo nervosa pela nossa conversa.
Ele me mandava mensagens todos os dias com pelo menos uma “boa tarde” “boa noite” e um “eu te amo”. Não respondia nenhuma, estava confusa, ao mesmo tempo que tinha raiva por aquela falta de respeito dele comigo, eu o amava a cada dia mais.
Cheguei em casa depois de um longo dia de trabalho e encontrei as meninas brincando na sala, como de costume.
- Pode ir, Suzi! Obrigada mais uma vez! – Me despedi da babá e me sentei ao lado delas no sofá. – Hoje a gente vai sair.
- Pra onde, mamãe?
- O Luan já deve ter chegado, vamos pra casa dele. – Suspirei.
- Eba! Meu pai chegou! Eu to morrendo de saudades dele. Vou tomar banho! – Eduarda saiu correndo.
- Vai você também, Vi.
- Fica bem! – Ela beijou meu rosto e eu sorri em resposta.
Subi as escadas e fui ver as duas, que tomavam banho juntas no banheiro do quarto de Eduarda. Terminei de ajudá-las e elas ficaram escolhendo a roupa que usariam, enquanto eu fui tomar o meu banho.
Minha filha demorou mas enfim achou uma roupa que lhe agradou, me fez lhe passar bastante perfume pra ir ver o pai cheirosa, o que me fazia ri.
Fomos no meu carro, com o CD do Luan tocando e as duas cantando alto.
Toquei a campainha de sua casa e respirei fundo.
Foi ele mesmo que me atendeu, já de bermuda, camiseta, de boné e descalço.
- Pai! – Eduarda agarrou suas pernas e ele se abaixou para lhe pegar no colo.
- Que saudade, meu amor! Tá tudo bem?
- Eu também tava...Tá sim!
- Se comportou? – Ela assentiu e ele beijou seu rosto.
Se abaixou para beijar o rosto de Vitória também, que estava ao meu lado.
Acho que ele estava com um pouco de receio de se aproximar de mim, de tentar me beijar e eu negar e confesso que realmente eu não sei se conseguiria. Então, apenas sorriu de lado e eu retribuí, nos deu passagem e nós entramos para sua casa.
- Olha, chegaram em ótima hora! Tem um bolo no forno e hoje tem um peixe ótimo pro jantar.
- Não sei se jantaremos aqui, dona Marizete.
- Claro que vão! – Ela me abraçou, beijou o rosto de Eduarda e eu lhe apresentei Vitória.
Falei com seu pai e sua irmã que também estavam ali.
- Vamos lá no quarto? – Ele tomou a iniciativa e eu assenti.
- Vamos lá na cozinha, crianças. Acho que o bolo está quase pronto.
- Ah não! – Eduarda protestou.
- É rápido, filha.
- Eu quero ficar com meu pai.
- Eduarda...
- Vamos lá com a tia, Duda! – Bruna disse, mas também não adiantou.
- Vamos lá com a vovó, pra gente fazer uma calda pro bolo bem gostosa. – Ela olhou para Luan que assentiu sorrindo.
 - A gente já volta! – Ele beijou seu rosto e lhe colocou no chão.
Subimos as escadas e eu entrei em seu quarto depois dele.
- Luan...
- Eu queria te pedir desculpas, Carol. Olha...Eu juro que não foi a minha intenção aquelas fotos, eu nem imaginava que tinham tirado e colocado na internet. – Ele começou a passar as mãos pelos seus cabelos.
- Mas deveria, Luan. Poxa, eu confiei em você! – Levantei de sua cama, já que tinha acabado de me sentar.
- Eu não fiz nada, amor, eu juro! Eu nunca faria isso... – Ele se aproximou de mim impaciente.
- Eu to muito chateada com você! – O olhei, mas não consegui ficar o encarando por muito tempo e logo olhei para cima, segurando as lágrimas.
- Pelo amor de Deus, acredita em mim! – Ele segurou meus braços e eu voltei a abaixar minha cabeça.
- Você tem que entender que o problema não é só se você me traiu. Você já viu essas fotos? Você me desrespeitou, me fez de trouxa fora desse país. – Tirei meus braços de suas mãos e falei mais dura.
- Para de ser cabeça dura...
- Para você e reconhece seus erros!
- Eu errei! Ta bom agora? – Ele me encarou e eu bufei.
- Não tá bom, não. Estaria se você tivesse reconhecido isso de verdade. E se fosse eu, Luan?
- Para com isso, foi um mal entendido!
- E se fosse eu? – Repeti a pergunta com a voz mais alta.
Ele passou as mãos pelo rosto e começou a andar pelo quarto, novamente sem responder.
- Vamos esquecer isso...
- Esquecer? Pra você fazer isso de novo? Eu não quero mais que isso aconteça!
- Eu te prometo que não vai acontecer. – Suspirei.
- Eu...To indo embora, amanhã eu volto. – Dei meia volta, mas antes de abri a porta ele segurou meu braço.
- Amor...
- Amanhã a gente se resolve, Luan. Eu to com dor de cabeça.
- Você melhorou daquela queda de pressão?
- Melhorei, não foi nada.
- Foi culpa minha, não é? Me desculpa por isso também.
- Não foi culpa sua...Agora deixa eu ir. – Tentei me soltar dele, em vão.
- Fica pra jantar pelo menos, você prometeu minha mãe e ela vai ficar chateada.
- Eu realmente quero ir embora.
- Por favor, por ela, já que não vai adiantar eu pedi por mim. – Ele me olhou nos olhos e eu suspirei concordando.
Enfim consegui me soltar dele e desci as escadas, todos já estavam na cozinha. Riam de algo que Eduarda contava. Já tinha se acostumado com eles e a vergonha nunca mais apareceu, pelo contrário, era aparecida e amava ser mimada pelos pais e a irmã do Luan.
Me juntei a eles e em nenhum momento perguntaram do Luan ou do que tínhamos conversado. Eu gostava disso neles, nem a Bruna que se tornou uma amiga não se intrometia quando o assunto era eu e seu irmão e eu achava melhor, ficaria sem jeito de lhe contar da nossa briga por ela ser irmã dele.
Conversamos, rimos e quando o jantar estava pronto Luan apareceu bem na hora. Se sentou do meu lado e comemos como nunca.
Na hora da sobremesa, ele foi jogar vídeo game com na sala e seu pai o acompanhou, e nós mulheres, ficamos ainda conversando na cozinha.
Saí da casa do Luan um pouco tarde, me despedi de todos e ele foi nos levar até o carro.
- Não vai dormir lá em casa? – Eduarda perguntou e ele me olhou.
- Hoje não, amor.
- Ah, por que?
- Filha, o Luan precisa ficar com a família dele também.
- Mas eu queria ele lá em casa. – Ela cruzou os braços e ele se abaixou, ficando do seu tamanho.
 - Vai passar rapidinho...É só hoje! – Sorriu e alisou seu rosto.
- Só se você prometer de amanhã irmos tomar sorvete de manhã.
- (risos) Eu prometo! Passo lá de manhã pra te pegar. – Lhe abraçou e lhe deu um último beijo antes de se levantar.
 - De manhã? Você vai está cansado.
- Não tem problema e eu acho que vou dormir cedo hoje. – Ele sorriu forçado e eu olhei pro chão.
Se despediu de Vitória também e se aproximou de mim, pegando no meu rosto e deixando um beijo na minha testa.
- Então, tchau...
- Promete que amanhã a gente conversa direito? Eu trago as meninas aqui pra casa pra ficar com a Bruna e nós conversamos. – Lhe olhei.

- Prometo! – Falei baixo e ele sorriu de canto.

7 comentários:

  1. Carol dura na queda! Podia ter outro hj né?!

    Priscila

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  2. Continua manuuuuuuu!!! Não gosto de clima assim 😔

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  3. Eita Carolzinha , mais bem que ele mereceu ... Duda sua linda ♥

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  4. ixiii a coisa ta braba, mais a Carol tá balançada até pq as fotos não provam nada, apenas insinuam...
    maissssssssss
    @lightlrds

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  5. Ta ok... Ela já pode parar de ser cabeça dura né, tadinho, ele já aprendeu a lição kkk

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